Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Quais são os sintomas da fibromialgia em homens?

Fibromialgia causa dor generalizada e sensibilidade para tocar que pode ocorrer em todo o corpo ou migrar para várias partes do corpo.

Causa principalmente a dor nos músculos, nos ligamentos, e nos tendões.

Juntamente com outros sintomas, dor e sensibilidade aumentam e diminuem ao longo do tempo.

Fibromialgia afeta as pessoas fisicamente, mentalmente e socialmente. Dor, fadiga, problemas de pele são alguns dos sintomas da fibromialgia.

A fibromialgia é um complexo distúrbio crônico da dor, que afeta 2% da população dos EUA e é sete vezes mais prevalente em mulheres do que em homens.

A fibromialgia é um dos distúrbios mais comuns vistos pelos médicos de cuidados primários. A palavra fibromialgia significa "dor nos músculos, ligamentos e tendões".

Mas é muito mais do que apenas dor e manifesta-se como muitos outros sintomas que variam de pessoa para pessoa.

Fibromialgia causa dor generalizada e sensibilidade para tocar que pode ocorrer em todo o corpo ou migrar para várias partes do corpo. Juntamente com outros sintomas, dor e sensibilidade aumentam e diminuem ao longo do tempo.

Fibromialgia afeta as pessoas fisicamente, mentalmente e socialmente.

A dor músculo-esquelética generalizada é a característica dominante da fibromialgia. A dor é geralmente relatada em regiões proximais, como o pescoço, ombros, quadris e coxas, mas a dor também pode ser sentida nas mãos e pés.

Sintomas da fibromialgia em homens

A fadiga está presente na maioria dos pacientes. O sono pobre ou perturbado, com os despertares noturnos freqüentes e a dificuldade para dormir, é  freqüentemente relatado. O sentimento de exaustão ao despertar pode ser severo, e a rigidez da manhã é comum.

Os sintomas da fibromialgia nos homens igualmente tendem a durar para a duração mais curta e ocorrem menos frequentemente do que aqueles que aparecem em pacientes mulheres. Entretanto, um estudo recente mostra que os sintomas de fibromialgia em homens podem realmente ser mais severos do que aqueles experimentados por mulheres.

1. Dor

A dor vivida pelos homens devido à fibromialgia é profunda, crônica e generalizada. Ela pode migrar para várias partes do corpo e diferem em intensidade. A fibromialgia é conhecida por causar dor aguda, com dores musculares profundas, latejantes e espasmos.

Queixas neurológicas como dormência, formigamento e queimação acompanham a dor, aumentando o desconforto. Muitas pessoas relatam que a severidade da dor e rigidez é muitas vezes pior na parte da manhã. Alguns fatores que podem agravar a dor são:

  • Tempo frio ou úmido
  • Sono não-restaurador
  • Fadiga física e mental
  • Atividade física excessiva
  • Inatividade física
  • Ansiedade e estresse

2. Fadiga

A fadiga afeta a todos nós por causa das vidas estressantes que levamos. Mas, a fadiga causada pela fibromialgia é muito mais intensa e muitas vezes insuportável. A fadiga da fibromialgia é uma exaustão abrangente que pode interferir com atividades ocupacionais, pessoais, sociais ou educacionais. Outros sintomas relacionados com a fadiga incluem exaustão profunda e resistência pobre que pode tornar uma pessoa fisicamente imprópria.

3. Problemas do sono

Problemas de sono também são muitas vezes associados com fibromialgia. Impede que a pessoa tenha um sono profundo, consiga descansar e tenha um sono restaurador.

Pesquisadores médicos têm documentado anormalidades específicas e distintivas no estágio 4 do sono profundo de pacientes com fibromialgia.

Durante o sono, os indivíduos com fibromialgia são constantemente despertados por surtos repentinos de atividade cerebral, limitando assim a quantidade e qualidade de seu sono.

4. Problemas na pele

Indivíduos com fibromialgia também podem  experimentar problemas de pele. Entre 70% e 80% das pessoas com fibromialgia sofrem de problemas de pele associados com a sua doença.

Problemas de pele incluem pele seca, coceira na pele, e pele manchada. Estas condições de pele não só causam desconforto extremo, mas também torna difícil de usar certas roupas e comer certos alimentos. 

5. Rigidez da manhã

Rigidez da manhã pode ser descrito como uma tensão nos músculos e articulações em todo o corpo. Ocorre nos músculos, nas junções, nos tendões, e nos ligamentos durante todo o corpo.

Esta rigidez muscular da junção tipicamente dura por 30 minutos, embora possa estender por horas. Embora seja comum na parte da manhã, a rigidez pode continuar na tarde e à noite. Esta rigidez pode impedir o movimento e a escala do movimento além de causar dores e dores durante todo o corpo.

A maioria das pessoas com fibromialgia vão ter a experiência da rigidez da manhã em algum momento durante a sua doença. Pelo menos 70% das pessoas com fibromialgia conseguem lidar com rigidez da manhã regularmente

Outros sintomas e condições de sobreposição

O estresse é considerado como um fator comum que muitas vezes aumenta os sintomas da fibromialgia. Outros sintomas que podem ocorrer em homens que sofrem de fibromialgia incluem:

  • Intestino irritável e problema na bexiga
  • Dores de cabeça e enxaquecas
  • Síndrome das pernas inquietas (distúrbio do movimento dos membros periódicos)
  • Memória prejudicada e concentração
  • Sensibilidades cutâneas e erupções cutâneas
  • Olhos secos e boca seca
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Problemas de visão
  • Síndrome de Raynaud
  • Sintomas neurológicos
  • Coordenação prejudicada
  • Disfunção temporomandibular
Fonte: https://www.indicedesaude.com/quais-sao-os-sintomas-da-fibromialgia-em-homens/


sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Pesquisadores de fibromialgia sugerem afastamento do diagnóstico de pontos dolorosos

24 DE AGOSTO DE 2018

Repensar como a fibromialgia é diagnosticada pode permitir uma melhor caracterização e compreensão da dor inexplicável e incapacidade em muitas pessoas que podem não atender aos critérios diagnósticos completos, de acordo com pesquisa apresentada na reunião de 2018 do World Institute of Pain, em Dublin.

O pôster, "Estimativa da incidência e gravidade da fibromialgia entre pacientes avaliados em uma clínica de dor na comunidade terciária (Resumo EV11)" avaliou 181 registros de pacientes sem identificação de clínicas de dor médicas baseadas na comunidade para "estimar a contribuição do sintoma [fibromialgia] gravidade à dor média no Inventário Breve de Dor (IBD). ”

Usando os novos Critérios de Diagnóstico de Fibromialgia Clínica, os pesquisadores descobriram que 101 pacientes do estudo preencheram os critérios de fibromialgia (56%).Houve uma correlação positiva observada entre fibromialgia e dor, medida pelo IBD ( r = 0,31; P<0,001). No entanto, os pesquisadores apontaram que “uma alta proporção de variação na dor não foi explicada pela fibromialgia”, com apenas 9% da variância da dor no IBD atribuída à condição de dor. A análise também ressaltou a relação linear da dor generalizada e outras características clínicas.

"Dor generalizada e gravidade dos sintomas devem ter uma relação linear se a gravidade da fibromialgia é um "continuum", disse o co-autor do estudo Suneel Upadhye, MD, professor associado de medicina de emergência da Universidade McMaster, em Hamilton, Ontário. Um relacionamento não linear seria evidência de um certo grau de descontinuidade.

“A teoria do contínuo contrasta com o critério anterior de contagem de pontos de concurso para concluir que a fibromialgia estava presente ou ausente. Sob o modelo mais antigo, os pacientes com nove dos 18 pontos sensíveis geralmente tinham sintomas mínimos, e os pacientes com 13 dos 18 pontos dolorosos tinham múltiplos sintomas associados ”, explicou ele. "Tal resultado científico separa os pacientes em duas populações: aquelas com e sem fibromialgia".

"Os critérios diagnósticos originais muitas vezes excluíram muitas pessoas com sintomas clássicos", concordou Chris Morris, MD, da Arthritis Associates of Kingsport, no Tennessee. "Pacientes com sintomas mais leves e menos pontos dolorosos seriam excluídos quando se sentirem melhor", observou ele.

O coautor do estudo, William Parkinson, PhD, professor clínico associado na Escola de Ciências de Reabilitação da Universidade McMaster, disse: “A remoção dos pontos dolorosos da medição da gravidade da fibromialgia elimina a necessidade de um examinador clínico treinado. A gravidade da fibromialgia pode ser medida por um questionário simples. Isso permite que um número muito maior de pacientes seja estudado ”, disse o Dr. Parkinson que, junto com o Dr. Upadhye, escreveu outro pôster,“ Estimativa das Reduções no Funcionamento Atribuível à Fibromialgia em uma Clínica Geral de Dor Médica Baseada na Comunidade (Absract EV11 ).

