Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

Mostrando postagens com marcador tratamento da fibromialgia. Mostrar todas as postagens
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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

ADIADA A LIVE DE HOJE - Apoio Psicológico na Fibromialgia - Por quê?


O vídeo é auto explicativo.

Vamos dar forças àqueles que passam por momentos difíceis.

Força Daniela Queiros 🇧🇷🇵🇹

Forças Amigos e Amigas de Fibra!😘

O Autocuidado🥰, Apoio💆 e a Adesão ao Tratamento🏃🏼‍♀️🏊💃🐕‍🦺🐈🥒🍇🥕🛌🎧🎞️⏰🛐 são muito importantes.

Abraços Fraternos a todos! 🌷

🤜🏻🤛🏻

Ah!

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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Fibromialgia causa dor no corpo todo, é crônica e demanda paciente ativo.

 


"Dói até o fio de cabelo". "É uma dor de dente física que se sente todo o tempo". Estes são breves relatos de pacientes sobre o sintoma mais característico da fibromialgia: uma dor que acomete todo o corpo. E a ciência garante: a descrição retrata a realidade. Sem causa definida e com mecanismo de ação incerto, essa enfermidade é considerada uma síndrome relacionada a um distúrbio de regulação no processamento da dor pelo cérebro.


Mais comum entre as mulheres, a doença também pode acometer homens, idosos, adolescentes e crianças. No Brasil, ela está presente em cerca de 2% a 3% da população, e costuma se manifestar entre os 30 e 55 anos. Os dados são da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia). O desafio para essas pessoas é que elas podem ter de esperar até 3 anos desde que os primeiros sintomas apareçam até conseguirem ter um diagnóstico e o devido tratamento.

A fibromialgia é uma doença crônica para a qual ainda não existe cura. Apesar disso, sabe-se que ela não é progressiva, nem fatal. Quando devidamente tratada, os sintomas são minimizados e até desaparecem. Os cuidados médicos se baseiam em práticas não farmacológicas e medicamentos; as primeiras, são pilares do tratamento.


Afinal, de acordo com os especialistas, para essa doença não existe pílula mágica. É a educação do paciente e o autocuidado que aumentam, e muito, as chances de sucesso terapêutico.


Entenda o que é fibromialgia

Trata-se de uma síndrome clínica (conjunto de sinais e sintomas) caracterizada, principalmente, pela dor generalizada (em todo o corpo), mas também inclui fadiga, sono não reparador e distúrbios cognitivos. Pessoas com fibromialgia ainda apresentam grande sensibilidade ao toque.

Por que isso acontece?

A fibromialgia é uma doença crônica, de origem ainda desconhecida. As evidências científicas que temos até o momento sugerem que ela decorre de anormalidades hormonais, substâncias químicas cerebrais, e mudanças na forma como o SNC (Sistema Nervoso Central) processa a dor.


Imagina-se ainda que algumas pessoas são mais suscetíveis à manifestação dessa enfermidade devido à herança genética.


Sabe-se também que a doença pode ser desencadeada (ou agravada) pelos seguintes fatores:


Infecções e outras doenças

Traumas físicos ou psicológicos

Estresse crônico ou frequente

Quem precisa ficar atento?

A fibromialgia pode acometer homens, mulheres, crianças e até idosos, mas é mais frequente no grupo feminino.

Cogita-se que essa diferença resulte de fatores hormonais, mas as evidências científicas ainda são escassas nesse sentido.


Outra explicação da maior incidência entre as mulheres seria o fato de que elas percebem a dor, lidam com o estresse e respondem aos estímulos ambientais de forma diferente da dos homens. Por isso, nesse grupo, é comum observar também outras condições:


•Altos níveis de ansiedade e depressão

•Dificuldade nas estratégias de lidar com os problemas

•Alteração comportamental como resposta à dor

•Alterações no SNC e efeitos hormonais do ciclo menstrual


A psiquiatra Raquel Tatiane Heep, pós-graduada em dor crônica e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Positivo (PR) diz que, entre seus pacientes com dor crônica, quase 70% deles apresentam quadros de ansiedade; 25% têm depressão e metade já teve depressão no passado.


"Para entender a dor dessas mulheres não podemos esquecer do conceito de "dor total", que tem natureza multidimensional e abrange não só o desconforto físico, mas tem dimensões sociais, emocionais e até espirituais", explica a médica.


Saiba reconhecer os sintomas

O principal deles é a dor generalizada, ou seja, a sensação dolorosa é sentida por todo o corpo, mas pode ser pior no pescoço e nas costas.


Em geral, ela é descrita como uma manifestação muscular, uma sensação de queimação ou pontada. Algumas pessoas se referem a ela como dor nos ossos, nas articulações (juntas) ou nas "carnes". Outros sintomas importantes são a fadiga e o sono não reparador.


Tais manifestações podem variar de pessoa a pessoa, e também melhoram ou pioram a depender dos níveis de estresse e do condicionamento físico.


Você poderá observar também outras condições, como as descritas a seguir:


• Dor ao toque (as pessoas sentem dor ao serem abraçadas ou tocadas)

•Insônia

•Pernas inquietas (ao dormir)

•Distúrbios cognitivos (falta  memória e dificuldade de concentração)

•Dor abdominal

•Queimação

•Formigamento

•Problemas para urinar

•Dor de cabeça

•Distúrbios do humor (depressão e ansiedade)


Quando é hora de procurar ajuda?

Toda dor que não tem causa aparente, se repete ou não passa ao longo do tempo deve ser investigada. Mas o sinal de alerta para buscar ajuda médica é a percepção de que o corpo está sempre dolorido, e nada parece funcionar para trazer alívio. A explicação é do reumatologista José Eduardo Martinez, professor da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP e secretário-geral da SBR.

"Para entender a dor dessas mulheres não podemos esquecer do conceito de "dor total", que tem natureza multidimensional e abrange não só o desconforto físico, mas tem dimensões sociais, emocionais e até espirituais", explica a médica.


