Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Recesso 2019/2020

Atenção!
IREMOS REPOR AS ENERGIAS! PARA VOLTAR COM TUDO EM 2020!
A equipe da Abrafibro estará em recesso do dia 20/12 a 6/01/2020
Pedimos a compreensão e colaboração de todos para manter a harmonia e a paz em nossos perfis e no grupo, sempre lembrando e respeitando o regulamento.
Boas festas a todos!
Bom recesso!

A imagem pode conter: texto que diz "Atenção: A equipe Abrafibro estará em recesso do dia 20/12 a Iremos repor nossas energias! Para voltar com tudo em 2020! PIC.COLLAGE"

Fibromialgia: saiba mais sobre essa doença

medica examinando paciente idoso

Fibromialgia: saiba mais sobre essa doença

fibromialgia é uma síndrome dolorosa idiopática, crônica e não articular, com pontos dolorosos generalizados. É uma doença multissistêmica caracterizada por distúrbios do sono, fadiga, dor de cabeça, rigidez matinal, parestesias e ansiedade.
A fibromialgia é um distúrbio comum, que ocorre em todas as populações. Afeta 0,5% a 5% da população em geral. As mulheres entre 40 e 60 anos são a maioria, com uma proporção de acometimento de mulheres para homens de 8 a 10:1.
Novos conceitos sugerem que a fibromialgia é uma condição heterogênea que, provavelmente, apresenta múltiplas etiologias potenciais. Doenças “comórbidas”, como síndromes somáticas funcionais (por exemplo, síndrome do intestino irritável), distúrbios de ansiedade e depressão e doenças reumáticas são frequentemente observados em pessoas com fibromialgia.
Nos últimos 30 anos, o número de publicações sobre fibromialgia aumentou consideravelmente. Essa onda de estudos pode ser explicada por um interesse de clínicos, pesquisadores e da indústria farmacêutica de promover a conscientização da fibromialgia, entender sua fisiopatologia e melhorar as opções terapêuticas.

Causas

As características fisiopatológicas mais bem estabelecidas da fibromialgia são as da sensibilização central (isto é, dor aumentada e alteração no processamento sensorial cerebral), com aumento da conectividade funcional com as regiões cerebrais nociceptivas e diminuição da conectividade com as regiões antinociceptivas e alterações em neurotransmissores no sistema nervoso central, bem como no tamanho e forma das regiões do cérebro. 

Associação Familiar

Os familiares de pessoas com fibromialgia apresentam maior incidência de dor crônica. Comparados com parentes de indivíduos sem fibromialgia, os parentes de primeiro grau de pacientes com fibromialgia são mais propensos a ter fibromialgia e outros estados de dor crônica.
A fibromialgia também pode ocorrer concomitante com outras síndromes de dor crônica, como osteoartrite, artrite reumatoide e lúpus. Aproximadamente, 10% a 30% dos pacientes com esses distúrbios reumatológicos também preenchem os critérios para fibromialgia.

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado principalmente na presença de dor generalizada por um período de pelo menos três meses.
Na prática clínica, deve-se suspeitar de fibromialgia em pacientes com dor multifocal não totalmente explicada por lesão ou inflamação. Na maioria dos casos, a dor musculoesquelética é a característica mais proeminente. Como as vias da dor em todo o corpo são amplificadas, a dor pode ocorrer em qualquer lugar.
O diagnóstico de fibromialgia requer um histórico de um conjunto de sintomas que definem o distúrbio. O diagnóstico é feito se os sintomas relatados pelo paciente atenderem a critérios predefinidos e se uma doença somática que explique suficientemente os sintomas for excluída.
Atualmente, não há teste laboratorial ou biomarcador específico disponível para o diagnóstico de fibromialgia.
Os critérios de classificação do American College of Rheumatology (ACR) de 1990 para o diagnóstico de fibromialgia fornecem uma sensibilidade e especificidade de quase 85% na diferenciação da síndrome fibromiálgica de outras formas de dor musculoesquelética crônica como síndrome dolorosa miofascial.
Embora o exame de tender points tenha sido tradicionalmente feito para diagnóstico de fibromialgia nas últimas décadas, ele não é mais aceito como um achado clínico confiável e não é incluído nos critérios diagnósticos atuais.
Os critérios atualizados da ACR 2010 e 2016 não apenas eliminaram os tender points. Mas, também, mudaram a definição de caso de fibromialgia para uma doença caracterizada por dores difusas e sintomas chave adicionais, como problemas de fadiga, sono, cognição e extensão de sintomas somáticos relatados pelo paciente.
Dor Crônica
As síndromes de dor crônica, como a fibromialgia, são definidas por sintomas subjetivos e carecem de características fisiopatológicas únicas. Muitas vezes, surgem perguntas sobre a natureza e a existência de doenças como a síndrome fibromiálgica. 
A disfunção na modulação da dor, demonstrada por alodinia e dor espontânea, sugere que a fibromialgia pode ser uma doença dolorosa funcional devido a um aumento na sensibilidade à dor e diminuição nos controles inibidores da dor.

Associação com depressão

A prevalência ao longo da vida de transtornos depressivos em pacientes com fibromialgia varia entre 40% e 80%, dependendo dos instrumentos e critérios de diagnóstico utilizados.
A associação de fibromialgia e distúrbios depressivos pode ser explicada pela sobreposição de sintomas (insônia, sono superficial e fadiga crônica) e mecanismos biológicos compartilhados (por exemplo, genes) e psicológicos (como adversidades na infância).

Tratamento

Embora não haja consenso para o tratamento, há evidências de que uma abordagem multidimensional com educação do paciente, terapia comportamental cognitiva, cinesioterapia, fisioterapia e terapia farmacológica pode ser eficaz. 
O número de ensaios clínicos randomizados aumentou na última década. No entanto, diretrizes europeias recentes e revisões sistemáticas do Instituto Cochrane indicam que o tamanho do efeito para a maioria dos tratamentos é relativamente modesto, e que todas as terapias farmacológicas apresentam apenas recomendações fracas para a fibromialgia.
Tratamentos Farmacológicos
As terapias farmacológicas eficazes geralmente funcionam em parte reduzindo a atividade de neurotransmissores facilitadores (ex: gabapentinoides reduzem o glutamato) ou aumentando a atividade de neurotransmissores inibitórios, como a noradrenalina e a serotonina (por exemplo, tricíclicos, inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina) ou ácido γ-aminobutírico por exemplo, γ-hidroxiglutamato).
Os mecanismos para sua eficácia podem incluir um efeito direto dos medicamentos na recaptação de noradrenalina e serotonina para melhorar o sono, depressão associada, estresse e ansiedade, além de atuar na inibição das vias da dor e reconhecimento da dor
O sistema opioide endógeno hiperativo na fibromialgia pode explicar por que os opioides parecem ser ineficazes, muitas vezes, refletindo até em piora da dor em casos crônicos.
Tratamentos não farmacológicos
As três terapias não farmacológicas mais estudadas são educação, terapia cognitivo-comportamental e exercício. Todas têm evidências fortes (evidência de nível 1A) de eficácia na fibromialgia. A magnitude da resposta ao tratamento para essas terapias excede a dos medicamentos.
Uma opção promissora de tratamento é a estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr), uma técnica não invasiva de estimulação cerebral que se mostrou promissora em distúrbios que afetam o sistema nervoso central. A estimulação magnética transcraniana pode afetar a dor e a qualidade de vida dos pacientes com fibromialgia. Estudos anteriores demonstraram anormalidades funcionais cerebrais individuais no estado de repouso em pacientes com fibromialgia, em áreas corticais acessíveis pela estimulação magnética transcraniana.
Terapias complementares e alternativas podem ser úteis como adjuvantes do tratamento da fibromialgia. Como em outros distúrbios, relativamente poucos estudos controlados apoiam seu uso. Manipulação quiroprática, tai chi, ioga, acupuntura e terapia de liberação miofascial têm evidências de eficácia e estão entre os tratamentos mais usados.
Na prática, vemos que pacientes com fibromialgia e osteoartrite concomitante ou dor miofascial apresentaram melhora na dor e sensibilidade geral da fibromialgia quando tratados com terapias locais.

Conclusão

A melhor maneira de abordar a fibromialgia é através da integração de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, ao mesmo tempo em que envolve pacientes como participantes ativos do processo. Além disso, todas as diretrizes recentes enfatizam a importância das terapias não farmacológicas no tratamento. O exercício aeróbico foi o único tratamento que recebeu uma forte recomendação do European League Against Rheumatism. Nas diretrizes alemãs atualizadas, exercícios aeróbicos e terapias cognitivas comportamentais receberam forte recomendação.
Autor:
Referências:
  • Clauw DJ. Fibromyalgia: a clinical review. Jama. 2014 Apr 16;311(15):1547-55.
  • Busch AJ, Schachter CL, Overend TJ, Peloso PM, Barber KA. Exercise for fibromyalgia: a systematic review. The Journal of rheumatology. 2008 Jun 1;35(6):1130-44.
  • Mease P. Fibromyalgia syndrome: review of clinical presentation, pathogenesis, outcome measures, and treatment. The Journal of rheumatology Supplement. 2005 Aug 1;75:6-21.
  • Ablin J, Neumann L, Buskila D. Pathogenesis of fibromyalgia–a review. Joint Bone Spine. 2008 May 1;75(3):273-9.
  • Sim J, Adams N. Systematic review of randomized controlled trials of nonpharmacological interventions for fibromyalgia. The Clinical journal of pain. 2002 Sep 1;18(5):324-36.
  • Macfarlane GJ, Kronisch C, Dean LE, Atzeni F, Häuser W, Fluß E, Choy E, Kosek E, Amris K, Branco J, Dincer F. EULAR revised recommendations for the management of fibromyalgia. Annals of the rheumatic diseases. 2017 Feb 1;76(2):318-28.
  • Deare JC, Zheng Z, Xue CC, Liu JP, Shang J, Scott SW, Littlejohn G. Acupuncture for treating fibromyalgia. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2013(5).
  • Dias MH, Amaral E, Pai HJ, Tsai DT, Lotito AP, Leone C, Silva CA. Acupuntura em adolescentes com fibromialgia juvenil. Revista Paulista de Pediatria. 2012.

