Se você está indignado, e quer protestar... escreva seu comentário(s) na página em que a matéria foi publicada. Mexeram com mais de milhões de pacientes fibromiálgicos...
Os peritos reclamam não terem tempo suficiente para atender a demanda, mas defendem-se ao dizer que estamos reclamando e nos fazendo de coitados quando não nos é concedido o benefício ao qual, por lei, temos direito. Se não são capazes de avaliar as possíveis fraudes, não são os fibromiálgicos que estão levando a Previdência Social a situação que se encontra! Afinal, nossa síndrome é muito nova para tanto! Vamos lá... escreva você também e coloque a boca no trombone!
Estamos escrevendo no site perito.med.br/2013/05/deputa… que discutem sobre a reunião que a Dep Petista fala sobre a aposentadoria dos Fibromialgicos na Comissão de Seguridd Sc e Família.Postamos nossas opiniões, e a sua?
— ABRAFIBRO (@_abrafibro) 13 de junho de 2013
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18/06/2013
Infelizmente o moderador do grupo em questão fechou-se. NÃO ACEITA PUBLICAR MAIS QUALQUER COMENTÁRIO! DIZ QUE AGORA SÓ DISCUTIRÁ O ASSUNTO NA VARA CRIMINAL. (leia no blog!)
Mas nós não poderíamos deixar passar, e colocamos nossa boca no trombone, enquanto nos foi permitido.
Leia abaixo nossas colocações que uma das fundadoras desta Associação comentou no blog:
Sabemos que existem protocolos para perícias nas diversas áreas da medicina. Existe ou foi implantado algum que seja para pacientes com dores crônicas, como é a fibromialgia?
Os peritos conhecem os efeitos colaterais dos medicamentos normalmente utilizados para tratamento dessa síndrome?
Se a bula orienta o cuidado ao operar máquinas ou dirigir automóvel, como pode um trabalhador ser produtivo?
Vivemos num país capitalista, empregado problema/doente é prejuízo!
Conheçam mais sobre a síndrome, e verão que ela não avisa quando dará uma nova crise. Crise essa que impossibilita um ritmo normal de vida, de qualidade de vida. A Dra. que diz nunca ter abandonado o trabalho, como médica é fácil que outros profissionais colegas, compreendessem sua situação e não a julgassem por isso. O que não acontece com a maioria dos Brasileiros trabalhadores e honestos.
Aos que fazem comentários ridicularizando a posição da Deputada por favor... não queiram sentir na carne o que é ser um fibromiálgico. Vocês estão avaliando todos pelo menor nível, ou seja, partindo do princípio que todos são fraudulentos. Vocês sabem que não! Por favor, não façamos desse assunto um cabo de guerra entre o perito que não quer ser enganado, com o paciente que realmente sofre dessa síndrome. Saibamos separar o joio do trigo. Do contrário não seremos justos com ninguém.
Já que estamos o Sr. diz que não podemos levar o tema para bases pessoais esquecendo das bases científicas, pergunto:
Como saber se o paciente tem ou não as reações adversas incapacitantes? Só de olhar? Qual a fundamentação científica para tal afirmação.
O que temos hoje sobre a Fibromialgia é pouquíssimo, perto do muito que ainda é preciso avançar nas pesquisas. Porém, é mais fácil enveredar no sentido de que o paciente mente, do que avaliar caso a caso.
E como está no Consenso da SBR, pelo Senhor citado:
“..Embora seja uma doença reconhecida há muito tempo, a fibromialgia tem sido seriamente pesquisada somente há três décadas. Pouco ainda é conhecido sobre sua etiologia e patogênese. Até o momento, não existem tratamentos que sejam considerados muito eficazes....”
2) Efeitos colaterais e reações adversas raramente são incapacitantes,
• A Fibromialgia encontra-se incluída na Décima Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), da Organização Mundial da Saúde, atualmente com código individualizado (M79.7).
