Ouvir música não é só um entretenimento e uma medida para acalmar e relaxar – ela pode trazer diversos benefícios para a saúde, como alívio de dores, melhora da memória e até mesmo um estímulo para a prática de atividade física. Isso acontece porque a música ativa o centro de prazer do cérebro, assim como o sexo e o chocolate, por exemplo. Ela libera dopamina e causa uma sensação de bem-estar e, por isso, tem sido usada por médicos, terapeutas e preparados físicos como tratamento de diversos problemas – e tem trazido ótimos resultados.
Em relação à atividade física, a música pode ajudar a embalar o exercício e torná-lo mais fácil e mais prazeroso. Segundo o músico e empresário Alexandre Casa Nova, a música é um estímulo importante para quem se exercita porque disfarça a sensação de fadiga, dor e cansaço e, no lugar, traz um sentimento bom de alegria e motivação, deixando a pessoa mais confortável.
O mesmo acontece com a música para dormir ou acordar. Sons mais graves e lentos, por exemplo, ajudam a pessoa a se desligar das preocupações e, comprovadamente, facilitam o sono e combatem a insônia. Por outro lado, sons animados, energéticos e acelerados são bons durante a manhã para despertar e ajudar a acordar.
Há ainda o benefício da música durante o período de gestação – ela é capaz de acalmar os recém-nascidos e reduzir, por exemplo, em até dez dias a permanência deles na UTI neonatal.
Essa identificação dos pequenos com a música começa, no entanto, depois da 21ª semana de gestação, como explica a pediatra Ana Escobar. Isso porque, na 20ª semana, o aparelho auditivo do bebê, apesar de já estar pronto para receber vibrações sonoras, ainda tem o conduto auditivo externo bloqueado por um tecido de células que protege o desenvolvimento do tímpano. A partir da 21ª semana, essa parede se rompe, o tímpano entra em contato com o líquido amniótico e começa a receber e processar vibrações, fazendo com o que o bebê comece a ouvir.
Fonte: Programa Bem Estar