Foi formada por pacientes e profissionais voluntários que, trazem informações e orientações de credibilidade a quem queira conhecer mais e melhor a Fibromialgia - CID 11 - MG30.01 Começamos em 2007 no antigo Orkut, encerradas as atividades em março/2023. IMPORTANTE: NOSSAS MATÉRIAS NÃO SUBSTITUEM, SOB QUALQUER PRETEXTO, A CONSULTA MÉDICA.
Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico
A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
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Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.
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segunda-feira, 27 de abril de 2020
"O que dizem as pesquisas que contestam o uso medicinal da maconha"
Ao mesmo tempo em que o Brasil assistiu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitir o registro e venda de substâncias ditas popularmente como "medicinais" à base de maconha, foi alertado pelo próprio órgão sobre a falta de estudos que assegurem a eficácia das mesmas. Razão essa que fez com que a agência decidisse por classificar esses fármacos como "produtos" e não "medicamentos". O cultivo da planta, além disso, para fim medicinal, foi integralmente vetado pela Anvisa.
A grande quantidade de componentes da planta e as interações complexas entre essas substâncias tornam o estudo da erva uma tarefa complexa. E os efeitos dos tratamentos dependem da concentração de cada composto nos medicamentos, sobretudo do tetrahidrocanabinol (THC), responsável por provocar "euforia" mas que também pode induzir psicoses e outros problemas."
Até hoje, grande parte das pesquisas conceituadas revela que existem, sim, evidências de benefícios, no entanto, os indícios são pouco encorajadores. Alguns estudos, inclusive, classificam os efeitos como "marginais" e, em outros casos, alertam que o uso de medicamentos à base da erva podem ser muito prejudiciais.
Abaixo, três pesquisas que contestam o uso da cannabis para fins medicinais:
1. Cannabis não ajuda contra dependência em cocaína
Para atestar se a cannabis poderia ajudar pacientes durante o tratamento de reabilitação da dependência de cocaína e crack, pesquisadores descobriram que o consumo da planta nessas circunstâncias, na verdade, acaba por piorar o quadro clínico dos pacientes. A análise foi publicada no periódico Drug and Alcohol Dependence.
Alguns dependentes costumam recorrer à maconha com o intuito de amenizar a ansiedade provocada por drogas como o crack e a cocaína, prática já endossada por pesquisadores, mas que foi, recentemente, contestada por membros do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA) e do Laboratório de Neuroimagem dos Transtornos Neuropsiquiátricos (LIM) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Eles acompanharam 123 participantes, ao todo. Alguns eram dependentes de cocaína e também faziam uso de cannabis, outros, dependentes de cocaína que não consumiam maconha, além de pessoas voluntárias sem histórico de uso de drogas."
A longo prazo, a associação dessas duas substâncias não ajudou os dependentes a deixar de consumir cocaína, não aliviou os sintomas de ansiedade e ainda piorou seu quadro clínico. Segundo os pesquisadores, os dependentes que já apresentavam déficits neurocognitivos antes de consumir maconha foram ainda mais afetados após fazer uso da erva.
"Um quarto daqueles que não fumou maconha conseguiu controlar o impulso de usar cocaína, enquanto só um quinto não teve recaída entre os que supostamente se beneficiariam da estratégia de redução de danos", disse o pesquisador Hercílio Pereira de Oliveira Júnior, um dos autores da análise, à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). "O uso pregresso de maconha não traz melhoras de prognóstico no longo prazo, o estudo até sugere o contrário".
2. Efeito contra muitas doenças é "marginal"
Uma revisão sistemática e meta-análise de 2015 revelou que não há efeito significativo do uso de medicamentos à base de cannabis, com quantidades idênticas de tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD), componentes da planta, para o tratamento de doenças ligadas ao sistema nervoso. Um estudo do Centro de Pesquisa de Abuso de Substâncias entre Jovens, da Universidade de Queensland, publicado na revista The Lancet, uma das mais conceituadas de medicina, endossa a revisão."
"A pesquisa classifica os benefícios dos produtos à base da erva como "marginais", e revela que evidências sobre a eficácia desses medicamentos são escassas no Canadá e nos Estados Unidos, pioneiros na permissão de venda de medicamentos feitos a partir da cannabis.
Em pacientes com esclerose múltipla, por exemplo, o uso medicinal da cannabis pode reduzir as dores causadas pela doença, mas o nível da redução é "modesto", diz a pesquisa. Para o tratamento contra a depressão, além disso, evidências de eficácia são "muito baixas", considera."
"Em casos de dores e incômodos (náusea, vômito, dor e sono) enfrentados por pacientes com câncer em cuidados paliativos, são raras as evidências de que remédios à base de maconha podem ajudar, em comparação com placebos - procedimentos médicos não fármacos que atuam de forma "psicológica". São fracas, sobretudo, as evidências de que o THC sintético estimula o apetite perdido por pessoas portadoras da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
Os efeitos existem, mas se mostram "marginais" e há escassez de pesquisas, defende o estudo, e, por isso, pesquisadores sugerem que, antes da recomendação de medicamentos à base de cannabis, sejam buscadas outras alternativas com eficiência já comprovada. Médicos canadenses e dos EUA, inclusive, relutam em recomendar medicamentos feitos a partir da erva, pela falta de base científica sobre sua eficácia.
3. Falta de comparação com outros medicamentos
Outro estudo publicado na revista acadêmica de medicina The Journal of Family Practice orienta, como os pesquisadores de Queensland, que medicamentos à base de maconha somente sejam recomendados caso outras opções de tratamento tenham sido totalmente descartadas. Os autores do artigo argumentam que, "embora muitas reivindicações tenham sido feitas a respeito dos efeitos terapêuticos da cannabis, poucas delas têm base científica que as fundamentem"."
"Pacientes que são medicados com fármacos à base de maconha em tratamentos contra náusea e vômito provocados pela quimioterapia, embora se tenha conhecimento sobre a "sedação" como potencial efeito benéfico, são mais prováveis (quando comparados a pacientes recebendo outros antieméticos - remédios que combatem o vômito) a deixar os estudos, devido a efeitos adversos, incluindo tonturas, disforia, depressão, alucinações e paranoia.
"Para as condições que se qualificam para o uso desses medicamentos, de acordo com as leis estaduais norte-americanas, como insônia, hepatite C, doença de Crohn, ansiedade e depressão, entre outros, a evidência [da eficácia de medicamentos de maconha] é de qualidade muito baixa ou inexistente", contesta o estudo. "Uma revisão sistemática de 2014 constatou que canabinoides têm eficácia desconhecida em tratamento de sintomas relacionados à doença de Huntington, síndrome de Tourette, distonia cervical e epilepsia"."
Entre as pesquisas, uma revisão bibliográfica sobre o uso de cannabis contra dor crônica e neuropática descobriu efeitos positivos em vários de seus ensaios. No entanto, esse e a maioria dos outros estudos que defendem o uso medicinal da maconha não comparam, durante as análises, os efeitos da cannabis com outros analgésicos, diz o artigo."
Texto original: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/o-que-dizem-as-pesquisas-que-contestam-o-uso-medicinal-da-maconha/
Copyright © 2020, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.
Caracterização da inervação cutânea dérmica na síndrome da fibromialgia
Resumo
Introdução
Caracterizamos a inervação dérmica em pacientes com síndrome da fibromialgia (SFM) como potencial contribuição para a patologia das pequenas fibras.