• No mesmo nível de recomendação do não afastamento, consta no Consenso de 2010:
A completa compreensão da fibromialgia requer uma avaliação abrangente da dor, da função e do contexto psicossocial (grau de recomendação D, nível de evidência IV).8 Além da dor, é importante avaliar a gravidade dos outros sintomas como fadiga, distúrbios do sono, do humor, da cognição e o impacto destes sobre a qualidade de vida do paciente (grau de recomendação D).
A dor crônica é um estado de saúde persistente que modifica a vida. O objetivo do seu tratamento é o controle e não sua eliminação (grau de recomendação D).
Não estamos a pedir que a aposentadoria seja concedida a todos os pacientes acometidos por esta Síndrome, mas sim que as avaliações/perícias sejam feitas por quem dela entenda e compreenda suas implicações físicas/emocionais/socioculturais.
Segundo a OMS só podemos considerar um indivíduo saudável quando:
“um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades".
Assim acreditamos que o perito deva ter em mente o perfil profissiográfico do trabalhador, conhecendo todas as atividades a que estará exposto no exercício do cargo. Dessa forma, poderá avaliar sua capacidade ou não para realizar estas funções, levando em conta o estado de saúde apresentado no exame pericial.
Se os peritos reclamam da falta de tempo hábil para esta avaliação, há de convir que a única parte a ser prejudicada é o trabalhador honesto, que lá está certo que lhe serão garantidos os direitos previstos em lei; quando é claro que não foi, não é e não está sendo.
Que tal os peritos juntarem-se aos pacientes e pleitearem ou exigirem condições melhores para perito e o periciado?
Que tal ambos exigirem que haja treinamento e conscientização do trabalhador quanto a função do perito e do médico assistente?
Que tal não banalizar pacientes com doenças pouco conhecidas, já que o fundamento é científico não há razão para que isso aconteça; visto que, as pesquisas ainda não são conclusivas. Isso é científico!
Sem coitadismos e autoritarismos."
Vocês estudam dentro de suas especialidades. Não seria possível que todos entendessem de tudo. Isso é científico e um FATO!
O fibromiálgico não é coitado de maneira alguma! É pelo uso desse tipo de vocabulário que o paciente não espera ouvir de um médico que é perito. Afinal, médico perito também é gente, e acreditamos que ele saiba entender e compreender o que se passa com seu semelhante. Só passa a tratar mal quando acreditar estar sendo fraudado, enganado...
Saibam que entre os total de trabalhadores que recorrem ao INSS, não é a maioria fraudadora. Caso contrário esse órgão não seria o grande campeão em Ações Judiciais, e perdê-las também.
Acreditamos que o grande problema é que não existe um jogo franco e transparente por parte do INSS. Basta um trabalhador usar de seu direito como cidadão e paciente e pedir para ver seu prontuário, para saber quais foram as alegações feitas para a recusa do benefício. O prontuário some! Saibam que fraudadores existem em todos os níveis sociais e profissionais. Existem também aqueles que querem trabalhar seriamente e os que só querem fazer hora e "ganhar o seu" no final do mês. Essa enfermidade não escolhe a quem atacar...
Mas quanto ao caráter, Sr. Heltron Xavier está coberto de razão! Não é todo mundo que o tem. Infelizmente!
Mas lembrem-se: Fibromiálgico não é coitado, não precisa de pena. Precisa de respeito, tratamento e dignidade. E vocês podem fazer sua parte. Nós agradecemos!
Mais uma vez digo, não precisamos de "facilitações", precisamos de avaliações precisas para definir o paciente que precisa de aposentadoria e o paciente que precisa de apenas de uma licença temporária.
Não é disponibilizado aos portadores de fibromialgia o mínimo que é o tratamento multidisciplinar, medicações gratuitas disponibilizadas na rede pública. Quando o governo vai enxergar estes quatro milhões de brasileiros que sofrem, somente na hora do voto ?