A quantidade de medicamentos disponíveis no mercado é grande, bem como os tipos em que são classificados. Pensando nisso, resolvemos te ajudar a entender qual é a diferença entre os principais tipos de medicamentos comercializados atualmente nas farmácias e drogarias de todo o país: referência, genérico, similar e similar intercambiável.
Índice – neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:
- O que é medicamento Referência
- O que é medicamento Genérico
- O que é medicamento Similar
- O que é medicamento Similar Intercambiável
- O que torna um medicamento intercambiável?
O que é medicamento Referência
O medicamento referência é o originador da fórmula utilizada por outros laboratórios anos depois. Para que ele possa ser comercializado, sua eficácia, segurança e qualidade precisam ser comprovadas cientificamente à Anvisa.
Por conta do tempo de pesquisas e o dinheiro investido nelas, o laboratório desenvolvedor do medicamento possui uma patente que dura entre 10 e 20 anos, além da exclusividade na comercialização. Estima-se que o desenvolvimento de um medicamento novo custa, em torno, de 2,6 bilhões de dólares – por isso a patente expira após um período de tempo, para que, com a venda da fórmula, parte desse dinheiro investido tenha retorno.
Com relação a sua embalagem, ela sempre deve possuir um nome comercial (marca). Por isso, o medicamento referência pode ser conhecido também como medicamento de marca.
O que é medicamento Genérico
O medicamento genérico possui o mesmo princípio ativo, dose, forma farmacêutica, indicação terapêutica e é administrado através da mesma via do medicamento referência, porém sem o nome fantasia.
Em outras palavras, o genérico precisa ter exatamente a mesma eficácia, segurança e qualidade do medicamento referência, comprovado através de estudos de bioequivalência à Anvisa. A produção desses produtos só pode ser executava após o prazo da patente do medicamento referência expirar.
Pelo fato dos fabricantes não precisarem investir dinheiro e tempo em todas as fases de pesquisas clínicas e não clínicas durante o seu desenvolvimento, os medicamentos genéricos podem ser em até 35% mais baratos que os seus originadores. Além disso, esse tipo de medicamento, como não pode possuir um nome comercial, deve ser comercializado apenas com o nome de seu princípio ativo.
Os medicamentos genéricos possuem uma tarja amarela em suas embalagens, onde o escrito “Medicamento Genérico” está presente.
Medicamento genérico faz o mesmo efeito que o original? É confiável?
Sim. Como explicado, o medicamento genérico é produzido exatamente com a mesma fórmula que o seu referência possui e, isso, é comprovado via estudos para a Anvisa.
Portanto, como um medicamento é semelhante ao outro perante a sua eficácia, segurança e qualidade, pode-se afirmar que o medicamento genérico possui o mesmo efeito que o seu medicamento referência, bem como é confiável para o uso de mesmos fins que o outro proporciona.
O que é medicamento Similar
Os medicamentos similares têm o mesmo princípio ativo do referência, bem como a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica. Podem, porém, se diferenciar no tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo.
Desde setembro de 2001, os medicamentos similares precisam usar, na embalagem, uma marca fantasia para serem comercializados, para justamente não serem confundidos com os genéricos – que só trazem o nome do princípio ativo em sua embalagem.
O que é medicamento Similar Intercambiável
Medicamentos similares intercambiáveis são aqueles que se adequaram à RDC nº 134/2003 e apresentaram à Anvisa estudos comparativos com os medicamentos referência até dezembro de 2014.
Esses estudos contemplam itens como equivalência farmacêutica, perfil de dissolução e bioequivalência/biodisponibilidade relativa, se aplicável ao fármaco e forma farmacêutica. Ou seja, através dessa comprovação, tem-se que os medicamentos similares possuem a mesma eficácia e efeito de seus medicamentos referência e genérico.
Tal situação ocorreu porque, a partir da implantação da política dos medicamentos genéricos, em 1999, importantes regulamentos sanitários foram estabelecidos por conta da necessidade de regulação do mercado farmacêutico brasileiro e aprimorar, assim, os critérios de garantia de qualidade, eficácia e segurança de todos os medicamentos comercializados no país.
Atenção!
Por mais que os testes de todos os produtos similares tenham sido entregues à Anvisa até dezembro de 2014, nem todos eles foram avaliados e aprovados ainda. Conforme os medicamentos forem sendo analisados e aprovados, eles entrarão na lista oficial de medicamentos intercambiáveis, disponível no site da Anvisa.
Por mais que os testes de todos os produtos similares tenham sido entregues à Anvisa até dezembro de 2014, nem todos eles foram avaliados e aprovados ainda. Conforme os medicamentos forem sendo analisados e aprovados, eles entrarão na lista oficial de medicamentos intercambiáveis, disponível no site da Anvisa.
O que torna um medicamento intercambiável?
Para um medicamento ser intercambiável, é preciso apresentar à Anvisa um dos três testes: bioequivalência (para o caso de genéricos), biodisponibilidades (para os similares) ou bioisenção (quando não se aplica a nenhum dos dois casos anteriores). O objetivo dessas três análises é comprovar a igualdade dos produtos perante ao seu medicamento referência.
Bioequivalência (BQV)
Essa análise visa a demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, com a mesma composição qualitativa e quantitativa do princípio ativo.
Biodisponibilidade
A biodisponibilidade indica a velocidade e extensão da absorção do princípio ativo em uma forma de dosagem, através da curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou da excreção na urina.
Bioisenção
Alguns critérios foram adotados perante a isenção dos estudos de bioequivalência e biodisponibilidade, considerando-se a forma farmacêutica, dosagem, solubilidade e via de administração.
Em caso de qualquer dúvida quanto a esse assunto, questione o seu médico ou o farmacêutico responsável no ponto de venda. Eles são as pessoas mais indicadas a te explicar sobre as diferenças e semelhanças dos tipos de medicamentos descritos nesse artigo.
Compartilhe essas informações com seus familiares e conhecidos para que elas possam atingir cada vez mais pessoas!
Referências
Alguns exemplos dos mais receitados:
PREGABALINA
Referência (Marca): Lyrica e Prebictal
Similar Intercambiável: Preneurin, Dorene Tabs, Proleptol
Similar: Dorene, Prefiss
Genérico: Pregabalina
DULOXETINA
Referência (Marca): Cymbalta
Similar Intercambiável: Velija, Neulox, Dulorgran, Cymbi
Similar: Abretia, Dual
Genérico: Cloridrato de Duloxetina
VENLAFAXINA
Referência (Marca): Zyvifax, Efexor
Similar Intercambiável: Venlifit OD, Venlaxin, Venforin,
Similar: Venix XR, Alenthus XR.
Genérico: Cloridrato de Venlafaxina
DESVENLAFAXINA
Referência (Marca): Pristiq
Similar Intercambiável: Venlifit OD, Venlaxin, Venforin,
Similar: Imense, Zodel, Desve, Elifore
Genérico: Desvenlafaxina, Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado
CICLOBENZAPRINA (relaxante muscular)
Referência (Marca): Miosan, Miosan Caf, Permear, Alginac Retard, Dolamin Flex
Similar Intercambiável: Musculare, Cizax, Benziflex, Miprinax, Renutrim, Muscusan, Muscuprina
Similar: Mirtax, Mitrul, Miofibrax, Miorex, Zenflex
Genérico: Cloridrato de Ciclobenzaprina
A boa novidade é que todos estes já têm a opção de Genérico. (Se o seu médico assim autorizar).
Pesquisa realizada pela Abrafibro, no site:
https://consultaremedios.com.br