Métodos
Biópsias de pele do bezerro foram coletadas (86 pacientes com SFM, 35 controles saudáveis). A pele foi imunorreagida com anticorpos contra o produto gênico da proteína 9.5, peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância P, CD31 e neurofilamento 200 para pequenos subtipos de fibras. Foram avaliados dois cortes de pele por paciente; em cada seção da pele, duas áreas dérmicas (150 x 700 μm cada) foram investigadas quanto ao comprimento da fibra nervosa dérmica (DNFL).
Resultados
Em pacientes com SFM, encontramos DNFL reduzido de fibras com contato com os vasos em comparação com controles saudáveis (p <0,05). Não houve diferenças para os outros subtipos de fibras nervosas.
Discussão
Encontramos menos fibras nervosas dérmicas em contato com vasos sanguíneos em pacientes com SFM do que nos controles. A relevância fisiopatológica desse achado não é clara, mas sugerimos a possibilidade de uma relação com tolerância térmica prejudicada, comumente relatada por pacientes com SFM.
Citação: Evdokimov D, Dinkel P, Frank J, Sommer C, Üçeyler N (2020) Caracterização da inervação cutânea dérmica na síndrome da fibromialgia. PLoS ONE 15 (1): e0227674. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0227674
Editor: Rayaz A. Malik, Weill Cornell Medicine-Qatar, QATAR
Recebido: 2 de novembro de 2019; Aceito: 24 de dezembro de 2019; Publicado: 13 de janeiro de 2020
Direitos autorais: © 2020 Evdokimov et al. Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da Creative Commons Attribution License, que permite uso, distribuição e reprodução irrestritos em qualquer meio, desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.
Disponibilidade dos dados: todos os dados relevantes estão no manuscrito e em seus arquivos de informações de suporte.
Financiamento: O estudo foi apoiado por uma concessão irrestrita da Else Kröner-Fresenius-Stiftung (N.Ü .: 2014_A129). N.Ü. foi apoiado pela Fundação Alemã de Pesquisa (Deutsche Forschungsgemeinschaft, DFG: UE171-5 / 1). Esta publicação foi apoiada pelo Fundo de Publicação de Acesso Aberto da Universidade de Wuerzburg. Os financiadores não tiveram nenhum papel no desenho do estudo, coleta e análise de dados, decisão de publicação ou preparação do manuscrito.
Interesses concorrentes: Os autores declararam que não existem interesses concorrentes.
Introdução
Uma redução da densidade da fibra nervosa intra-epidérmica (IENFD) é um dos achados comumente relatados [1–4], enquanto a inervação dérmica aparentemente não difere dos controles saudáveis [4].
A maioria dos pesquisadores usa anticorpos para o produto gênico da proteína marcadora pan-axonal 9.5 (PGP9.5) para determinar a inervação da pele [5,6]. No entanto, as fibras nervosas dérmicas e epidérmicas compreendem diversas subpopulações, que podem ser diferenciadas por marcadores específicos de proteínas de superfície, p. peptidérgico e não peptidérgico [7], e que diferem em função. Os dados sobre subpopulações de fibras nervosas cutâneas são escassos. Além disso, é uma questão em aberto, como uma redução no número de nociceptores periféricos pode estar associada a mais dor. Embora não tenhamos encontrado diferença na inervação dérmica usando anticorpos para PGP9.5 [4], a composição das fibras dérmicas, algumas das quais dão origem a terminações epidérmicas, pode ser diferente. Embora esses dados não estejam disponíveis para a derme, na epiderme, uma diminuição das fibras nervosas não peptidérgicas e um aumento das fibras nervosas peptidérgicas foram demonstrados em ratos após lesão dolorosa do nervo periférico [8,9]. Em outro estudo, a lesão de constrição crônica do nervo ciático resultou em desnervação epidérmica da pele do rato no momento do comportamento máximo da dor, incluindo fibras imunorreativas ao peptídeo relacionado ao gene da calcitonina [10]. Portanto, investigamos a composição das fibras nervosas dérmicas de pacientes com fibromialgia em comparação com controles saudáveis como potencial contribuinte para pequenas patologias de fibras na SFM.
Métodos
Recrutamento de sujeitos e avaliação clínica
Entre setembro de 2014 e março de 2017, recrutamos 86 mulheres com SFM (idade mediana 51, faixa 23-74 anos), que também faziam parte de um grande estudo clínico [11]. Os critérios de inclusão foram idade ≥ 18 anos e diagnóstico de SFM de acordo com os critérios atuais [12–14]. Os critérios de exclusão foram polineuropatia, dor de outra origem e indistinguível da SFM, diabetes mellitus, disfunção tireoidiana não tratada, insuficiência renal, distúrbios reumáticos diagnosticados por um reumatologista, medicação neurotóxica e abuso de álcool ou substâncias. Todos os pacientes foram vistos individualmente, entrevistados e cuidadosamente examinados por um neurologista. A distribuição da dor foi determinada por entrevista. Estudos de condução nervosa dos nervos sural e tibial foram realizados seguindo procedimentos padrão [15] para excluir polineuropatia. Testes laboratoriais (incluindo hemograma, eletrólitos, função renal e hepática, hormônio estimulador da tireóide, vitamina B12, HbA1c, teste oral de tolerância à glicose) foram realizados para excluir causas alternativas de pequenos danos às fibras.
Além disso, recrutamos 35 mulheres saudáveis como sujeitos de controle (mediana de idade 49, intervalo 22-66 anos) para biópsias de pele (veja abaixo). Os controles eram principalmente conhecidos ou amigos dos pacientes. Os critérios de inclusão para controles saudáveis foram: sem doenças neurológicas, sem dor ou sintomas de neuropatia (ou seja, distúrbios sensoriais, persis), sem doenças metabólicas ou psiquiátricas, exame neurológico normal, neurografias normais do nervo sural e tibial. Todos os participantes do estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido antes da inclusão no estudo. Nosso estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina de Würzburg.
Biópsia com punção cutânea
Biópsias de punção cutânea de seis mm foram obtidas na panturrilha lateral lateral (10 cm acima do tornozelo), conforme descrito anteriormente [16]. As amostras de pele foram incubadas em paraformaldeído a 4% (PFA; pH 7,4; 2 h) antes do processamento para quantificação de fibras nervosas em criosseções de 40 μm.
Imuno-histoquímica
Para visualizar as fibras nervosas intraepidérmicas e dérmicas, imunorreagimos as seções da pele com anticorpos contra PGP9.5 (516-3344; 1: 1000, Zytomed, Berlim, Alemanha) visualizados por um anticorpo secundário acoplado ao Cy3 (109-165-043; 1: 100, Dianova, Hamburgo, Alemanha). Para subclassificar ainda mais as fibras nervosas, aplicamos anticorpos contra o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP, ab81887, 1: 100, abcam, Cambridge, Reino Unido) e substância P (SP, ab14184, 1: 500, abcam, Cambridge, Reino Unido) como marcadores para fibras peptidérgicas, o neurofilamento 200 (NF200, F-1005, 1: 200, Aves, Tigard, Oregon, EUA) como marcador de fibras mielinizadas e CD31 (550389, 1: 500, BD Pharmingen, San Diego, Califórnia) , EUA) como marcador de células endoteliais. Foi utilizado um anticorpo secundário acoplado ao Alexa Fluor 488 (DDXCH 03A488-100; 1: 100, Dendritics, Lyon, França). Exceto pelo PGP9.5, nenhum dos anticorpos testados apresentou uma marcação imunológica confiável das fibras nervosas epidérmicas em extensas experiências piloto. As seções foram visualizadas usando um microscópio de fluorescência (Axiophot 2, Zeiss, Oberkochen, Alemanha) equipado com uma câmera Axiocam mrm (Zeiss, Oberkochen, Alemanha) e o software SPOT, Windows versão 4.5 (Diagnostic Instruments, Inc, Sterming Heights, Michigan, EUA) .