Atendimento preferencial às pessoas com fibromialgia agora é lei em Corumbá

Atendimento preferencial às pessoas com fibromialgia agora é lei em Corumbá


Fonte: Assessoria Câmara em 16 de Dezembro de 2019
O prefeito Marcelo Iunes sancionou no último dia 11 de dezembro, a Lei nº 2.712, que dispõe sobre atendimento preferencial às pessoas com fibromialgia em órgãos e empresas públicas, concessionárias de serviços públicos e empresas privadas localizadas no Município.
De autoria do vereador Ubiratan Canhete de Campos Filho (Bira), a proposta já havia sido aprovada pelo Poder Legislativo corumbaense, por unanimidade. A Lei foi publicada no Diário Oficial do Município nº 1.811, na última quarta-feira.
Bira destacou a decisão do prefeito, lembrando que vai contemplar pacientes regularmente diagnosticados com um tratamento preferencial nas repartições públicas e privadas. Também conhecida como Síndrome da Dor Generalizada, a fibromialgia é caracterizada por uma dor crônica que migra para vários pontos do corpo e se manifesta principalmente nos tendões e nas articulações.
"A dor causada pode ser intensa e até incapacitante. Estima-se que cerca de 5 milhões de pessoas são acometidas pela doença no Brasil, e precisamos que elas sejam incluídas no rol do atendimento preferencial dispensados aos idosos, gestantes e deficientes físicos", justificou.
Trata-se de uma patologia relacionada ao funcionamento do sistema nervoso central, que ataca principalmente as mulheres com mais de 35 anos (90% dos casos), mas que pode se manifestar em crianças, adolescentes e idosos.
Pela Lei, as empresas comerciais que recebem pagamentos de contas, deverão incluir as pessoas com fibromialgia nas filas de atendimento preferencial já destinadas a idosos, gestantes e pessoas com deficiência.
A identificação dos beneficiários se dará por meio de cartão expedido, gratuitamente, pela Secretaria Municipal de Saúde. A regulamentação da Lei deverá ser regulamentada pelo prefeito em um prazo de 60 dias.

Feliz Natal e Um Próspero 2020 - desejos da Abrafibro para você

🎅🤶╰⊱🎄⊱╮
             ╰⊱♥⊱╮
     *FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!*
╰⊱♥⊱╮
             ╰⊱🎄⊱╮🎅🤶

*Agora que o ano está se despedindo, vamos esquecer o que não deu certo, perdoar a nós mesmos o que ficou por fazer e dizer, e todas as promessas que não foram cumpridas. Vamos dizer adeus ano velho, feliz ano novo!*

*O meu desejo é que todos possam entrar no ano novo com alegria e esperança no coração, sem arrependimentos, sem qualquer sentimento negativo. Um novo ano vai começar, e é tempo de renovar, recomeçar, de tentar novamente.*

*O que ficou por fazer, pode agora ser feito. O que ficou por sonhar, deve agora ser sonhado. Vamos fazer deste ano o melhor das nossas vidas, pois apenas depende de nós e a vida é o conjunto das nossas escolhas.*

*Feliz Ano Novo!* *Feliz 2020!*

São os votos de toda a família Abrafibro (Equipe e colaboradores)


🎅🤶╰⊱♥⊱╮
             ╰⊱🎄⊱
╰⊱♥🎅🤶🎄⊱╮
             ╰⊱♥⊱╮🎅🤶

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Fibromialgia em homens

Fibromialgia em homens

Embora às vezes esquecido nos homens, essa condição reumática pode causar dor, fadiga e outros sintomas.


Por Elaine K. Howley, Colaborador 17 de maio de 2019, às 9:52


Foto: GettyImage. Imagem do site Uol(pais&filhos)

As DISPARIDADES DE GÊNERO existem em muitas doenças, de certos tipos de câncer e doenças cardíacas à saúde mental e distúrbios auto-imunes. Uma área da medicina em que o equilíbrio de gênero dos pacientes é particularmente distorcido é a reumatologia.

A reumatologia abrange uma ampla variedade de doenças e condições que afetam as articulações e os tecidos moles, sendo a mais comum a osteoartrite, e muitas delas são mais comuns entre mulheres do que homens. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças relatam que "as mulheres têm maior probabilidade de desenvolver OA do que os homens, especialmente após os 50 anos". O mesmo vale para a artrite reumatóide, uma forma inflamatória da artrite causada pelo sistema imunológico que ataca por engano os tecidos do próprio corpo. O CDC relata que "novos casos de AR são tipicamente duas a três vezes mais altos em mulheres que em homens".

Uma disparidade ainda maior é observada na fibromialgia, um distúrbio relatado pela Clínica Mayo "caracterizado por dor musculoesquelética generalizada acompanhada por fadiga, sono, memória e problemas de humor". A Associação Nacional de Fibromialgia relata que entre 75 e 90% dos casos de fibromialgia ocorrem em mulheres. Mas isso significa que cerca de 10 a 25% das pessoas com fibromialgia são homens, e a síndrome às vezes pode ser ignorada nessa população.

O que é fibromialgia?
A fibromialgia é uma condição crônica que causa dor generalizada. Para diagnosticá-lo, o paciente deve sentir dor nos dois lados do corpo acima e abaixo da cintura por mais de três meses. Outros sintomas geralmente incluem:

Dor e rigidez em todo o corpo.
Fadiga.
Acordar cansado ou não se atualizar após o sono.
Problemas cognitivos e de memória ou nevoeiro cerebral.
Depressão e ansiedade.
Dores de cabeça ou enxaquecas.
Formigamento nas mãos e nos pés.
Dor no rosto ou mandíbula.
Problemas digestivos, incluindo inchaço, prisão de ventre e síndrome do intestino irritável.
A ausência de outra condição que possa estar causando esses sintomas.
O CDC relata que "a fibromialgia afeta cerca de 4 milhões de adultos nos EUA, cerca de 2% da população adulta". Outras organizações colocam essa estimativa mais alta. O Colégio Americano de Reumatologia estima que isso possa afetar até 4% das pessoas.

Embora alguns médicos ainda afirmem que a fibromialgia não é um distúrbio "real" ou que é um termo genérico para quando outro diagnóstico não pode ser feito, a ciência está começando a desvendar o mistério desse distúrbio comum da dor e, embora suas origens possam estar no cérebro, a dor não está apenas na cabeça do paciente.

O Dr. David Trock, reumatologista do Danbury Hospital em Connecticut, diz que o cérebro das pessoas com fibromialgia processa a dor de maneira diferente da das pessoas que não têm o distúrbio. "Você pode pensar na fibromialgia como uma lesão cerebral ou um defeito na maneira como processa as informações sensoriais. É por isso que quando você toca em alguém com fibromialgia, isso as machuca. Existe uma patologia no cérebro que interpreta mal o toque normal como dor. "

Por que a fibromialgia é mais comum em mulheres?
Algumas das razões pelas quais a fibromialgia é mais comum em mulheres é genética, diz Trock. "Por exemplo, se você tem mãe ou irmã com fibromialgia, seu risco de contrair a doença é oito vezes maior".

Kevin Hackshaw, reumatologista do Centro Médico Wexner da Universidade Estadual de Ohio, diz que a genética não explica toda a disparidade no diagnóstico, mas não está claro por que as mulheres parecem desenvolvê-lo com mais frequência. Parte disso remonta ao fato de ainda não sabermos tudo sobre a fibromialgia e as pessoas afetadas por ela. "A população masculina não foi estudada tão extensivamente quanto a feminina com fibromialgia", diz Hackshaw.

Embora exista uma diferença entre as taxas de diagnóstico e as taxas de incidência, e acredita-se que alguns homens com fibromialgia não estejam recebendo o diagnóstico quando deveriam, parece que a condição ocorre com mais frequência nas mulheres.

Por que a fibromialgia às vezes é negligenciada nos homens?
Uma das razões pelas quais a fibromialgia é menos diagnosticada em homens está relacionada à forma como o distúrbio foi diagnosticado anteriormente, diz Trock. Antes de 2010, "os critérios que costumávamos usar para diagnosticar a fibromialgia tinham algum viés de gênero associado". Esse critério exigia que os pacientes apresentassem dor em "11 dos 18 pontos simétricos acima e abaixo da cintura. E quando esses critérios foram utilizados, a proporção de mulheres para homens ficou próxima de 9: 1".