Esta análise de regressão multivariada avaliou os mesmos pacientes como o primeiro cartaz, para encontrar fibromialgia responsável por 16% da redução no funcionamento global de pacientes com uma gama de sintomas de dor ( r = 0,403; 2 = 0,63, P <0,001). Ele também substitui o diagnóstico do ponto sensível com um modelo alternativo que usa duas variáveis: o Índice de Dor Generalizada e a gravidade total dos sintomas.

“O modelo ajustado mostra os graus de disfunção em cada domínio que podem ser atribuídos à fibromialgia quando as influências não fibromiálgicas são removidas. O objetivo é produzir as correlações verdadeiras ”, disse o Dr. Parkinson.

“As populações heterogêneas dificultam saber quanto da dor de cada paciente é a fibromialgia, em comparação com o estudo apenas daqueles que atendem aos critérios diagnósticos nos quais a dor é considerada relacionada à fibromialgia”, ele acrescentou.“Uma abordagem quantitativa para separar a variância da fibromialgia e da não fibromialgia pode ser considerada uma abordagem para esse problema”, disse o Dr. Parkinson, que acredita que “a gravidade da fibromialgia pode ser estudada como uma variável independente contínua em vez de uma comparação de pacientes com e sem o diagnóstico.

"Por exemplo, mudanças na arquitetura do sono foram implicadas na fisiopatologia da fibromialgia décadas atrás", disse ele. “O modelo contínuo sugere associações entre a gravidade dos sintomas da fibromialgia e a disfunção da fisiologia do sono, e virtualmente qualquer outra fisiologia mensurável. Outras aplicações podem envolver a gravidade dos sintomas como dependentes / resultados para testar intervenções medicamentosas ou comportamentais ”, sugeriu ele.

"Esses pôsteres nos ajudam a entender que abordagens multifacetadas à dor são importantes", disse Morris. “Se a dor crônica de um paciente é mais do que o esperado e não responde ao aumento dos analgésicos, deve-se considerar outras formas de dor.

"Reumatologistas há muito reconheceram que um grande número de pacientes em nossas práticas tem dor relacionada à fibromialgia", disse ele. "Ser capaz de quantificar os efeitos dos sintomas em outras situações médicas nos ajuda a ver que a fibromialgia não é apenas uma doença reumática, mas pode contribuir para outras especialidades".

—Sherree Geyer

Fonte: https://www.painmedicinenews.com/Clinical-Pain-Medicine/Article/08-18/Fibromyalgia-Researchers-Suggest-Moving-Away-From-Tender-Point-Diagnosis/52431?sub=E6C615CF6850A5C7312FFBF2A5A3882FA64EC79FC25564B9BC6AD40542B7611&enl=true

Nota da Abrafibro: Todos os textos publicados neste blog, são frutos de larga pesquisa da Abrafibro. Nenhum deles exclui a avaliação do profissional de saúde especializado. Estes textos tem por objetivo o conhecimento para informação apenas.
Mantenha um diálogo assertivo e amplo com os profissionais que fazem parte de seu tratamento multidisciplinar; que terá maiores chances de melhor qualidade de vida e bem estar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

FADIGA CRÔNICA? Pode ser Colangite biliar primária , a doença do fígado que causa coceira e fadiga

A Abrafibro já vem falando há algum tempo sobre outras doenças que podem causar os mesmos sintomas da Fibromialgia. Hoje vamos abordar uma delas. Preste atenção... e se tiver alguma dúvida, consulte seu médico.

 Cerca de 30 mil brasileiros sofrem com esse problema, que provoca prurido, cansaço e outros sintomas. E há um tratamento que pode ser incluído no SUS

sábado, 18 de agosto de 2018

Como encontrar o caminho para o perdão

Segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Por Susan J. O'Grady, PhD

É impossível passar pela vida emocionalmente ileso. Todos nós fomos feridos em algum momento ou outro - e não apenas pelos inimigos. Mesmo aqueles próximos a nós, como um professor, treinador, pai, amigo ou parceiro, podem infligir dor que deixa sentimentos duradouros de raiva e amargura.

Mas se ficarmos presos a esses sentimentos, podemos ser os que pagam mais caro. Concentrar-se na raiva e na amargura pode nos impedir de apreciar o que é bom no presente e pode levar a sentimentos de depressão, ansiedade e insignificância na vida.

A resposta para o empate é o perdão.

O perdão é um processo que inclui várias etapas e pode levar meses, até anos - e começa com a escolha consciente de mudar. Mas fazer a escolha de perdoar pode não vir facilmente. Depois de ser gravemente ferido, é natural ter fantasias de vingança.E quando alguém que você ama o trai de forma fundamental, por exemplo, tendo um caso de longo prazo, o caminho para o perdão pode ser especialmente difícil.

Ao considerar o perdão, é importante entender que isso não significa negar, minimizar ou justificar o mal feito a você.

Perdão é escolher estar livre da dor que as ações lhe causaram. Então você não diria: "Eu perdoo meu pai por me dar um tapa quando eu era criança, porque ele estava muito chateado e, eu não estava ouvindo. Além disso, ele não quebrou minha pele", porque isso seria desculpa para as ações prejudiciais de seu pai. Em vez disso, você pode reconhecer a bofetada do pai como doloroso e humilhante, mas continue dizendo: "Eu o perdôo, porque não quero mais ser enjaulado por minha raiva, e eu mereço equilíbrio emocional". 

O ato que magoou ou ofendeu vai embora, mas o perdão pode diminuir seu controle sobre você e ajudá-lo a se concentrar em outras partes mais positivas de sua vida, trazendo-lhe a paz.

Aqui estão algumas diretrizes para a prática do perdão. 

Observe que, se houve uma perda séria, você deve se permitir um período de luto antes de começar a jornada do perdão.

✓Encoraje pensamentos de perdão dentro de si mesmo, mas não o force

✓Comece com pequenas coisas

✓Não espere resultados "certos" ou "errados"

✓Use prática de perdão ou meditação para explorar o que é possível no coração, além de nossas formas habituais de perceber (essa prática de meditação pode ser útil)


✓Lembre-se de que o perdão não desculpa, perdoa ou justifica ações prejudiciais

✓Lembre-se de que o perdão não requer conciliação ou mesmo falar com a pessoa que o prejudicou


Algumas pessoas acham que é um ato de fraqueza perdoar, mas na verdade, isso requer muita força.

Toda transformação autêntica envolve esforço e se volta para o difícil, e não para o que é doloroso. Basta passar pelos movimentos de perdão simplesmente dizendo: 

"Eu te perdôo" 

pode deixar resíduos de ressentimento e raiva. Um trabalho mais profundo é necessário.

E a recompensa? 

Deixar rancores e amarguras pode abrir caminho para a felicidade, a saúde e a paz.

O perdão pode levar a um maior bem-estar emocional e melhorar a saúde física - menos ansiedade, estresse e hostilidade; menor pressão arterial; menos sintomas de depressão; melhor saúde do coração; e maior auto-estima.

O perdão pode até levar a sentimentos de compreensão, empatia e compaixão por aquele que o feriu. Mais uma vez, não se trata de investigar ferimentos reais, mas porque quando deixamos o ressentimento em relação aos outros, podemos começar a curar nosso relacionamento com o passado e liberar mais espaço na vida para florescer.


Fonte: https://blogs.webmd.com/mental-health/2018/08/how-to-find-your-way-to-forgiveness.html


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A FIBROMIALGIA NÃO É CULPADA DE TUDO QUE SENTIMOS

Atenção!!!!!!!

Eu Ma Dutra, como portadora de fibromialgia e voluntária da Abrafibro...fico muito preocupada quando vejo pessoas afirmando que tudo é da fibromialgia... uma vez que os pesquisadores estão estudando a Fibromialgia, não existe um diagnóstico fechado e nenhuma relação direta de outras doenças com a fibromialgia... é muito fácil para “os médicos” dizerem que o que você está sentido e da fibromialgia, porque aí ele não terá o trabalho de pedir exames, nem olhar e muito menos aguentar o paciente questionando sobre o que tem e reclamando que está com dor ou que o tratamento não está fazendo efeito... precisamos nos conscientizar de que é a nossa saúde, o nosso corpo que está em jogo, não podemos brincar e deixar que digam que não temos nada, que não estamos com dores... se nosso organismo está emitindo sinal é porque algo não está bem... é necessário que cada um aprenda a identificar seu grau de dor, o que realmente é a fibromialgia, o que é uma crise e o que já não é normal, não temos que ficar em casa sofrendo com dor não, chegou no limite vá pra emergência/ pronto socorro para ser medicado e aliviar, pois senão a coisa só piora e aumentará a crise, os dias serão mais longos... precisamos lembrar que quando estamos com dor precisamos sim de repouso, precisamos nos cuidar, nos amar e nos respeitar... se queremos que as pessoas nos reconheçam e nos aceitem, precisamos em primeiro lugar nos aceitar e respeitar acima de qualquer circunstância... e não deixe que digam que é tudo da “Fibro” porque não é não!