Quantificação de IENFD
Para determinar o IENFD, três seções de pele por local de biópsia foram avaliadas por um investigador que desconhecia a alocação de indivíduos [17]. Os dados foram comparados com nossos valores normativos de laboratório com base em 106 mulheres saudáveis (idade mediana: 50 anos, intervalo: 20-84). O valor de corte para o IENFD na perna foi estabelecido em <6 fibras / mm.
Quantificação da inervação dérmica
Para quantificação do comprimento da fibra nervosa dérmica (DNFL), usamos um método publicado com pequenas modificações [18]. Foram avaliadas duas seções de pele por sujeito e em cada seção duas áreas dérmicas medindo 150 μm de profundidade x 700 μm de comprimento (S1 Fig), ou seja, quatro áreas dérmicas por sujeito. Como mostrado anteriormente [18], DNFL / mm epiderme e DNFL / mm2 correspondem muito bem e podem ser usados igualmente para quantificação da inervação dérmica. Cada fibra do nervo dérmico na área correspondente foi rastreada manualmente com ampliação de 40x e o DNFL total foi dividido pelo comprimento da epiderme da respectiva área medida (ou seja, 700 μm). Por este meio, medimos todo o comprimento do nervo que mostrava proximidade com um vaso sanguíneo em alguns pontos. Para imunorreações duplas, a sobreposição com PGP9.5 foi verificada em cada fibra nervosa quanto à precisão. No caso do CD31, que é abundantemente expresso na superfície das células endoteliais dos vasos sanguíneos [19], avaliamos as fibras nervosas que entram em contato com os vasos sanguíneos, ou seja, uma fibra nervosa foi categorizada como contato com um vaso sanguíneo, se um contato foi visto no CD31 Manchas duplas PGP9.5. O comprimento dos vasos sanguíneos dérmicos foi determinado conforme descrito para DNFL acima. A quantificação das fibras nervosas dérmicas foi realizada de maneira cega quanto à alocação do grupo de sujeitos.
Análise estatística
O teste de Kolmogorov-Smirnov mostrou distribuição normal dos dados de inervação dérmica. As médias foram comparadas pelo teste t de Student bicaudal não pareado; os dados são apresentados como média +/- desvio padrão. Dados não normalmente distribuídos (IENFD, fibras com contato com o vaso e fibras positivas para SP) foram analisados pelo teste U de Mann-Whitney. Para análise de correlação entre DNFL e IENFD; o teste do coeficiente de correlação de Spearman foi calculado. Para comparação entre os dados categóricos foi utilizado o teste Chi2. Os dados quantitativos são ilustrados como gráficos de caixas indicando a mediana (linha horizontal preta na caixa) e os quartis 25 e 75 (bigodes da caixa). Valores de p <0,05 foram considerados significativos.
Resultados
Dados clínicos
Exame neurológico, estudos de condução nervosa e exames de sangue de rotina foram normais em todos os pacientes. Nenhum de nossos pacientes relatou sintomas ou apresentava sinais clínicos de polineuropatia ou radiculopatia. Pacientes e controles com SFM não diferiram em idade (p> 0,05). Para uma visão geral dos dados clínicos, consulte a Tabela 1.
(consulte no texto original imagens e tabelas)
Inervação da pele
A IENFD foi reduzida em 38/86 (44%) pacientes, enquanto apenas em 7/35 (20%) controles saudáveis (Chi2 p <0,001). O DNFL geral imunorreagido com PGP9.5 não diferiu entre pacientes com SFM (mediana de 0,78 μm / μm de epiderme, variação de 0,38 a 1,18) e controles saudáveis (mediana de 0,85 μm / μm de epiderme; faixa de 0,5 a 1,19 μm / μm de epiderme; faixa de 0,5 a 1,19 μm / μm de epiderme; intervalo de 0,5 a 1,19; ns; Fig 1A), e também não entre pacientes com SFM com IENFD distal normal e reduzida. No entanto, o comprimento total das fibras nervosas dérmicas com contato com os vasos sanguíneos foi menor na pele de pacientes com SFM (mediana de 0,043 μm / μm de epiderme, variação de 0 a 0,33) em comparação com controles saudáveis (mediana de 0,089 μm / μm de epiderme, faixa de 0 a 0,28 , p <0,05; Fig 1B). Como o comprimento médio dos vasos não diferiu entre os grupos (SFM: epiderme de 0,48 μm / μm, faixa de 0,06 a 1,23; controles: epiderme de 0,55 μm / μm, faixa de 0,07 a 1,11; Fig 1C), os achados para a inervação dos vasos foram independentes (Fig. 2) .
Fig 1. Quantificação do comprimento das fibras nervosas dérmicas (DNFL) e das fibras nervosas dérmicas com contato com os vasos.
a: O DNFL não diferiu entre pacientes com SFM e controles saudáveis. b: O comprimento das fibras nervosas dérmicas com o contato dos vasos foi reduzido em pacientes com SFM em comparação com controles saudáveis (p <0,05). c: O comprimento dos vasos sanguíneos dérmicos não diferiu entre pacientes e controles com SFM. Abreviações: DNFL: comprimento da fibra do nervo dérmico; SFM: síndrome da fibromialgia.
Introdução
Caracterizamos a inervação dérmica em pacientes com síndrome da fibromialgia (SFM) como potencial contribuição para a patologia das pequenas fibras.
Métodos
Biópsias de pele do bezerro foram coletadas (86 pacientes com SFM, 35 controles saudáveis). A pele foi imunorreagida com anticorpos contra o produto gênico da proteína 9.5, peptídeo relacionado ao gene da calcitonina, substância P, CD31 e neurofilamento 200 para pequenos subtipos de fibras. Foram avaliados dois cortes de pele por paciente; em cada seção da pele, duas áreas dérmicas (150 x 700 μm cada) foram investigadas quanto ao comprimento da fibra nervosa dérmica (DNFL).
Resultados
Em pacientes com SFM, encontramos DNFL reduzido de fibras com contato com os vasos em comparação com controles saudáveis (p <0,05). Não houve diferenças para os outros subtipos de fibras nervosas.
Discussão
Encontramos menos fibras nervosas dérmicas em contato com vasos sanguíneos em pacientes com SFM do que nos controles. A relevância fisiopatológica desse achado não é clara, mas sugerimos a possibilidade de uma relação com tolerância térmica prejudicada, comumente relatada por pacientes com SFM.
Citação: Evdokimov D, Dinkel P, Frank J, Sommer C, Üçeyler N (2020) Caracterização da inervação cutânea dérmica na síndrome da fibromialgia. PLoS ONE 15 (1): e0227674. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0227674
Editor: Rayaz A. Malik, Weill Cornell Medicine-Qatar, QATAR
Recebido: 2 de novembro de 2019; Aceito: 24 de dezembro de 2019; Publicado: 13 de janeiro de 2020
Direitos autorais: © 2020 Evdokimov et al. Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da Creative Commons Attribution License, que permite uso, distribuição e reprodução irrestritos em qualquer meio, desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.
Disponibilidade dos dados: todos os dados relevantes estão no manuscrito e em seus arquivos de informações de suporte.