Os critérios mais recentes apresentados em 2010 reduziram o número de pontos simétricos e diminuíram sua importância para que outros sintomas também pudessem ser considerados. Essas diretrizes introduziram "algo chamado escore de gravidade dos sintomas, o que significa que além das dores e dores habituais, outros fatores foram considerados, como sono não restaurador, fadiga, intestino irritável, enxaquecas e outros fenômenos associados", diz Trock. "Quando esses critérios foram aplicados, a proporção passou de 9: 1 para 3: 1" para o número de mulheres versus homens que estavam sendo diagnosticados, diz ele.

Hackshaw concorda que a alteração dos critérios de diagnóstico ajudou alguns homens a obter o diagnóstico apropriado. "Os homens tendiam a ter menos pontos sensíveis. Eles podem ter toda a disfunção cognitiva" e outros sintomas da fibromialgia, mas sem esse componente-chave, o diagnóstico não poderia ser feito. "A idéia era que, se acabarmos com os pontos sensíveis, poderemos identificar mais homens com fibromialgia", diz Hackshaw.

Mas mudar os critérios só pode identificar os homens que procuram ajuda para o distúrbio. Alguns homens relutam em visitar o médico, principalmente se for por dores e dores que eles podem não perceber que estão potencialmente conectados a um problema maior. "Os homens podem ser um pouco mais teimosos ou temerosos com o médico ou apenas tentar explorá-lo por qualquer motivo", diz Trock. "Existem muitos fatores que contribuem para isso", com expectativas e pressões da sociedade figurando com destaque.

Pensa-se também que o viés de diagnóstico esteja em funcionamento, por que alguns homens não são diagnosticados com fibromialgia quando deveriam estar. "Quando os médicos veem pacientes com dores, eles podem não estar pensando na fibromialgia tão prontamente se houver um paciente do sexo masculino sentado à mesa na frente deles", simplesmente porque há muito tempo isso é pensado como um "problema da mulher" e não como uma síndrome que pode afetar ambos os sexos. "Algumas delas são geracionais e estão mudando", diz Trock.

Combater o viés de diagnóstico pode ser tão simples quanto perguntar ao seu médico. "Para os homens, às vezes eles precisam colocá-lo sobre a mesa", diz Trock. Se você pensa que talvez esteja lidando com fibromialgia, ele recomenda falar e sugerir. Dessa forma, "o médico pode ser alertado sobre essa possibilidade e começar a pensar nesses termos. Você pode ser seu melhor advogado", seja homem ou mulher.

A fibromialgia é tratada de maneira diferente em homens versus mulheres?
Trock diz que sua abordagem de tratamento "não seria muito diferente" entre homens e mulheres. Mas a primeira ordem do dia é garantir que o diagnóstico esteja correto. "Você quer ter certeza de que não esqueceu as coisas que podem imitar a fibromialgia, como a doença de Lyme ou a polimialgia reumática", uma condição que causa dores musculares e rigidez nos ombros e quadris "ou outras formas comuns de dores e crônicas. dor nas costas."

Ele diz que também é importante determinar se outras condições podem estar contribuindo com sintomas. "Não é incomum que pacientes com fibromialgia também tenham problemas com transtorno de estresse pós-traumático, dores de cabeça de enxaqueca e síndrome do intestino irritável. Você quer ter certeza de não se concentrar apenas em um complexo de sintomas e ignorar todas as coisas que estão incomodando". a pessoa ", diz Trock.

Além disso, tentar identificar um fator ou episódio desencadeante pode ser útil. "Seja em um homem ou uma mulher, a primeira coisa que tento fazer depois de esclarecer o diagnóstico é descobrir por que isso aconteceu e quando aconteceu. Muitas vezes há um fenômeno desencadeante", como o aparecimento de TEPT, uma concussão ou um ferimento na cabeça. "O que essas coisas têm em comum é que elas interrompem não apenas sua rotina, mas também o sono restaurador", o que pode levar a sintomas de fibromialgia. "Uma boa noite de sono é crucial para se proteger contra a fibromialgia", diz ele, porque é durante a fase delta do sono, pouco antes de você entrar na fase de sono REM (quando ocorre o sonho), quando seu corpo começa a trabalhar arrumando. Durante o sono delta, seu corpo está "produzindo hormônios do crescimento e fatores de crescimento semelhantes à insulina, reparando os danos do dia e deixando suas memórias organizadas e intactas para que você esteja pronto para o novo dia".

Ele explica que "se você pegar um monte de pessoas normais e saudáveis ​​e privá-las de dormir noite após noite, é muito comum que elas desenvolvam esses pontos simétricos previsíveis acima e abaixo da cintura", semelhantes aos exibidos na fibromialgia. Portanto, é importante considerar quais fatores podem atrapalhar o sono - lesões, um novo bebê, abuso, estresse excessivo, etc .; a lista de possíveis culpados é longa.

Esses tipos de fatores desencadeantes podem ocorrer em ambos os sexos e, se a fibromialgia for detectada em um homem, "ela deve ser tratada de maneira semelhante à fibromialgia em mulheres", diz Hackshaw. "Os medicamentos benéficos para as mulheres também devem ser considerados nos homens". Mas isso nem sempre acontece. "Muitos homens tratados parecem ser tratados por uma condição mais comórbida (co-ocorrente) do que por receber tratamento direcionado à fibromialgia clássica", diz ele. "Geralmente, os homens com fibromialgia podem ser tratados para osteoartrite generalizada. Como alternativa, é mais provável que as mulheres sejam tratadas com medicamentos psicotrópicos - coisas como duloxetina ou milnacipran. Se houver uma depressão subjacente nos homens, isso pode não ser tratado com a mesma frequência que deveria. estar."

Mesmo com o critério de diagnóstico revisado que agora identifica mais homens com fibromialgia ", quando analisamos como os homens estão sendo tratados em relação a como as mulheres estão sendo tratadas, quando ambos têm o mesmo diagnóstico, você pode ver os homens saindo da clínica com apenas anti-inflamatórios, enquanto as mulheres podem deixar a clínica com SNRIs ". Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina são medicamentos antidepressivos usados ​​para tratar a saúde mental e as condições de dor crônica. Desvenlafaxina (Pristiq, Khedezla), duloxetina (Cymbalta), levomilnacipran (Fetzima) e venlafaxina (Effexor XR) são exemplos de SNRIs.

Essa diferença de abordagem "pode ​​ser mais um problema relacionado ao praticante", diz Hackshaw. "Quem está vendo esse indivíduo - ainda é um problema para eles não reconhecer a natureza neuropática da fibromialgia e até mesmo a prevalência da fibromialgia". Para homens com fibromialgia que não recebem o tratamento certo ", em geral, eles continuam a ter uma qualidade de vida reduzida", diz Hackshaw.

Não importa o seu sexo ou sexo, se estiver sentindo dor crônica ou outros sintomas que possam estar relacionados à fibromialgia, você deve conversar com seu médico. Existem tratamentos disponíveis e você poderá obter uma qualidade de vida muito mais alta com algum esforço conjunto. Além disso, é inteligente descobrir o que está acontecendo, em vez de apenas tentar "man-up" e seguir em frente. "Deveríamos tentar não estigmatizar as pessoas com fibromialgia apenas porque você não pode medir do que elas estão reclamando", diz Trock. Mesmo que o exame de sangue e os raios X não mostrem nada de anormal, as pessoas com fibromialgia "não estão fingindo ou reclamando. Elas estão realmente sofrendo e precisam de alguma atenção".

Elaine K. Howley, Colaborador

Elaine Howley começou a escrever para o U.S. News em 2017, cobrindo câncer de mama e DPOC. Desde ... LEIA MAIS

Fontes

David Trock, MD; Kevin Hackshaw, MD

Tags: fibromialgia, controle da dor, pacientes, aconselhamento ao paciente

Tradução do texto original

Entendendo a síndrome da fibromialgia

Entendendo a síndrome da fibromialgia

2 de dezembro de 2019 por Veer

Entendendo a síndrome da fibromialgia


Understanding Fibromyalgia Syndrome

"Os principais sintomas da fibromialgia incluem dor musculoesquelética generalizada, fadiga severa, pernas inquietas, sono perturbado, alterações de memória e humor"

A fibromialgia é um dos distúrbios da dor crônica mais comuns, afetando milhões (principalmente mulheres) em todo o mundo. Principalmente, as mulheres de meia idade experimentam sintomas contínuos como dor no corpo, dor muscular, fadiga, distúrbios do sono e alterações de humor que podem resultar na síndrome da fibromialgia.



A síndrome da fibromialgia é um distúrbio crônico comum, caracterizado por dor muscular generalizada, fadiga e sensibilidade, em pontos especificamente projetados. Os principais sintomas da fibromialgia incluem dor musculoesquelética generalizada, fadiga severa, pernas inquietas, sono perturbado, alterações de memória e humor.

A maioria dos pacientes com fibromialgia se queixa de sofrer uma dor por todo o corpo e seus músculos parecem ter sido puxados ou sobrecarregados. Embora a gravidade dos sintomas varie de paciente para paciente, a fibromialgia se assemelha a um estado pós-viral. A condição geralmente se desenvolve entre as idades de 30 a 50, mas pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, incluindo crianças e idosos.

Causas da fibromialgia


A causa da SFM é desconhecida, pois aqueles diagnosticados com fibromialgia sofrem com essa condição por diferentes razões. Às vezes, os sintomas podem começar após um acidente (transtorno de estresse pós-traumático), após um grande procedimento cirúrgico, infecção ou após um período de estresse psicológico e emocional. Verifica-se que pessoas com artrite reumatóide (AR) e lúpus (LES) são mais vulneráveis ​​à fibromialgia. É freqüentemente visto que a condição pode ocorrer em famílias, apontando para um vínculo genético.