Saiba reconhecer os sintomas

O principal deles é a dor generalizada, ou seja, a sensação dolorosa é sentida por todo o corpo, mas pode ser pior no pescoço e nas costas.


Em geral, ela é descrita como uma manifestação muscular, uma sensação de queimação ou pontada. Algumas pessoas se referem a ela como dor nos ossos, nas articulações (juntas) ou nas "carnes". Outros sintomas importantes são a fadiga e o sono não reparador.


Tais manifestações podem variar de pessoa a pessoa, e também melhoram ou pioram a depender dos níveis de estresse e do condicionamento físico.


Você poderá observar também outras condições, como as descritas a seguir:


• Dor ao toque (as pessoas sentem dor ao serem abraçadas ou tocadas)

•Insônia

•Pernas inquietas (ao dormir)

•Distúrbios cognitivos (falta  memória e dificuldade de concentração)

•Dor abdominal

•Queimação

•Formigamento

•Problemas para urinar

•Dor de cabeça

•Distúrbios do humor (depressão e ansiedade)


Quando é hora de procurar ajuda?

Toda dor que não tem causa aparente, se repete ou não passa ao longo do tempo deve ser investigada. Mas o sinal de alerta para buscar ajuda médica é a percepção de que o corpo está sempre dolorido, e nada parece funcionar para trazer alívio. A explicação é do reumatologista José Eduardo Martinez, professor da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP e secretário-geral da SBR.

Ele acrescenta que, na maioria das vezes, o primeiro médico a ter contato com esses pacientes são os generalistas (clínicos gerais ou médicos de família) e estes, quando bem informados, estão aptos a avaliar e tratar esses indivíduos de forma integral. Mas como a dor generalizada pode ser interpretada como dor musculoesquelética, não é raro que os primeiros especialistas a serem procurados sejam o reumatologista, o ortopedista e até o fisiatra.

"Embora boa parte do conhecimento médico sobre a fibromialgia tenha sido construído pelos reumatologistas, é certo que todo profissional que tenha conhecimento sobre a doença pode acompanhar esses pacientes. A depender do quadro de cada um, serão eles a decidir a necessidade, ou não, de encaminhamento para um especialista", conclui Martinez.


Como é feito o diagnóstico?

Não existe nenhum marcador biológico da doença. Por isso o diagnóstico é essencialmente clínico. Isso significa que o médico vai colher suas informações de saúde e queixas, e ainda fará o exame físico, o que inclui uma manobra que testa a sensibilidade de pontos específicos dos músculos, chamados de pontos dolorosos.


Ele também poderá lançar mão de questionários (Índice de Dor Generalizada, de Gravidade dos Sintomas e de Impacto da fibromialgia) para ter mais dados do seu quadro.

Para diagnosticar a fibriomialgia, exames complementares não são essenciais, e somente são solicitados quando há suspeita da presença de alguma doença que possa ser confundida com ela. Caso isso aconteça, testes pedidos são os de sangue e o de urina, além de imagem, como a radiografia.


Apesar de hoje o acesso a informações sobre a doença ser mais fácil, o tempo médio de espera para que se tenha um diagnóstico preciso pode ser de até 3 anos, contados desde o primeiro momento da consulta com as queixas relativas à doença. As informações são do BMC Health Services Research.


Doenças associadas


Existem muitas enfermidades associadas à fibromialgia. Em geral, são doenças reumatológicas que afetam as articulações, músculos e ossos, mas não só. Confira:


Osteoartrite

Lúpus

Artrite reumatoide

Espondilite anquilosante

Disfunção temporomandibular

Depressão

Ansiedade

Dor miofascial

Enxaqueca

Cistite Intersticial

Como é feito o tratamento?

O objetivo dele é aliviar a dor ou reduzir a sua intensidade ao mínimo possível, promovendo a qualidade de vida do paciente.


Como a fibromialgia é uma enfermidade crônica, suas manifestações estarão presentes ao longo da vida, já que elas são dependentes de vários fatores físicos e emocionais. Assim, o tratamento é sempre individualizado e atende às diferentes manifestações clínicas no decorrer do processo terapêutico.



As abordagens médicas, idealmente, devem ser multidisciplinares (contemplam a atuação de vários profissionais como reumatologistas, psiquiatras, fisioterapeutas, psicólogos, educadores físicos, nutricionistas e acupunturistas), e se dividem em duas categorias: a não farmacológica e a farmacológica.


Existem alguns poucos Centros de Referência para tratamento da dor espalhados pelo país com essas estruturas, e geralmente eles estão localizados nas universidades. O tratamento começa nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), passa pelo especialista e, quando necessário, o paciente é encaminhado para esse serviço.


Abordagem não farmacológica

Considerada essencial, ela se baseia na educação do paciente e em mudanças do estilo de vida. Engajamento, autocuidado e exercícios físicos são pilares do sucesso do tratamento porque nenhum medicamento, sozinho, atende às necessidades das pessoas com fibromialgia.


A prática física deve respeitar as limitações de cada indivíduo, mas ela é a chave para aplacar a dor, melhorar o humor, o condicionamento físico e o sono. Pouca intensidade e muita frequência é a recomendação dos especialistas.


Psicoterapia, terapia cognitivo comportamental e meditação também devem compor o tratamento, especialmente entre as pessoas com depressão e ansiedade.


Há ainda propostas, em fase de pesquisas, do uso da EMT (Estimulação Magnética Transcraniana), técnica que estimula áreas do cérebro para melhorar seus mecanismos naturais. A prática é especialmente indicada para os casos que não respondem bem ao tratamento (refratários).


Dor neuropática x fibromialgia

Carlos Zicarelli, neurocirurgião e supervisor do Programa de Residência de Neurocirurgia do Hospital Evangélico de Londrina (PR) explica que é comum que as dores neuropáticas, assim como outras doenças, estejam presentes entre os pacientes com fibromialgia. Na prática clínica, quando chegam ao consultório de um neurologista, eles geralmente se dizem desacreditados porque já tentaram vários tratamentos, sem sucesso.