Financiamento: O estudo foi apoiado por uma concessão irrestrita da Else Kröner-Fresenius-Stiftung (N.Ü .: 2014_A129). N.Ü. foi apoiado pela Fundação Alemã de Pesquisa (Deutsche Forschungsgemeinschaft, DFG: UE171-5 / 1). Esta publicação foi apoiada pelo Fundo de Publicação de Acesso Aberto da Universidade de Wuerzburg. Os financiadores não tiveram nenhum papel no desenho do estudo, coleta e análise de dados, decisão de publicação ou preparação do manuscrito.
Interesses concorrentes: Os autores declararam que não existem interesses concorrentes.
Introdução
Uma redução da densidade da fibra nervosa intra-epidérmica (IENFD) é um dos achados comumente relatados [1–4], enquanto a inervação dérmica aparentemente não difere dos controles saudáveis [4].
A maioria dos pesquisadores usa anticorpos para o produto gênico da proteína marcadora pan-axonal 9.5 (PGP9.5) para determinar a inervação da pele [5,6]. No entanto, as fibras nervosas dérmicas e epidérmicas compreendem diversas subpopulações, que podem ser diferenciadas por marcadores específicos de proteínas de superfície, p. peptidérgico e não peptidérgico [7], e que diferem em função. Os dados sobre subpopulações de fibras nervosas cutâneas são escassos. Além disso, é uma questão em aberto, como uma redução no número de nociceptores periféricos pode estar associada a mais dor. Embora não tenhamos encontrado diferença na inervação dérmica usando anticorpos para PGP9.5 [4], a composição das fibras dérmicas, algumas das quais dão origem a terminações epidérmicas, pode ser diferente. Embora esses dados não estejam disponíveis para a derme, na epiderme, uma diminuição das fibras nervosas não peptidérgicas e um aumento das fibras nervosas peptidérgicas foram demonstrados em ratos após lesão dolorosa do nervo periférico [8,9]. Em outro estudo, a lesão de constrição crônica do nervo ciático resultou em desnervação epidérmica da pele do rato no momento do comportamento máximo da dor, incluindo fibras imunorreativas ao peptídeo relacionado ao gene da calcitonina [10]. Portanto, investigamos a composição das fibras nervosas dérmicas de pacientes com fibromialgia em comparação com controles saudáveis como potencial contribuinte para pequenas patologias de fibras na SFM.
Métodos
Recrutamento de sujeitos e avaliação clínica
Entre setembro de 2014 e março de 2017, recrutamos 86 mulheres com SFM (idade mediana 51, faixa 23-74 anos), que também faziam parte de um grande estudo clínico [11]. Os critérios de inclusão foram idade ≥ 18 anos e diagnóstico de SFM de acordo com os critérios atuais [12–14]. Os critérios de exclusão foram polineuropatia, dor de outra origem e indistinguível da SFM, diabetes mellitus, disfunção tireoidiana não tratada, insuficiência renal, distúrbios reumáticos diagnosticados por um reumatologista, medicação neurotóxica e abuso de álcool ou substâncias. Todos os pacientes foram vistos individualmente, entrevistados e cuidadosamente examinados por um neurologista. A distribuição da dor foi determinada por entrevista. Estudos de condução nervosa dos nervos sural e tibial foram realizados seguindo procedimentos padrão [15] para excluir polineuropatia. Testes laboratoriais (incluindo hemograma, eletrólitos, função renal e hepática, hormônio estimulador da tireóide, vitamina B12, HbA1c, teste oral de tolerância à glicose) foram realizados para excluir causas alternativas de pequenos danos às fibras.
Além disso, recrutamos 35 mulheres saudáveis como sujeitos de controle (mediana de idade 49, intervalo 22-66 anos) para biópsias de pele (veja abaixo). Os controles eram principalmente conhecidos ou amigos dos pacientes. Os critérios de inclusão para controles saudáveis foram: sem doenças neurológicas, sem dor ou sintomas de neuropatia (ou seja, distúrbios sensoriais, persis), sem doenças metabólicas ou psiquiátricas, exame neurológico normal, neurografias normais do nervo sural e tibial. Todos os participantes do estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido antes da inclusão no estudo. Nosso estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina de Würzburg.
Biópsia com punção cutânea
Biópsias de punção cutânea de seis mm foram obtidas na panturrilha lateral lateral (10 cm acima do tornozelo), conforme descrito anteriormente [16]. As amostras de pele foram incubadas em paraformaldeído a 4% (PFA; pH 7,4; 2 h) antes do processamento para quantificação de fibras nervosas em criosseções de 40 μm.
Imuno-histoquímica
Para visualizar as fibras nervosas intraepidérmicas e dérmicas, imunorreagimos as seções da pele com anticorpos contra PGP9.5 (516-3344; 1: 1000, Zytomed, Berlim, Alemanha) visualizados por um anticorpo secundário acoplado ao Cy3 (109-165-043; 1: 100, Dianova, Hamburgo, Alemanha). Para subclassificar ainda mais as fibras nervosas, aplicamos anticorpos contra o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP, ab81887, 1: 100, abcam, Cambridge, Reino Unido) e substância P (SP, ab14184, 1: 500, abcam, Cambridge, Reino Unido) como marcadores para fibras peptidérgicas, o neurofilamento 200 (NF200, F-1005, 1: 200, Aves, Tigard, Oregon, EUA) como marcador de fibras mielinizadas e CD31 (550389, 1: 500, BD Pharmingen, San Diego, Califórnia) , EUA) como marcador de células endoteliais. Foi utilizado um anticorpo secundário acoplado ao Alexa Fluor 488 (DDXCH 03A488-100; 1: 100, Dendritics, Lyon, França). Exceto pelo PGP9.5, nenhum dos anticorpos testados apresentou uma marcação imunológica confiável das fibras nervosas epidérmicas em extensas experiências piloto. As seções foram visualizadas usando um microscópio de fluorescência (Axiophot 2, Zeiss, Oberkochen, Alemanha) equipado com uma câmera Axiocam mrm (Zeiss, Oberkochen, Alemanha) e o software SPOT, Windows versão 4.5 (Diagnostic Instruments, Inc, Sterming Heights, Michigan, EUA) .
Quantificação de IENFD
Para determinar o IENFD, três seções de pele por local de biópsia foram avaliadas por um investigador que desconhecia a alocação de indivíduos [17]. Os dados foram comparados com nossos valores normativos de laboratório com base em 106 mulheres saudáveis (idade mediana: 50 anos, intervalo: 20-84). O valor de corte para o IENFD na perna foi estabelecido em <6 fibras / mm.
Quantificação da inervação dérmica
Para quantificação do comprimento da fibra nervosa dérmica (DNFL), usamos um método publicado com pequenas modificações [18]. Foram avaliadas duas seções de pele por sujeito e em cada seção duas áreas dérmicas medindo 150 μm de profundidade x 700 μm de comprimento (S1 Fig), ou seja, quatro áreas dérmicas por sujeito. Como mostrado anteriormente [18], DNFL / mm epiderme e DNFL / mm2 correspondem muito bem e podem ser usados igualmente para quantificação da inervação dérmica. Cada fibra do nervo dérmico na área correspondente foi rastreada manualmente com ampliação de 40x e o DNFL total foi dividido pelo comprimento da epiderme da respectiva área medida (ou seja, 700 μm). Por este meio, medimos todo o comprimento do nervo que mostrava proximidade com um vaso sanguíneo em alguns pontos. Para imunorreações duplas, a sobreposição com PGP9.5 foi verificada em cada fibra nervosa quanto à precisão. No caso do CD31, que é abundantemente expresso na superfície das células endoteliais dos vasos sanguíneos [19], avaliamos as fibras nervosas que entram em contato com os vasos sanguíneos, ou seja, uma fibra nervosa foi categorizada como contato com um vaso sanguíneo, se um contato foi visto no CD31 Manchas duplas PGP9.5. O comprimento dos vasos sanguíneos dérmicos foi determinado conforme descrito para DNFL acima. A quantificação das fibras nervosas dérmicas foi realizada de maneira cega quanto à alocação do grupo de sujeitos.