A fibromialgia afeta a maneira como o cérebro processa os sinais de dor, que intensificam as sensações dolorosas e causam dor generalizada. Às vezes, pacientes que sofrem de fibromialgia também apresentam presença concomitante de dores de cabeça tensionais, dores na mandíbula, síndrome do intestino irritável, ansiedade ou depressão e problemas cognitivos e de memória, chamados de nevoeiro fibro. A maioria desses problemas é de origem psicossomática.

Diagnóstico de fibromialgia


Como não há testes de diagnóstico laboratorial que possam confirmar o diagnóstico de fibromialgia, essa condição geralmente é diagnosticada com base na exclusão, o que significa que após excluir outras doenças com base nas características clínicas. No entanto, um médico familiarizado com fibromialgia pode fazer o diagnóstico com base em dois critérios - uma história de dor generalizada com duração de mais de três meses e a presença de pontos sensíveis. A dor afeta todos os quatro quadrantes do corpo - dor nos lados direito e esquerdo, bem como acima e abaixo da cintura.

Dos 18 possíveis pontos sensíveis do corpo, um paciente com SFM deve ter 11 ou mais pontos sensíveis. Os pontos-gatilho mais comuns estão espalhados pelas costas, pescoço, joelhos, ombros, parte superior do peito, quadris e parte externa dos cotovelos. Esses pontos sensíveis são áreas sensíveis que machucam quando pressionadas com o dedo.

Alterações sugeridas no estilo de vida


Um fato muito importante sobre a fibromialgia é que não é uma doença progressiva e não é fatal. Também não causa danos às articulações, músculos ou órgãos internos. Em muitos casos, a condição melhora se os pacientes incorporarem algumas mudanças estritas no estilo de vida, além da medicação. A incorporação dessas mudanças no estilo de vida pode ajudar a manter os problemas afastados e também pode ajudar o paciente a ter uma vida saudável.


  • Coma alimentos nutritivos saudáveis
  • Durma bem e durma mais
  • Exercite-se com mais frequência
  • Gerenciar o estresse e adotar uma atitude positiva
  • Meditar


Tratamento com Homeopatia


Todo indivíduo que sofre com SGA é diferente e único e tem seu próprio conjunto de sintomas. Suas respostas ao estresse e aos fatores desencadeantes também são diferentes. A homeopatia adota uma abordagem holística para curar o paciente, de acordo com seus sintomas característicos.

É feita uma história detalhada do caso, incluindo os sintomas mentais, físicos e emocionais. Os medicamentos homeopáticos são não tóxicos e não formam hábitos. Eles tratam o paciente de maneira suave, sem causar efeitos colaterais. Eles estimulam o processo natural de cura do corpo, para que a resistência do corpo aumente e se torne forte.



Os medicamentos homeopáticos também abordam o problema raiz do paciente, para que as recidivas sejam reduzidas. Estes medicamentos também podem aliviar o paciente de dores e dores generalizadas de fibromialgia. Assim, é uma opção muito boa e tratamento suave para a fibromialgia.

Alguns dos medicamentos homeopáticos de alto grau geralmente usados ​​para tratamentos de fibromialgia são Arnica, Bryonia, Rhus tox, Kalmia, Rhus fox, Ruta, Cimicifuga, Causticum, Gelsemium etc. No entanto, esses medicamentos devem ser tomados sob a estrita orientação de um médico homeopata qualificado .



segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Remédio de Cannabis ainda deverá continuar caro no Brasil


Remédio de Cannabis ainda deverá continuar caro no Brasil



Canabidiol é utilizado para tratamento de epilepsia a Parkinson, mas custa até R$ 3.000 ao mês


Leia o texto na integra: 
https://agora.folha.uol.com.br/sao-paulo/2019/12/remedio-de-cannabis-ainda-devera-continuar-caro-no-brasil.shtml

Evidências para ativação da glia cerebral em pacientes com dor crônica

Evidências para ativação da glia cerebral em pacientes com dor crônica


Abstrato
Embora evidências substanciais tenham estabelecido que microglia e astrócitos desempenham um papel fundamental no estabelecimento e manutenção de dor persistente em modelos animais, o papel das células gliais nos distúrbios da dor humana permanece desconhecido. Aqui, usando a nova tecnologia de tomografia por emissão de pósitrons integrada e ressonância magnética e o radioligando 11C-PBR28 recentemente desenvolvido, mostramos níveis cerebrais aumentados da proteína translocadora (TSPO), um marcador da ativação glial, em pacientes com dor lombar crônica . Como o polimorfismo Ala147Thr no gene TSPO afeta a afinidade de ligação para 11C-PBR28, nove pares de pacientes-controle foram identificados a partir de uma amostra maior de indivíduos examinados e genotipados, e comparados em um design de pares combinados, no qual cada paciente foi correspondido a Polimorfismo TSPO, sujeito controle pareado por idade e sexo (sete Ala / Ala e dois Ala / Thr, cinco homens e quatro mulheres em cada grupo; diferença média de idade: 1 ano; faixa etária: 29-63 para pacientes e 28- 65 para controles). Os valores padronizados de captação normalizados para o cérebro inteiro foram significativamente maiores em pacientes do que os controles em várias regiões do cérebro, incluindo o tálamo e as representações somatossensoriais putativas da coluna lombar e da perna. Os níveis talâmicos de TSPO foram negativamente correlacionados com a dor clínica e os níveis circulantes da citoquina pró-inflamatória interleucina-6, sugerindo que a expressão de TSPO exerce efeitos protetores / anti-inflamatórios da dor em humanos, como previsto em estudos com animais. Dado o papel putativo da glia ativada no estabelecimento e / ou manutenção da dor persistente, os presentes achados oferecem implicações clínicas que podem servir para orientar estudos futuros da fisiopatologia e do manejo de uma variedade de condições de dor persistente.

Introdução
Até recentemente, pensava-se que a dor crônica surgisse principalmente da disfunção neuronal nas vias nociceptivas do sistema nervoso (Hains e Waxman, 2006). Na última década, no entanto, ocorreu uma mudança de paradigma no campo da neurobiologia da dor. Estudos em animais demonstraram claramente que microglia e astrócitos no SNC, bem como interações neuro-gliais, desempenham um papel fundamental no estabelecimento e manutenção de dor persistente (Tsuda et al., 2003; Watkins et al., 2007; Calvo et. al., 2012; Ji et al., 2013). Tanto a micróglia quanto os astrócitos respondem a eventos patológicos no SNC, como acidentes vasculares cerebrais, traumas ou doenças neurodegenerativas, passando por uma série de respostas celulares conhecidas coletivamente como 'ativação glial' (Gehrmann et al., 1995; Pekny et al., 2014). Essa resposta inclui proliferação, alterações morfológicas, expressão aumentada ou de novo de marcadores ou receptores da superfície celular e a produção de citocinas e outros mediadores inflamatórios. Normalmente, a ativação glial é um mecanismo defensivo adaptativo que pode contribuir para lidar com o estresse agudo, limitar os danos nos tecidos e restaurar a homeostase. No entanto, quando o mau funcionamento (e, principalmente, quando não é resolvido durante o estágio crônico pós-agudo ou inicial após um evento de lesão) (Rolls et al., 2009), a ativação glial pode ter efeitos deletérios e se transformar no agente patogênico primário. elemento (Pekny e Pekna, 2014). Vários estudos em animais já estabeleceram que a ativação glial é um fator contribuinte essencial na dor persistente. Está bem demonstrado que microglia e astrócitos ativados podem produzir citocinas como fator de necrose tumoral alfa (TNFA) e interleucina 1 beta (IL1B), e acredita-se que essas citocinas desempenhem um papel essencial na patogênese da dor crônica (Watkins et al. , 2007; Uceyler e Sommer, 2012). Também foi demonstrado que o TNFA e o IL1B podem modular diretamente a transmissão sináptica da medula espinhal para induzir sensibilização central e melhorar os estados de dor (Kawasaki et al., 2008). Além disso, a injeção intraespinhal de glia ativada produz alodinia tátil, uma característica da dor neuropática, em ratos ingênuos (Tsuda et al., 2003). Por outro lado, a injeção de drogas que inibem a ativação glial pode inibir, retardar ou reverter a dor (Meller et al., 1994; Watkins et al., 1997; Guo et al., 2007; Okada-Ogawa et al., 2009). Essas observações, juntamente com outras evidências crescentes de modelos de laboratório, sugerem que a dor crônica pode resultar da gliopatia (Ji et al., 2013).

Em humanos, algumas observações sugerem que a glia ativada pode contribuir para a fisiopatologia da dor crônica. Por exemplo, estudos imuno-histoquímicos post mortem na medula espinhal de pacientes com síndrome da dor regional complexa (Del Valle et al., 2009) e dor neuropática relacionada ao HIV (Shi et al., 2012), bem como amostragem do LCR em pacientes com fibromialgia e lombalgia crônica (LBP) (Brisby et al., 1999; Kadetoff et al., 2012), apoiam um papel da glia na dor crônica. Apesar dessas observações, no entanto, nenhum estudo demonstrou ativação glial in vivo em humanos que sofrem de dor crônica. Clinicamente, o reconhecimento do papel da ativação glial nos distúrbios da dor é uma promessa significativa para a precisão diagnóstica aprimorada dos distúrbios da dor. Também pode fornecer uma base biológica para a avaliação dos tratamentos existentes e o desenvolvimento de novos.