MAIS CONSCIENTIZAÇÃO! SOMOS TODOS FIBROMIALGICOS!

#prontofalei

Um abraço de algodão 🦋
#cem

* Ma Dutra é voluntária na Abrafibro, na função de Coordenadora da Moderação nos Grupos de Apoio no Facebook, é Administradora do Grupo AbrafibroRS - Grupo de Apoio Virtual filiado à Abrafibro para o Rio Grande do Sul.

Novo tratamento reduz dor de pacientes com fibromialgia

Em 15 de agosto de 2018


Um novo equipamento, que permite a emissão conjugada de laser de baixa intensidade e ultrassom terapêutico, tem reduzido consideravelmente a dor de pacientes com fibromialgia.


A aplicação nas palmas das mãos, e não nos pontos de dor espalhados pelo corpo, está apresentando maior ação analgésica e anti-inflamatória. Como consequência da redução da dor, os pacientes tiveram também melhora no sono, na capacidade de executar tarefas cotidianas e na qualidade de vida como um todo.


Em artigo publicado no Journal of Novel Physiotherapies, pesquisadores do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (Cepof)– um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepi) apoiado pela Fapesp – descrevem a aplicação concomitante de laser e ultrassom por três minutos na palma da mão de pacientes diagnosticados com fibromialgia, em um tratamento total de 10 sessões, duas vezes por semana.


“São duas inovações no mesmo estudo: o equipamento e o protocolo de tratamento. Ao fazer a emissão conjugada de ultrassom e laser conseguimos normalizar o limiar de dor do paciente. Já o tratamento na palma das mãos contrapõe o tipo de atendimento feito hoje, muito focado nos pontos de dor”, disse Antônio Eduardo de Aquino Junior, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), um dos autores do artigo.


A pesquisa contou também com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).


No estudo, orientado por Vanderlei Salvador Bagnato, professor titular e diretor do IFSC-USP, 48 mulheres de 40 a 65 anos diagnosticadas com fibromialgia foram divididas em seis grupos de oito na Unidade de Pesquisa Clínica, parceria do IFSC com a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos.


Três grupos receberam emissões de laser, ultrassom ou a conjugação de ultrassom e laser na região do músculo trapézio. Os outros três grupos tiveram como foco do tratamento as palmas das mãos.


Os resultados mostraram que o tratamento realizado nas mãos foi mais eficiente para os três tipos de técnicas, sendo que o tratamento com a combinação de laser e ultrassom ofereceu melhoras significativas aos pacientes. A avaliação dos resultados com cada tipo de aplicação foi baseada em protocolos como o Questionário de Impacto da Fibromialgia (FIQ) e a Escala Visual Analógica (EVA).


Na comparação entre ultrassom, laser e ultralaser aplicados no músculo trapézio, houve um percentual de diferença de 57,72% na melhora de funcionalidade e 63,31% na redução de dor para o grupo de ultralaser. Já na comparação entre o tratamento no musculo trapézio e na palma das mãos com ultralaser, houve um percentual de diferença de 75,37% na redução de dor para o tratamento focado nas palmas das mãos.


Pontos sensíveis
A ideia de testar os efeitos do novo equipamento em aplicações na região das mãos surgiu a partir da revisão de literatura científica.


“Estudos anteriores indicaram que pacientes com fibromialgia apresentam quantidade maior de neurorreceptores próximos aos vasos sanguíneos das mãos. Alguns pacientes chegam a ter até pontos vermelhos nessa região. Por isso, mudamos o foco e testamos a atuação direta nessas células sensoriais das mãos e não só nos chamados pontos de gatilho de dor, como o músculo trapézio, região normalmente de muita dor para pacientes fibromiálgicos”, disse Juliana da Silva Amaral Bruno, fisioterapeuta e primeira autora do estudo.


O estudo mostrou que a ação nas mãos tem resultado em todos os pontos de dor no corpo dos pacientes. O mesmo grupo publicou outro artigo, também no Journal of Novel Physiotherapies, sobre um estudo de caso da aplicação do equipamento nos pontos de dores. Embora os resultados desse primeiro estudo tenham sido satisfatórios, não foi possível reduzir a dor da paciente de modo global.


“Os resultados da aplicação de ultrassom e laser conjugados nos pontos de dor, como o músculo trapézio, foram extremamente positivos, mas eles não conseguiam atingir as outras principais inervações afetadas pela doença. Já o tratamento na palma das mãos teve um resultado global, restabelecendo a qualidade de vida dos pacientes e, claro, eliminando a dor”, disse Bruno.


De acordo com o estudo, a normalização de fluxo sanguíneo tanto periférico como cerebral a partir das áreas sensíveis das mãos promove, ao longo das sessões, a normalização do limiar de dor do paciente.


“É importante lembrar que isso não é uma cura, mas uma forma de tratamento em que não é necessário fazer uso de medicamentos”, disse Aquino à Agência Fapesp.


A fibromialgia é uma doença crônica invisível que atinge de 3% a 10% da população mundial, tendo maior ocorrência em mulheres. Apesar das dores constantes em quase todo o corpo, os pacientes não apresentam lesão, inflamação ou degeneração dos tecidos. A doença também está envolta em outros dois mistérios: ainda não se sabe a causa e muito menos a cura para ela.


O tratamento padrão é feito a partir da prática de atividade física, anti-inflamatórios, analgésicos e terapia psicológica, já que os pacientes costumam apresentar ainda um cansaço extremo, dificuldade para se concentrar, tonturas e quadros de depressão e ansiedade.


Segundo Aquino, o novo equipamento que faz a emissão conjugada de ultrassom e laser deve chegar ao mercado no início de 2019. Ele está sendo testado por pesquisadores do Cepof para outras patologias.


“Estamos fazendo testes em osteoartrite, no joelho, mão e pé e o resultado também tem sido interessante. Outros projetos estão sendo montados para outras doenças”, disse o pesquisador.


O artigo Could Hands be a New Treatment to Fibromyalgia? A Pilot Study (doi: 10.4172/2165-7025.1000394), de Juliana Silva Amaral Bruno, Daniel Marques Franco, Heloisa Ciol, Anderson Luis Zanchin, Vanderlei Salvador Bagnato e Antonio Eduardo de Aquino Junior, pode ser lido em www.omicsonline.org/open-access/could-hands-be-a-new-treatment-to-fibromyalgia-a-pilot-study-2165-7025-1000393.pdf.


Fonte: Agência Fapesp (texto: Maria Fernanda Ziegler).


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

ONDE ESTÃO OS FIBROMIÁLGICOS BRASILEIROS???

Este será o primeiro tema da Live (Ao Vivo) na nossa nova página
no facebook. Terá a participação de todas as Associações e Grupos de Apoio aos Fibromiálgicos ligados a Abrafibro.
https://www.facebook.com/PagDaAbrafibro

Novo espaço apenas para Lives e Vídeos de interesse dos Fibromiálgicos.
Você participa apenas sobre os assuntos em discussão.

Mais dinâmico, mais interativo, mais perto de você.

Anote aí... e passe na página e já dê sua Curtida! 👍
https://www.facebook.com/PagDaAbrafibro


NÃO VÁ ESQUECER, ANOTE!!!!



quinta-feira, 26 de julho de 2018

MENSAGEM DA FUNDADORA

Seja bem vindo ao nosso universo, complexo, diferente, invisível... mas é preciso lembrar que o Fibromiálgico não é invisível, e seus sintomas são reais.
Respeite o fibromiálgico!

Nem tudo que você não vê, você desacredita...
Com a fibromialgia não é diferente.
Ela é uma das síndromes ou doenças invisíveis.
Nenhum paciente escolhe ser fibromiálgico.
Carinho, respeito, apoio, entendimento, ações e benefícios governamentais e harmonia ajudam e muito... depende da sociedade, dos familiares, dos amigos.

Os órgãos governamentais que insistem em desmerecer e desrespeitar o paciente, e para mudar este quadro é que JUNTOS estamos lutando. Faça sua parte também.
Não seja você apenas mais um nesta lista. Você pode fazer a diferença. #JuntosSomosMaisFortes
Agradecemos sua atenção.
Boa Leitura!

Sandra Santos -
Diretora Geral e Fundadora

MAS O QUE É FIBROMIALGIA?