Análise estatística
O teste de Kolmogorov-Smirnov mostrou distribuição normal dos dados de inervação dérmica. As médias foram comparadas pelo teste t de Student bicaudal não pareado; os dados são apresentados como média +/- desvio padrão. Dados não normalmente distribuídos (IENFD, fibras com contato com o vaso e fibras positivas para SP) foram analisados pelo teste U de Mann-Whitney. Para análise de correlação entre DNFL e IENFD; o teste do coeficiente de correlação de Spearman foi calculado. Para comparação entre os dados categóricos foi utilizado o teste Chi2. Os dados quantitativos são ilustrados como gráficos de caixas indicando a mediana (linha horizontal preta na caixa) e os quartis 25 e 75 (bigodes da caixa). Valores de p <0,05 foram considerados significativos.
Resultados
Dados clínicos
Exame neurológico, estudos de condução nervosa e exames de sangue de rotina foram normais em todos os pacientes. Nenhum de nossos pacientes relatou sintomas ou apresentava sinais clínicos de polineuropatia ou radiculopatia. Pacientes e controles com SFM não diferiram em idade (p> 0,05). Para uma visão geral dos dados clínicos, consulte a Tabela 1.
(consulte no texto original imagens e tabelas)
Inervação da pele
A IENFD foi reduzida em 38/86 (44%) pacientes, enquanto apenas em 7/35 (20%) controles saudáveis (Chi2 p <0,001). O DNFL geral imunorreagido com PGP9.5 não diferiu entre pacientes com SFM (mediana de 0,78 μm / μm de epiderme, variação de 0,38 a 1,18) e controles saudáveis (mediana de 0,85 μm / μm de epiderme; faixa de 0,5 a 1,19 μm / μm de epiderme; faixa de 0,5 a 1,19 μm / μm de epiderme; intervalo de 0,5 a 1,19; ns; Fig 1A), e também não entre pacientes com SFM com IENFD distal normal e reduzida. No entanto, o comprimento total das fibras nervosas dérmicas com contato com os vasos sanguíneos foi menor na pele de pacientes com SFM (mediana de 0,043 μm / μm de epiderme, variação de 0 a 0,33) em comparação com controles saudáveis (mediana de 0,089 μm / μm de epiderme, faixa de 0 a 0,28 , p <0,05; Fig 1B). Como o comprimento médio dos vasos não diferiu entre os grupos (SFM: epiderme de 0,48 μm / μm, faixa de 0,06 a 1,23; controles: epiderme de 0,55 μm / μm, faixa de 0,07 a 1,11; Fig 1C), os achados para a inervação dos vasos foram independentes (Fig. 2) .
Fig 1. Quantificação do comprimento das fibras nervosas dérmicas (DNFL) e das fibras nervosas dérmicas com contato com os vasos.
a: O DNFL não diferiu entre pacientes com SFM e controles saudáveis. b: O comprimento das fibras nervosas dérmicas com o contato dos vasos foi reduzido em pacientes com SFM em comparação com controles saudáveis (p <0,05). c: O comprimento dos vasos sanguíneos dérmicos não diferiu entre pacientes e controles com SFM. Abreviações: DNFL: comprimento da fibra do nervo dérmico; SFM: síndrome da fibromialgia.
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RIO DE JANEIRO: Portadores de fibromialgia terão acesso a Tratamento Fora de Domicílio (TFD)
A norma estabelece que o pagamento das despesas relativas ao deslocamento de usuários do SUS para outro município sejam cobradas por intermédio do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS)
O Tratamento Fora de Domicílio (TFD) é autorizado aos
pacientes portadores de fibromialgia residentes no Estado do Rio de
Janeiro, atendidos na rede pública, conveniada ou contratada do Sistema
Único de Saúde (SUS). É o que estabelece a Lei 8.714/20, de autoria do
deputado Dr. Serginho (PSL), que foi sancionada pelo governador Wilson
Witzel e publicada pelo Diário Oficial do Executivo, nesta segunda-feira
(27/01).
A autorização para o tratamento, que é previsto na Portaria nº 55/99 do Ministério da Saúde, será concedida quando todos os meios de TFD interestadual e intermunicipais do SUS se esgotarem. A norma estabelece que o pagamento das despesas relativas ao deslocamento de usuários do SUS para outro município sejam cobradas por intermédio do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS), observado o teto financeiro definido para cada município e estado.
A autorização para o tratamento, que é previsto na Portaria nº 55/99 do Ministério da Saúde, será concedida quando todos os meios de TFD interestadual e intermunicipais do SUS se esgotarem. A norma estabelece que o pagamento das despesas relativas ao deslocamento de usuários do SUS para outro município sejam cobradas por intermédio do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS), observado o teto financeiro definido para cada município e estado.
Fonte: Alerj
texto original
https://portalgiro.com/portadores-de-fibromialgia-terao-acesso-a-tratamento-fora-de-domicilio-tfd/
sexta-feira, 24 de abril de 2020
Fibromialgia: o que é a síndrome da dor crônica que afeta Lady Gaga
Dr. José Eduardo Martinez explica sobre fibromialgia para o portal da Revista Galileu
Uma pausa nas informações de Covid-19. Leia esta entrevista de Dr. José
Eduardo Martinez, da Comissão Científica sobre Dor, Fibromialgia e
Outras Síndromes de Partes Moles e também da Diretoria Executiva da SBR,
sobre fibromialgia, para o portal da revista Galileu. Aqui, Dr.
Martinez, explica a doença, seus sinais e sintomas.
Fibromialgia: o que é a síndrome da dor crônica que afeta Lady Gaga
Fibromialgia: conheça a síndrome das dores crônicas que afeta Lady Gaga (Foto: Wikimedia commons)
Condição que atinge até 6,6% da população mundial faz com que a pessoa sinta muito mais dor do que o normal — até um simples toque pode causar o incômodo
Giuliana Viggiano
Atualizado em
“Brazil, I’m devastated” (“Brasil, estou devastada”). Assim começa a frase escolhida por Lady Gaga para comunicar aos fãs brasileiros o cancelamento de seu show no Rock in Rio, em setembro de 2017. O comunicado foi feito pelo Twitter pouco depois da cantora compartilhar com os fãs que sofre de uma síndrome conhecida como fibromialgia.
Mas, afinal, o que é a fibromialgia? (E por que Gaga teve de cancelar o show por causa disso?)
A fibromialgia é uma síndrome que causa dores intensas e crônicas no
corpo inteiro, principalmente nos músculos. Outros sintomas da condição
podem ser extrema fadiga, ansiedade, falta de atenção, esquecimentos e sono não restaurador — aquele no qual a pessoa não se sente descansada mesmo após uma noite inteira dormindo.
Como explica o reumatologista José Eduardo Martinez, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia, todos nós sentimos dor de forma diferente: enquanto um beliscão pode doer muito em uma pessoa, pode não ser tão incômodo em outra, por exemplo.
Já quem tem fibromialgia sofre uma desregulação nesse “sistema”, o
que torna a pessoa mais sensível e faz com que tudo seja mais doloroso.
“Existem pacientes em que apenas o toque dói”, relata Martinez, em
entrevista à GALILEU.
