Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

quarta-feira, 25 de junho de 2008

"COMO TER DISCIPLINA?"


Como encontrar a disciplina, no meio desse emaranhado de sintomas, crises e dificuldades mil?

Não, preciso ir a luta, conseguir aos poucos, ditar algumas regras, se faz necessário e urgente, senão como irá ficar essa situação tão constante mas fora do considerado normal?

Não preciso seguir as que já existem e as que tanto obedeci, mas tenho que alterar algo dentro e fora de mim mesma, é urgente, meu pai, isso está me deixando louquinha e por demais eufórica. Como já disse outro dia, a hora do banho é terrível, o antes significa buscar energias para o banho, mas depois que fico sob a água, ah, ninguém segura meus pensamentos, sonhos, projetos, tudo ao mesmo tempo, vontade de criar, fazer e acontecer, já pensou se pudesse voar do banho para ir de encontro ao que estou pensando?

Ah, seria algo fantástico, lunático, maravilhoso e quem sabe encontraria um pouco dessa disciplina que não consigo enfrentar de frente de maneira alguma?

Tenho pensado muito a respeito, seria uma disciplina dentro dos meus limites, mas ela tem que começar em algum momento, e esse momento está demorando a chegar, pois terei que caminhar acima do que consigo fazer, executar, e aí me pergunto, será que vale a pena? Meus Deus, esse medo sempre presente em todos os momentos, não me deixando em paz!

Bem, considerando a apatia e depressão coladas no meu coração, algo tem que ser feito, e nada é fácil, tudo tem o seu custo e esforço, então vamos pensar em algo.

As vezes pareco estar conversando com alguém, por ficar tanto tempo nesse mundinho tão meu.

Vamos começar então com pequenos exercícos logo após ter ingerido os medicamentos, mas tipo assim uma hora e meia após os medicamentos das dores, ah, por aí, fazer movimentos com o corpo, andando de lá pra cá, pegando um objeto de um lado e levando para o outro e assim zanzar em meu espaço pequeno, é, é por aí que irei começar o meu plano pra chegar na tal disciplina. Pra vocês esse papo tá pra qualquer coisa... ah, Caetano, deve estar mais para um papo maluco, mas tenho que lutar com as armas que tenho, e a que vejo disponível no momento, é por aí mesmo, exercícios pequenos, movimentos leves após as horas de tantas dores, e quer saber? Começo amamhã, tenho que traçar um plano, mas começarei por uma reta de quatro metros, já está de bom tamanho, já estou até imaginando o que os meus dogs vão pensar: - Será que ela vai nos levar pra passear ou endoidou de vez!Vocês nã tem noção como os bichos pensam e agem dependendo da situação, kkk já será um salto enorme e vou conseguir, aguardem o próximo capítulo da minha disciplina, já estou do triste para o eufórico, pensando no que vai dar, uns tropeços daqui outros acolá, e dando certo, passo a receita pra frente, kkkk com certeza, e ... força na peruca, Cris, vai em frente, sem medos, mas faça algo, grite, xingue, tropece, reclame, mas faças o melhor que puder, depois volto e conto de um tudo, viu? Aos amigos que aqui adentrarem, peço que torçam por mim, que eu consiga fazer esse primeiro caminho curtinho, por enquanto, me aguardem, beijos e força na peruca mesmo ..........


No momento, já tomei os remédios, inclusive o dormonid, mas tinha que dividir essa loucura da madrugada, quase duas da manhã, nao imaginam como estou já ajitada só em pensar que vou zanzar com dores e tudo, acredito que esses pensamento positivos e energéticos possam ajudar tantas amiguinhas com dores aumentando e sintomas por causa do frio e de tantos probleminhas do dia a dia, sem energia, mas como esse é o nosso espaço, decidi então deixar registrada a minha primeira caminhada para a tal disciplina que não tenho, não sei onde deixei, mas sei que é necessária, com certeza kkkkkkk beijos lindinhas

domingo, 15 de junho de 2008

VOCÊ PODE FALAR DIRETO COM SEU DEPUTADO FEDERAL...




AMIGOS DE FIBRO, E DE MUITA FIBRA!

Encontrei o link para que possamos falar com o deputado federal de nosso Estado.
É a chance de encontrar o "eco" a nossa indignação, estarrecimento. E lutarmos por nossos direitos.
Aproveite para reclamar, sugerir e quem sabe... até elogiar.

Esse canal de comunicação, sendo bem usado poderá nos servir de acesso ao poder, e levarmos ao conhecimento, daqueles que lá colocamos através do voto, tudo que acreditamos estar errado. E assim sairmos da inércia.

Não desacredite, logo de cara, que tua mensagem será ignorada.
È contando com isso que nos calamos..
Mas se o número de mensagens forem representativas, tudo isso não poderá ser ignorado.

Mexa-se.. entre no link e faça sua reclamação.

Divulgue o link...

Cumpre também seu papel de cidadão. Exerça seu direito!

http://www2.camara.gov.br/internet/popular/falecomdeputado.html/

NÃO SABÍAMOS! PERDEMOS ESSA CHANCE!





12/05/2008
89 - 3ª CAMINHADA PELO DIA MUNDIAL DA FIBROMIALGIA

Para salientar a importância do tratamento da Fibromialgia, foi instituído o Dia Mundial da Fibromialgia (12 de maio) com o objetivo de informar a população sobre o assunto. Este ano, será realizada a 3ª Caminhada pelo Dia Mundial da Fibromialgia, promovida pelo Comitê de Dor e Fibromialgia da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), com apoio das Sociedades Brasileira (SBR) e Paulista de Reumatologia (SPR), do GRUPASP - Grupo de Pacientes com artrite e Fibromialgia do Estado de São Paulo e da Apsen Farmacêutica.