A conduta é reavaliar o estado geral deles para encontrar e tratar a dor crônica, além de estimular a retomada da atividade física, cujos benefícios, na fibromialgia, são bastante conhecidos.

Como a dor pode acometer várias áreas do corpo (coluna, joelho, cotovelos etc.), "ela pode ser tratada por meio de técnicas minimamente invasivas (inervação e rizotomia percutâneas por radiofrequência) e infiltração com medicamentos analgésicos. Mais recentemente a neuromodulação por eletrodos [EMT] tem se mostrado promissora", esclarece o médico.


O papel da acupuntura

Muitos estudos científicos têm observado os efeitos dessa prática da MTC (Medicina Tradicional Chinesa). O objetivo deles é coletar evidências de sua eficácia e segurança.


Até o momento, os resultados têm sido contraditórios, mas algumas pesquisas sugerem que ela pode ser benéfica, mesmo que por breve tempo. Como se trata de uma técnica de baixo risco, ela compõe os serviços de várias equipes multidisciplinares que tratam a dor, justamente porque grande parte dos pacientes se beneficia dela.

Mudanças na dieta podem ajudar?

Até o momento não existem evidências robustas de que uma dieta específica possa beneficiar pessoas com fibromialgia. Apesar disso, os cientistas seguem investigando a relação entre nutrição e a doença.


Uma recente revisão de estudos sobre o tema concluiu que, embora as evidências científicas sejam contraditórias nesse sentido, elas são promissoras. Isso porque muitas das pesquisas concluíram que regimes alimentares com baixas calorias, ricos em vegetais e pobres em FODMAPs (família de carboidratos, monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e poliois que são mal absorvidos pelo organismo e causam desconforto intestinal), podem ser benéficos para esses pacientes, melhorando a qualidade de vida, o sono, a ansiedade e os biomarcadores inflamatórios. O estudo foi publicado pela revista médica Annals of Medicine.


Abordagem farmacológica

A dor, na fibromialgia, decorre de uma falta de regulação por parte do SNC, o que ocorre, em parte, devido a alterações dos níveis de neutrotransmissores, substâncias químicas produzidas pelos neurônios (células nervosas). Alguns neurotransmissores são capazes de reduzir a dor; outros, a intensificam.


Assim, alguns tipos de antidepressivos (dual ou tricíclico) e anticonvulsivantes (neuromoduladores como a gabapentina e a pregabalina) são usados para aumentar a quantidade de neurotransmissores que diminuem a dor. Esta é a razão pela qual os médicos indicam esses fármacos para pacientes com fibromialgia.


Caso a pessoa com fibromialgia tenha outras doenças (comorbidades) que requeiram tratamento com analgésicos e anti-inflamatórios, essas medicações podem ser úteis porque reduzem a sensação dolorosa por elas provocadas, o que repercute positivamente no tratamento da fibromialgia.


Possíveis complicações

A literatura médica adverte que alguns pacientes poderão apresentar problemas cognitivos e de memória duradouros que podem afetar a concentração. Pessoas com fibromialgia também tendem a ser mais hospitalizados quando comparadas aos demais indivíduos.


Como colaborar com o tratamento?

Os especialistas consultados são unânimes quanto à importância da participação ativa do paciente para o controle dos sintomas e aprimoramento da qualidade de vida. Daí a necessidade de adesão ao tratamento medicamentoso e da adoção de um estilo de vida mais saudável. A prática é eficaz não só para a redução da dor, mas também melhora o sono, alivia a fatiga e o estresse.


O ACR (sigla em inglês para Colégio Americano de Reumatologia) sugere a adoção das seguintes medidas para potencializar os efeitos dessas estratégias terapêuticas. Confira:


•Exercite-se com frequência: comece devagar e vá aprimorando a prática;

•Prefira atividades como andar, nadar, alongar ou ioga;

•Invista em exercícios de fortalecimento muscular e resistência, sempre respeitando seus limites;

•Acrescente mais movimento à sua rotina: prefira escadas a elevadores;

•Siga as instruções de seu médico quanto às medicações. Elas facilitam seu cotidiano e o ajudam a ser mais ativo;

•Aprenda a descansar e relaxar. Reserve um momento do dia para esse fim;

•Dedique-se a exercícios de respiração ou meditação que reduzem o estresse;

•Adote hábitos de higiene do sono;

•Evite sonecas durante o dia e cafeína para driblar o cansaço;

•Considere parar de fumar. A nicotina é estimulante e pode agravar distúrbios do sono.


Acesse a Cartilha sobre Fibromialgia da SBR: https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/fibromialgia-e-doencas-articulares-inflamatorias/


Fontes: José Eduardo Martinez, doutor em reumatologia, professor titular da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, campus Sorocaba) e secretário-geral da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia); Carlos Zicarelli, neurocirurgião, supervisor do Programa de Residência de Neurocirurgia do Hospital Evangélico de Londrina (PR) e supervisor do Internato Médica da Neurocirurgia da Escola de Medicina da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná, campus Londrina), é presidente do Capítulo do Paraná da ABNc (Academia Brasileira de Neurocirurgia), membro da INS (sigla em inglês para Sociedade Internacional de Neuromodulação); Raquel Tatiane Heep, médica psiquiatra, pós-graduada em dor crônica (Hospital Israelita Albert Einstein) e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Positivo (PR). Revisão Técnica: José Eduardo Martinez.


Referências: Fibromialgia - Cartilha para pacientes da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia); ACR (American College of Reumathology); Bhargava J, Hurley JA. Fibromyalgia. [Atualizado em 2020 Jul 10]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2020 Jan-. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK540974/;Silva AR, Bernardo A, Costa J, et al. Dietary interventions in fibromyalgia: a systematic review. Ann Med. 2019; Choy E, Perrot S, Leon T, et al. A patient survey of the impact of fibromyalgia and the journey to diagnosis. BMC Health Serv Res. 2010;10:102. Published 2010 Apr 26; Millea, P.J., Holloway R.L. Treating fibromyalgia. American Family Physician October 1, 2000.


https://www.uol.com.br/vivabem/doencas-de-a-z/fibromialgia-causa-dor-no-corpo-todo-e-cronica-e-demanda-paciente-ativo.htm


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Live de 16.10 - Exercícios pra quê?