O termo "Fibromialgia" refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono . No passado, pessoas que apresentavam dor generalizada e uma série de queixas mal definidas não eram levadas muito a sério. Por vezes problemas emocionais eram considerados como fator determinante desse quadro ou então um diagnóstico nebuloso de “fibrosite” era estabelecido. Isso porque acreditava-se que houvesse o envolvimento de um processo inflamatório muscular, daí a terminação “ite”. 

Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada à da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional, motivos que plenamente justificam que o paciente seja levado a sério em suas queixas. Como não existem exames complementares que por si só confirmem o diagnóstico, a experiência clínica do profissional que avalia o paciente com fibromialgia é fundamental para o sucesso do tratamento. 

A partir da década de 80 pesquisadores do mundo inteiro têm se interessado pela fibromialgia. Vários estudos foram publicados, inclusive critérios que auxiliam no diagnóstico dessa síndrome, diferenciando-a de outras condições que acarretem dor muscular ou óssea. Esses critérios valorizam a questão da dor generalizada por um período maior que três meses e a presença de pontos dolorosos padronizados. 

Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Assim sendo, uma infecção, um episódio de gripe ou um acidente de carro, podem estimular o aparecimento dessa síndrome. Por outro lado, os sintomas de fibromialgia podem provocar alterações no humor e diminuição da atividade física, o que agrava a condição de dor. 

Pesquisas têm também procurado o papel de certos hormônios ou produtos químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, no sono e no humor. Muito se tem estudado sobre o envolvimento na fibromialgia de hormônios e de substâncias que participam da transmissão da dor. Essas pesquisas podem resultar em um melhor entendimento dessa síndrome e portanto proporcionar um tratamento mais efetivo e até mesmo a sua prevenção.

Fonte: http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=pacientes_artigos&id_mat=4

Desde 2008, a Fibromialgia dentro do CID 10, passou a receber uma codificação própria - CID 10 - M79.7
Fonte: http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.html

Se você gosta de leitura mais científica acerca da Fibromialgia - Pesquisas e Conhecimentos Científicos - nós temos também...
www.facebook.com/AbrafibroConhecimentosCientificos

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Fibromialgia: tudo o que você precisa saber sobre a doença

DOENÇAS

Autor: Alan Niemies - Última atualização: 11/07/2018

Fibromialgia é uma das doenças mais complexas que temos dentro da Medicina, por uma série de motivos. Neste artigo do MedSimples, vamos explorar o assunto com profundidade e com base em conhecimentos científicos recentes sobre o assunto. Por ser uma doença complicada, é também muito comum vermos informações erradas sobre ela, não só na internet como inclusive nos próprios artigos médicos científicos!

Se você não tem Fibromialgia, muito provavelmente conhece ou convive com alguém com a doença, dada a sua prevalência na população. Assim, conhecer um pouco mais sobre ela é, ao meu ver fundamental para toda a população. Vamos lá?

Navegue pelos tópicos do artigo:

O que é a Fibromialgia?


Quem é afetado(a) pela Fibromialgia?


O que causa a Fibromialgia?


Sintomas da doença

Dor e hipersensibilidade


Distúrbios do sono


Fadiga


Sintomas cognitivos


Depressão e Ansiedade


Síndrome do Estresse Pós-Traumático (PTSD)


Como é realizado o diagnóstico?

Pontos dolorosos


O tratamento da Fibromialgia

Tratamento não-farmacológico


Tratamento farmacológico


Referências


O que é a Fibromialgia?

A complexidade da doença começa pela sua definição: a Fibromialgia faz parte de um grupo de doenças cuja característica é não ter uma definição precisa! Além disso, seus critérios de classificação mudaram ao longo do tempo, o que faz com que a própria definição da doença se atualize.

Hoje, entendemos que a Fibromialgia é uma doença complexa, caracterizada pela dor difusa ao longo do corpoe geralmente acompanhada por sintomas como fadiga, problemas da memória e distúrbios do sono. Alguns estudiosos colocam a Fibromialgia no grupo das chamadas “Síndromes Funcionais Somáticas”, juntamente com a Síndrome do Intestino Irritável (SII) e a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC).

Os primeiros critérios de classificação bem definidos foram criados em 1990 pelo ACR (American College of Rheumathology, o Colégio Americano de Reumatologia).

Uma atualização dos critérios de classificação foi feita em 2010, também pelo ACR. São mais simples de se usar pelo médico no consultório para fazer o diagnóstico e vêm para complementar (e não substituir) os critérios anteriores. Vamos falar mais sobre eles na sessão sobre diagnóstico, logo abaixo.

Quem é afetado(a) pela Fibromialgia?

A Fibromialgia afeta de 2-8% da população no mundo e é diagnosticada mais em mulheres do que homens. O fato de ela ser vista mais comumente em mulheres tem diversos motivos.

Se levarmos em consideração os critérios de classificação de 1990 do ACR (os primeiros desenvolvidos em um consenso entre especialistas), vemos um predomínio marcadamente feminino entre as pessoas afetadas, que vai desde uma proporção de mulheres para homens de 3:1 e chega até a 39:1, de acordo com a população estudada.

Os critérios mais recentes, de 2010 do ACR, levaram a uma redução dessa proporção de mulheres para homens que gira em torno de 2:1.

Não só os critérios utilizados afetam isso: você já deve saber que, no geral, mulheres se preocupam mais com a saúde e buscam mais assistência médica do que os homens. O mesmo acontece no caso da Fibromialgia.

Outro fator que pode aumentar a frequência de diagnóstico em mulheres é o fato de que os médicos geralmente são relutantes em diagnosticar Fibromialgia em homens, por acreditar que ela é muito mais comum em mulheres do que realmente pode ser. Assim, é comum que nós, médicos, exploremos outras explicações dos sintomas de Fibromialgia nos homens com mais afinco do que nas mulheres por conta dessa crença.

O que causa a Fibromialgia?

Se você pesquisar na internet, vai ver que diferentes pessoas atribuem diferentes e múltiplas causas à Fibromialgia. Ela já foi considerada uma doença de origem autoimune, infecciosa ou somática, mas nenhuma evidência científica é suficiente para confirmarmos essas hipóteses.

Por conter sintomas muitas vezes semelhantes ou em conjunto com a Síndrome do Intestino Irritável e Síndrome da Fadiga Crônica, não se sabe ainda se essas síndromes são diferentes expressões do mesmo processo de doença ou se são entidades diferentes.

Ao contrário do que vem sendo dito na internet e por muitos profissionais, ainda não existem evidências sólidas para dizer que traumas físicos de qualquer natureza, como acidentes automobilísticos, possam induzir ou piorar a Fibromialgia. Também não temos evidências conclusivas para sustentar a tese de que infecções (como a Doença de Lyme, transmitida por carrapatos) estão envolvidas como gatilhos.

Sintomas da doença

Dor e hipersensibilidade

O principal sintoma da Fibromialgia é a dor difusa crônica. Apesar de incomodar muito, a maior parte dos pacientes relatam que a dor não incomoda tanto quanto outros sintomas como a rigidez matinal, a fadiga e o sono não-reparador.

2 em cada 3 portadores de Fibromialgia relatam um quadro de “dor no corpo todo” (difusa), mas muitos desses parecem ter dor em vários pontos localizados, que afeta principalmente:

Ombros;


Braços;


Coluna lombar;


Nádegas;


Coxas.


A maior parte descreve seu sintoma de dor como contínua, enquanto outros relatam uma dor pior pela manhã e melhor no fim da tarde.

Os portadores de Fibromialgia relatam como principais fatores que agravam a dor: estresse físico, estresse emocional, mudanças de temperatura, frio, problemas do sono e exercício extenuante. Enquanto isso, o descanso, relaxamento e aquecimento das regiões ajudam a melhorar os  sintomas.

Existe uma série de diferenças entre pessoas normais e fibromiálgicos em relação à experiência da dor:

Sensibilização Central: o sistema nervoso central de pessoas normais torna-se mais ativo quando sofrem um estímulo de dor intenso ou prolongado. O resultado é experimentarmos algumas sensações, citadas abaixo. No caso da Fibromialgia, o limiar pra isso acontecer é mais baixo, ou seja, o mesmo estímulo de dor, se repetido, leva a uma superativação do sistema nervoso em resposta a essa dor. Ao invés da Sensibilização Central normal, o fibromiálgico apresenta a chamada Amplificação Central:

Alodínia (sensação de dor em estímulos que não eram para ser dolorosos – como a pressão do dedo do examinador nos pontos dolorosos característicos da Fibromialgia);


Hiperalgesia(aumento da sensibilidade à dor);


Aumento progressivo da resposta à dor repetitiva.


Em pessoas normais, quando existe dor em um local do corpo, o estímulo da dor em outra região faz a dor desaparecer no primeiro local. O portador de Fibromialgia tem um déficit nesse sistema, chamado de Controle Inibitório Nociceptivo Difuso.