Origem
As causas exatas da fibromialgia são desconhecidas, mas acredita-se que a condição esteja relacionada a níveis anormais de certas substâncias químicas no cérebro. Os especialistas acreditam que o sistema nervoso central (cérebro, medula espinhal e nervos) de quem tem essa síndrome processa a sensação dolorsa de maneira diferente.
"Algumas pessoas têm uma predisposição genética para desenvolver
fibromialgia, mas este não é um fator determinante”, pontua o médico. O
problema pode ser consequência de infecções, por exemplo, ou de questões
emocionais, como estresse, traumas e depressão. “Em certas pessoas, episódios de dor intensa desencadeiam uma alteração permanente no sistema nervoso”, relata Martinez.
Prevalência
Segundo um estudo publicado pela Revista Brasileira de Reumatologia em 2016, entre 0,2% e 6,6% da população mundial sofre com fibromialgia.
De acordo com o Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido,
mulheres têm sete vezes mais risco de desenvolver a síndrome que os
homens. O mais comum é que ela apareça entre os 30 e 50 anos, mas pode
dar as caras em pessoas de qualquer idade,
Diagnóstico
Como cada um sente dor de um jeito, detectar essa condição muitas vezes não é tarefa fácil. O médico reumatologista faz o diagnóstico principalmente a partir de uma análise clínica dos sintomas — principalmente o período em que a pessoa vem sentindo dores e em quais parte do corpo se concentra o incômodo.
Tratamento
A atividade física, aeróbica ou não, é uma das principais formas de tratar quem tem fibromialgia. Isso porque, ao se exercitar, o organismo libera substâncias que funcionam como analgésicos naturais, a exemplo das endorfinas. Esse mecanismo ainda contribui para melhorar a qualidade do sono de quem tem a síndrome. Fora isso, o médico também pode prescrever medicamentos específicos para dor e outros sintomas. Mas lembre-se: como cada caso é um caso, a orientação de um especialista é essencial.
A indicação do texto e link para acessá-lo está na página da SBR no link https://www.reumatologia.org.br/noticias/dr-jose-eduardo-martinez-explica-sobre-fibromialgia-para-o-portal-da-revista-galileu/ e o texto da Galileu na integra está no link https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/04/fibromialgia-o-que-e-sindrome-da-dor-cronica-que-afeta-lady-gaga.html
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Suporte Psicológico OnLine
SUPORTE PSICOLÓGICO EM MOMENTOS DE COVID 19
Você não está sozinho neste momento de pandemia no Maranhão!
A @abrasmema - Abrasme Maranhão juntamente com o @conselhofederaldepsicologia disponibilizam os profissionais psicólogos inteiramente grátis!
A @abrafibro @fibromialgiamaranhao e @abrafibro_mente_e_corpo1 @gafibromialgiamaran. juntos com você nessa rede de apoio!
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sexta-feira, 17 de abril de 2020
Dia das Mães da Abrafibro
Então vem com a gente!
Campanha em homenagem ao dia das mães!
Nós da @abrafibro estamos preparando uma homenagem linda à mais bela criação divina... às mamães do nosso grupo!
Como você pode participar?
Encaminhe uma foto sua, acompanhada de seus filhos em posição vertical, de sua preferência para o email: vicepresidenciaabrafibro@gmail.com
Estamos ansiosos para preparar!
@fibromialgiamaranhao @abrafibro_mente_e_corpo @abrafibro_praiagrande @abrafibro @abrafibro_rs @abrafibrors_apoio_dos_gauchos @gafibromaranhao
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Live da SBR sobre o Covid-19
É hoje: às 16h, em no canal da SBR no Youtube, acontece Live para pacientes com as especialistas da SBR: Dra.Wanda Heloisa, Dra. Blanca Bica e Geralda Sá esclarecendo as principais dúvidas sobre COVID-19 e doenças reumáticas. Participe através do link:https://bit.ly/3coOvfi
Fonte da informação, página da SBR no Facebook
https://www.facebook.com/sbreumatologia/photos/rpp.196074540411693/3177846442234473/?type=3&theater
quarta-feira, 15 de abril de 2020
O que assisto pode me afetar?
imagem do Google Imagens
Uma semana estressante e cansativa pode ser facilmente compensada com um cineminha ou simplesmente uma sessão de filmes para abrir a mente e relaxar em casa, no conforto do sofá. Mas, afinal, por que será que os filmes têm esse poder de entreter o cérebro humano?
Romance, ação, comédia ou terror. Cada tipo de trama gera uma reação diferente e foi de olho nisso que professor de psicologia e neurociência da Universidade de Princeton Uri Hasson, criou uma técnica chamada Neurocinematics, que escaneia o cérebro de duas pessoas em tempo real durante a exibição de filmes¹.
Com os dados em mãos, o cientista verifica quais cenas provocaram reações idênticas nos cérebros dos participantes, gerando uma reação padrão para cada filme¹.
Já a psicóloga especialista em filmes como terapia, Birgit Wolz, foi mais a fundo e conseguiu catalogar os sentimentos presentes em cada tipo de história. Segundo ela, muitos filmes transmitem ideias através da emoção e podem neutralizar o instinto de reprimir os sentimentos e desencadear uma liberação emocional no corpo do espectador².
Autora do livro 'E-motion Picture Magic', Wolz avalia que "ao provocar emoções, assistir filmes pode abrir portas que, de outra forma, poderiam permanecer fechadas'².
Uma semana estressante e cansativa pode ser facilmente compensada com um cineminha ou simplesmente uma sessão de filmes para abrir a mente e relaxar em casa, no conforto do sofá. Mas, afinal, por que será que os filmes têm esse poder de entreter o cérebro humano?
Romance, ação, comédia ou terror. Cada tipo de trama gera uma reação diferente e foi de olho nisso que professor de psicologia e neurociência da Universidade de Princeton Uri Hasson, criou uma técnica chamada Neurocinematics, que escaneia o cérebro de duas pessoas em tempo real durante a exibição de filmes¹.
Com os dados em mãos, o cientista verifica quais cenas provocaram reações idênticas nos cérebros dos participantes, gerando uma reação padrão para cada filme¹.
Já a psicóloga especialista em filmes como terapia, Birgit Wolz, foi mais a fundo e conseguiu catalogar os sentimentos presentes em cada tipo de história. Segundo ela, muitos filmes transmitem ideias através da emoção e podem neutralizar o instinto de reprimir os sentimentos e desencadear uma liberação emocional no corpo do espectador².
Autora do livro 'E-motion Picture Magic', Wolz avalia que "ao provocar emoções, assistir filmes pode abrir portas que, de outra forma, poderiam permanecer fechadas'².
Confira, abaixo, quais os sentimentos cada tipo de filme pode provocar:
Comédia
Os estudos de Wolz mostram que o riso melhora a sensação de bem-estar.
A comédia é uma temática ideal para quem está preocupado e com um certo
nível de ansiedade, pois ao rir com algo engraçado, esse sentimento é
diluído².
Clinicamente, um estudo da Universidade de Maryland, aponta que "o riso, junto com um senso de humor ativo, poder proteger contra um ataque cardíaco"³.
Claro que um único filme de comédia ou comédia romântica não vai mudar a vida de ninguém. No entanto, para manter a vida mais leve justamente nos momentos mais tensos, nada como uma trama bem engraçada para equilibrar essa balança.
Clinicamente, um estudo da Universidade de Maryland, aponta que "o riso, junto com um senso de humor ativo, poder proteger contra um ataque cardíaco"³.
