5 Dicas para pacientes evitarem diagnósticos incorretos
5 Dicas para pacientes evitarem diagnósticos incorretos
Encontrei essas dicas em um fórum americano na internet. Achei interessante trazer aqui para sabermos como estão orientando os pacientes a evitarem erros e diminuírem as chances de ficar pulando de profissional para profissional. Vale a pena conferir e, talvez, pontuar evidencias desse tipo de prática por nossos pacientes e usar algumas delas a favor de um diagnóstico mais preciso e acurado.
1) Conheça o histórico da sua família – e lembre seu médico disso: Não assuma que seu médico lembre daquela vez que você disse a ele que duas tias morreram de câncer de mama, ou que seu avô e seu pai tem histórico de malformação cerebrovascular. Estudos demonstram que o histórico familiar pode ser um melhor preditor de doença que testes genéticos. Descubra sobre sobre o histórico familiar, escreva, e assegure-se de que seu médico saiba disso – especialmente se você está doente e ele [o médico] está tentando definir o que está errado .
Sobre este tópico leia AQUI sobre um portal do SUS que deixa gravado o histórico médico do paciente.
2) Pergunte: um médico típico vê aproximadamente 40 pacientes por dia, gastando 15 minutos ou menos com cada um. É muito comum ser referenciado a um especialista e começar o tratamento sem ter todas as suas questões respondidas. Nem sempre perguntar pode fazer você se sentir mais confortável – isso pode “atrapalhar” o raciocínio clínico. Sobre o assunto, o Dr. Jerome Groopman( um dos mais famosos pesquisadores em raciocínio clínico do mundo) fala:
“Médicos desesperadamente precisam de pacientes, familiares e amigos para ajudá-los a pensar. Sem a ajuda deles, médicos podem não enxergar a pista sobre o que está realmente errado. Eu aprendi isso, não como médico, mas quando me tornei um paciente” – Dr. Jerome Groopman
3. Não acredite que o Doutor Google irá te salvar: a melhor tecnologia existente está disponível nos dias de hoje, Alias, sempre esteve disponível. Estudos mostram que o melhor meio de se obter um diagnóstico correto é ter um médico que junte as peças da sua doença, com seu histórico familiar , com exames tradicionais e de baixa tecnologia (baratos). Se eu tivesse que escolher entre fazer um teste altamente tecnológico e um teste que o médico ficaria uma hora conversando comigo, pensando no meu caso, e juntando todas as peças, eu escolheria o médico.
4. Nem sempre confie nos exames de laboratório: alguns testes, como a revisão da biópsia, podem estar errados em até 40% das vezes. Por que? Porque interpretar esses exames é questão de julgamento e experiencia.
Há um número muito grande de doenças que podem parecer outras doenças. É aí que o julgamento clínico e a experiencia são essenciais. Médicos veem os resultados como se tivessem vindo diretamente de Deus. Mas apenas porque um teste te da a resposta de sim ou não, não significa que ele está certo. - s Dr. Lisa Sanders, Colunista do New York Times
5. Vá atras de uma segunda opinião: Mas, não a qualquer segunda opinião. Você precisa que o novo médico olhe seu caso desde o começo. Ele deve ouvir você falar de seus sintomas a partir das suas próprias palavras; ele precisa pensar no seu caso sem nunca ter sido influenciado pelas conclusões do seu médico original. Não diga ” eu fui ao Dr. “X” e ele disse que eu tenho meningite e preciso do tratamento “Y”, o que você acha?” A invés disso, fale sobre seu histórico familiar, os exames que você já fez, e o ajude a tirar as própria conclusões sobre o que está de errado contigo
Acredito que essas dicas para os pacientes possam nos ajudar muito na nossa prática clínica diária. São preciosidades que podem melhorar nosso raciocínio clínico e proporcionar uma maior resolutividade para nossos pacientes.