Analgesia induzida por exercícios: em pessoas normais, o exercício aeróbico e contrações musculares isométricas são analgésicos contra estímulos dolorosos. Nos portadores de Fibromialgia, essa analgesia dos exercícios pode não funcionar ou até piorar a dor, em certos casos. Como veremos na área de tratamento, isso nãosignifica que atividades físicas devem ser evitadas (muito pelo contrário!).


Pessoas com Fibromialgia apresentam alterações em exames eletrofisiológicos: a amplitude do chamado Potencial Motor Evocado (PEM) após um estímulo doloroso é maior no paciente com Fibromialgia do que no indivíduo normal.


Eu resolvi detalhar todas essas alterações acima e outras ao longo do texto para mostrar que, hoje, já temos diferenças significativas mensuráveis (especialmente neurológicas) de diversas maneiras, quando comparamos o portador de Fibromialgia com pessoas normais.

Distúrbios do sono

A maior parte dos pacientes com Fibromialgia (de 70 até mais de 90%) apresentam alguma queixa em relação ao sono, principalmente:

Dificuldade para pegar no sono;


Acordam mais frequente à noite;


Dormem por menos horas;


Sentem que o sono é não-reparador com mais frequência.


Menor eficiência do sono, ou seja, passa mais tempo acordado na cama.


Maior proporção de sono leve em relação ao tempo total de sono.


No Eletroencefalograma (EEG) de quem tem Fibromialgia, é possível perceber um aumento de ritmos alfa durante o sono não-REM, o que pode explicar em parte esses problemas que levam à baixa qualidade do sono.

Os portadores de Fibromialgia também costumam ter com mais frequência Apneia do Sono e Síndrome das Pernas Inquietas. Como é comum no fibromiálgica a co-existência com Depressão, isso pode piorar ainda mais os problemas do sono.

Fadiga

3 em cada 4 portadores de Fibromialgia também se queixam de cansaço ou fadiga e em grande parte dos casos, a fadiga incomoda mais do que a própria dor!

O grande problema com a fadiga é que também é muito difícil defini-la. Hoje, sabemos que a fadiga é um conceito multissistêmico que tem várias dimensões: emocional, física e mental. Assim, no consultório médico, com o pouco tempo que temos de consulta e pouca capacitação do médico pra lidar com Fibromialgia, é difícil avaliar a fadiga da forma correta, infelizmente.

Pessoas com Fibromialgia que sofrem com fadiga relatam melhora do sintoma com uma boa noite de sono e piora quando estão com dor, rigidez, problemas com o sono e sintomas de Ansiedade e Depressão.

Ainda hoje, não há consenso entre os estudiosos sobre como definir Fadiga ou avaliá-la em estudos científicos.

Sintomas Cognitivos: dificuldade de concentração, esquecimento e confusão mental

Em torno de 76% dos fibromiálgicos tem esse tipo de queixa. Uma das áreas da cognição mais afetadas nos portadores de Fibromialgia é a atenção, que costuma estar reduzida. Um exemplo é o que chamamos de “inibição cognitiva“: a habilidade de nos mantermos focados em algo mesmo com distrações à volta, como pessoas conversando ou uma televisão ligada enquanto estamos lendo. Nos pacientes com Fibromialgia, esse componente da função executiva está prejudicada.

Depressão e Ansiedade

Pacientes com Fibromialgia tendem a ter mais sintomas depressivos se comparados ao resto da população. O mesmo acontece com sintomas de Ansiedade.

Porém, é importante diferenciar sintoma depressivo de um quadro diagnosticado como a Depressão Maior. Ainda não sabemos se pessoas com Fibromialgia tendem a ter mais Depressão do que o resto da população.

Síndrome do Estresse Pós-Traumático (PTSD)

Recentemente, alguns estudos têm mostrado que a Síndrome do Estresse Pós-Traumático é um dos transtornos de ansiedade mais importantes nos portadores de Fibromialgia. Estudo nos EUA, por exemplo, mostrou que mulheres com Fibromialgia podem ter até 6 vezes mais chance de apresentar sintomas de Estresse Pós-Traumático ao longo da vida em comparação com pessoas normais.

Muitos dos pacientes que recebem o diagnóstico de Estresse Pós-Traumático também preenchem os critérios de diagnóstico da Fibromialgia.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico de Fibromialgia é essencialmente clínico, ou seja, depende de história do paciente e exame físico. A doença deve ser suspeitada em toda pessoa com dor difusa não explicada por traumas físicos ou inflamação. É importante lembrar que esse tipo de dor pode ser em qualquer lugar: tanto nos músculos e ossos como em dores de cabeçacrônicas, dores em órgãos internos, garganta e assim por diante.

Porém, é considerado um diagnóstico de exclusão: outras possíveis causas para os sintomas devem ser avaliadas e descartadas antes de concluir pelo diagnóstico de Fibromialgia. Mesmo assim, a Fibromialgia pode acontecer juntamente com outras doenças que causam dor como a Artrite Reumatoide ou a Artrose, por exemplo.

Como dissemos no início do texto, já foram publicados dois critérios de classificação pelo ACR: o de 1990 e o de 2010. Ambos não foram feitos para servirem como critérios diagnósticos e sim apenas para estudos científicos epidemiológicos. Porém, são utilizados na prática clínica também para diagnosticar os pacientes.

Fibromialgia: pontos dolorosos

A diferença entre os dois é que os critérios do ACR de 1990 priorizam a detecção de dor em 11 dos 18 pontos de dor da Fibromialgia (tender points) ao longo do corpo, localizados nas seguintes regiões:

Esse modelo de diagnóstico pelos tender points apresenta uma série de falhas. A principal delas é que pessoas que claramente têm muitos sintomas de Fibromialgia podem não preencher esse critério.

Em 2010, houve uma mudança de paradigma em como nós vemos a Fibromialgia. Hoje, sabemos que a dor difusa é um componente importante para o diagnóstico, mas se dá muito mais importância aos outros sintomas associados.

Para diagnosticar a Fibromialgia de acordo com os critérios da ACR de 2010, ao invés dos tender points, são usadas duas escalas: uma de dor difusa, chamada de Índice de Dor Difusa (WPI)e outra que avalia a (gravidade) dos sintomas, chamada de escala de Severidade de Sintomas (SS). Para diagnóstico de Fibromialgia por esses critérios, são necessários todos os 3 pontos abaixo na mesma pessoa:

Dor em 7 ou mais pontos da Escala WPI além deescala de Severidade de Sintomas com 5 ou mais pontos ou WPI entre 3-6 pontos e SS maior ou igual a 9 pontos.


Os sintomas devem estar presentes por pelo menos 3 meses;


Ausência de outra doença que possa explicar esses sintomas.


Índice de Dor Difusa (WPI): 1 ponto para cada região do corpo afetada pela dorCintura escapular à esquerdaCintura escapular à direitaPorção superior do braço esquerdoPorção superior do braço direitoAntebraço esquerdoAntebraço direitoQuadril (nádegas e região da articulação do quadril) à esquerdaQuadril à direitaCoxa esquerdaCoxa direitaCanela/panturrilha à esquerdaCanela/panturrilha à direitaMandíbula à esquerdaMandíbula à direitaTóraxAbdômePorção superior das costasPorção inferior das costas (lombar)Pescoço

A escala de Severidade de Sintomas vai de 0 a 12 pontos e avalia 3 sintomas: fadiga, sensação de sono não-reparador e sintomas cognitivos (como falta de atenção). A pontuação é feita da seguinte maneira:

Escala de Severidade de Sintomas (SS): para cada sintoma usar pontuação abaixo e depois somar0 - nenhum problema1 - problemas leves e intermitentes (não estão sempre presentes)2 - problemas consideráveis, moderados (geralmente presentes)3 - problemas graves, que atrapalham o dia-a-dia e contínuos (sempre presentes)

Alguns exames de laboratório podem ser pedidos pelo seu médico para excluir outras causas da dor. O básico deve incluir: hemograma completo com contagem de plaquetas, hormônio TSH, vitamina D, exame de VHS e PCR. Outros exames como Fator Reumatoide e Anticorpo Antinuclear, úteis no diagnóstico de doenças reumatológicas, só devem ser solicitados sob suspeita clínica de doenças autoimunes.

O tratamento da Fibromialgia

Como a Fibromialgia é uma doença complexa, devemos realizar o seu tratamento em várias frentes e, de preferência, por uma equipe multidisciplinar.

Infelizmente, ao ler evidências científicas sobre o assunto e comparar com o que vem sendo fornecido aos fibromiálgicos na saúde pública brasileira, muito pouco vem sendo feito da maneira correta.