Neste estudo, testamos a hipótese de que pacientes com dor crônica demonstram ativação in vivo da glia cerebral. Para avaliar esta hipótese, imaginamos o cérebro de indivíduos diagnosticados com dor lombar crônica e voluntários saudáveis ​​sem dor, usando um scanner de tomografia por emissão de pósitrons integrado Siemens 3 T / ressonância magnética (PET / MRI) e o radioligando PET recentemente desenvolvido, 11C -PBR28 (Brown et al., 2007; Briard et al., 2008). O 11C-PBR28 se liga à proteína translocadora (18kDa) (TSPO), uma proteína regulada positivamente na microglia ativada e astrócitos reativos em modelos animais de dor (Hernstadt et al., 2009; Wei et al., 2013) e um biomarcador de imagem putativo de inflamação (Cagnin et al., 2007). Além disso, como as evidências sugerem que citocinas pró-inflamatórias são secretadas pelas células da glia em vários modelos animais de dor (Ji et al., 2013), avaliamos os níveis sanguíneos de interleucina 6 (IL6), IL1B e TNFA e avaliamos sua associação com a nossa. achados de imagem.

materiais e métodos
Design de estudo
O estudo foi realizado no Athinoula A. Martinos Center for Biomedical Imaging no Massachusetts General Hospital. O protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e pelo Comitê de Pesquisa sobre Medicamentos Radioativos.

assuntos
Dezenove pacientes diagnosticados com dor lombar crônica por pelo menos 2 anos (com ou sem queixas de dor radicular) e 25 controles saudáveis ​​sem histórico de dor crônica foram selecionados inicialmente para participar do estudo. Os indivíduos foram excluídos se apresentassem contra-indicações de PET / RM (incluindo gravidez, implantes metálicos, claustrofobia), apresentassem histórico de distúrbios médicos graves ou estivessem em uso de benzodiazepínicos ou anticoagulantes (consulte a Tabela Suplementar 1 para histórico de dor e informações demográficas).

O polimorfismo Ala147Thr no gene TSPO prediz afinidade de ligação para 11C-PBR28, com os genótipos Ala / Ala, Ala / Thr e Thr / Thr associados a alta, mista e baixa afinidade, respectivamente (Owen et al., 2012; Kreisl et al., 2013; Yoder et al., 2013). Assim, todos os participantes foram testados para esse polimorfismo e indivíduos com afinidade de baixa ligação prevista (Thr / Thr) foram excluídos. Dado o efeito do polimorfismo TSPO na afinidade de ligação ao 11C-PBR28 e o fato de que os efeitos do sexo e da idade na ligação do ligante são desconhecidos, foi adotado um design de pares combinados, no qual cada paciente era compatível com um polimorfismo TSPO- , controle pareado por idade e sexo. Dos 44 indivíduos selecionados inicialmente, nove pares crônicos de LBP / controle (com dois pacientes combinando o mesmo controle) foram identificados no pool inicial, consistindo em sete pares Ala / Ala e dois Ala / Thr e cinco pares masculino e quatro feminino , com média de diferença de idade de 1 ano (tabela complementar 1).

Visita de triagem

Todos os participantes considerados potencialmente elegíveis após uma triagem inicial por telefone foram recrutados para participar de uma consulta de caracterização e treinamento de duas horas. Nesta visita, foi coletado sangue venoso para que todos os participantes fossem genotipados para o polimorfismo Ala147Thr TSPO, e foi realizado um teste de urina para garantir que nenhum dos indivíduos usasse benzodiazepínicos ou usasse drogas ilegais. No final da visita, todos os participantes concluíram o Inventário de Depressão de Beck (Turner e Romano, 1984; Geisser et al., 1997) e a Escala de Ansiedade e Depressão do Hospital (Zigmond e Snaith, 1983). Além disso, os pacientes preencheram o questionário McGill Pain Questionnaire (MPQ), formato curto (Melzack, 1987).

Visita de imagem
Em uma data separada, os participantes elegíveis foram convidados a participar de uma visita de imagem. No início da visita, foi coletado sangue venoso para avaliar os níveis de citocinas pró-inflamatórias circulantes: IL6, IL1B e TNFA (Tabela Suplementar 2). Essas citocinas pró-inflamatórias específicas foram avaliadas porque são secretadas pelas células da glia em vários modelos animais de dor (Ji et al., 2013).

A imagem do cérebro foi realizada com um scanner Siemens PET / MRI (Catana et al., 2008) que consiste em um scanner PET baseado em fotodiodo de avalanche cerebral dedicado, operando no orifício de um scanner de ressonância magnética de corpo inteiro de 3 T equipado com um canal de 8 canais bobina de cabeça. O uso de PET / RM integrada nos permitiu coletar RM estrutural simultaneamente com os dados do PET. Os pacientes foram escaneados com 11C-PBR28, um radioligante TSPO recentemente desenvolvido que exibe uma ligação específica in vivo 80 vezes maior do que o radioligando TSPO TSC da geração anterior 11C- (R) -PK11195 (Kreisl et al., 2010). O 11C-PBR28 foi produzido internamente usando um procedimento modificado na literatura (Imaizumi et al., 2007).

No início da visita de imagem, realizamos uma série de exames de ressonância magnética, incluindo um volume MPRAGE de vários ecos (tempo de repetição / tempo de eco 1 / tempo de eco 2 / tempo de eco 3 / tempo de eco 3 / tempo de eco 4 = 2530 / 1,64 / 3,5 / 5,36 / 7,22 ms, ângulo de inversão = 7 °, tamanho do voxel = 1 mm isotrópico) para fins de localização anatômica, normalização espacial dos dados de imagem e geração de mapas de correção de atenuação (Izquierdo-Garcia et al., 2014) . O radioligando foi então injetado como um bolus intravenoso, com uma dose mediana administrada (intervalo interquartil) de 11,2 (0,3) mCi para pacientes com dor lombar crônica e 11,2 (0,6) mCi para controles e uma atividade mediana específica no momento da injeção de 2,7 (0,8) mCi / nmol para LBP crônica e 2,0 (1,2) mCi / nmol para controles (ambos os valores não são significativamente diferentes entre os grupos). Os dados PET foram adquiridos ao longo de 90 minutos para todos, exceto dois indivíduos (veja abaixo) e armazenados no formato de lista. Durante a visita de imagem, todos os sujeitos, exceto um, classificaram seu nível de dor usando uma escala de classificação numérica verbal de 0 a 100 (dor: 0 = 'sem dor', 100 = 'dor mais intensa tolerável'). O sujeito remanescente (um voluntário saudável) foi escaneado sob um protocolo separado, que não exigia classificações de dor antes e depois das execuções funcionais (mas era idêntico nos procedimentos e parâmetros da visita de imagem).

Análise de dados

Utilizando software interno, foram calculados valores de captação padronizados (SUV; isto é, radioatividade média / dose injetada / peso) para cada sujeito. Os SUVs foram usados ​​anteriormente como uma medida da expressão de TSPO em humanos (Hirvonen et al., 2012; Fujita et al., 2013) e roedores (Shao et al., 2013). Os SUVs foram computados em voxel a partir dos dados de PET de 60 a 90 minutos após a injeção, exceto dois indivíduos (um paciente e um controle) para os quais os SUVs foram calculados de 72 a 89 minutos e 60 a 86 minutos, respectivamente, devido à indisponibilidade do quadro completo de 60 a 90 minutos. Os dois indivíduos que combinaram esses indivíduos com dados incompletos foram reconstruídos com início e duração de quadro idênticos para as análises de grupo, para garantir que as diferenças no esquema de enquadramento do PET não afetassem nossos resultados. Para maximizar a precisão na reconstrução, os SUVs foram gerados em um processo iterativo de duas etapas. Primeiro, uma imagem SUV preliminar foi criada para cada sujeito usando um mapa de correção de atenuação (mu-map) calculado a partir do MPRAGE em seu espaço nativo (Izquierdo-Garcia et al., 2014). Para levar em consideração o movimento que pode ter ocorrido entre o momento em que os dados PETRA do MPRAGE e os 60-90 min foram adquiridos, um novo mu-map foi criado a partir do MPRAGE registrado neste mapa SUV temporário. Esse registro foi realizado usando o spmregister, uma ferramenta do pacote FreeSurfer (http://surfer.nmr.mgh.harvard.edu) (Dale et al., 1999) que realiza um registro de corpo rígido de um volume funcional em relação a seu parente Volume anatômico do FreeSurfer com informações mútuas normalizadas usando spm_coreg da suíte SPM (http://www.fil.ion.ucl.ac.uk/spm/) (Friston, 2003). Um mapa SUV final foi criado usando esse novo mu-map, agora bem registrado com os dados PET de 60 a 90 minutos. Os mapas SUV foram então normalizados para o espaço MNI usando registro não linear (FNIRT, do pacote FSL; FMRIB's Software Library, versão 4.1.9, www.fmrib.ox.ac.uk/fsl/) (Smith et al., 2004 ) As imagens de SUV espacialmente normalizadas foram suavizadas espacialmente (largura total a metade do máximo = 8 mm) para melhorar a relação sinal / ruído e normalizadas por intensidade com uma média de 1 (SUVRs), a fim de explicar as diferenças globais de sinal entre sujeitos, como os introduzidos por diferenças no polimorfismo Ala147Thr, que afeta a afinidade de ligação global.