 

Foi showww a Live da última sexta.

A Dra Marcella de Carlo - Médica Fisiatra Voluntária e a Paciente Núbia Raquel A. Moraes (São Luís/MA) explicaram, contaram experiências,...um papo muito franco e esclarecedor, que foi uma pena ter que encerrar.
Mas, você pode assistir agora ou rever.
Chame a família e os amigos para assistirem juntos. É esclarecedora mesmo!

Corre lá... Ah, divulgue! Dê seu Like 👍🏻, Inscreva-se no canal - Ative o sininho 🔔 para receber notificações de nossos eventos.
Aprecie nosso trabalho... é realizado com muita atenção, carinho e seriedade!



quarta-feira, 14 de outubro de 2020

FIBROMIALGIA E EXERCÍCIOS FÍSICOS...POR QUÊ? PRA QUE?


 


16.10 às 20hs

Anote na agenda!
Dra Marcella de Carlo Barcelos Teixeira - Médica Fisiatra Voluntária na Abrafibro recebe a paciente Núbia Raquel Almeida Moraes (São Luís/MA) para conversarmos sobre  por que precisamos tanto fazer exercícios físicos no tratamento contra os sintomas da Fibromialgia.
Vocês sabem por quê?
Quais os efeitos?
Que dúvidas vocês têm?
Estas e outras perguntas  discutiremos nesta Live.
Esperamos por vocês!

Sugestão importante!💡Assistam com alguém da sua família. Isso ajudará a tirar dúvidas e mitos e, quem sabe, ter companhia para incentivar nos exercícios e atividades.
Falar sobre Fibromialgia e encarar a realidade, só ajudam paciente e família.
Quanto mais pessoas assistirem e souberem sobre a Fibromialgia, diminuiremos a ignorância, aumentando a conscientização para Enfrentarmos  de maneira mais correta e eficiente, sem esquecer a individualidade. 💜💜
Vocês são a parte mais importante disso tudo.
Façam mais por vocês!!!

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✔️ Assistam aos vídeos que já estão à disposição. 
✔️ Curtam 👍🏻
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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Fibromialgia: Criando um Plano de Tratamento

A fibromialgia é uma condição complicada. Não tem causas específicas nem cura conhecida. No entanto, para aqueles que o têm - cerca de um em cada 50 americanos - a dor crônica , a fadiga e a tensão psicológica da fibromialgia são muito claras.
Os sintomas da fibromialgia são tratáveis, no entanto. Muitos especialistas acreditam que o melhor tratamento é uma abordagem multifacetada que combina medicação com mudanças no estilo de vida e tratamentos alternativos.
Pode ser necessário que você trabalhe com seu médico, um fisioterapeuta e possivelmente com outras pessoas para adaptar um plano de tratamento às suas necessidades. Veja como começar.

Tratamento da fibromialgia: comece com um diagnóstico

A fibromialgia é uma síndrome - uma coleção de sintomas, e não uma doença específica. Alguns dos sintomas mais conhecidos da fibromialgia são:
  • Dor generalizada
  • Fadiga severa
  • Pontos de dor no corpo
  • Ansiedade ou depressão

Os médicos geralmente diagnosticam a fibromialgia considerando critérios como por quanto tempo você teve dor e quão difundida ela é, e descartando outras causas. Isso pode ser complicado, no entanto, porque os sintomas associados à fibromialgia podem ser causados ​​por outras condições. Portanto, é melhor consultar um médico que esteja familiarizado com a fibromialgia.
Aprenda sobre medicamentos para fibromialgia
Uma vez que você tenha sido diagnosticado com fibromialgia, seu médico irá conversar com você sobre as opções de tratamento. Vários tipos de medicamentos são usados ​​para ajudar a controlar os sintomas da fibromialgia, como dor e fadiga .
Três medicamentos são aprovados pelo FDA(tem a mesma função da ANS brasileira) para tratar a fibromialgia:
  • Cymbalta (duloxetina): Cymbalta é um tipo de antidepressivo chamado de inibidor de recaptação de serotonina e norepinefrina (SNRI) (No Brasil existem outros medicamentos com o mesmo princípio ativo - duloxetina - com outros nomes comerciais). Os pesquisadores não sabem ao certo como o Cymbalta funciona na fibromialgia, mas acham que níveis crescentes de serotonina e norepinefrina ajudam a controlar e reduzir os sentimentos de dor.
  • Lyrica (pregabalina): Lyrica é uma droga para dor no nervo e epilepsia (No Brasil existem outros medicamentos com o mesmo princípio ativo - pregabalina - com outros nomes comerciais)Em pessoas com fibromialgia, pode ajudar a acalmar as células nervosas excessivamente sensíveis que enviam sinais de dor por todo o corpo. Tem sido eficaz no tratamento da dor fibro.
  • Savella (milnacipran): Savella também é um SNRI. Embora os pesquisadores não tenham certeza de como isso funciona, estudos mostraram que isso ajuda a aliviar a dor e reduzir a fadiga em pessoas com fibromialgia.
(No Brasil, quem faz o tratamento pelo SUS, deve seguir as indicações dos medicamentos e o tratamento conforme consta na Portaria 1083 do Ministério da Saúde - acesse: https://docs.google.com/document/d/1A4ldNFSXVYa8jtaB0yAU4XBe9RtvzgvlJ_bkfgVUzC8/edit?usp=sharing).