Tratamento não-farmacológico

Muita coisa pode ser feita para o tratamento da Fibromialgia sem nem tocar nos medicamentos! Alguns estudos interessantes mostram que o tratamento não-farmacológico é superior aos benefícios de medicamentos para a doença.

O primeiro passo é a educação dos pacientes. Se você é portador de Fibromialgia, deve conhecer mais sobre a doença e sua complexidade, de fontes confiáveis. Você precisa saber de coisas importantes, como o fato de a Fibromialgia não piorar ou ser desencadeada por traumas físicos ou exercícios físicos.

É importante saber que a Fibromialgia, apesar de ter dias de mais ou menos sintomas, não é progressiva, ou seja, não piora ao longo do tempo.

Como paciente de Fibromialgia, você também deve entender que o seu papel no tratamento da doença é muito importante. O médico pode fazer pouco por você pois só temos o momento da consulta para promover o que precisamos.

Técnicas comportamentais importantes para redução do estresse e controle dos problemas do sono são grandes pilares para o tratamento eficaz.

A prática de exercícios físicos a longo prazo também é fundamental para o controle dos sintomas de Fibromialgia. A atividade física regular reduz o estresse, regula o sono e diminui o limiar de dor. Sem manejar esses sintomas e sem atividade física, é praticamente impossível se ver livre da Fibromialgia.

Tratamento farmacológico

Como a própria Fibromialgia é pouco entendida e difícil de ser definida, o tratamento com medicamentos também não traz resultados tão eficaz quanto nós, médicos, gostaríamos.

Os tratamentos de primeira linha incluem:

Gabapentina e Pregabalina;


Duloxetina;


Amitriptilina;


O relaxante muscular Ciclobenzaprina.


O que NÃO funciona para Fibromialgia:

Opioides: além de não ajudarem, alguns estudos mostram inclusive que os medicamentos a base de opioides podem PIORAR o quadro de Fibromialgia. Nosso corpo conta com um sistema endógeno opioide. Nos pacientes com Fibromialgia, esse sistema parece estar hiperativado e opioides como medicamentos nada podem ajudar nesses casos.

Opioides incluem medicamentos como Codeína, Tramal, Morfina, entre outros.


Antiinflamatórios não-hormonais (como Nimesulida e Ibuprofeno) e analgésicos comuns (Dipirona e Paracetamol) ajudam muito pouco e apenas 1/3 dos pacientes.


Este artigo ficou longo por conta da complexidade dessa doença, mas espero que algumas (ou todas) suas respostas possam ter sido resolvidas ao ler o texto. Até a próxima!

Referências

Borchers, A. T., & Gershwin, M. E. (2015). Fibromyalgia: a critical and comprehensive review. Clinical reviews in allergy & immunology49(2), 100-151.


Clauw, D. J. (2014). Fibromyalgia: a clinical review. Jama311(15), 1547-1555.


Raphael, K. G., Janal, M. N., Nayak, S., Schwartz, J. E., & Gallagher, R. M. (2006). Psychiatric comorbidities in a community sample of women with fibromyalgia. Pain, 124(1-2), 117-125.


Tags:Dores no corpo

Sobre Alan Niemies


CRM-PR 37.611. Médico graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em 2016. Com interesse especial nas áreas de Clínica Médica e Tecnologia em Saúde, explora meios de facilitar, ao público leigo, o acesso à informação médica de qualidade através da internet e tornar pacientes mais aptos a controlarem suas doenças crônicas.

  



Atenção: o MedSimples é um site de caráter informativo e educativo, não substituindo, em nenhum momento (nem com os artigos, nem com as respostas de comentários) uma consulta médica, sendo esta primordial para se realizar um diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequados de qualquer paciente.


quinta-feira, 28 de junho de 2018

Aplicativo para celular permite marcar exames e consultas no SUS

21/06/2018 | 10:02 - Atualizado em 21/06/2018 - 10:02


Ferramenta do Ministério da Saúde é gratuita e está disponível para aparelhos Android e iOS


O Ministério da Saúde lançou um aplicativo que permite aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) acompanhar o agendamento de consultas e exames pelo telefone celular.

A ferramenta, chamada Meu digiSUS, permite monitorar o agendamento de exames e também de sessões de fisioterapia, procedimentos controlados pelo Sisreg, sistema informatizado do SUS.

No Hospital Municipal de Cubatão, por exemplo, o DigiSUS ajudará os pacientes que precisam de fisioterapia a receber o serviço, que voltou a ser oferecido nesta segunda-feira (18) após ter permanecido suspenso desde setembro do ano passado.

Disponível gratuitamente para aparelhos Android e IOS, o aplicativo permite também consultar estabelecimentos de saúde próximos à sua localidade ou pelo tipo. Ao acessar o serviço por meio do CPF, o usuário também recebe o número atualizado de seu cartão SUS. Para baixar o aplicativo, basta procurar por "Meu digiSUS" na loja on line de seu celular. 

sábado, 23 de junho de 2018

OMS divulga nova Classificação Internacional de Doenças (CID 11)

***PRESTE ATENÇÃO A DATA QUE ENTRARÁ EM VIGOR***

18 de junho de 2018 – A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta segunda-feira (18) sua nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 11). A CID é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. O documento fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações de saúde em nível global.


"A CID é um produto do qual a OMS realmente se orgulha", diz Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Ela nos permite entender muito sobre o que faz as pessoas adoecerem e morrerem e agir para evitar sofrimento e salvar vidas.

"Há mais de uma década em desenvolvimento, a CID-11 fornece melhorias significativas em relação às versões anteriores. Pela primeira vez, é completamente eletrônica e possui um formato que facilita seu uso. Houve um envolvimento sem precedentes de profissionais de saúde, que se juntaram em reuniões colaborativas e submeteram propostas. A equipe da CID na sede da OMS recebeu mais de 10 mil propostas de revisão.

A CID-11, que será apresentada para adoção dos Estados Membros em maio de 2019 (durante a Assembleia Mundial da Saúde), entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022. Essa versão é uma pré-visualização e permitirá aos países planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde.

A CID também é utilizada por seguradoras de saúde cujos reembolsos dependem da codificação de doenças; gestores nacionais de programas de saúde; especialistas em coleta de dados; e outros profissionais que acompanham o progresso na saúde global e determinam a alocação de recursos de saúde.

O novo documento também reflete o progresso da medicina e os avanços na compreensão científica. Os códigos relativos à resistência antimicrobiana, por exemplo, estão mais alinhados ao sistema global de vigilância da resistência antimicrobiana (GLASS). A CID-11 também reflete melhor os dados sobre segurança na assistência à saúde. Isso significa que eventos desnecessários que podem prejudicar a saúde – como fluxos de trabalho inseguros em hospitais – podem ser identificados e reduzidos.

A 11ª versão da CID também conta com novos capítulos, um deles sobre medicina tradicional; embora milhões de pessoas utilizem a medicina tradicional em todo o mundo, ela nunca havia sido classificada nesse sistema. Outro novo capítulo, sobre saúde sexual, reúne condições que antes eram categorizadas de outras formas (por exemplo, a incongruência de gênero estava incluída em condições de saúde mental) ou descritas de maneiras diferentes. O transtorno dos jogos eletrônicos também foi adicionado à seção de transtornos que podem causar adicção.

"Um dos mais importantes princípios desta revisão foi simplificar a estrutura de codificação e ferramentas eletrônicas. Isso permitirá que os profissionais de saúde registrem as condições de forma mais fácil e completa", afirma Robert Jakob, líder da equipe de classificação de terminologias e padrões da OMS.

Para Lubna Alansari, diretora-geral assistente da OMS para medições e medidas de saúde, “a CID é um pilar da informação de saúde e a CID-11 fornecerá uma visão atualizada dos padrões de doença.”

Nota aos editores

A CID-11 está vinculada às denominações comuns da OMS para substâncias farmacêuticas e pode ser usada para registro de câncer. A ferramenta foi projetada para uso em vários idiomas: uma plataforma de tradução central garante que suas características e resultados estejam disponíveis em todas as línguas traduzidas. As tabelas de transição da CID-10 e  para a CID-10 suportam a migração para a CID-11. A OMS apoiará os países à medida que avancem na implementação da nova classificação.

Fonte: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5702:oms-divulga-nova-classificacao-internacional-de-doencas-cid-11&Itemid=875

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Estudo de Revisão de Literatura Revela Benefícios do Remeron para Pacientes com Fibromialgia

O tratamento com Remeron (mirtazapina) pode melhorar a dor, o sono e a qualidade de vida em pacientes com fibromialgia , sugere um estudo do Departamento de Assuntos de Veteranos.


Mas mais estudos de longo prazo são necessários para fornecer evidências clínicas adicionais dos efeitos terapêuticos de Remeron nesses pacientes, disseram os autores.