Embora os sujeitos digitalizados tenham sido cuidadosamente selecionados a partir de um tamanho de amostra maior para corresponder a fatores genéticos e demográficos, o tamanho da nossa amostra final foi relativamente pequeno. Por esse motivo, comparações de imagens e grupos comportamentais foram realizadas usando testes não paramétricos. Como a ativação da glia foi postulada para se espalhar transinapticamente a partir do local da lesão, seguindo as vias neurais lesionadas (Banati, 2003), hipotetizamos que em pacientes com ativação glial crônica da lombalgia seriam detectados nas regiões precoces do processamento da dor, pois são mais comuns. proximal aos locais patológicos nas costas (por exemplo, medula espinhal / raízes nervosas). Assim, uma análise da região de interesse direcionada ao tálamo foi realizada pela primeira vez para testar esta hipótese regionalmente específica. Nesta análise, foi realizado um teste de pares combinados (teste de sinal) nas SUVRs médias extraídas dos voxels nas etiquetas direita e esquerda do tálamo do Atlas Estrutural Subcortical de Harvard-Oxford (Centro de Análises Morfométricas, http: // www. cma.mgh.harvard.edu/fsl_atlas.html), com limite no valor arbitrário de 30.

Em seguida, realizamos uma análise do cérebro inteiro, em termos de voxel e pares pareados, com o objetivo de identificar (i) qual sub-região talâmica estaria impulsionando o efeito nas análises da região de interesse (se alguma foi detectada); e (ii) regiões adicionais de ativação glial dentro de todo o cérebro. Essa análise foi conduzida usando a ferramenta aleatória não paramétrica do conjunto FSL (Nichols e Holmes, 2002), com 10.000 permutações e suavização de variância de 5 mm (que aumenta a potência com tamanhos de amostra menores: http: //fsl.fmrib.ox .ac.uk / fsl / fslwiki / Randomise / UserGuide). Finalmente, como a exposição a opioides também pode levar a uma reação glial em si (Watkins et al., 2009), realizamos a mesma análise do grupo SUVR após a exclusão dos dados dos dois pacientes em uso de opioides (e seus controles correspondentes; sete versus sete) e limitamos nossa pesquisa a clusters significativos da análise original. Em todos os casos, os mapas de comparação de grupos de voxel em todo o cérebro foram limitados usando aprimoramento de cluster sem limiar (Smith e Nichols, 2009), usando um limiar corrigido de P = 0,05. Para as análises de região de interesse e voxel do cérebro inteiro, a comparação de nove pares de controle do paciente foi repetida (por uma questão de consistência) em duas análises separadas de pares combinados, cada uma usando um dos dois pacientes com o mesmo controle. Nas análises voxel, realizamos uma pesquisa no cérebro inteiro usando os dados do paciente que melhor correspondiam ao controle em termos de idade; subsequentemente, as análises em voxel foram repetidas usando os dados do outro paciente, limitando nossa pesquisa a grupos significativos da primeira análise.

A comparação do grupo de dados comportamentais e sanguíneos foi realizada usando o teste de sinal não paramétrico ou, quando aplicável, o teste exato de Fisher. Essas análises foram realizadas usando o Statistica v.10 (StatSoft). Para a avaliação exploratória da relação entre imagem e medidas comportamentais / sanguíneas, foi necessário avaliar a associação entre imagem e parâmetros clínicos, ajustando-se ao polimorfismo de TSPO. Fizemos isso usando análise de regressão múltipla. Para ser consistente em nosso uso de métodos não paramétricos, usamos um método de regressão não paramétrico, Modelos Aditivos Generalizados. Para exibir a relação entre variáveis ​​em gráficos de dispersão, calculamos os resíduos ajustando para o efeito do genótipo. Realizamos essas análises usando a biblioteca gam no pacote de estatísticas R (http://www.R-project.org). A significância estatística foi determinada pelo limiar de P = 0,05.

Resultados
Níveis mais altos de TSPO no cérebro em pacientes com dor lombar crônica
Na análise da região talâmica de interesse, os SUVs 11C-PBR28, normalizados para o cérebro inteiro, (SUVRs) foram significativamente maiores em pacientes com dor lombar crônica do que os controles (tálamo esquerdo: P ≤ 0,01; tálamo direito: P ≤ 0,05; fig. 1A) . A distribuição em voxel dos SUVRs talâmicos (Fig. 1B) revelou que, nos indivíduos controle, a contagem média zero de voxel foi observada apenas abaixo dos valores de 1,4, enquanto que em pacientes com dor lombar crônica, um número substancial de voxels demonstrou valores superiores a 1,4 em ambos. hemisférios (medianas: 57,5 ​​e 64 no tálamo esquerdo e direito, respectivamente).

Figura 1
Evidence for glial activation in the thalamus of chronic LBP patients. (A) Boxplots are presented for the mean 11C-PBR28 SUVRs extracted for all 10 patients with chronic LBP and nine control subjects from the thalamic regions of interest (insert). The P-values refer to matched-pairs analyses (sign test) performed using nine chronic LBP-control matching pairs. The analyses were repeated twice, each time using one of the two patients matching the same control, with statistically significant results in both analyses. *P < 0.05, **P < 0.01. (B) Voxel-wise distribution of thalamic SUVRs, showing that patients with chronic LBP have a substantial number of voxels at values ≥ 1.4 (green arrows), whereas controls have a median voxel count of 0. (C) Individual thalamic SUVRs are presented as axial sections (left), and 3D rendering of values higher than the threshold of 1.4 (right). Each row displays SUVRs for each patient-control matched pair. TSPO polymorphism (Ala/Ala or Ala/Thr) is indicated.

Evidências de ativação glial no tálamo de pacientes com dor lombar crônica. (A) Boxplots são apresentados para os SUVRs 11C-PBR28 médios extraídos para todos os 10 pacientes com dor lombar crônica e nove indivíduos controle das regiões talâmicas de interesse (inserção). Os valores P referem-se a análises de pares combinados (teste de sinal) realizadas usando nove pares correspondentes crônicos de controle de dor lombar. As análises foram repetidas duas vezes, cada vez usando um dos dois pacientes combinando o mesmo controle, com resultados estatisticamente significativos em ambas as análises. * P<0 0.="" 1="" 3d="" ala="" ao="" apresentados="" axiais="" cada="" com="" como="" contagem="" controle="" controles="" correspondente="" cr="" de="" direita="" distribui="" do="" dor="" e="" em="" enquanto="" es="" esquerda="" exibe="" font="" indicado.="" individuais="" la="" limite="" linha="" lombar="" m="" maiores="" mediana="" mero="" micos="" mostrando="" n="" nica="" o="" os="" ou="" p="" paciente.="" pacientes="" par="" para="" polimorfismo="" que="" renderiza="" s="" se="" setas="" substancial="" suvrs="" t="" tal="" thr="" tspo="" um="" uma="" valores="" verdes="" voxel="" voxels="">


O exame de SUVRs talâmicos individuais (Fig. 1C) mostra que, surpreendentemente, cada paciente exibia SUVRs mais altos do que seu controle de idade / sexo e genótipo TSPO no tálamo. Em todos os pacientes, as áreas com níveis máximos de TSPO foram localizadas consistentemente nas sub-regiões dorsomediais do tálamo, conforme ilustrado pela renderização em 3D (Fig. 1C).

Nas análises de voxel do cérebro inteiro, os SUVRs foram significativamente mais altos no tálamo, giros pré e pós-central e lóbulo paracentral (Fig. 2 e Tabela Suplementar 3). A diferença do grupo de pico foi observada no tálamo esquerdo, consistente com o núcleo mediodorsal. Não houve regiões cerebrais para as quais os controles saudáveis ​​apresentaram SUVRs estatisticamente maiores que os pacientes com dor lombar crônica. Quando examinadas no limiar exploratório de P<0 1="" 2009="" 4="" a="" abela="" adicionais="" al.="" al="" altas="" assim="" atkins="" base.="" c="" cingulado="" compara="" complementar="" confundidos="" controles="" correspondentes="" corrigido="" cr="" da="" de="" demonstraram="" dio="" disso="" do="" dois="" dor="" dos="" e="" em="" enquanto="" es="" et="" exclus="" exposi="" font="" frontal="" g="" glial="" ig.="" incluindo="" ingest="" levar="" lombar="" ltiplas="" m="" mais="" motora="" n="" na="" nglios="" nica="" nossos="" nsula="" o="" opioides.="" opioides="" os="" pacientes="" para="" parecem="" pela="" pode="" posterior="" pr="" produziu="" que="" rea="" regi="" resultados="" rtex="" semelhantes="" ser="" seus="" suplementar="" suvrs="" tamb="" uma="" uso="" ventromedial="">

Figura 2


Whole-brain voxel-wise analyses. (A) Median SUVR map from healthy controls (n = 9) and patients with chronic LBP (n = 10) are presented. Matched-pairs tests (nine versus nine) revealed significantly higher TSPO levels in patients, in thalamus, pre- and postcentral gyri, and paracentral lobule (P < 0.05 corrected for multiple comparisons; permutation testing, 10 000 permutations). As two patients were matching the same controls, the analyses were performed first using the patient best matching the control. A second analysis was performed using the other patient, limiting our search to significant clusters from the first analysis, with identical results. (B) Boxplots for each of the four regions demonstrating statistically higher SUVRs in patients are shown for illustrative purposes. postc. = postcentral; g. = gyrus; parac. lob. = postcentral lobule; prec. = precentral.