Os antidepressivos também são prescritos às vezes para ajudar as pessoas a controlar os sintomas da fibromialgia:
  • Antidepressivos tricíclicos . Ao ajudar a aumentar os níveis das substâncias químicas do cérebro, a serotonina e a norepinefrina, esses medicamentos podem ajudar a relaxar os músculos doloridos e aumentar os analgésicos naturais do corpo.
  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs). Seu médico pode prescrever um desses tipos de antidepressivos sozinho ou em combinação com um antidepressivo tricíclico. Os ISRSs impedem que a serotonina seja reabsorvida no cérebro . Isso pode ajudar a aliviar a dor e a fadiga.

Estes medicamentos também são prescritos para fibromialgia:
  • Anestésicos locais que são injetados em áreas especialmente sensíveis podem fornecer alívio temporário, geralmente por não mais de três meses.
  • Anticonvulsivantes ou medicamentos para convulsões, como o Neurontin, são eficazes para reduzir a dor e a ansiedade. Não está claro como esses medicamentos funcionam para aliviar os sintomas da fibromialgia.
  • Musculares relaxa nts ocasionalmente são prescritos para ajudar a aliviar a dor associada com tensão muscular em pacientes com fibromialgia.
 Seu Plano de Tratamento da Fibromialgia: Fique Ativo
O exercício é uma parte importante do gerenciamento dos sintomas da fibromialgia . Permanecer fisicamente ativo pode aliviar a dor, o estresse e a ansiedade.
A chave é começar devagarComece com atividades de alongamento e de baixo impacto, como caminhar, nadar ou fazer outros exercícios na água ou andar de bicicleta. Exercícios aeróbicos de baixo impacto, como yogatai chi ou pilates também podem ser úteis. Se você quiser aumentar a intensidade do seu exercício , converse com seu médico.
Qualquer exercício que você escolher, concentre-se em três áreas: amplitude de movimento, aeróbica e treinamento de força .

Fisioterapia para fibromialgia

A fisioterapia pode ajudá-lo a controlar sua doença, concentrando-se no que você pode fazer para melhorar sua situação e não em seus sintomas crônicos.
Um fisioterapeuta pode mostrar-lhe como obter alívio temporário da dor e rigidez da fibromialgia, ficar mais forte e melhorar sua amplitude de movimento. E ela pode ajudá-lo a fazer pequenas mudanças, como praticar uma boa postura, que ajuda a prevenir surtos dolorosos.

Tratamentos alternativos para fibromialgia

Uma série de tratamentos populares de fibromialgia estão fora do domínio da medicina convencional. Em geral, não houve pesquisas extensas sobre medicina complementar e alternativa (MCA), mas evidências sugerem que algumas podem funcionar. Fale sempre com o seu médico antes de iniciar qualquer tratamento alternativo.
Tratamentos alternativos populares incluem:
  • Acupuntura . Esta antiga prática curativa visa aumentar o fluxo sanguíneo e a produção de analgésicos naturais com agulhas finas inseridas na pele em pontos estratégicos do corpo. Alguns estudos relatam que a acupuntura pode ajudar a aliviar a dor, a ansiedade e a fadiga.
  • Massagem terapêutica . Isso pode ajudar a reduzir a tensão muscular, aliviar a dor em ambos os músculos e tecidos moles, melhorar a amplitude de movimento e aumentar a produção de analgésicos naturais.
Referência médica de WebMD Avaliado por Carol DerSarkissian em 02 de abril de 2017


Tradução: Google Traslator - Sandra Santos

terça-feira, 12 de junho de 2018

Fibromialgia é a doença da dor; entenda

Esta síndrome clínica afeta de 2% a 3% da população brasileira, em sua maioria mulheres entre os 30 e 55 anos



© Reprodução
07:20 - 08/06/18 POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Dores pelo corpo inteiro, cansaço, insônia, problemas de memória, de concentração, ansiedade, formigamentos e dormências em partes do corpo, tontura, alterações intestinais e depressão. Estes são os sintomas da fibromialgia, síndrome clínica que afeta de 2% a 3% da população brasileira, em sua maioria mulheres entre os 30 e 55 anos.

Para alertar a população sobre a doença, Maio transformou-se no Mês Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia, em homenagem a Florence Nightingale, enfermeira inglesa, pioneira do Movimento Internacional da Cruz Vermelha, que sofria da doença e, mesmo assim, teve papel fundamental no atendimento aos feridos de guerra.
“É uma síndrome que se caracteriza, principalmente, pela ocorrência de dor generalizada. Ela pode ter causa primária, ou seja, se constituir uma doença por si só, ou ser secundária a um conjunto amplo de doenças metabólicas, como o hipotireoidismo, o diabetes; doenças reumáticas, como a polimialgia reumática, por exemplo, ou mesmo uso de medicamentos, por exemplo”, explica o neurologista Rogerio Adas, coordenador do Departamento Científico de Dor, da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
A fibromialgia pode ser desencadeada por estresse pós-traumático causado por um trauma físico, psicológico ou uma infecção grave. O quadro começa com uma dor localizada crônica e se espalha por todo o corpo. Sabe-se ainda que esses pacientes são mais sensíveis à dor do que as outras pessoas.
“Os principais sintomas da doença são as dores difusas, presença de pontos dolorosos nos membros, tronco e cabeça, fadiga e insônia. É comumente associada a sintomas depressivos, ansiedade e mesmo alterações cognitivas como dificuldades de concentração”, conta o neurologista.
O diagnóstico é feito com exames clínicos, pois não existem testes para detectar a fibromialgia. Para constatar a síndrome, o médico verifica se o paciente apresenta os sintomas da doença e observa a existência de pontos dolorosos nos músculos.
Por ser uma condição crônica, a fibromialgia não tem cura. Entretanto, não é uma doença progressiva, não causa danos aos órgãos, articulações e músculos e não é fatal.
Seu tratamento busca aliviar a dor com medicamentos, atividades físicas e fisioterapia. “Deve envolver fortalecimento muscular, fisioterapia, hidroterapia, acupuntura e outros métodos, como yoga e meditação, por exemplo. A implementação destas práticas deve ser feita caso e caso, a depender do momento da doença e das preferencias pessoais. 
Psicoterapia cognitiva comportamental pode auxiliar o enfrentamento da doença e minimizar a dor. Como é uma doença associada à ansiedade, depressão e insônia, estas condições também devem ser devidamente tratadas”, ressalta Adas.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O tratamento da dor na fibromialgia