A Fibromialgia é considerada como a principal dor músculo-esquelética, que acomete desde crianças até idosos de ambos os sexos, principalmente mulheres. No Brasil estima-se que de 4 a 5% das mulheres são portadoras desta enfermidade que pode causar grande incapacidade no trabalho e na vida cotidiana. Caracteriza-se por dor crônica e difusa pelo corpo de longa duração estando associada freqüentemente à alteração da qualidade do sono como também sintomas depressivos. Muitas vezes pode ser confundida com outras enfermidades clínicas. Existem diversas abordagens no tratamento desta enfermidade, sendo uma delas a melhora da condição física.

O evento acontecerá no dia 18 de maio (domingo), a partir das 9h30, no Parque Villa-Lobos, São Paulo/SP. O ponto de encontro será na Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2001, Pinheiros.

Serviço:
Evento: 3ª Caminhada pelo Dia Mundial da Fibromialgia
Local: Parque Villa-Lobos
Data: 18/05/2008
Horário: 9h30
Ponto de Encontro: Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2001, Pinheiros
Realização: Apsen Farmacêutica
Promoção: Comitê de Dor e Fibromialgia da Sociedade Brasileira de Reumatologia
Apoio: Sociedades Brasileira e Paulista de Reumatologia (SBR e SPR) e GRUPASP.
Profissionais capacitados para esclarecer dúvidas em locais específicos
Distribuição de folhetos informativos sobre Fibromialgia aos participantes da caminhada




Fonte: Assessoria de Imprensa Apsen


FONTE: http://www.apsen.com.br/novosite/index.php?modulo=noticias_mat&id_mat=8438

TRABALHO X FIBROMIALGIA



Lembrem-se: Falam em dor/ler.... porém, podemos dizer que esta doença também está associada à Síndrome de Fibromialgia. Assim, as orientações abaixo, valem para os fibromiálgicos também.


A síndrome fibromialgia no dia-a-dia da medicina ocupacional

Marcelo Cruz Rezende
Chefe do Serviço de Reumatologia da Santa Casa de Campo Grande, MS

O diagnóstico de LER/DORT continua sendo freqüente em todos os níveis de atendimento da patologia ocupacional.

Apesar das várias evidências científicas de que não se trata de uma doença, assim continua sendo considerada, não só pelos pacientes como também por médicos e serviços de medicina de trabalho. Isso denuncia o despreparo de profissionais que , tendo contato com tais pacientes, elaboram maus diagnósticos e indicam tratamentos inadequados, resultando em um péssimo prognóstico.

Ocorre certa confusão no âmbito das funções relativas aos três níveis de atendimento ocupacional. Sendo assim, é fundamental ter-se em mente que:

1- O médico assiste, diagnostica e trata. Não lhe cabe averiguar a veracidade dos fatos narrados pelo paciente, e sim acreditar (esta é a base da relação médico-paciente), fazendo então o diagnóstico nosológico e propondo o tratamento que considere mais indicado. Caso considere o paciente incapacitado para o trabalho, deve emitir um atestado médico; caso haja suspeita de causa ocupacional, deverá constar: "possível causa ocupacional", "solicito avaliação de causa ocupacional". Mesmo sem perda da capacidade laborativa, deverá ser prontamente emitido um atestado pela avaliação causal.

2- O médico do trabalho caracteriza o nexo técnico. De posse do atestado, far-se-á a perícia ocupacional, onde uma causa específica no trabalho deverá ser encontrada. Somente com isto o diagnóstico nosológico (tendinite, tenossinovite, síndrome do túnel do carpo, etc.) poderá ser denominado DORT, pois, por definição, ela é ocupacional. Deve-se então emitir prontamente a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).

3- O médico perito do INSS homologa o nexo técnico e avalia a capacidade laborativa do paciente. Se o afastamento indicado pelo médico assistente ultrapassar 15 dias, a partir do 16º dia torna-se necessária a perícia junto ao INSS, que irá homologar administrativamente o afastamento, assim como o nexo ocupacional, com todos os direitos e deveres decorrentes.

Sem esta separação de funções, certamente haverá ingerências no diagnóstico, tratamento e evolução do quadro clínico, que acabarão por cronificar a sintomatologia, o que poderá provocar no paciente desconfiança e insegurança, sentimentos que o levarão a buscar soluções milagrosas ou mesmo o caminho da justiça para reparação daquilo que não compreendem muito bem.

Não haveria dificuldade se todos os casos fossem de diagnóstico comprovável, como tendinite, tenossinovite, etc., onde um exame complementar demonstraria a lesão ou a doença.

No entanto, se analisarmos os trabalhos de Helfenstein e de Batista (figuras 1 e 2) veremos que o porcentual de pacientes com lesões/doenças "verdadeiras" não chega a 20%, ou seja, existe uma multidão de "doentes de LER" que necessita de melhor avaliação médica, não só para um tratamento específico, mas sobretudo para evitarmos o crescimento desta "epidemia".

Não podemos esquecer que mesmo os doentes com lesões também padecem de sintomatologia dolorosa crônica, que não melhoram simplesmente com afastamento do trabalho e fisioterapia, ou seja, dependem de uma visão mais ampla de seu problema.

Com isto, os diagnósticos de síndrome da fibromialgia e miofascial se sobrepõem, acarretando uma série de complicações pela existência de uma doença crônica preexistente, não ocupacional. Será que o simples diagnóstico afasta qualquer possibilidade de nexo técnico? Com perda de direitos trabalhistas, instauração de possível processo judicial e demissão?

Na verdade, acreditamos que não. Se avaliarmos todas as possibilidades veremos que o fato de existir uma doença de base, facilitadora de dor, irá, na verdade, facilitar ou perpetuar um quadro iniciado por uma causa ocupacional, ou seja, a crise pode ter um fator precipitante específico, devendo assim ser aberta a CAT se for o caso, tal qual um acidente de trabalho. Da mesma forma, o fato de o trabalho piorar uma dor preexistente também dever ser considerado ocupacional e, portanto, também aberta a CAT.
Estes fatores de precipitação da síndrome dolorosa freqüentemente não são muito visíveis, nem para o paciente tampouco para o médico, como um esforço físico, trauma, etc. Devemos considerar uma conjunção de causas, principalmente as psicológicas.