Análises de voxel em todo o cérebro. (A) Mapa mediano da SUVR de controles saudáveis ​​(n = 9) e pacientes com dor lombar crônica (n = 10) são apresentados. Os testes de pares combinados (nove versus nove) revelaram níveis significativamente mais altos de TSPO em pacientes, no tálamo, giros pré e pós-central e lóbulo paracentral (P<0 10.000="" a="" agrupamentos="" altos="" an="" ao="" as="" boxplots="" busca="" cada="" com="" combinando="" como="" compara="" controle.="" controles="" correspondia="" corrigido="" da="" das="" de="" demonstrando="" dois="" em="" es="" estatisticamente="" estavam="" fins="" foi="" foram="" g.="giro;" id="" ilustrativos.="" limitando="" lise="" lises="" lob.="lóbulo" ltiplas="" m="" mais="" melhor="" mesmos="" mostrados="" nossa="" nticos.="" o="" os="" outro="" p="" paciente="" pacientes="" para="" parac.="" partir="" permuta="" postc.="pós-central;" prec.="precentral.</div" primeira="" primeiro="" quatro="" que="" realizada="" realizadas="" regi="" resultados="" s-central="" s="" segunda="" significativos="" suvrs="" teste="" uma="" usando="">


Expressão TSPO como um mecanismo de proteção?
Nos pacientes, as métricas de imagem 11C-PBR28, corrigidas para o genótipo, foram negativamente associadas às medidas de resultado da dor (Fig. 3A – C) e aos níveis circulantes de IL6 (Fig. 3D). Primeiro, o número de voxels talâmicos com valor SUVR> 1,4 foi associado negativamente aos níveis de dor no momento da varredura e à pontuação total no McGill Pain Questionnaire (P <0 de="" il6="" mas="" n="" nos="" o="" ou="" tnfa="" valores-p="" veis="">0,3). Segundo, as SUVRs médias extraídas do cluster talâmico estatisticamente significantes na análise voxel foram negativamente associadas aos níveis de IL6 (P<0 0="" a="" abaixo="" alcan="" aos="" associa="" avaliada.="" com="" dados="" de="" detec="" div="" do="" dor="" duos="" durante="" e="" em="" entre="" escores="" essa="" estat="" estavam="" exame="" foi="" il1b="" imagem="" indiv="" limiar="" m="" mas="" mcgill="" mico="" n="" ncia="" negativa="" o="" observada="" os="" ou="" p="" pain="" pbr28="" portanto="" questionnaire="" ser="" signific="" stica="" suvr="" tal="" tnfa="" todos="" totais="" trica="" veis="">

Figura 3

Anti-inflammatory and anti-nociceptive role of TSPO. SUVRs were negatively associated with pain outcomes (A–C) and blood levels of interleukin-6 (D). The scatterplots show the residuals adjusting for the effect of genotype. MPQ = McGill Pain Questionnaire.
Papel anti-inflamatório e anti-nociceptivo do TSPO. SUVRs foram associados negativamente com os resultados da dor (A-C) e os níveis sanguíneos de interleucina-6 (D). Os gráficos de dispersão mostram os resíduos ajustados para o efeito do genótipo. MPQ = McGill Pain Questionnaire.


Discussão
Nosso estudo demonstra a ocorrência de ativação glial, medida pelo aumento da ligação 11C-PBR28, no cérebro de pacientes com dor crônica. O aumento da ligação do marcador foi observado com maior destaque no tálamo e com notável consistência entre os sujeitos (Fig. 1C).

Dentro dos córtices somatossensorial e motor primário (S1 / M1), os SUVRs eram mais altos nas representações sensório-motoras putativas da coluna lombar [no giro pós-central; Boendermaker et al. (2014) e perna (no lóbulo paracentral); Loggia et al. (2012)]. Esse padrão espacial é consistente com a maioria dos pacientes que sofrem de dor na região lombar e na (s) perna (s), e é sugestivo de ativação glial organizada somatotopicamente em S1 / M1 (que por sua vez também é consistente com a observação de que a ativação glial espinhal geralmente segue limites somatotópicos após lesão nervosa poupada unilateral em ratos) (Beggs e Salter, 2007).

Na última década, pesquisas com animais levaram ao aumento do reconhecimento da importância das células gliais (como microglia e astrócitos) e sua interação com células neuronais, na patogênese das condições de dor (Tsuda et al., 2003; Watkins et al. al., 2007; Calvo et al., 2012; Ji et al., 2013). Por exemplo, a lesão nervosa induz uma ativação e proliferação profundas da microglia espinhal (Liu et al., 2000; Beggs e Salter, 2007; Echeverry et al., 2008; Beggs et al., 2012; Calvo e Bennett, 2012) e a a regulação positiva de uma variedade de receptores nessas células, como o receptor P2RX4 de adenosina trifosfato (ATP) (também conhecido como P2X4) (Tsuda et al., 2003) e o receptor de quimiocina CX3CR1 (Verge et al., 2004), que induzem hiperalgesia. As células microgliais ativadas produzem mediadores inflamatórios, incluindo citocinas pró-inflamatórias e fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF; Coull et al., 2005; Ji e Suter, 2007) que ativam ou sensibilizam neurônios nociceptivos. A injeção intratecal de microglia ativada produz alodinia tátil em ratos ingênuos, sugerindo que a ativação microglial é suficiente para induzir a sensibilização à dor (Tsuda et al., 2003). Finalmente, a inibição farmacológica da ativação microglial impede ou atrasa a dor neuropática (Raghavendra et al., 2003; Ledeboer et al., 2005). Semelhante à microglia, os astrócitos têm demonstrado um papel na indução e manutenção da sensibilização à dor (Ji et al., 2006; Ren e Dubner, 2010; Ji et al., 2013). Por exemplo, em modelos trigêmeos de hiperalgesia inflamatória (Guo et al., 2007) ou após lesão do nervo trigêmeo (Okada-Ogawa et al., 2009), os astrócitos exibem hipertrofia e expressam enzimas, como a óxido nítrico sintase (Meller et al. ., 1994), bem como mediadores inflamatórios, como a citocina pró-inflamatória IL1B (Guo et al., 2007) e quimiocinas como CXCL2 (Chen et al., 2014), que contribuem para hiperalgesia e alodinia. A hiperalgesia térmica e mecânica é inibida ou atenuada pela injeção de agentes que interrompem a função astroglial (como fluorocitrato, um inibidor metabólico da glia) (Meller et al., 1994; Watkins et al., 1997; Gukins et al., 2007; Okada-Ogawa et al., 2009) ou a ação de produtos gliais (como antagonistas dos receptores de IL1) (Watkins et al., 1997). Tomados em conjunto, esses estudos demonstram que a microglia e os astrócitos desempenham um papel importante na patogênese da dor persistente em animais.
Embora uma infinidade de estudos em animais tenha demonstrado que as células da glia estão envolvidas no estabelecimento e manutenção de dor persistente, nenhum estudo demonstrou anteriormente a ativação da glia in vivo em humanos que sofrem de dor crônica. Nossas observações têm várias implicações potenciais. Em primeiro lugar, eles fornecem uma justificativa para explorar o papel da glia como alvo terapêutico para a dor crônica. Em animais, verificou-se que drogas que reduzem a ativação glial (por exemplo, propentofilina e minociclina) inibem potentemente citocinas pró-inflamatórias, suprimindo assim o desenvolvimento de dor neuropática (Mika, 2008; Leblanc et al., 2011). É importante ressaltar que algumas dessas moléculas já são aprovadas pelo FDA para tratar condições humanas de diferentes etiologias e, portanto, seria imediatamente possível testar novas indicações crônicas relacionadas à dor. Dois ensaios clínicos recentes (8 e 12 semanas de duração, respectivamente) indicaram que baixas doses de naltrexona (LDN) podem ter um impacto clinicamente benéfico na dor da fibromialgia (Younger e Mackey, 2009; Younger et al., 2013). Como se pensa que o LDN produz efeitos anti-inflamatórios principalmente por antagonizar a atividade das células da glia (Mattioli et al., 2010), esses estudos sugerem que os moduladores da glia podem ser benéficos para a fibromialgia e talvez outros subgrupos de pacientes com dor crônica. Por outro lado, deve-se notar que alguns ensaios clínicos tiveram resultados negativos. Um estudo clínico recente que avaliou a eficácia da propentofilina na redução da dor na neuralgia pós-herpética foi negativo (Landry et al., 2012). Outro estudo sugeriu que a administração peri-operatória de minociclina não melhorou a dor persistente após a discectomia lombar (Martinez et al., 2013). No entanto, preocupações metodológicas com esses estudos (Watkins et al., 2012) limitam a significância desses resultados negativos do estudo. Em particular, a duração do desenho do estudo foi extraordinariamente curta nos dois estudos. No primeiro estudo, a propentofilina foi administrada por 4 semanas e, no último, a minociclina foi administrada no período perioperatório por apenas 8 dias, em ambos os casos uma duração significativamente menor do que 12 semanas, como é mais comumente adotado em ensaios clínicos. Além disso, como os estudos demonstraram que é mais fácil prevenir do que a dor neuropática reversa usando moduladores da glia (Raghavendra et al., 2003), podem ser necessárias durações mais longas para alcançar a eficácia terapêutica (Watkins et al., 2012). Outros fatores também podem contribuir para explicar os resultados negativos nesses estudos, incluindo a dosagem e a possível interação com outros medicamentos ou a ingestão de alimentos (que pode não permitir que o medicamento chegue aos locais do SNC em níveis significativos) ou a escolha da população de pacientes (particularmente para o estudo propentofylline, como a evidência pré-clínica em apoio a um papel da glia na neuralgia pós-herpética é mais tênue do que em outras condições de dor crônica) (Watkins et al., 2012).
A possibilidade de visualizar a ativação glial relacionada à dor in vivo, que documentamos no presente estudo, pode ajudar a identificar os pacientes com maior probabilidade de se beneficiar dessa abordagem terapêutica e a identificar a duração ou dosagem ideal do tratamento. Dado o papel putativo da glia ativada em muitas questões desafiadoras associadas ao tratamento da dor, como a indução de hiperalgesia e tolerância induzidas por opióides (Eidson e Murphy, 2013; Ferrini et al., 2013), os presentes achados oferecem implicações clínicas que podem servem para orientar futuros estudos sobre a fisiopatologia e o manejo de uma variedade de condições persistentes de dor.