Claro que um único filme de comédia ou comédia romântica não vai mudar a vida de ninguém. No entanto, para manter a vida mais leve justamente nos momentos mais tensos, nada como uma trama bem engraçada para equilibrar essa balança.
Filmes românticos
Assim como a comédia, os filmes românticos provocam uma sensação de bem-estar.
Ao assistir aquele filme com temática amorosa, o telespectador pode
garantir algumas horas de alívio, o que ajuda a lidar com problemas
externos².
Com uma rotina tão exigente, uma pausa para uma história romântica pode causar reflexões, já que os erros cometidos pelos personagens podem ser um exemplo de que os erros cometidos na vida real não são tão devastadores assim². Afinal, quem nunca se identificou com um personagem loucamente apaixonado e que fez muitas besteiras para chegar à sua alma gêmea?
Diretora do Laboratório de Neuroimagem do Departamento de Psicologia da Universidade de Chicago, Stephanie Cacioppo, acredita que o cérebro humano é programado para amar e, por isso, ao assistir um filme romântico, várias áreas ligadas ao amor são acionadas.<sup>4</sup>
"O amor não ativa todo o cérebro, mas uma rede cerebral muito específica, importante para emoções, motivações, recompensas e funções cognitivas de alta ordem necessárias para a autorrepresentação e a compreensão das intenções dos outros", contou4.
A cientista descobriu que o amor está nas partes mais antigas do cérebro, e que abriga sensações mais primitivas, como fome, sede, dor e desejo sexual4.
Com uma rotina tão exigente, uma pausa para uma história romântica pode causar reflexões, já que os erros cometidos pelos personagens podem ser um exemplo de que os erros cometidos na vida real não são tão devastadores assim². Afinal, quem nunca se identificou com um personagem loucamente apaixonado e que fez muitas besteiras para chegar à sua alma gêmea?
Diretora do Laboratório de Neuroimagem do Departamento de Psicologia da Universidade de Chicago, Stephanie Cacioppo, acredita que o cérebro humano é programado para amar e, por isso, ao assistir um filme romântico, várias áreas ligadas ao amor são acionadas.<sup>4</sup>
"O amor não ativa todo o cérebro, mas uma rede cerebral muito específica, importante para emoções, motivações, recompensas e funções cognitivas de alta ordem necessárias para a autorrepresentação e a compreensão das intenções dos outros", contou4.
A cientista descobriu que o amor está nas partes mais antigas do cérebro, e que abriga sensações mais primitivas, como fome, sede, dor e desejo sexual4.
Filmes de Terror
O bonito da sétima arte é que podemos ter a sensação de fazer parte de realidades que, no cotidiano, seriam muito traumáticas.
Afinal, ver a cena de um assassinato na tela, tendo a consciência de
que aquilo é ficção, é completamente diferente de presenciar tal
violência na vida real.
Para a psicóloga Birgit Wolz, ter a sensação de estar 'à beira da morte' acaba fazendo com que o espectador se sinta mais vivo após o filme²
Por outro lado, de terror podem ainda aumentar os níveis de adrenalina e cortisol e gerar um impacto diferente em pessoas que realmente passaram por momentos traumáticos2. Por exemplo: uma cena que a personagem está sendo afogada pode gerar um desconforto leve para quem nunca teve experiência de se afogar, mas pode reativar memórias ruins e recuperar traumas para quem já passou por isso.
Atenção: Filmes de terror aumentam a frequência cardíaca e caso o espectador tenha alguma doença cardíaca coronária, afirma o médico George Bakris, especialista em doenças hipertensivas. Segundo ele, algumas cenas podem aumentar a dor no peito e a pressão sanguínea²
Para a psicóloga Birgit Wolz, ter a sensação de estar 'à beira da morte' acaba fazendo com que o espectador se sinta mais vivo após o filme²
Por outro lado, de terror podem ainda aumentar os níveis de adrenalina e cortisol e gerar um impacto diferente em pessoas que realmente passaram por momentos traumáticos2. Por exemplo: uma cena que a personagem está sendo afogada pode gerar um desconforto leve para quem nunca teve experiência de se afogar, mas pode reativar memórias ruins e recuperar traumas para quem já passou por isso.
Atenção: Filmes de terror aumentam a frequência cardíaca e caso o espectador tenha alguma doença cardíaca coronária, afirma o médico George Bakris, especialista em doenças hipertensivas. Segundo ele, algumas cenas podem aumentar a dor no peito e a pressão sanguínea²
Filmes 3D
Uma nova era dos películas 3D surgiu nos últimos anos, provocando uma
verdadeira revolução no cinema. A sensação de ter mais uma dimensão em
jogo em filmes convencionais e não apenas nas animações trouxe uma série
de novas sensações para quem assiste os melhores filmes da telona.
Em pessoas com problemas de visão, no entanto, esses filmes podem causar tonturas, dor de cabeça e até náuseas. É o seu cérebro reagindo aos estímulos criados pela tecnologia.²
Por outro lado, um estudo britânico aponta que o cérebro humano se desenvolve quando assistimos mais filmes em 3-D. Os resultados mostram um aumento de 23% na capacidade de processamento cognitivo depois de assistir a um filme em 3 dimensões, ao passo que o tempo de reação melhorou 11% em um período até 20 minutos após o término do filme5
Segundo os cientistas, os filmes em 3-D podem ajudar a retardar o declínio nas atividades cerebrais comuns na velhice5
Em pessoas com problemas de visão, no entanto, esses filmes podem causar tonturas, dor de cabeça e até náuseas. É o seu cérebro reagindo aos estímulos criados pela tecnologia.²
Por outro lado, um estudo britânico aponta que o cérebro humano se desenvolve quando assistimos mais filmes em 3-D. Os resultados mostram um aumento de 23% na capacidade de processamento cognitivo depois de assistir a um filme em 3 dimensões, ao passo que o tempo de reação melhorou 11% em um período até 20 minutos após o término do filme5
Segundo os cientistas, os filmes em 3-D podem ajudar a retardar o declínio nas atividades cerebrais comuns na velhice5
Classificação Indicativa
É por causa dessas reações que a arte provoca no cérebro humano que existem classificações indicativas tanto para filmes como qualquer outro tipo de exibição. Não é recomendável, por exemplo, obras com teor sexual ou violentas para menores de 10 anos6No Brasil, ela é definida pelo Ministério da Justiça e está dividida entre Livre, 10, 12, 14, 16 e 18 anos. A classificação não é censura e sim uma sugestão. Por isso, cabe a cada família definir o que as crianças e adolescentes podem ou não assistir6.
Tags: Filmes, Filme de Terror, Filme de Comedia, Filme Romântico, Assistir Filme
1. New Scientist. Brain imaging monitors effect of movie magic.
Disponível em: https://www.newscientist.com/article/mg20727774-000-brain-imaging-monitors-effect-of-movie-magic - Acesso em 21 de outubro de 2019.
2. Chicago Tribune. Movies may cause special effects on the body
Disponível em: https://www.chicagotribune.com/lifestyles/ct-xpm-2011-06-22-sc-health-0622-movies-impact-on-body-20110622-story.html - Acesso em 21 de outubro de 2019
3. University Of Maryland Medical Center. Laughter Is Good For Your Heart, According To A New University Of Maryland Medical Center Study.