Fibromialgia: Criação de um plano de tratamento



Fibromialgia é uma condição complicada. Ela não tem causas específicas e nenhuma cura conhecida. No entanto, para aqueles que a têm - como muitos, como um em cada 50 americanos - a dor, fadiga e desgaste psicológico crônico da fibromialgia são por demais evidente.
Os sintomas da fibromialgia são tratáveis, no entanto muitos especialistas acreditam que o melhor tratamento é uma abordagem multifacetada que combina medicação com mudanças de estilo de vida e tratamentos alternativos.  
Você pode precisar trabalhar com o seu médico, um fisioterapeuta, e possivelmente outros para adaptar um plano de tratamento para suas necessidades. Aqui está como começar.

O tratamento da fibromialgia: Comece com o diagnóstico

A fibromialgia é uma síndrome- Um conjunto de sintomas, em vez de uma doença específica. Alguns dos sintomas da fibromialgia mais conhecidos, são:
  • Dor generalizada
  • Fadiga severa
  • Os pontos sensíveis no corpo
  • Ansiedade ou depressão
Os médicos costumam diagnosticar a fibromialgia, considerando critérios como a dor, quanto tempo você teve e quão disseminada é, e por exclusão de outras causas. Isto pode ser complicado, no entanto, porque os sintomas associados com fibromialgia podem ser causados por outras condições. Portanto, é melhor consultar um médico que esteja familiarizado com fibromialgia.
Existe um exame de sangue que supostamente é altamente preciso no diagnóstico de fibromialgia. O teste - chamado FM / a - identifica marcadores produzidos por células do sangue do sistema imunológico em pessoas com fibromialgia. Pergunte ao seu médico sobre o teste, que custa cerca de US$ 750. (*Este exame ainda não tem aval científico. Aqui no blog já existe o artigo publicado sobre ele.  Utilize "Pesquisa no Blog", na coluna à sua direita, para encontrar o artigo. Não existe ainda no Brasil)

Saiba sobre a fibromialgia Medicamentos


 Uma vez que você tenha sido diagnosticado com fibromialgia, o seu médico irá conversar com você sobre as opções de tratamento. Vários tipos de medicamentos são usados ​​para ajudar a gerenciar os sintomas da fibromialgia, como dor e fadiga.
Três medicamentos são aprovados pela FDA(Seria a ANVISA no Brasil ) para tratar a fibromialgia:
  • Cymbalta (duloxetina) (No Brasil temos também: Velija e Cymbi): um tipo de antidepressivo chamado inibidor da recaptação da serotonina e norepinefrina (IRSN). Os pesquisadores não têm certeza de como Cymbalta trabalha em fibromialgia, mas eles pensam que os níveis crescentes de controle de serotonina e noradrenalina ajudam a reduzir o sentir de dor.
  • Lyrica (pregabalina): Lyrica é para uma dor no nervo e uma droga para epilepsia. Em pessoas com fibromialgia, pode ajudar a acalmar as células nervosas excessivamente sensíveis que enviam sinais de dor por todo o corpo. Ele tem sido eficaz no tratamento da dor do fibro.
  • Savella (milnaciprano): Savella também é um SNRI. Embora os pesquisadores não saibam exatamente como funciona, os estudos mostraram que ele ajuda a aliviar a dor e reduzir a fadiga em pessoas com fibromialgia. 
Os antidepressivos também são por vezes, prescritos para ajudar as pessoas a gerir os sintomas da fibromialgia:
  • Os antidepressivos tricíclicos. Ao ajudar a aumentar os níveis de serotonina e norepinefrina substâncias químicas do cérebro, estes medicamentos podem ajudar a relaxar os músculos doloridos e a melhorar analgésicos, hormônios naturais do corpo.
  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS). O seu médico pode prescrever um desses tipos de antidepressivos, por si só ou em combinação com antidepressivos tricíclicos. SSRIs impedem que a serotonina seja reabsorvida no cérebro. Isso pode ajudar a aliviar a dor e fadiga.
Estes medicamentos são também prescritos às vezes para a fibromialgia:
  • Anestésicos locais. injetada em áreas especialmente nos locais mais dolorosos, os anestésicos podem fornecer algum alívio temporário, geralmente por não mais do que três meses.
  • Anticonvulsivantes ou medicamentos anti-convulsivos como o Neurontin são eficazes para reduzir a dor e ansiedade. Não está claro como estes medicamentos funcionam para aliviar os sintomas da fibromialgia. 
  • Mio Relaxantes ocasionalmente são prescritos para ajudar a aliviar a dor associada com a tensão muscular em pessoas com fibromialgia.  

Seu Plano de Tratamento de Fibromialgia: Mantenha-se Ativo


O exercício é uma parte importante na gestão dos sintomas da fibromialgia. Ficar fisicamente ativo pode aliviar a dor, estresse e ansiedade.
A chave é começar devagar. Comece com alongamento e atividades de baixo impacto, como caminhadas, natação ou outros exercícios na água, ou andar de bicicleta. Exercícios aeróbicos de baixo impacto , tais como yoga, tai chi, ou Pilates também podem ser úteis. Se você quiser aumentar a intensidade do exercício, fale com o seu médico.
Seja qual for o exercício que você escolher, o foco em três áreas: a amplitude de movimento, aeróbica e treinamento de força.

Fisioterapia para a fibromialgia


A fisioterapia pode ajudar você a obter o controle de sua doença, concentrando-se no que você pode fazer para melhorar seu estado, em vez continuar com seus sintomas crônicos.
Um fisioterapeuta pode mostrar-lhe como obter alívio temporário da dor da fibromialgia e rigidez, ficar mais forte e melhorar a sua amplitude de movimentos. E ela pode ajudá-lo a fazer pequenas mudanças, como praticar uma boa postura, que ajudam a evitar dolorosas crises.