Neste estudo, a ativação glial foi avaliada usando os níveis cerebrais de TSPO, anteriormente chamado receptor periférico de benzodiazepina (Banati et al., 1997; Papadopoulos et al., 2006). Como modelos experimentais de animais e estudos humanos post-mortem de distúrbios do SNC mostraram de maneira confiável aumentos concomitantes e co-localizados na expressão de TSPO e marcadores para astrócitos ativados e / ou micróglia, a expressão de TSPO é amplamente reconhecida como um marcador da ativação glial na lesão do SNC e doença. Por exemplo, a co-localização da ativação glial e da regulação positiva do TSPO foi observada em modelos de roedores de encefalomielite autoimune experimental, em modelos de roedores de esclerose múltipla, bem como em lesões de esclerose múltipla humana (Vowinckel et al., 1997; Banati et al., 2000; Chen et al., 2004; Chen e Guilarte, 2006; Ji et al., 2008; Cosenza-Nashat et al., 2009; Abourbeh et al., 2012), em modelos de primatas não humanos da encefalite por HIV (Venneti et al., 2007; Cosenza-Nashat et al., 2009), bem como na encefalite por HIV humana (Cosenza-Nashat et al., 2009), tanto em modelos de isquemia post-mortem quanto em roedores experimentais de isquemia humana (Rojas et al. ., 2007; Cosenza-Nashat et al., 2009; Martin et al., 2010) e doença de Alzheimer (Ji et al., 2008; Cosenza-Nashat et al., 2009; Gulyas et al., 2009) e em modelos de roedores de neurotoxicidade por etanol e trimetil (Kuhlmann e Guilarte, 2000; Maeda et al., 2007). Mais pertinente ao nosso estudo, a TSPO foi regulada positivamente em astrócitos espinhais e microglia na monoartrite induzida por Adjuvante Completo de Freund (CFA) da articulação tíbio-tarso (Hernstadt et al., 2009) e após dor na ligadura do nervo espinhal L5 (Wei et al. , 2013). Diante dessas observações, o aumento dos níveis de 11C-PBR28 que observamos em pacientes com dor crônica pode ser interpretado como evidência de ativação glial. Curiosamente, o envolvimento dos subtipos gliais nas respostas neuroinflamatórias parece depender do curso da doença. Em vários modelos animais, a regulação positiva inicial de TSPO após insulto agudo no SNC é acompanhada por uma resposta predominantemente microglial que tipicamente atinge o pico e começa a se dissipar vários dias a semanas após a lesão. Essa resposta microglial rápida é paralela a um componente astrocítico atrasado, mas em constante aumento (Kuhlmann e Guilarte, 2000; Chen et al., 2004; Chen e Guilarte, 2006; Martin et al., 2010; Liu et al., 2014). Dados post-mortem em humanos parecem corroborar essa contribuição glial dependente de fase: nas lesões agudas da esclerose múltipla, micróglia e macrófagos representam a maioria das células TSPO +, enquanto os astrócitos são as células TSPO + dominantes em lesões silenciosas crônicas (Cosenza-Nashat et al., 2009 ) Como nossos pacientes sofreram anos de dor, é plausível que os astrócitos tenham contribuído significativamente para o aumento do sinal PET observado em nossos dados.
Embora o TSPO seja um marcador da glia ativada, um fenômeno considerado responsável pela amplificação dos sinais de dor no SNC (Ji et al., 2013), a própria expressão do TSPO foi demonstrada em animais por exercer efeitos inibitórios na neuroinflamação (Wei et al., 2013; Bae et al., 2014; Wang et al., 2014) e promover a recuperação da dor neuropática (Wei et al., 2013), provavelmente através da estimulação da esteroidogênese (Batarseh e Papadopoulos, 2010; Wei et al., 2013). De fato, estudos sugerem que uma das funções do TSPO na glia ativada é limitar a magnitude das respostas inflamatórias após o início (Wang et al., 2014). Nossa observação de que os SUVRs 11C-PBR28 se correlacionam negativamente com os níveis da citocina pró-inflamatória circulante IL6 e a dor corrobora ainda mais a hipótese de que a expressão de TSPO tem efeitos anti-inflamatórios e protetores da dor. As correlações negativas encontradas em nosso estudo, portanto, sustentam a alegação de que os ligantes de TSPO podem ser um novo alvo terapêutico para o tratamento da dor patológica (Wei et al., 2013), conforme sugerido anteriormente para uma variedade de condições (Rupprecht et al., 2009 , 2010). Como a expressão de TSPO é regulada positivamente na glia ativada e foi encontrada uma correlação negativa com citocinas periféricas e dor em nosso estudo, baixos níveis de TSPO podem ser interpretados de maneira diferente entre os grupos. Por exemplo, em voluntários saudáveis, baixos níveis poderiam simplesmente refletir baixos níveis de ativação glial. Por outro lado, pacientes com dor crônica exibindo níveis mais baixos de TSPO podem ter prejuízos na expressão de TSPO na glia ativada e, portanto, na capacidade de limitar as respostas gliais após o início. Claramente, são necessários estudos adicionais para elucidar a relação entre 11C-PBR28 e marcadores periféricos de inflamação, particularmente porque os níveis de citocinas periféricas são frequentemente dissociados dos do SNC (Bromander et al., 2012).

Estudos futuros, incluindo alguns atualmente em andamento em nosso laboratório, precisarão determinar se diferentes populações de dor apresentam diferenças na distribuição espacial da ativação glial. A descoberta de 'assinaturas gliais' de estados de dor crônica pode levar à identificação de marcadores de imagem objetivos que podem (i) complementar a avaliação subjetiva do paciente e outras medidas (por exemplo, testes sensoriais quantitativos) para orientar a prática clínica; e (ii) reduzir a heterogeneidade do paciente, que tradicionalmente leva a más relações sinal / ruído na maioria dos estudos clínicos de avaliação de medicamentos (Gomez-Mancilla et al., 2005). Finalmente, como as células da glia respondem a mudanças muito sutis em seu microambiente que precedem alterações patológicas detectáveis ​​histologicamente (de Vries et al., 2006; Cagnin et al., 2007), a ativação glial pode ser um marcador precoce das alterações que demonstrou ocorrer no cérebro de pacientes com dor crônica (Tracey e Bushnell, 2009). Isso pode permitir a identificação precoce de indivíduos com risco de transição da dor aguda para a crônica, otimizando assim as estratégias de tratamento.
Em suma, nossos resultados demonstram um papel da glia nos distúrbios da dor humana, apoiam o papel da avaliação da ativação glial e da expressão de TSPO em áreas cerebrais seletivas como um marcador de imagem e potencial alvo de tratamento para distúrbios da dor crônica em humanos.

Agradecimentos
Gostaríamos de agradecer a Patricia McCarthy, Nancy Shearer e ao Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Geral de Massachusetts por fornecerem suporte de enfermagem, Drs Douglas Greve, Marc Normandin, Nicolas Guehl e Jean Logan pela ajuda no processamento de dados, Dra. Julie Price por comentários úteis, Dra. Nazem Atassi, por compartilhar os recursos de imagem, os drs. Randy Gollub e Alexander Guimaraes, pela ajuda na obtenção do consentimento informado, a Sra. Jiaxuan (Jessie) Wang, pelo apoio à logística do estudo, e a Sra. Ekaterina Protsenko, pela assistência editorial.

Financiamento
Este projeto foi apoiado pelo Harvard Catalyst Advanced Imaging Pilot Grant (JMH), 1R21NS087472-01A1 (MLL) 1UL1TR001102-01, 8UL1TR000170-05, do Centro Nacional de Ciência Translacional e 1UL1RR025758-04 do National Center for Research Resources, Harvard Clinical and Translational Science Center, e contribuições financeiras da Universidade de Harvard e de seus centros de saúde acadêmicos afiliados. O conteúdo é de responsabilidade exclusiva dos autores e não representa necessariamente as opiniões oficiais do Harvard Catalyst, da Harvard University e de seus centros de saúde acadêmicos afiliados ou do National Institutes of Health. Os autores não têm conflitos de interesse ou interesses financeiros concorrentes a declarar.