Disponível em: https://www.sciencedaily.com/releases/2000/11/001116080726.htm - Acesso em 21 de outubro de 2019
4. The University of Chicago - Psychology's John and Stephanie Cacioppo: Love on the Brain.
Disponível em: https://socialsciences.uchicago.edu/story/psychologys-john-and-stephanie-cacioppo-love-brain - Acesso em 21 de outubro de 2019
5. The Guardian. This article is more than 4 years old Watching 3D movies 'helps improve brain power'
Disponível em: https://www.theguardian.com/film/2015/may/21/watching-3d-movies-helps-improve-brain-power - Acesso em 21 de outubro de 2019
6. Ministério da Justiça do Brasil. Classificação Indicativa - Informação e Liberdade de Escolha.
Disponível em: https://www.justica.gov.br/seus-direitos/classificacao/cartilh_informacaoliberdadeescolha.pdf - Acesso em 21 de outubro de 2019
texto original: https://www.medley.com.br/blog/saude-mental/qual-filme-devo-assistir?idcmp=a776c874a8ab45b4bc3f201f6aeae698&utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=medley_q1_na_awareness_43922_43951_brazil_brazil_rmkt&utm_content=ppl_1200x1200_as-35_na_cpc&dclid=CNr1n8uL2-gCFTwFuQYd0jkNJg
Ministério da Saúde adere e reforça a iniciativa organizada pela sociedade, chamada “Máscara para Todos” (#Masks4All) e reforça o lema “Eu protejo você e você me protege”
Ministério da SaúdeSecretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Saúde da Família
Coordenação-Geral de Garantia dos Atributos da Atenção Primária
NOTA INFORMATIVA Nº 3/2020-CGGAP/DESF/SAPS/MSA
Lei nº 13.969, de 06 de fevereiro de 2020 e a Portaria nº 327, de 24 de março de 2020, que estabelecem medidas de prevenção, cautela e redução de riscos de transmissão para o enfrentamento da COVID-19, fixam a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
O Ministério da Saúde tem realizado ações para adquirir esses produtos de diversos fornecedores, tanto nacionais quanto internacionais, bem como ações no sentido de descentralizar os recursos para apoiar os estados, municípios e Distrito Federal na compra desses EPIs conforme suas necessidades. Contudo, diante do cenário da pandemia pelo COVID-19, há escassez de EPIs em diversos países, em especial das máscaras cirúrgicas e N95/PFF2, para o uso de profissionais nos serviços de saúde (Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 356, de 23 de março de 2020).
A partir desse cenário, o Ministério da Saúde recomenda que máscaras cirúrgicas e N95/PFF2 sejam priorizadas para os profissionais, considerando que os serviços de saúde são os locais com maior potencial de concentração de vírus, ao mesmo tempo em que a manutenção de suas atividades precisar ser garantida, mediante ações que visem a proteção de profissionais e pacientes.
Pesquisas têm apontado que a utilização de máscaras caseiras impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física que vem auxiliando na mudança de comportamento da população e diminuição de casos.
Nesse sentido, sugere-se que a população possa produzir as suas próprias máscaras caseiras, utilizando tecidos que podem assegurar uma boa efetividade se forem bem desenhadas e higienizadas corretamente.
Os tecidos recomendados para utilização como máscara são, em ordem decrescente de capacidade de filtragem de partículas virais:
a) - Tecido de saco de aspirador
b) - Cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%)
c) - Tecido de algodão (como camisetas 100% algodão)
d) - Fronhas de tecido antimicrobiano
O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
Dado que, quanto maior a aglomeração de pessoas, maior a probabilidade de circulação do vírus, o uso das máscaras caseiras faz especial sentido quando houver necessidade de deslocamento ou permanência para um espaço onde há maior circulação de pessoas.
Pessoas com quadro de síndrome gripal que estiver em isolamento domiciliar, deve continuar usando preferencialmente máscara cirúrgica. O mesmo vale para o cuidador mais próximo dessa pessoa, quando estiver no mesmo ambiente da casa.
Como fazer uma máscara caseira:
Existem diferentes formas para confeccionar as máscaras caseiras, podendo utilizar materiais encontrados no dia-a-dia, como camisetas ou outras roupas em bom estado de conservação, até tecidos específicos confeccionadas com máquinas de costuras e elásticos.
Algumas orientações de como confeccionar as máscaras caseiras estão sendo compartilhadas em diversos canais de comunicação, como cortar camisetas deixando em camada dupla e formas que possibilitem a fixação ao rosto, ou recortes de tecidos com metragem de 21 e 34 cm e com utilização de elásticos.
Modelo 1, usando uma camiseta:
e) Corte a camiseta e espessura dupla usando como base as marcações indicadas na figura;
f) Faça um ponto de segurança na parte inferior (para segurar ambas as toalha);
g) Insira um papel entre as camadas;
h) Amarre a alça superior ao redor do pescoço, passando por cima das orelhas;
i) Amarre a alça inferior na direção do topo da cabeça;
Modelo 2, usando costura e elástico:
j) Separe o tecido que tenha disponível (tecido de algodão, tricoline, cotton, TNT, outros têxteis).
k) Faça um molde em papel de forma no qual o tamanho da máscara permita cobrir a boca e nariz, 21 cm altura e 34 cm largura
l) Faça a máscara usando duplo tecido.
m) Prenda e costure na extremidade da máscara um elástico, ou amarras.
As medidas de utilização e higienização das máscaras caseiras fazem a diferença para a eficiência da iniciativa. Desta forma, os seguintes cuidados devem ser utilizados:
n) O uso da máscara caseira é individual, não devendo ser compartilhada entre familiares, amigos e outros.
o) Coloque a máscara com cuidado para cobrir a boca e nariz e amarre com segurança para minimizar os espaços entre o rosto e a máscara.
p) Enquanto estiver utilizando a máscara, evite tocá-la na rua, não fique ajustando a máscara na rua.
q) Ao chegar em casa, lave as mãos com água e sabão, secando-as bem, antes de retirar a máscara.
r) Remova a máscara pegando pelo laço ou nó da parte traseira, evitando de tocar na parte da frente.
s) Faça a imersão da máscara em recipiente com água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%) por 30 minutos. A proporção de diluição a ser utilizada é de 1 parte de água sanitária para 50 partes de água (Por exemplo: 10 ml de água sanitária para 500ml de água potável).
s) Faça a imersão da máscara em recipiente com água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%) por 30 minutos. A proporção de diluição a ser utilizada é de 1 parte de água sanitária para 50 partes de água (Por exemplo: 10 ml de água sanitária para 500ml de água potável).
t) Após o tempo de imersão, realizar o enxágue em água corrente e lavar com água e sabão.
u) Após lavar a máscara, a pessoa deve higienizar as mãos com água e sabão.
v) A máscara deve estar seca para sua reutilização.
w) Após secagem da máscara utilize o com ferro quente e acondicionar em saco plástico.
x) Trocar a máscara sempre que apresentar sujidades ou umidade.
y) Descartar a máscara sempre que apresentar sinais de deterioração ou funcionalidade comprometida.
z) Ao sinais de desgaste da máscara deve ser inutilizada e nova máscara deve ser feita.
O uso das máscaras caseiras é mais uma intervenção a ser implementada junto com as demais medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde como o distanciamento social, a etiqueta respiratória e higienização das mãos visando interromper o ciclo da COVID-19.
Essas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, quando adotadas em conjunto, potencializam os efeitos da proteção contra o COVID-19 no país e por isso são tão importantes de serem adotadas por toda a população. A participação de todos é extremamente importante para a interrupção da cadeia de transmissão, independente da presença ou não de sintomas, uma vez que já existem evidências da ocorrência de transmissão pessoa a pessoa.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde adere e reforça a iniciativa organizada pela sociedade, chamada “Máscara para Todos” (#Masks4All) e reforça o lema “Eu protejo você e você me protege”.
texto copiado da nota normativa do Ministério da Saúde
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