Tratamentos alternativos para a fibromialgia

Uma série de tratamentos de fibromialgia populares caem fora do âmbito da medicina convencional. Em geral, não tem havido uma extensa pesquisa sobre medicina complementar e alternativa (MCA), mas as evidências sugerem que alguns podem funcionar. Sempre fale com o seu médico antes de iniciar qualquer tratamento alternativo.
Tratamentos alternativos mais populares incluem:
  • Acupuntura. Esta antiga prática de cura tem como objetivo aumentar o fluxo sanguíneo e produção de analgésicos naturais com finas agulhas inseridas na pele em pontos estratégicos do corpo. Alguns estudos relatam que a acupuntura pode ajudar a aliviar a dor, ansiedade e fadiga.

  • Massagem terapêutica. Isso pode ajudar a reduzir a tensão muscular, aliviar a dor em ambos os músculos e tecidos moles,melhoram a amplitude de movimento, e aumentam a produção de analgésicos naturais.

  • Tratamento quiroprático. Com base em ajustes da coluna vertebral para reduzir a dor, esta terapia popular pode ajudar a aliviar os sintomas da fibromialgia.
  • Suplementos. Uma série de suplementos dietéticos e outros são apregoados como tratamentos destinados a aliviar os sintomas da fibromialgia. Alguns dos mais populares para a fibromialgia incluem magnésio, a melatonina, 5-HTP, e mesmo, o que pode afetar os níveis de serotonina. No entanto, os resultados de estudos sobre esses suplementos são misturados. Certifique-se de conversar com seu médico antes de tomar qualquer suplementoAlguns podem ter efeitos colaterais e pode reagir mal com a medicação que está tomando.
  • Ervas. Tal como acontece com os suplementos, a evidência científica para a eficácia das ervas é confusa.Alguns estudos têm demonstrado que a erva de São João pode ser tão eficaz quanto a certos medicamentos de prescrição para o tratamento de depressão leve. *Certifique-se de conversar com seu médico antes de tomar qualquer suplementoAlguns podem ter efeitos colaterais e pode reagir mal com a medicação que está tomando.
Fonte:  http://www.webmd.com/fibromyalgia/fibromyalgia-pain-10/fibromyalgia-creating-treatment-plan?page=2

Fotos para ilustração retiradas na internet.
NOSSO INTUITO OU NOSSAS MATÉRIAS NÃO SUBSTITUEM, SOB QUALQUER PRETEXTO, A CONSULTA MÉDICA. ANTES DE MODIFICAR, ALTERAR, MISTURAR COM OUTRO MEDICAMENTO/CHÁS/ERVAS/SUCOS CONSULTE ANTES SEU MÉDICO.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Dor que não cessa

Alterações na transmissão neural dos sinais dolorosos estão na base da fibromialgia, mas traços de personalidade, traumas e stress crônico ajudam a deflagrar a síndrome que afeta principalmente as mulheres


“Afinal de contas, o que eu tenho, doutor?” Durante muitos anos essa foi uma pergunta sem resposta para a advogada Sandra Kaufmann, 55 anos, que nos últimos 20 anos visitou dezenas de consultórios médicos em busca de um diagnóstico para suas dores crônicas e generalizadas. Na verdade, recebeu vários, até mesmo o de hipocondria, úlcera do estômago e acidente vascular cerebral. E não raras foram as vezes em que os médicos, depois de pedirem baterias de exames, concluíram que sua dor era “psicológica”. 

Os sintomas de Sandra começaram depois do nascimento do terceiro filho: dores difusas e intermitentes em diferentes partes do corpo que, com o tempo, foram se tornando tão intensas que a impediram de trabalhar regularmente. Hoje ela tem um diagnóstico: fibromialgia – o que não significa que suas perguntas foram respondidas.



Por ser uma doença difícil de ser detectada e pouco conhecida, seus dados epidemiológicos fornecem uma idéia ainda imprecisa do quadro. Estudos feitos nos Estados Unidos e na Europa indicam que a doença afeta quase 6% dos pacientes dos consultórios de clínica geral, até 8% dos que se encontram hospitalizados e cerca de 20% das pessoas atendidas por reumatologistas. O problema predomina em mulheres (de 80% a 90% dos casos) com idade entre 30 e 60 anos, embora possa se manifestar também em crianças, adolescentes e idosos. Curiosamente, é mais comum nos estratos sociais e educacionais mais altos.

HIPERSENSÍVEIS

Como não se conhecem as causas da fibromialgia, os especialistas preferem chamá-la de síndrome. Além da dor generalizada, os principais sintomas são fadiga crônica, perturbações do sono, enxaqueca e aumento da sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa. Alterações de humor, dificuldade de concentração e cólicas menstruais intensas também são comuns. Apesar de tudo isso, não existe um só exame laboratorial ou de imagem capaz de ajudar o médico no diagnóstico, que depende totalmente do seu faro clínico – razão pela qual não são raros os que não dão a devida importância às queixas das pacientes.  Sandra é um exemplo disso. Ela viveu na pele as conseqüências da desinformação médica. “A pior coisa é você estar com o corpo doendo e o médico dizer que é efeito do stress, que eu só precisava de férias”, diz.
Negligenciada por décadas, a fibromialgia começou a ser estudada sistematicamente no fim dos anos 80 e não tardou muito para que os cientistas percebessem alterações nos mecanismos da dor. Estudos mostram que não há nada errado com o corpo dessas mulheres; o problema está no sistema nervoso central. Umas das primeiras evidências vieram da Universidade de Heidelberg, quando o neurobiólogo Siegfried Mense conseguiu induzir em ratos um conjunto de sintomas muito semelhantes do quadro fibromiálgico. Para isso ele inibiu, por meio de resfriamento, a transmissão dos sinais de dor conduzidos pela medula espinhal. Esperava-se que a sensibilidade fosse completamente inibida, mas não foi isso que aconteceu; os roedores ainda sentiam alguma coisa e continuavam se esquivando dos estímulos dolorosos. 
Hoje a idéia mais aceita é a de que a fibromialgia está relacionada a uma maior sensibilidade ou, mais precisamente, a uma redução do limiar a partir do qual um estímulo é capaz de acionar os receptores de dor, que enviam esse sinal ao cérebro, o qual, por sua vez, interpreta a informação como um “Ai!”. 
Estudos conduzidos pelo médico Zoltan Gerevich, da Universidade de Leipzig, mostram que o fenômeno tem como base alterações bioquímicas nos nervos periféricos que chegam à medula espinhal. Neles, determinadas moléculas receptoras regulam, em condições normais, a liberação do neurotransmissor glutamato, cujo efeito é a inibição da transmissão do sinal doloroso. Na ausência desses receptores, porém, sente-se uma dor difusa que parece ter origem nos músculos, ossos e tendões.