O estudo, " O papel da mirtazapina em pacientes com fibromialgia: uma revisão sistemática ", foi relatado na revista Rheumatology International .

Os pacientes com fibromialgia são frequentemente tratados com vários medicamentos, incluindo antidepressivos, anticonvulsivos, relaxantes musculares, anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) e opióides. Embora tenham demonstrado ser eficazes no tratamento de alguns sintomas específicos, essas terapias geralmente não conseguem tratar efetivamente a lista completa de sintomas relacionados à fibromialgia.

Remeron é um antidepressivo que foi aprovado pela Food and Drug Administration dos EUA para o tratamento de transtornos depressivos maiores. A droga pode aumentar a liberação de algumas moléculas de sinalização do cérebro e também pode inibir a atividade de outras.

Seu amplo modo de ação ajuda a explicar por que Remeron pode modular o humor, além de agir como um sedativo, ao mesmo tempo em que ajuda a controlar os distúrbios do sono.

Estudos anteriores sugeriram que Remeron poderia ser um tratamento potencial para a fibromialgia, mas até agora o seu uso não foi recomendado pela Liga Europeia contra o Reumatismo (EULAR).

Para avaliar ainda mais o seu potencial na fibromialgia, uma equipe do Durham Veterans Affairs Medical Center revisou as informações disponíveis na literatura. A análise incluiu dados de três estudos randomizados, controlados por placebo e um estudo aberto.

Esses estudos mostraram que o Remeron mostrou efeitos positivos sobre as medidas de dor, sono e qualidade de vida em pacientes com fibromialgia que não haviam recebido tratamento antes ou que haviam falhado nas opções de tratamento anteriores.

Dois estudos descobriram que o antidepressivo poderia reduzir significativamente a dor em comparação com a linha de base (o início do estudo), enquanto os outros dois apresentaram melhorias em comparação com o placebo.

Como cada estudo usou diferentes métodos para medir a dor, isso limita a capacidade de comparar os diferentes resultados. Ainda assim, essa limitação também pode ser vista como uma força, já que de forma independente, os métodos usados ​​para avaliar a eficácia de Remeron para controlar a dor foram demonstrados em todos os quatro estudos.

"Isso também pode contribuir para resultados mais generalizáveis ​​que podem ser aplicados a uma gama mais ampla de pacientes com fibromialgia", escreveram os pesquisadores.

Os estudos também revelaram que o tratamento com Remeron poderia melhorar a qualidade de vida desses pacientes, já que se observou melhora significativa do funcionamento emocional e da dor corporal. Outros domínios como saúde mental, vitalidade e saúde geral também foram encontrados para ser positivamente impactados pela droga.

"A descoberta de que a mirtazapina [Remeron] pode impactar positivamente a qualidade de vida é importante, pois os pacientes com fibromialgia relatam um alto impacto em sua qualidade de vida devido à carga da doença", disseram os autores.

Além disso, verificou-se que o tratamento com 15-30 mg de Remeron diariamente durante um período de uma a duas semanas melhorou os distúrbios do sono em 73% e reduziu significativamente a fadiga em cerca de metade dos doentes.

Os efeitos adversos mais comuns associados ao tratamento relatado nos quatro ensaios foram boca seca, aumento do apetite, sonolência, sonolência, pressão arterial baixa, ganho de peso e inflamação da garganta e nariz.

Com base nesses resultados, os autores acreditam que o Remeron pode ser “uma opção efetiva para a fibromialgia devido à sua capacidade de melhorar a dor, a fadiga, a qualidade de vida e os sintomas do sono”.

"Uma diferença fundamental quando comparada a outras opções de tratamento é que a mirtazapina atinge muitos dos sintomas da fibromialgia com seu mecanismo de ação e dosagem simples uma vez ao dia", disseram eles.

Outro benefício potencial desta droga é o seu custo. Nos Estados Unidos, um suprimento de Remeron de um mês pode custar cerca de US $ 80, o que é cerca de três a seis vezes menor do que outros medicamentos disponíveis.

Mais estudos são necessários para fornecer evidências clínicas adicionais e definir ainda mais o papel do Remeron para pacientes com fibromialgia, disseram os autores.

Fonte: https://fibromyalgianewstoday.com/2018/06/05/review-study-reveals-benefits-remeron-fibromyalgia-patients-pain-sleep/?amp

** REMERON é comercializado no Brasil.

Vide bula em

http://www.bulas.med.br/p/bulas-de-medicamentos/bula/5053/remeron.htm

terça-feira, 12 de junho de 2018

Fibromialgia é a doença da dor; entenda

Esta síndrome clínica afeta de 2% a 3% da população brasileira, em sua maioria mulheres entre os 30 e 55 anos



© Reprodução
07:20 - 08/06/18 POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Dores pelo corpo inteiro, cansaço, insônia, problemas de memória, de concentração, ansiedade, formigamentos e dormências em partes do corpo, tontura, alterações intestinais e depressão. Estes são os sintomas da fibromialgia, síndrome clínica que afeta de 2% a 3% da população brasileira, em sua maioria mulheres entre os 30 e 55 anos.

Para alertar a população sobre a doença, Maio transformou-se no Mês Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia, em homenagem a Florence Nightingale, enfermeira inglesa, pioneira do Movimento Internacional da Cruz Vermelha, que sofria da doença e, mesmo assim, teve papel fundamental no atendimento aos feridos de guerra.
“É uma síndrome que se caracteriza, principalmente, pela ocorrência de dor generalizada. Ela pode ter causa primária, ou seja, se constituir uma doença por si só, ou ser secundária a um conjunto amplo de doenças metabólicas, como o hipotireoidismo, o diabetes; doenças reumáticas, como a polimialgia reumática, por exemplo, ou mesmo uso de medicamentos, por exemplo”, explica o neurologista Rogerio Adas, coordenador do Departamento Científico de Dor, da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
A fibromialgia pode ser desencadeada por estresse pós-traumático causado por um trauma físico, psicológico ou uma infecção grave. O quadro começa com uma dor localizada crônica e se espalha por todo o corpo. Sabe-se ainda que esses pacientes são mais sensíveis à dor do que as outras pessoas.
“Os principais sintomas da doença são as dores difusas, presença de pontos dolorosos nos membros, tronco e cabeça, fadiga e insônia. É comumente associada a sintomas depressivos, ansiedade e mesmo alterações cognitivas como dificuldades de concentração”, conta o neurologista.
O diagnóstico é feito com exames clínicos, pois não existem testes para detectar a fibromialgia. Para constatar a síndrome, o médico verifica se o paciente apresenta os sintomas da doença e observa a existência de pontos dolorosos nos músculos.
Por ser uma condição crônica, a fibromialgia não tem cura. Entretanto, não é uma doença progressiva, não causa danos aos órgãos, articulações e músculos e não é fatal.
Seu tratamento busca aliviar a dor com medicamentos, atividades físicas e fisioterapia. “Deve envolver fortalecimento muscular, fisioterapia, hidroterapia, acupuntura e outros métodos, como yoga e meditação, por exemplo. A implementação destas práticas deve ser feita caso e caso, a depender do momento da doença e das preferencias pessoais. 
Psicoterapia cognitiva comportamental pode auxiliar o enfrentamento da doença e minimizar a dor. Como é uma doença associada à ansiedade, depressão e insônia, estas condições também devem ser devidamente tratadas”, ressalta Adas.

2018 no INSS: Novas regras ajudam manter o auxílio-doença e a Aposentadoria

2018 no INSS: Novas regras ajudam manter o auxílio-doença e a Aposentadoria por invalidez

