Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Suplementos vitamínicos podem ser perigosos

Suplementos vitamínicos podem ser perigosos

Estudos trazem alerta sobre o uso indiscriminado de suplementos vitamínicos.

Mariana Varella
Publicado em: 9 de abril de 2014
Revisado em: 18 de outubro de 2019

Pílulas de diversas cores sobre uma mesa.


A indústria das vitaminas e suplementos cresce a cada ano, gerando lucro de bilhões de dólares anualmente. Mas será que eles são mesmo benéficos ou podem fazer mal à saúde?
As publicações científicas americanas “Annals of Internal Medicine” e “Medscape” publicaram dois estudos e um editorial a respeito da relevância do uso de multivitamínicos no tratamento de doenças crônicas.
O primeiro estudo foi multicêntrico, duplo-cego, placebo-controlado e randomizado e incluiu mais de 1700 pacientes com 50 anos ou mais. Todos haviam sofrido ataque cardíaco recentemente. Os pacientes foram divididos em três grupos: um recebeu multvitamínicos, outro complexo de minerais e o terceiro, placebo, e todos foram acompanhados por quase 3 anos. Os resultados mostraram que as vitaminas extras não protegeram o coração e não pareceram proteger contra eventos cardiovasculares secundários.
O segundo estudo observou os efeitos das vitaminas na cognição e, para isso, acompanhou quase 6 mil médicos do sexo masculino com 65 anos ou mais por 12 anos. Nesse estudo foram conduzidas avaliações cognitivas iniciais e intermitentes. Chegou-se à conclusão que o uso de vitaminas não desacelerou a perda cognitiva e não trouxe mudança nos índices de memória verbal nem na cognição daqueles que tomaram vitaminas em comparação com os que não tomaram.

A revisão de 26 estudos que observam os prós e contras do uso de suplementos na prevenção de doença cardíaca, câncer e morte não encontrou evidências de benefícios no uso de vitaminas.
Conclusão: Adultos bem nutridos não precisam de suplementos vitamínicos. Além de não haver benefícios claros em seu consumo, eles podem fazer mal e não devem ser usados para tratar doenças crônicas.
E mais: o editorial menciona o perigo de se consumir especificamente beta-caroteno, vitamina E e altas doses de vitamina A. O beta-caroteno aumenta o risco de câncer de pulmão em fumantes; suplementos com vitamina E foram relacionados a aumento de mortalidade por todas as causas.
Há uma exceção: a vitamina D. Como o papel da suplementação da vitamina D ainda é tema de investigação, especialmente para quem tem deficiência dessa vitamina, são necessários mais estudos para se chegar a uma conclusão a respeito. Contudo, mesmo quanto à vitamina D, não há evidência concreta de que seus benefícios superem os malefícios.
Apenas um grupo necessita de suplementação de vitamina: as mulheres que pretendem ou podem engravidar. Para elas, a suplementação de ácido fólico é importante porque previne defeitos no tubo neural do feto.
Mariana Varella é editora do Portal Drauzio Varella. Formada em Ciências Sociais pela USP, atua na área de jornalismo de saúde, com foco em saúde da mulher. @marivarella
Texto original

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