No entanto, a curiosidade dos cientistas não se deteve na medula e avançou para dentro do crânio com a ajuda da ressonância magnética funcional (fMRI). As imagens revelaram que o córtex sensorial primário – que recebe os sinais de tato e dor – é mais sensível aos estímulos periféricos nos pacientes com fibromialgia. Mais recentemente, uma revisão feita pela equipe do médico Richard Harris, da Universidade de Michigan, confirmou que, nesses pacientes, tanto as estruturas que transmitem quanto as que codificam a dor estão hiperativas. A genética estaria entre os principais fatores predisponentes, e aspectos emocionais estão, sem dúvida, envolvidos no desencadeamento do distúrbio, segundo os autores.

AUTOCRÍTICA

Depois de muita fisioterapia e diversos medicamentos, que sempre trouxeram alívio por tempo limitado, Sandra começou a fazer psicoterapia em grupo no laboratório de fibromialgia coordenado pelo médico Ulrich Egle, da Universidade de Mainz. Ao lado de oito pacientes ela participou dos debates e dos exercícios que tinham um objetivo específico: lidar melhor com as próprias emoções. Antes de começar a oferecer a psicoterapia, a hipótese de Egle era que as pessoas com essa síndrome poderiam ter passado por experiências traumáticas na infância, como violência física ou negligência. À medida que os grupos se sucederam, sua ideia foi confirmada e ele percebeu que quase todos os pacientes justificavam seu problema como algo “herdado” da família. Isso poderia explicar, segundo o pesquisador, por que a fibromialgia afeta mais as mulheres, uma vez que elas estariam mais expostas que os homens a traumas infantis. Além disso, o ciclo hormonal também poderia contribuir para a oscilação emocional e a susceptibilidade ao stress.

Há ainda outras características comuns nas mulheres com fibromialgia. “Baixa auto-estima, perfeccionismo, autocrítica severa e busca obsessiva do detalhe compõem o perfil psicológico dessas pacientes”, conta Egle. É muito freqüente ouvir delas que as dores começaram após eventos radicais ou repentinos, como desemprego, morte na família e separação.

Outro aspecto que intriga os especialistas é a relação entre fibromialgia e distúrbios do sono. Ninguém sabe o que é causa e o que é consequência. “A maioria dos pacientes diz que dorme mal por causa das dores”, diz o reumatologista Michal Späth, da Universidade de Munique. “Em contrapartida, o tratamento dos distúrbios do sono geralmente traz alívio considerável para os outros sintomas.” 

A fibromialgia geralmente está associada a alterações no estágio 4 do sono de ondas lentas, também conhecido como não-REM, o que se reflete num sono superficial e não restaurador, conforme relatam os pacientes. Experimentos com voluntários nos quais foi induzida privação desse estágio acarretaram fadiga crônica e dores generalizadas. Späth alerta, porém, para o fato de que até 50% das suspeitas de fibromialgia não se confirmam. Isso porque pessoas submetidas a stress crônico parecem desenvolver sintomas semelhantes aos da síndrome, os quais se manifestam ou se intensificam justamente na hora de dormir. 

Psicoterapia

Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios raramente fazem efeito. As drogas de escolha costumam ser os antidepressivos, mas sua eficácia só é percebida em parte das pessoas em tratamento. Späth não abre mão da psicoterapia para seus pacientes e dá mais atenção ao lado emocional do que propriamente aos sintomas físicos. Entretanto, o reumatologista vê limitações na eficácia de métodos alternativos, como banhos com água quente e fria, acupuntura e massagem. “Embora tragam algum alívio, os resultados não se mantêm a longo prazo”, afirma. Sandra, por exemplo, é tratada com acupuntura há dois anos, mas reconhece que os efeitos já não são tão bons quanto no início. 

O fato é que, apesar dos avanços nas pesquisas sobre essa síndrome nos últimos 20 anos, ninguém tem uma ideia clara sobre suas origens. Para alguns cientistas, o distúrbio do sono é mais causa do que consequência. Outros acreditam que a fibromialgia seja deflagrada por uma infecção viral ou bacteriana, ou por alguma lesão na região superior da medula espinhal. Algumas pesquisas investigam possíveis anormalidades no sistema nervoso autônomo e no metabolismo muscular desses pacientes. 


Já os resultados da terapia em Mainz parecem promissores. De 80 participantes, dois terços reconhecem os benefícios do tratamento e metade ficou quase um ano praticamente livre das dores. Sandra está no grupo dos aliviados: “Antes, quando eu me irritava com as crianças, sentia aquela dor forte, como um puxão”, recorda. “Hoje vivo muito mais relaxada.” Desde então ela voltou a trabalhar meio período, o que melhorou muito sua qualidade de vida e seu relacionamento com a família. Além disso, agora ela consegue enfrentar os problemas do dia-a-dia com mais serenidade, sem se deixar irritar pelas pequenas adversidades. O marido e os filhos são testemunhas da lenta transformação: antes Sandra não suportava ver qualquer coisa suja na pia da cozinha e cobrava deles mais disciplina. Hoje esse tipo de situação já quase não lhe dói mais.