Normalmente o paciente estará sob estresse psíquico, o que manterá acesa a possibilidade de sofrer dor. Todo o ambiente de trabalho estará contra ele: os colegas não acreditam, a chefia prioriza o nível de produção, e com isso o doente se sente coagido a manter seu ritmo de trabalho, sob pena de agravar seu estado de saúde, pois, não havendo lesão visível, não tem como comprovar a todos - nem a si mesmo! - a sua debilidade física.

Cria-se então um círculo vicioso, onde doente com dor a esconde de todos (estigma?!), provocando mais dor para manter seu posto de trabalho (medo?!), aumentando o estresse (tensão muscular?!), piorando sua qualidade de vida, de sono, causando-lhe ainda mais dor.

Por isto a função do médico assistente é fundamental. A relação médico-paciente forte fará com que o doente acredite em sua doença, veja a necessidade de fazer parte do tratamento, assim como sua parcela de culpa nas crises.

A interação com o médico do trabalho terá sua importância se ela realmente existir, pois na maioria das vezes essa comunicação não ocorre, prejudicando toda a programação de tratamento e retorno ao trabalho.

Assim, o conhecimento destas patologias - fibromialgia e miofascial - para a medicina ocupacional torna-se de suma importância, pois está no dia-a-dia do médico do trabalho. Saber identificá-las é a ordem do dia.

Conclusivamente, o médico do trabalho deve ter em mente que:

1- nenhuma dor deve ser ignorada;

2- a perícia ocupacional é fundamental para a caracterização do nexo técnico;

3- a existência de doença de base não invalida a causa ocupacional da crise;

4- o grau de incapacidade do trabalhador deve ser avaliado, para que a falta de restrição não provoque uma reinjúria;

5- a avaliação para o retorno deve ser feita o mais precocemente possível. A auto-estima é preponderante no seu tratamento;

6- se houver mais de um caso naquele setor medidas de avaliação e prevenção devem ser tomadas;

7- nunca deve negar a abordagem multidisciplinar para os casos mais rebeldes;

8- acima de tudo, o paciente "portador de LER/DORT" não é um "incapaz ou inválido". Deve, sim, ser orientado a adequar seu ritmo, tipo e forma de trabalho à sua capacidade física.


Referências:

Hass D: Employee Perceveid stress. Relationship to the development of symptoms. AAOHNJ 45:115-123.

Helfenstein M: tese para doutoramento. A prevalência de síndrome de fibromialgia em pacientes com LER, 1997.

Fonte: Revista Brasileira de Reumatologia - volume 42 - número 5 - set/out 2002


Fonte:http://64.233.169.104/search?q=cache:FxqJj0XA_b0J:www.ambr.com.br/abramt/artigos/a_sindrome_fibromialgia_no_dia.doc+%22trabalho+e+fibromialgia%22&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=8&gl=br


POIS AGORA, LIDA A MATÉRIA... PERCEBAM QUE A VISÃO MÉDICA JÁ ESTÁ COMEÇANDO A VER O FIBROMIÁLGICO COM OUTROS OLHOS, DENTRO DA REALIDADE LABORIAL.

TOMARA QUE ESTA MATÉRIA CHEGUE ÀS MÃOS DOS QUE PODEM REALMENTE FAZER ALGO POSITIVO E RACIONAL POR NÓS.

Quem puder e quiser enviem esse texto ao seu médico, aos amigos, familiares, à sua empresa,... a maior divulgação e apreciação de muitos poderá fazer dessa matéria uma grande corrente de reconhecimento das nossas necessidades e de nossa realidade.

O autor é pessoa de credibilidade indiscutível.

PESQUISAS SOBRE SINDR. DE FIBROMIALGIA REVELAM...





Estudo liga dor da fibromialgia a problema no sistema nervoso central

04/06, 10:21


A fibromialgia pode estar associada a anormalidades no sistema nervoso central, evidenciadas pela elevada sensibilidade auditiva e sensação de pressão dos pacientes, segundo estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Condição crônica caracterizada por dor muscular e articular generalizada, e por pontos específicos de elevada sensibilidade, a fibromialgia não tem uma causa definida, sendo influenciada por alterações climáticas, estresse emocional, grau de atividade física. Dentre as diversas possíveis causas estão: distúrbios infecciosos (infecção pelo HIV, por exemplo), reumatológicos (lúpus), endocrinológicos (hipotireoidismo), neurológicos, neoplásicos (mieloma múltiplo) e psiquiátricos (distúrbios de ansiedade).

Para avaliar se havia algum problema no sistema nervoso central que afetasse o processamento sensorial dos pacientes, os pesquisadores avaliaram 31 voluntários, além de pessoas saudáveis, que foram expostas, aleatoriamente, a estímulos auditivos e de pressão.

E os resultados indicaram que as pessoas com fibromialgia tinham uma maior sensibilidade para alguns tons auditivos e reportaram maior sensibilidade aos sons diários. Esses pacientes percebiam o estímulo auditivo na mesma intensidade das pessoas saudáveis, mesmo que, na realidade, a intensidade estivesse em níveis mais baixos.

Além disso, os autores observaram associações significativas entre as respostas auditivas e as respostas à pressão, indicando que ambas podem ter um mecanismo fisiopatológico em comum. Com isso, eles concluíram que a fibromialgia está associada a um déficit do sistema nervoso central no processamento sensorial. Porém, mais pesquisas são necessárias para desvendar os mecanismos por trás dessa relação.


Fonte: boa saúde
http://www.opantaneiro.com.br/noticias/online.asp?id=72176

SEXUALIDADE E FIBROMIALGIA


Fibromialgia e Sexualidade

Disfunções sexuais são caracterizadas por distúrbios no desejo sexual e nas modificações psicofisiológicas no ciclo de resposta sexual do homem e da mulher. Grandes avanços ocorreram no entendimento dos mecanismos neurovasculares da resposta sexual do homem e da mulher. Novas classes de drogas foram elaboradas, oferecendo potencial terapêutico importante no tratamento da disfunção erétil masculina, enquanto outros medicamentos têm sido estudados para o tratamento de disfunções do desejo sexual e do orgasmo.

Dados publicados em 1999, num estudo sobre disfunção sexual nos Estados Unidos, com a participação de 1749 mulheres e 1410 homens entre 18 e 59 anos demonstrou que as disfunções sexuais são mais prevalentes em mulheres (43%) do que em homens (31%). Ainda, a disfunção sexual é mais provável de ocorrer entre mulheres e homens com saúde física e emocional debilitadas. A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor músculo-esquelética difusa, associada à fadiga e a distúrbios do sono; podendo ainda apresentar uma freqüência maior de dores miofasciais, enxaqueca, síndrome do intestino irritável, transtorno do humor (principalmente a depressão). Neste grande espectro de sinais e sintomas, torna-se evidente a perda da qualidade de vida sexual nos pacientes com fibromialgia e seus parceiros.

Freqüentemente observamos que a consulta médica restringe-se a queixa principal do paciente, por exemplo, as dores musculares. Entretanto, cada vez mais a função sexual tem sido identificada e valorizada como um importante componente da qualidade de vida dos seres humanos. Em casos de doenças crônicas reumatológicas, as dores, desconfortos, fadiga e alterações na auto-estima alteram o funcionamento tanto sexual quanto social do individuo. Rigidez, cansaço e dores definitivamente não promovem desejo sexual e não ativam as respostas do ciclo sexual que derivam deste.

O conhecimento da alta prevalência de disfunções sexuais na população em geral sinaliza a necessidade de dialogo aberto e franco entre médico e paciente. Um estudo de 2005 demonstrou que as mulheres fibromiálgicas têm disfunções sexuais distintas das mulheres saudáveis, e que a existência de depressão nessas pacientes não tem efeito adicional na disfunção sexual. Um estudo realizado no HC-UFPR por Moeller e colaboradores em 2004 , demonstrou uma freqüência maior de anorgasmia (falta de conseguir o orgasmo), falta de sensualidade feminina, evitação sexual e menor freqüência de relações sexuais nas pacientes com fibromialgia quando comparadas às sem a doença. Há também uma tendência a evitação sexual por parte dos parceiros das mulheres doentes, além da falta de comunicação dos parceiros para com elas.

Diante disto, o que pode ser feito?

1) A sociedade impõe valores desproporcionais a sexualidade, ditando padrões de beleza e os relacionando ao sucesso pessoal e profissional. Não é à toa que muitos homens e mulheres, saudáveis e inteligentes, sintam-se inseguros em relação a seus corpos. Lembre-se que o desejo sexual varia de um dia para o outro, assim como de um ano para o outro. É importante ter consciência de que sexo uma vez ao dia é tão normal quanto sexo uma vez ao mês.

2) Sexualidade é a forma mais complexa e intima de comunicação. Fale abertamente com seu parceiro, exponha suas necessidades e expectativas, de maneira a resolver assertiva e produtivamente os conflitos. O receio de confrontar problemas pode gerar uma ansiedade ainda maior no parceiro, deixando-o ainda mais confuso sobre o assunto.

3) Discuta abertamente com seu médico sobre os medicamentos para controlar sua dor. Caso a medicação não esteja trazendo alívio ou ainda atrapalhando sua vida sexual, converse com seu médico. Ele pode indicar novas drogas e/ou terapia sexual (quando indicado).

4) A relação sexual não precisa ser espontânea para ser boa. Planeje! Cuide de sua aparência, escolha roupas que valorizem o seu corpo, arrume o cabelo e as unhas, permita-se melhorar sua imagem corporal e conseqüentemente sua auto-estima. Banhos quentes, massagens, uso de analgésico antes da relação e lubrificantes vaginais podem não somente propiciar uma boa relação sexual, mas também melhoram a intimidade do casal.

5) Lembre-se que existem várias zonas erógenas no corpo além dos genitais. Lábios, orelhas, pescoço, face interna das coxas; a relação sexual não precisa ser limitada a penetração. Procure descobrir outras formas de obter prazer, como a masturbação mútua, conhecendo melhor seu corpo e o de seu parceiro. Procure posições em que seu corpo fique relaxado.

6) Saiba dizer não: caso não esteja se sentindo confortável, não continue.

Lembre-se: Mais importante que a chegada, é ter aproveitado a viagem.

Boa viagem!!! Laura Moeller Eduardo S. Paiva Ambulatório de fibromialgia, HC-UFPR.

Fonte: http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=pacientes_outros_editais&id_mat=48

quinta-feira, 12 de junho de 2008

"SE NÃO FIZERMOS POR NÓS, QUEM O FARÁ?"



INDIGNAÇÃO COM OS MÉDICOS PERITOS DO INSS, QUE IGNORAM RELATÓRIOS E LAUDOS MÉDICOS, DANDO ALTA PARA PORTADORES DA SÍNDROME DA FIBROMIALGIA, QUE SE ENCONTRAM INCAPACITADOS PARA EXERCEREM SUAS ATIVIDADE LABORAIS, PORTANTO, “SE NÃO FIZERMOS POR NÓS, QUE O FARÁ?

É do conhecimento de todos, em nosso país, as grandes dificuldades que encontramos na área de saúde, nos Hospitais Públicos, Pronto Socorro, Policlínicas, enfim, pelo SUS, diminuindo um pouco quando usamos convênios médicos em geral, e o melhor vem a ser os tratamentos particulares, onde a maioria da população não tem como fazer uso desse, devido a baixa renda mensal de todos nós trabalhadores.
Mas, quando por motivo de saúde ou aposentadoria, temos que usar o atendimento da Previdência Social, ou seja, entrar com solicitação e documentação através do INSS, acabamos sendo todos iguais, e na hora da doença, onde não estamos em condições de trabalhar, andar, ficar fora do leito, com necessidade de maratonas imensas pelos médicos, fazendo exames diversos, não temos como fugir da burocracia demasiadamente estressante, tendo que conseguir inúmeros documentos solicitados para se conseguir uma licença médica, seja por poucos dias ou mais, não importa, o processo é igual para todos.
Justamente no momento onde você mais precisa de atendimento médico, é quando você tem que conseguir se levantar de madrugada, para entrar em filas homéricas, com pessoas desmaiando, com todos os tipos de problemas de saúde, alguns engessados, outros enfaixados, onde percebemos a gravidade da doença de cada um, conhecendo pessoas que não têm nem um real para uma condução, e que vão a pé ou de ônibus, de lugares afastados, sem ao menos terem tomado um café, alguns vindos diretamente de uma internação no hospital, após terem realizado cirurgias, mancando e se arrastando, e ao olhar o todo, ou seja, todos que estão a espera de atendimento, percebemos que o nível social é totalmente heterogêneo, ou seja, as pessoas que ali se encontram são do nível muito baixo, baixo e médio, poucos do nível alto, sendo esses últimos normalmente sendo representados por um procurador.
Todos tentam chegar bem cedinho, para pegar um bom lugar na fila, aí depois de estarmos alinhados, a demora é por demais da conta, lembro perfeitamente quando passei por isso, por três vezes, faz mal e chega até a doer o coração, pois ninguém merece mesmo, a vontade de deitar, de vomitar, tudo incomoda, é febre e tristeza do lado direito, esquerdo, para qualquer ponto que olhamos, vemos desânimo e dor, cansaço, e ficamos a observar uns aos outros, todos viram e reviram os seus próprios documentos, pensando, será que está tudo em ordem?
A cada um que é atendido, todos estão de olho, para pegar as dicas, saber o que temos em mãos, será que vai ficar faltando alguma coisa? E a perícia? Todos sem dinheiro, pois quando a doença adentra em nossas vidas, é só problema mesmo, gastos com medicamentos e outros extras, que não estavam no nosso orçamento do mês, portanto, a expectativa é grande.
Uns saem xingando, faltou informação de uma empresa em que trabalhou, outro sai chorando, poucos acertam de primeira a documentação completa para prosseguir e marcar a perícia, a maioria volta ao mesmo local várias vezes, sem contar com a maratona de cada um para conseguir montar esse processo burocrático por demais abusivo.
Bem, aí conseguimos marcar a perícia, e no dia em que ela acontece, temos que seguir todas as instruções, senta aqui, vai para lá, espera agora, todos como zumbis, doentes, com dores, sangrando, com fome, sem um tostão, documentação nas mãos e rezando para que dê tudo certo com o médico perito, sentimos medo e pânico, como se estivéssemos fazendo algo ilícito, é incrível esse sentimento na maioria que estão na espera, não tem como.
E lá está a famosa “plaquinha”, “desacatar o funcionário público...”, mas absolutamente nada para que o enfermo se sinta melhor com sua situação desprivilegiada em relação ao todo, tipo documentos, relatórios, sacolas e sacolas com inúmeros exames e chapas, radiografias.
No final, perguntamos: - A senhora poderia me dizer quando é que irei receber o meu benefício?
Então vem a resposta: - O senhor receberá uma carta, constando o banco e quando deverá se apresentar para receber. E quando isso acontece, já se passaram uns três meses, eles pagam direitinho, todos os atrasados, mas até aí você está enforcado de dívidas e dívidas, além de recebermos uma quantia diferente do salário normal, bem abaixo, é quando ficamos mais tristes e desanimados ainda, e somente aqueles que já têm seu patrimônio ou ajuda de família e outros é que podem, depois de toda essa maratona, descansar até a segunda perícia já marcada.
Acredito que todos gostariam de ver os nossos governantes passando por essa, com certeza, assim eles saberiam o que passamos, além de estarmos enfermos, tomando inúmeras pílulas, cheios de dívidas, necessitando cuidar e prover a família, realmente, não é fácil, pois nesse momento de dor é que precisaríamos ter mais sossego, menos problemas, para cuidar de nossas doenças e fatalidades, como acidentes, cirurgias relâmpago, bala perdida e outros.
Conhecendo todo o processo e as horas perdidas para consegui entrar de licença, e receber o benefício, posso falar tranquilamente sobre a minha indignação com o que está acontecendo com os Portadores da Síndrome da Fibromialgia, pois além de passarmos por todos os passos que outros enfermos também têm que passar, somos atendidos como se não tivéssemos absolutamente nada, “uma doença fantasma”, escutando sempre dos médicos peritos “fibro o quê?”. Aí nos tratam sem respeito, sem dignidade nenhuma, ignorando nossos sintomas e dores, nos apalpando nos pontos doloridos de forma grosseira, tipo, será que dói mesmo? Somos então chamados de depressivos, estressados, traumatizados, como se não quiséssemos trabalhar, um tratamento diferenciado, sendo que até conseguirmos o nosso diagnóstico, já percorremos a maioria dos médicos, hospitais, pronto atendimento, psiquiatras, neurologistas, algo assim imensamente cansativo, nos olham com dúvida, e enquanto isso, seguramos o vômito, apertamos as pernas por causa das cólicas, o nervoso e pânico aumentam as dores, fadiga total, sem dormir, e sentados junto com uma multidão, onde não temos faixas enroladas ou cortes no corpo ou feridas para mostrar, tratados como se não tivéssemos absolutamente nada, nossos relatórios e laudos médicos perdem a importância, muitos dos peritos não dão a mínima atenção e acabam dando alta para pacientes que não têm condição alguma de exercer suas atividades laborais, nem com a família, com absolutamente nada,
sendo que três meses é pouquíssimo tempo para se recuperar, e em menos de dois anos, um fibromiálgico de nível médio, aquele que foi diagnosticado em tempo e está sob tratamento adequado, nem esse tem como voltar as suas atividades, os próprios laudos médicos irão comprovar isso, é o mínimo que esperamos da área médica, que tenhamos tempo para ficarmos saudáveis ao ponto de voltar para a nossa vida profissional, familiar, social, enfim.Relatei sobre todas essas dificuldades, para que aqueles que nunca tiveram que passar por isso, tenham uma pequena idéia que como as coisas funcionam, e depois poderem imaginar um enfermo, um paciente com fibromialgia receber alta médica, não conseguir se levantar pela manhã para trabalhar, como foi comigo, não tinha condições de abrir os olhos pela manhã, temos hipersensibilidade à luz, depois os sintomas mais graves são justamente pela manhã, ocorre um terremoto dentro de nosso corpo, é intestino e estômago e tudo se movimentando e funcionando ao mesmo tempo, ânsias de vômito, as pílulas coloridas loco cedo, é realmente de amargar, como trabalhar com todos esses sintomas, se uma pessoa normal, quando está com gripe e febre, não se levanta para nada, fica com frio, por debaixo das cobertas, ou aqueles que estão com dengue, dor pelo corpo todo, diarréia, vômitos, fadiga, tudo isso. Então meus amigos, a Síndrome da Fibromialgia provoca isso tudo, todos os dias, as nossas dores são equivalentes às dores oncológicas, com a grande diferença que a temos todos os dias, e não apenas um ou dois meses, não tem cura, apenas com o uso de vários medicamentos, mudança de vida, diminuição de atividades, da rotina, do número de horas de energia, mais psicoterapia, fisioterapia melhoramos nossa qualidade de vida. Além do mais, a dificuldade em encontrar médicos especialistas nessa área de dores crônicas é enorme, mais o problema de adquirir os medicamentos, pois essa é uma doença de alto custo, medicamentos caros e dificilmente encontrados nos setores públicos. Ainda não temos clínica ou grupo de dores pelo SUS em todas as cidades, poucos podem usar o plano de saúde para as clínicas especializadas, e somente pessoas de nível social alto podem fazer o tratamento nessas clínicas.
Agora, o mais difícil é: como entender o que está acontecendo atualmente nas perícias médicas do INSS? Quem poderia explicar esses absurdos, falta de conhecimento da doença, a indiferença desses médicos peritos em relação a fibromialgia ou fadiga crônica, ou as duas ao mesmo tempo, como no meu caso? Como aceitar que um paciente, portador da fibromialgia, estando sem nenhuma condição física, psíquica e emocional para voltar ao trabalho, receba alta do médico perito, o qual nem avaliou, leu ou examinou os documentos e o paciente, dando alta para essa pessoa que está, além de enferma, com inúmeros problemas causados pela incapacidade física, dificuldades financeiras, muitos sem tratamento adequado, portanto com a doença progredindo, as dores aumentando, e posso dizer isso sem nenhuma dúvida, pois estou na horizontal, literalmente, há mais de oito anos, com apenas duas horas/energia dia, e tive a sorte de encontrar um médico perito competente, que sabendo que tive que usar até cadeira de rodas por quatro anos, e sentindo que eu ainda sentia uma enorme vontade de poder viver normalmente como as outras pessoas, que adoecem e depois ficam boas, acabou me aposentando por invalidez, já que estava nesse processo de passar por inúmeras perícias, um desgaste terrível, não me iludindo em relação a cura dessa enfermidade tão pouco estudada e conhecida, considerada nova, quando há muito tempo já existe, e “não é andaço” como já foi chamada em programas na televisão, “nem doença da moda”, pois “toda doença é ruim”, portanto como estaria na moda? Quem iria querer ter uma enfermidade dessa?
Senhores médicos peritos e senhores que fazem parte de nosso governo, por favor, precisamos de respostas para essas injustiças todas que andam acontecendo, pois nesse mesmo momento, uma amiga da dor, portadora da fibromialgia, que usa seu tempo pequeno de energia para ajudar as pessoas com a mesma doença, recebeu alta de um médico perito, que não a examinou, nem sequer olhou as radiografias, que mostravam os seus quatro pinos colocados em sua coluna a menos de um ano, não leu os relatórios e laudos médicos que também constava que está em tratamento de depressão, simplesmente disse que ela estava de alta, e quando ela perguntou ou argumentou que não conseguia ficar de pé, que tinha dores no final da coluna e nas pernas e... Nada adiantou, pediu a ela que trabalhasse da cintura para cima, sim, “trabalhe então da cintura para cima”, e ponto final?
Sei que não será difícil das pessoas acreditarem no que estou dizendo, aliás, ela realmente teve que retornar ao trabalho, há uns 20 dias talvez, foi duas vezes para o hospital, o seu estado de saúde se agravou, e ontem, dia 10 de junho, foi para o Hospital Nove de Julho, e está internada, tudo isso porque o Sr. Médico perito deu alta quando não poderia ter feito isso, e o pior é que não aconteceu apenas para a Srta. Sandra Santos, está acontecendo com uma freqüência alta, muitos enfermos recebendo alta, tendo que entrar novamente com pedido de licença, não conseguindo, entrando então na justiça, ficando sem seu salário benefício, sem poder pagar suas contas, como também não tendo dinheiro para comprar seus medicamentos, nem comprar a sua comida, como também não podendo se locomover, devido as dores e falta total de dinheiro, e o pior é todos que são “trabalhadores”, que contribuíram para o INSS, pagaram seus impostos devidamente, e todos esses “trabalhadores têm direito a cuidar de sua saúde física e mental, necessitando estar bem em todos os sentidos para exercerem as suas atividades laborais, TODOS NÓS TRABALHADORES TEMOS O DIREITO A CUIDAR DE NOSSA SAÚDE, DIREITO A TERMOS MEDICAMENTOS CEDIDOS PELO GOVERNO, DIREITO AO RESPEITO E DIGNIDADE, DIREITO A TERMOS ATENDIMENTO PELO SUS, JÁ DEVERIAM TER SIDO CRIADOS GRUPOS DE DOR EM TODAS AS REGIÕES, ESTADOS E CIDADES DO BRASIL, POIS A SÍNDROME DA FIBROMIALGIA É UMA DOENÇA, COMO O CÂNCER, AIDS, TUBERCULOSE, ENFIM, ELA EXISTE, DIZEM QUE É INVISÍVEL, MAS NÓS PACIENTES NÃO SOMOS, ESTAMOS TODOS AQUI, INCAPACITADOS, COM DORES, TOMANDO INÚMEROS MEDICAMENTOS, ALÉM DE INJEÇÕES DE CORTICÓIDES E MORFINA, SIM, MORFINA, PRECISAMOS FALAR MAIS ALGUMA COISA?
A MAIORIA DOS PORTADORES DA SINDROME DA FIBROMIALGIA SÃO MULHERES, MULHERES GUERREIRAS COMO A “Srta. SANDRA SANTOS”, MUITAS ESTÃO NA MESMA SITUAÇÃO, RECEBERAM ALTA E NÃO CONSEGUIRAM VOLTAR AO TRABALHO, ESTANDO COM SUA SITUAÇÃO IRREGULAR E SEM RECEBER BENEFÍCIO, TRATAMENTO OU MEDICAMENTOS, ABSOLUTAMENTE NADA.
Criamos uma Associação, que mesmo não estando registrada, está funcionando a todo vapor, onde os trabalhadores dessa associação são todos portadores da Síndrome da Fibromialgia, e muitas delas estão com o mesmo problema, como a Sra. Kelly Godoy, Sra. Fátima Jabur, o nosso amigo, único homem em nosso grupo, Cristian Willians, que tem uma bombinha de morfina dentro de sua barriga, recebo depoimentos de todo o Brasil, estando na internet desde julho/2007, não imaginava que existiam tantas mulheres com os mesmos problemas que eu, me sentia tão sozinha nessa enfermidade, e é fácil encontrá-las em São Paulo, muitas delas têm como única opção o Hospital das Clínicas de São Paulo, o qual não tem como acolher todos esses pacientes adequadamente, portanto, COMO DIGERIR TANTA INJUSTIÇA? TANTA FALTA DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO PELA ÁREA MÉDICA?
E conheci também as mulheres portadoras de fibromialgia que, por ter adquirido essa doença muito cedo, são portanto moças novas, com idade média de 25 anos, com suas carteiras profissionais sem nenhum registro, pois não conseguem emprego que se ajuste às poucas horas de energia, como nossa amiga Srta.Tatiana, algumas largam a Faculdade, interrompem sua vida profissional antes mesmo delas começarem, antes de atingir os trinta e cinco anos, a idade onde o homem começa então a contribuir para a sociedade,
Portanto, a Síndrome da Fibromialgia é uma doença, que não deforma, mas incapacita, além das perdas profissionais e pessoais, sendo que a família da maioria dos fibromiálgicos também têm pouca compreensão em relação a tal enfermidade. E o mais grave ainda é que até em entrevistas nas redes de comunicação, médicos a chamam de doença da moda, que todas as fibromiálgicas tendem a ser depressivas, fazem chacotas, pessoas sem sensibilidade e conhecimento real , que sequer procuram saber quantas mulheres inteligentes, capazes e fortes, estão acamadas com sintomas e dores insuportáveis, e sendo assim, não há como não ter depressão ou tristeza, por ser difícil a convivência com a impotência.
Mais uma vez, volto a escrever sobre o mesmo tema, mas não vou desistir, escreverei quantas vezes forem necessárias.
Particularmente, estando aposentada, não tenho mais que passar por perícias médicas, mas continuo na luta contra as dores e sintomas, maratona pelos médicos, exames rotineiros, visitas médicas periódicas, todos os meses, às vezes mais de uma vez, sonhando e sendo otimista, acreditando que logo teremos medicamentos mais eficazes.
Tenho na minha caixa de correio da internet, inúmeros depoimentos, de mulheres de todo o Brasil, professoras, administradoras, advogadas, matemáticas, pedagogas, enfermeiras, engenheiras, economistas, donas de casa, jornalistas, de vários níveis sociais, sendo que a maioria delas são persistentes, perfeccionistas, cultas, pesquisam e estudam essa enfermidade sem cessar, passando as informações para os seus médicos, amigas de dor, se preocupam com todas as novidades em relação aos medicamentos, se comparam com outras que tenham a mesma enfermidade, tentando decifrar e entender o que fazer para melhorarem suas qualidade de vida.
Entre os portadores da fibromialgia, para os quase 17% dos homens com essa enfermidade, a compreensão se torna mais difícil ainda, pois existe uma diferença entre eles e nós mulheres, pois as mulheres já têm uma predisposição a suportar dores como cólicas e outras, já parimos, menstruamos, e isso faz com que tenhamos mais força para agüentar todos os sintomas e dores da fibromialgia.
Enquanto eu conseguir digitar, não vou me omitir diante dessas injustiças, alguns me dizem que faz mal conviver com pessoas que estão doentes como eu, que para ajudá-las eu teria que estar bem de saúde, mas considerando o fato dessa doença não ter cura, por enquanto, acredito que para compreender a fibromialgia, somente quem a tem pode ter idéia da dificuldade em se viver com ela, portanto já percebi, nesses poucos meses que nos comunicamos, que o carinho e o amor que dedicamos umas as outras, têm nos dado forças e otimismo para vencer as nossas dificuldades e enfrentarmos os “nossos cadinhos” de todos os dias.
Dedico hoje esse texto a nossa amiga e guerreira por natureza Srta. Sandra Santos, que nesse momento se encontra hospitalizada, por ter passado por negligência médica de perito do INSS e também não posso esquecer todos os portadores dessa enfermidade, que diante desses acontecimentos se encontram em pânico, sabem o porquê? Estão pensando...
O QUE SERÁ QUE IRÁ ACONTECER COMIGO NA PRÓXIMA PERÍCIA?
E tenho dito.
Profª Maria Cristina Quintana Ribeiro Garcia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FIBROMIÁLGICOS – ABRAFIBRO
http://abrafibro.blogspot.com/
eu.preciso.de@hotmail.com – sedeFIBRO – Setor de Ajuda e Doação da ABRAFIBRO
depe.abrafibro@hotmail.com- depeABRAFIBRO – Departamento de Estatísticas e Pesquisa da
crisuti@hotmail.com ABRAFIBRO



,

sábado, 7 de junho de 2008

EXPERIMENTAR O INEVITÁVEL....




Stress, nervosismo, ansiedade, dor, e mais dor, e mais dor... e o pior ... a INCAPACIDADE E A IMPOTÊNCIA... fazem um estrago ao fibromiálgico.

Experimentei isso tudo em 15 dias.

Desde que voltei ao trabalho tenho sofrido isso.

Como me disseram: "Você não será tratada como um caso especial! Não passaremos a mão em tua cabeça. Você fará o que todos aqui fazem, para atingirmos os objetivos da empresa. Inclusive marcar médico/terapias e afins fora do horário de trabalho; e se isso não for possível, compense trabalhando as horas de ausência."

Se trabalhar 8(oito) horas já é um sacrifício imenso, enorme e por vezes sobre-humano, como trabalhar 9 ou 10 horas... para "compensar minhas ausências mesmo que "justificadas"?
EU NÃO AGUENTO!

Ah, não deu outra... na última quinta feira tive uma crise e tanto...
Resultado:
- Pronto Socorro com direito a morfina!

As dores aumentaram muiiiito... E os trâmites BURROcráticos.. estão me deixando a beira de um ataque de nervos..
É barra vc sentir que é apenas um a mais...
E saber que as decisões/barbáries do INSS são de conhecimento de advogados, médicos, ... ou seja, todos sabem e ninguém faz nada...
CLARO, OS IMPOSSIBILITADOS DE TRABALHAR ESTÃO DOENTES, COMO PODEM AINDA LUTAR POR SEU DIREITO? GRITAR, ESBRAVEJAR, DISCUTIR, ARGUIR COM QUEM DE DIREITO EM CAUSA PRÓPRIA?
JÁ QUE ESTAMOS IMPOSSIBILITADOS DE TRABALHAR, AINDA TEMOS QUE PROVAR QUE REALMENTE ASSIM ESTAMOS.
SE VAI ÀS RUAS, OU FAZ UMA DENÚNCIA, OU ENTRA COM AÇÃO... SIGNIFICA QUE ESTÁ PENSANDO, CALCULANDO! ou seja, EM PLENO GOZO DAS FACULDADES MENTAIS.. PRONTO PARA TRABALHAR.
DOR, NÃO É COISA SÉRIA...

ESTAMOS FORA DO PLANETA TERRA... FORA DE QUALQUER REALIDADE

GENTE, A DOR PASSOU A SER UM DOS PRINCIPAIS SINAIS VITAIS...

MAS NO BRASIL NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO

Eu não sei mais o que fazer!

E na empresa, como já descrevi, ainda dizem... só para completar a situação:
"Estamos respaldados. Sinto muito!"
E eu tenho o laudo do médico do trabalho, que também é funcionário da Imprensa, declarando que não tenho condições para o trabalho.
Alegam que o laudo fôra destinado ao INSS.
Eu pergunto:
E daí?
E como fico?
Respondem:
- Sinto muito não podemos fazer nada!

Pois bem, já que tudo deve estar dentro da legalidade, assim será.
Tenho o direito a me ausentar para consultas médicas, desde que justificadas através de atestado do profissional consultado. Portanto, não devo compensar NADA! Sinto muito!
Sinto que farei o gráfico de " horas de ausência" aumentarem, e não conseguirão atingir a ditas "METAS". Tudo dentro da legalidade!

Sabe, perdemos muito nosso poder de argumentação se formos ignorantes no assunto.
Então sugiro a todos que aqui me leem.... LEIAM MUITO, PESQUISEM MUITO SOBRE O ASSUNTO QUE TE INCOMODA! NÃO SEJA IGNORANTE! NÃO DEIXE QUE FRAUDEM, QUE ABUSEM, QUE TE FAÇAM DE IDIOTA OU TONTA POR "SUA" NEGLIGÊNCIA!
SIM! NEGLIGÊNCIA... Porque a opção de não querer conhecer o assunto foi sua. Eles é que sempre estão se atualizando, lendo e obtendo respaldos para pintarem e bordarem conosco. Porque é isso que deixamos que façam. E sem a menor dificuldade!

Gente, com a invenção e o uso da internet não há o que não se descubra ou que não possa ser estudado.
É digitar algumas palavras na linha de Pesquisa de sua barra de tarefas da internet, e lhe mostrarão inúmeras fontes de leitura e pesquisa.
Mas isso só depende de você.
Ah, mas eu não entendo! Podem algumas responder.
Pois é, é contando com isso que nos fraudam, burlam, e cerceão nossos direitos.

Somos nós que deixamos que fique tão fácil essa prática.

Eu não quero isso mais... se assim quiserem... podem até conseguir, mas terão que suar a camisa para isso.
Dou muito trabalho!

Eu fui parar no PS e recebi uma carga absurda de medicamentos para minimizar meu sofrimento. Por que?
Porque não pude controlar e aceitar tantas barbáries!
Foi uma carga demasiadamente pesada para mim.
Se fui forte ou fui fraca? Não sei! E não é essa a questão no momento.
Mas sim:
Tenho direito a que?
Posso fazer o que para minimizar minha carga?
O que podem eles fazer?
Até onde posso chegar?
Em breve terei algumas resposta...

VEREMOS!

terça-feira, 3 de junho de 2008

SFC É LEVADO A SÉRIO COMO DOENÇA

Hoje recebi uma visita do Jornal Opinião e Notícia no meu orkut, eles queriam que eu opinasse sobre cotas raciais em universidade, mas a primeira notícia que localizei foi esta sobre SFC, e logo postei meu comentário.



Falei da SFC como um dos sintomas da fibromialgia. Seria muito bom que todos nós publicássemos comentários a respeito da notícia, para tanto acessem o link abaixo, onde já deixei meu comentário, nossa opinião é muito importante nessa mídia também.

http://opiniaoenoticia.com.br/interna.php?id=16681&bl=true