A descoberta é "a primeira prova física sólida" de que esta síndrome é "uma doença biológica e não uma desordem psicológica" e que a enfermidade comporta "distintas etapas", afirmam os autores da pesquisa realizada pela Escola Mailman de Saúde Pública, na universidade de Columbia.
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 28/02/2015 09:16 Atualização:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo nesta segunda-feira para que sejam utilizadas seringas de uso único, a fim de prevenir a propagação de doenças infecciosas fatais. Foto: AFP Sau
O estudo foi publicado na revista especializada Science Advances.
Sem causa nem tratamento conhecidos, a síndrome da fadiga crônica, conhecida como encefalomielitis (ME/SFC), deixa os cientistas perplexos há tempos.
Além de um cansaço constante, provoca dores de cabeça e musculares e dificuldades para se concentrar.
"Agora temos a confirmação de algo que milhões de pessoas que sofrem com a doença já sabiam: a ME/SFC não é psicológica", afirma Mady Hornig, professor associado em epidemiologia da Escola Mailman e principal autor do estudo.
"Nossos resultados devem acelerar o processo para estabelecer um diagnóstico (...) e descobrir novos tratamentos, já que pode se concentrar nesses marcadores sanguíneos", acrescentou.
Os pesquisadores examinaram os níveis de 51 marcadores do sistema imunológico no plasma de 298 pacientes e 348 pessoas saudáveis.
Descobriram que o sangue dos pacientes que sofrem de fadiga crônica há três anos ou menos apresentavam níveis mais elevados de moléculas chamadas citoquinas, o que não ocorre com quem não tem a doença.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2015/02/28/internas_cienciaesaude,563454/fadiga-cronica-e-uma-doenca-biologica-nao-psicologica.shtml