By Redação - 16 horas atrás
2018 no INSS: Novas regras ajudam manter o auxílio-doença e a Aposentadoria por invalidez. De acordo com as regras atuais do auxílio-doença, o segurado que recebe o benefício precisa, obrigatoriamente, fazer o pedido de prorrogação 15 dias antes do término do pagamento do auxílio do INSS. Aprenda todas as novas regras para manter a Aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença do INSS
Com isso, ao completar o terceiro pedido de prorrogação ao INSS, o segurado obrigatoriamente terá que passar por uma perícia médica conclusiva. Dessa forma, o perito poderá encerrar o benefício e, caso o segurado não se considere apto para voltar à ativa, pode pedir um novo auxílio ao órgão.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, uma Instrução Normativa que muda algumas regras para a manutenção do auxílio-doença. A partir de agora, o segurado que recebe o benefício e não se considera apto para retornar ao trabalho só poderá fazer três pedidos de prorrogação ao órgão. Antes, não existia limite para a quantidade de pedidos de prorrogação.
Outra mudança feita pelo INSS é que, a partir de agora, o trabalhador que se considerar apto para o trabalho poderá voltar à função sem necessidade de realizar uma perícia médica no órgão. Na prática, se o segurado possuir um auxílio com com alta programada (quando o perito estabelece um prazo para cessação do benefício) e não estiver mais doente antes do fim do prazo firmado, ele não precisará aguardar o agendamento de uma perícia e, assim, poderá retornar à empresa. Porém, para isso, o segurado precisa formalizar o pedido através de uma carta em um posto do INSS.
De acordo com o ministério do Desenvolvimento Social (MDS) a medida visa desafogar a agenda do órgão em relação às perícias médicas. No Rio, por exemplo, conforme o dado mais atualizado do INSS, o tempo médio de espera para conseguir um agendamento em um dos postos do ógão passa de 60 dias.
ENTENDA COMO FUNCIONA
Desde 2015, quando o Senado aprovou novas regras para a concessão do auxílio-doença, é comum beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apresentarem dúvidas sobre o benefício. O texto atual, que regulamenta a concessão, é claro quanto às principais regras. As empresas pagam os primeiros 15 dias de afastamento do trabalhador, e o governo, a partir do 16º, pelo período restante.
Além disso, o cálculo do valor do auxílio-doença hoje é feito considerando-se a média aritmética simples das últimas 12 contribuições ao INSS. A ideia é evitar que a pessoa, já doente, comece a contribuir apenas para ter o benefício. Mas essa exigência mínima de um ano de recolhimento é dispensada se o segurado tiver sofrido um acidente de trabalho ou tiver desenvolvido uma doença causada por sua atividade.
Vale destacar ainda, que o auxílio tem duas categorias. O previdenciário (quando o motivo do afastamento não tem nada a ver com o trabalho) não garante estabilidade quando o trabalhador volta à ativa. O acidentário (problema sofrido na empresa ou no caminho) resulta em 12 meses sem demissão, quando o empregado retorna.
Veja abaixo o tira-dúvidas sobre o assunto com informações do INSS:
Quem terá o benefício revisto?
Os trabalhadores que recebem auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez há mais de dois anos sem passar por avaliação médica serão chamados para a realização de perícia.
Quantos segurados serão convocados?
Ao todo serão convocados 530,2 mil beneficiários com auxílio-doença e 1,1 milhão de aposentados por invalidez.
Como o INSS vai convocar os segurados para a revisão?
Os beneficiários serão chamados por meio de carta e não precisam procurar o INSS. Também serão emitidos avisos nos caixas eletrônicos.
Segurados com endereço indefinido ou que morem em localidades não atendidas pelos Correios serão convocados por edital publicado na imprensa oficial (www.in.gov.br), como o que ocorreu no dia 1º de agosto com 55,1 mil segurados.
Quem recebe auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez deve procurar agora o INSS para agendar sua perícia?
Não, quem recebe um desses benefícios por incapacidade deve aguardar a convocação por meio de carta. Depois de recebê-la, o beneficiário terá cinco dias úteis para agendar a perícia, somente pelo telefone 135.
O que o beneficiário pode fazer para facilitar a convocação?
Para facilitar a convocação e evitar a suspensão do benefício, o segurado deve manter seu endereço atualizado. A alteração pode ser realizada pelo telefone 135 ou pela internet (clique aqui para atualizar).
As pessoas ainda estão sendo convocadas?
As cartas começaram a ser enviadas em setembro de 2016 para os beneficiários de auxílio-doença que recebem o benefício há mais de dois anos sem passar por perícia. Até 4 de agosto, foram realizadas 210.649 perícias, com 80% dos benefícios cancelados. O Ministério do Desenvolvimento Social não informou quantos já foram convocados.
A próxima etapa da operação será chamar os aposentados por invalidez que há mais de dois anos estão sem perícia. Serão convocados 1,005 milhão de aposentados por invalidez, começando pelos mais jovens. O Ministério do Desenvolvimento Social informou que a previsão é começar a convocação esta semana. O segurado deve aguardar a carta.
Se o beneficiário não atender ao chamado do INSS, o que acontece?
Ao receber a carta de convocação, o beneficiário tem 5 dias para agendar a perícia médica. Caso não o faça, terá o benefício suspenso até regularizar a situação. A partir do bloqueio, o beneficiário tem mais 60 dias para marcar a perícia. Com o agendamento dentro do prazo, o benefício é liberado até a realização da perícia. Se passarem 60 dias sem que o beneficiário se manifeste, o benefício será cancelado.
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Quem perdeu o prazo para agendar a perícia e teve o benefício suspenso, o que deve fazer?
O beneficiário deverá ligar no telefone 135 para agendar a perícia. A partir do momento em que agendar a perícia, voltará a receber o benefício. Ele tem um prazo de 60 dias para realizar o agendamento antes de o benefício ser cortado definitivamente.
Quem não conseguiu agendar porque teve problemas para ligar no 135 faz o que agora?
A orientação é ligar para o 135 e agendar a perícia. Quem não ligou, terá seu benefício suspenso. A partir da suspensão, conta-se 60 dias para que se marque a perícia. Se marcar neste prazo, o benefício é liberado até a realização da perícia. Se passados 60 dias sem que o beneficiário se manifeste, o benefício será cessado.
O que pode acontecer com quem tem o benefício revisto?
Em caso de o segurado estar recebendo o auxílio-doença e for constatado que ele está apto para trabalhar, ele é encaminhado para reabilitação profissional e tem o benefício cancelado. Os benefícios podem ainda ser convertidos em aposentadoria por invalidez, em auxílio-acidente e em aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25% no valor do benefício.
Veja abaixo o que aconteceu com as 210.649 perícias realizadas:
Pente fino do INSS
Já foram realizadas mais de 210 mil perícias
Benefícios cancelados: 168.396
Convertidos em aposentadoria por invalidez: 33.798
Convertidos em aposentadoria por invalidez com acréscimo de 25%: 1.105
Encaminhados para reabilitação profissional: 5.458
Convertidos em auxílio-acidente: 1.892
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social
Quais os benefícios por incapacidade e a diferença entre eles?
Auxílio-doença
O auxílio-doença é um benefício por incapacidade devido ao segurado do INSS acometido por uma doença ou acidente que o torne temporariamente incapaz para o trabalho.
Aposentadoria por invalidez
A aposentadoria por invalidez é um benefício devido ao trabalhador permanentemente incapaz de exercer qualquer atividade laboral e que também não possa ser reabilitado em outra profissão, de acordo com a avaliação da perícia médica do INSS. O benefício é pago enquanto persistir a incapacidade e pode ser reavaliado pelo INSS a cada dois anos.
Inicialmente o cidadão deve requerer um auxílio-doença, que possui os mesmos requisitos da aposentadoria por invalidez. Caso a perícia-médica constate incapacidade permanente para o trabalho, sem possibilidade de reabilitação em outra função, a aposentadoria por invalidez será indicada.
Auxílio-acidente
O auxílio-acidente é um benefício a que o segurado do INSS pode ter direito quando desenvolver sequela permanente que reduza sua capacidade de trabalhar. Esse direito é analisado pela perícia médica do INSS, no momento da avaliação pericial. O benefício é pago como uma forma de indenização em função do acidente e, portanto, não impede o cidadão de continuar trabalhando.
Aposentados por invalidez com mais de 60 anos de idade serão convocados para a perícia?
Não, somente serão convocados para revisão os aposentados por invalidez com menos de 60 anos de idade. Segundo a Previdência Social, será levada em conta a idade que o segurado tiver na data da convocação.
Quem recebe auxílio-doença e tem mais de 60 anos será convocado?
Sim, no caso do auxílio-doença não há limite de idade para convocação. Apenas os aposentados por invalidez maiores de 60 anos estão dispensados da revisão.
Qual é a ordem das convocações?
Os critérios levados em conta para a convocação são, principalmente: idade do segurado (beneficiários com idade menor serão convocados inicialmente); tempo de manutenção do benefício (benefícios concedidos há mais tempo serão convocados primeiro).
Que documentos os beneficiários devem levar no dia da perícia?
O beneficiário deverá apresentar os atestados e exames médicos que possuir, além da sua documentação pessoal, como RG e CPF. É aconselhado que o segurado tire cópias de todos os documentos que serão levados no dia da perícia, pois o perito médico retém a documentação original.
Será priorizada a revisão dos benefícios concedidos judicialmente?
Todos os benefícios por incapacidade concedidos há mais de dois anos serão revistos, independentemente de terem sido concedidos pelo INSS ou judicialmente.
Como o beneficiário poderá conhecer o resultado da perícia?
No dia seguinte à perícia o resultado estará disponível pelo telefone nº 135 e também pelo site (clique aqui para consultar).
Todos os médicos peritos participarão das revisões?
Aproximadamente 2,5 mil dos 4,2 mil peritos do quadro do Instituto trabalharão nas perícias de revisão.
Fonte www.g1.com.br
Fonte da Abrafibro: