Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

domingo, 22 de novembro de 2015

Médico português acredita ter descoberto causa da fibromialgia



sábado, 21 de novembro de 2015

Nova Abordagem para a fibromialgia aborda má qualidade do sono


Pam Harrison
17 de novembro de 2015
 Para os pacientes com fibromialgia, direcionando o tratamento para o sono não reparador, uma característica fundamental da síndrome, leva a melhorias em outros sintomas da doença, incluindo a dor, de acordo com duas análises de dados do estudo de fase 2b BESTFIT controlado com placebo.
 "Tem sido conhecida há muito tempo que o sono de má qualidade se correlaciona com a gravidade da doença em pacientes com fibromialgia", disse Seth Lederman, MD, diretor executivo da Tonix Pharmaceuticals, em Nova York, que estava envolvida em ambas as análises.
"Nós reconhecemos que o sono não era apenas um sintoma;. Sono pobre agrava a dor da fibromialgia. É provavelmente um ciclo vicioso de sono pobre, mais dor, mais dor, e pior o sono", disse ao Medscape Medical News.
"Na hora de dormir o cloridrato de ciclobenzaprina sublingual, tem como alvo vários receptores-chave envolvidos na regulação do sono, não funciona de imediato, mas após cerca de 4 semanas, virmos uma melhora na qualidade do sono, e depois disso, a dor e outros sintomas também melhoraram" Lederman, disse.
Os resultados das análises foram apresentados no American College of Rheumatology (ACR) 2015 Reunião Anual em San Francisco.
Estudo BESTFIT (Ajuste)
No estudo BESTFIT, os pacientes que preencheram os critérios de 2010 do ACR para fibromialgia, foram randomizados para sublinguais de ciclobenzaprina 2,8 mg tomado ao deitar por 12 semanas ou placebo. As medidas de desfecho incluíram avaliações diárias de dor e sono, classificados numa escala de 10 pontos, a Fibromialgia Impact Questionnaire Revised (FIQR), o Impression Global do Paciente da Mudança (PGIC) escala, e a escala PROMIS perturbação do sono.
Os resultados preliminares do estudo, conforme relatado pelo Medscape Medical News, mostrou que usar ao se deitar ciclobenzaprina sublingual, não conseguiu mudar escores médios diários de dor na semana 12; no entanto, fez conduzir a uma melhoria em uma série de desfechos secundários, incluindo medidas de sono, efeito sobre a dor, e a carga total dos sintomas.
Em contraste, a análise final de 172 pacientes avaliáveis, apresentado na reunião por Harvey Moldofsky, MD, do Centro de Sono e Cronobiologia em Toronto, demonstraram que a ciclobenzaprina sublingual tem um efeito favorável tanto sono e dor.
 Todas as medidas de qualidade do sono melhorou com a ciclobenzaprina durante o período de estudo de 12 semanas, assim como medidas de dor.
A redução na pontuação PROMIS perturbação do sono foi significativamente maior no grupo da ciclobenzaprina do que no grupo placebo por 4 semanas, e este foi sustentado para a semana 12 (8,96 vs 5,13 pontos; P  = .005).
Reduções na pontuação diária diário de sono foram significativamente maior no grupo da ciclobenzaprina do que no grupo placebo na semana 1. A significância foi perdida, mas depois recuperou na semana 6, que foi sustentado até a semana 12 (1,85 vs 0,88 pontos; P  <0 font="">
Reduções na pontuação FIQR, uma indicação de melhor qualidade do sono, foram significativamente maiores no grupo da ciclobenzaprina do que no grupo placebo por semana 2, que foi sustentado para a semana 12 (2,9 vs 1,2 pontos; P <0 font="">
"As melhorias na qualidade do sono precedido outras mudanças na fibromialgia", relatam os investigadores.
Isto foi confirmado pelos resultados da segunda análise, que foram apresentados pelo Dr. Lederman. Um modelo de medidas repetidas de mistos efeitos, revelou melhorias em vários domínios da fibromialgia durante o período de estudo de 12 semanas.
A taxa de resposta de dor na escala de dor diária, definida como uma melhora de pelo menos 30% da linha de base até à semana 12, foi melhor no grupo da ciclobenzaprina que no grupo de placebo (34% vs 20,6%; P  = 0,033).
Houve também melhorias significativas em escores de dor relatados durante as visitas clínicas (P  = 0,033) e no item de dor da escala FIQR (P  = 0,004).
Língua transitória ou dormência sublingual ocorreu em 42% dos pacientes tratados, mas os eventos adversos sistêmicos foram pouco frequentes e ganho de peso foi desprezível.
"Nossas novas análises dos dados Bestfit mostram que os pacientes que relataram a maior melhora na qualidade do sono foram os mais propensos a experimentar alívio da dor", disse Lederman.
"Uma diferença fundamental entre ciclobenzaprina e medicamentos para dor é que estamos atacando fibromialgia, melhorando a qualidade do sono em vez de tratá-lo com um remédio para dor, que é como colocar um curativo."
O julgamento AFFIRM, que está em andamento, é avaliar o efeito da hora de dormir da ciclobenzaprina sublingual na qualidade do sono e dor em 500 pacientes com fibromialgia.
Relacionado a Antidepressivos tricíclicos
A estrutura química da ciclobenzaprina está relacionada com antidepressivos tricíclicos e tem o potencial para provocar os mesmos efeitos adversos, incluindo os tricíclicos como boca seca, sonolência e fadiga, disse Robert Bennett, MD, a partir da Saúde & Ciência da Universidade de Oregon em Portland.
"Na maioria em estudos da ciclobenzaprina para fibromialgia, a dose inicial foi de 10 mg, com titulação ascendente a 40 mg, conforme necessário," Dr. Bennett disse Medscape Medical News.
Ele ressaltou que, em um estudo, "melhoria global média com ciclobenzaprina foi três vezes o observado com placebo" (Arthritis Rheum. 2004; 51: 9-13). No entanto, explicou, "fadiga e concurso pontos não melhorou."
Além disso, doses mais elevadas de ciclobenzaprina resultou em uma alta prevalência de efeitos indesejáveis, acrescentou.
Mas o Dr. Bennett disse que concorda que sono não reparador influencia negativamente as vias centrais da dor e que, as drogas que melhoram a qualidade do sono podem melhorar os sintomas diurnos da fibromialgia.
"O estudo de 12 semanas atual de ciclobenzaprina em baixa dose sublingual, tomado a noite, confirma a sua eficácia clínica de forma mais rigorosa do que há em relatórios anteriores", disse Bennett. "E além de lentidão ao falar e dormência sublingual, outros efeitos colaterais foram mínimos."
Futuros estudos ainda precisam estabelecer se há melhoria com a ciclobenzaprina além de 12 semanas, e se a dose de 2,8 mg utilizada neste estudo é a dose ideal, acrescentou. E estudos precisam determinar se existem quaisquer consequências adversas relacionadas com o uso a longo prazo de ciclobenzaprina, e se esta droga interage de forma negativa com outros medicamentos comumente usado para tratar a fibromialgia.
Dr. Lederman é o CEO da tonix Pharmaceuticals. Dr Moldofsky relata ter recebido honorários da tonix Pharmaceuticals. Dr. Bennett não declarou relações financeiras relevantes.
 American College of Rheumatology (ACR) 2015 Reunião Anual. Abstracts 2307 e 2308. Apresentado 10 de novembro de 2015.

Fonte: http://www.medscape.com/viewarticle/854619#vp_1  (somente para assinantes)






sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Implante de LED pode reduzir a dor crônica


Implante de LED pode reduzir a dor crônica

Por Redação Olhar Digital - em 17/11/2015 às 11h11



Um novo implante flexível pode ajudar a diminuir o sofrimento de quem sofre de dores crônicas. O dispositivo conta com um emissor de luz LED sem fio que, quando ativado, pode aliviar a dor diretamente do cérebro.

A técnica usa a optogenética, que combina a luz, a genética e a bioengenharia para estudar o comportamento dos neurônios e células específicas, usando feixes de luz ou lasers, para restringir processos específicos, como os que geram a dor no cérebro.  A tecnologia utilizada até hoje necessitava de um cabo de fibra óptica rígido, mantido parado, para funcionar, podendo prejudicar o tecido neural.

Reprodução

Como funciona?
O novo sistema implantável usa materiais macios e com propriedades semelhantes às dos tecidos biológicos, além de não precisar ser presa a um osso, o que pode ajudar a estudar casos de dores crônicas no sistema nervoso periférico e na medula espinhal. Uma antena consegue captar, através de sinais de rádio, a energia para alimentar o dispositivo, emitindo comandos para que os LEDs se acendessem.

Em testes com ratos, os pesquisadores descobriram que ao iluminar neurônios específicos associados à dor e modificados para que fossem sensíveis à luz, os comportamentos associados à dor diminuiram.


Via MIT -   http://www.technologyreview.com/news/543466/could-implantable-leds-relieve-your-pain/

Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/implante-de-led-pode-reduzir-a-dor-cronica/53050

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Dor crônica faz cair produtividade no trabalho, diz pesquisa

 Três em cada quatro pessoas afirmaram que a dor atrapalha atividades diárias
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Resiliência. Cássia Freitas já aprendeu a conviver com as cólicas menstruais, mas elas ainda afetam sua produtividade
 
 
EM 02/11/15 - 04h00
Nas aulas de biologia da escola, aprendemos desde cedo que a dor é um sinal de que alguma coisa não vai bem no organismo. Porém, se essa dor for crônica, ela pode ser, em si, um problema. Além de fazer o corpo liberar hormônios do estresse, uma recente pesquisa realizada pelo Ibope Conecta a pedido da indústria farmacêutica revelou que a dor crônica afeta todos os níveis da vida da pessoa.
A enquete, feita com 1.007 brasileiros com idade a partir de 18 anos, mostrou que três em cada quatro pessoas afirmam que a dor atrapalha atividades diárias, como trabalho, estudos e até o lazer, por exemplo.
“A dor crônica não incapacita a pessoa de realizar suas tarefas diárias, mas compromete a qualidade”, comenta a médica Lin Tchia Yeng, fisiatra do Centro de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo ela, a dor é o principal fator causador do fenômeno chamado “presenteísmo”, em que o funcionário está presente no trabalho, mas com a mente vagando longe.
É exatamente assim que se sente a administradora pública Cássia Freitas, 22, em seus dias de cólica menstrual. Cinco ou seis dias por mês ela sofre com as dores, mas não interrompe suas atividades diárias.
“Não tem como eu parar a minha vida por isso. Quando eu era mais nova, faltava muito às aulas. Agora, trabalhando, não tem jeito. Alguns dias, quando a dor está muito forte, eu tenho que sair mais cedo, ou acabo chegando um pouco atrasada”, conta ela.
E mesmo quando está presente, ela reconhece que a produtividade não é igual. “Nos piores dias, produzo bem menos porque a cabeça também dói e há uma série de outros sintomas que vem junto. A dor é tão forte que só consigo me concentrar nela”, lamenta.
Editoria de arte
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Para melhorar. No desespero de se verem livres do incômodo, muitas pessoas acabam se automedicando. Mas esta nem de longe é a solução mais indicada. “Anti-inflamatórios todos os dias acabam prejudicando os rins”, diz a anestesista Gabriela Rocha Lauretti, que é chefe da Clínica de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto.
Em vez disso, técnicas de estimulação elétrica transcutânea podem ser uma opção com menos efeitos adversos. “Hoje, há um aparelhinho que se compra em farmácia e é portátil. São eletrodos que o paciente cola na pele para receber pequenos choques na região da dor”, conta Gabriela. Essa estimulação faz com que o corpo ative seus próprios recursos de analgesia, inibindo a sensação da dor.
Mesmo com algum alívio, o melhor ainda é procurar um médico para investigar as origens do problema. “A dor crônica é uma doença. Ela traz um prejuízo muito grande, diminui a qualidade de vida e precisa ser controlada”, declara a anestesista. É importante também cuidar dos hábitos de vida, já que muitas dores, como as musculares e as de cabeça, estão ligadas a práticas pouco saudáveis.
Flash
Cascata. A dor é a principal causa de insônia, o que deixa o sistema imunológico enfraquecido e a pessoa, mais vulnerável.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

No Dia de Combate à Dor, conheça as dez piores dores que o ser humano pode sentir


Cólica renal, artrose e cefaleia estão entre as causas das dores mais intensas

 17/10/2015 - 10:00 - Atualizado em 17/10/2015 - 10:00

A dor é uma experiência desagradável, provocada por diferentes motivos e com intensidades variáveis. Mas há aquelas que causam até calafrios de tão fortes.
No Dia Mundial de Combate à Dor, neste sábado (17), A Tribuna On-line ouviu o médico Bruno Cavellucci, do Centro Integrado de Tratamento da Dor, de São Paulo, para saber quais são as piores dores que o ser humano pode sentir.
Ele salientou que a dor é um fenômeno muito pessoal, cuja intensidade varia de pessoa para pessoa, mas listou o top 10 das dores que mais incomodam. Uma delas é a neuralgia do trigêmeo, que afeta uma moradora de Guarujá.
Confira:
- Neuralgia do trigêmeo: é a neuralgia de face mais comum e está entre as causas mais frequentes de dores faciais recorrentes, acometendo principalmente as mulheres. É um distúrbio unilateral no rosto, caracterizado por dor forte, do tipo choque, lancinante, em punhalada ou queimação. Geralmente, a dor é desencadeada por estímulos simples, tais como lavar o rosto, comer, barbear-se, falar ou escovar os dentes, além de poder ocorrer de forma espontânea. A dor é bastante intensa e de difícil controle. 
Cólica renal pode ter dor muito intensa
- Cólica renal: quadro de dor aguda provocado por cálculos nos rins. É muito intensa e geralmente tem origem na região lombar, podendo se espalhar pelas costas. Provocada pela movimentação dos cálculos renais ou pela obstrução do uréter, canal que liga o rim à bexiga, a dor pode ser incapacitante.
- Câncer: principalmente os tumores de crescimento rápido, próximos a vasos e nervos importantes ou em ossos ou cérebro, provocam extrema dor aos pacientes.
- Endometriose: a doença é causada pela presença do endométrio - tecido que reveste o interior do útero - fora da cavidade uterina, em outros órgãos da pelve, como trompas, ovários, intestinos e bexiga. As dores, cujas intensidades variam de pessoa para pessoa, podem aparecer antes ou durante a menstruação e nas relações sexuais. As dores pélvicas crônicas reduzem muito a qualidade de vida de diversas mulheres, trazendo impactos na vida social e sexual.
- Artrose: é o desgaste da cartilagem que cobre as extremidades dos ossos nas articulações. Com o desgaste ao longo dos anos, os ossos passam a entrar em contato direto, o que provoca a dor crônica e pode até incapacitar a articulação afetada. A artrose é uma doença degenerativa crônica, sem cura, mas há tratamentos para aliviar as dores.
- Cefaleias: as dores de cabeça podem ter várias motivações e forte intensidade, principalmente as enxaquecas. Nesse caso, a dor é unilateral e latejante. A enxaqueca é acompanhada de náuseas, às vezes vômito e sensibilidade extrema à luz. É uma das cefaleias mais incapacitantes. 
Vírus da catapora pode se manifestar no corpo
- Herpes Zóster e Neuralgia Pós-Hepética: a herpes zóster é uma infecção que provoca vesículas no corpo e é acompanhada de dor intensa. Ela é causada pelo vírus da catapora, diferente da herpes na boca e nos genitais. Quem já teve catapora uma vez na vida fica com o vírus adormecido nos gânglios. Depois, esse vírus pode ser reativado na forma de herpes zóster. Se a dor persiste por meses, tem-se um quadro de neuralgia pós-hepética, que provoca extrema dor no paciente. O tratamento pode até ser acompanhada por acompanhamento psicológico, pois a doença pode acarretar depressão e outras alterações psíquicas em razão da dor persistente.
- Fibromialgia: é uma dor crônica e generalizada no corpo, afetando músculos, tendões e ligamentos. Ela geralmente está associada à fadiga.
- Parto: a dor do parto normal é causada pelas contrações, que começam leves, mas que, com o passar do tempo, tornam-se mais intensas. A dor pode se estender pelo abdômen e pelas costas. Há ainda o fator emocional, em razão da tensão do parto.
- Dente: tem causas variadas e provocam grande incômodo para o paciente. O motivo mais comum é a presença de cárie, lesão na estrutura do dente provocada pela dissolução da superfície esmaltada. Quando expostos ou afetados, os nervos provocam muita dor.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Qual a importância de uma avaliação psicológica no paciente com dor crônica?

A concepção da dor como um fenômeno multidimensional vêm se solidificando na prática clínica. Os modelos multidimensionais preconizados nos centros e clínicas da dor subsidiados por este conceito têm em sua prática oferecido diagnósticos e intervenções interdisciplinares.


Mas qual seria o papel de uma avaliação psicológica?
A princípio uma avaliação psicológica é necessária quando de maneira geral se deseja abordar este paciente sobre seus múltiplos aspectos(1). Mas existem indicações mais específicas para subsidiar o encaminhamento de um paciente para uma avaliação psicológica:
1. quando os sintomas são mais graves do que o esperado por uma avaliação clínica (ex: médico ou fisioterapeuta);
2. quando há incapacidade importante, a dor interfere significativamente na capacidade do paciente de realizar atividades rotineiras (ex: trabalho, lazer);
3.quando existem sinais de estresse, ansiedade ou depressão e crenças disfuncionais; 4. se houver suspeita de uso excessivo de medicação ou drogas ou transtornos emocionais importantes;
5. diante de falhas excessivas nos tratamentos, dificuldade de aderência ao tratamento ou suspeita de ganho secundário (2, 3).

Toda intervenção psicológica contempla uma avaliação psicológica criteriosa que visa proporcionar subsídios para a intervenção psicológica e para a equipe. Uma avaliação psicológica pode se valer de diferentes métodos: entrevistas, observação, testes psicológicos e visa identificar elementos que podem exacerbar ou contribuir para o quadro de dor, incapacidade física e sofrimento psicológico.

O processo de avaliação psicológica pode ser especialmente útil para identificar se alguns transtornos psíquicos (ex: depressão) já eram pré-existentes ou se são decorrentes do quadro de incapacidade, dor e sofrimento mental. A partir desta compreensão fica mais clara a necessidade de intervenções psicológicas.

Outro elemento importante é a avaliação da resposta do paciente a procedimentos cirúrgicos ou intervencionistas. Neste sentido, diante da presença de um transtorno importante (ex: transtorno de ansiedade generalizada) ou crenças disfuncionais (expectativas excessivas ou pobres sobre os resultados) é indicado uma intervenção psicológica prévia ou concomitante a intervenção, visando contribuir para maximizar o resultado desta. Este trabalho é fundamental quando intervenções mais invasivas são indicadas, como a implantação de bombas de analgesia controlada ou eletrodos.

Sem dúvida nenhuma, na maior parte dos casos uma compreensão multidisciplinar amplia a visão sobre o paciente; e embora isto seja desejado, nem sempre é necessário no manejo dos casos mais simples. Todavia, a participação do psicólogo proporciona através de uma avaliação psicológica um entendimento dos aspectos psicossociais que podem estar contribuindo para o quadro de dor, incapacidade física e sofrimento psicológico, elemento essencial na resolução dos casos mais complexos.


Referências bibliográficas:
1. Flor H, Turk DC. Chronic Pain: An integrated biobehavioral approach. Seattle: IASP Press; 2011.
2. Sardá JJJ, Angelotti G. Avaliação psicológica da dor. In: Figueiro JAB, Angelotti G, Pimenta CAM, editors. Dor e Saúde Mental. São Paulo: Atheneu; 2004. p. 51-68.
3. Turk D, Okifuji A. Clinical assessment of the person with chronic pain. In: Jensen TS, Wilson PR, Rice ASC, editors. Clinical Pain Management. London: Arnold; 2003. p. 89-100.

Texto de Jamir Sardá Jr.
Psicólogo clínico do Espaço da ATM e Baia Sul Centro da Dor, Mestre. PhD em Medicina pela Universidade de Sydney – Austrália e Professor do Curso de Psicologia da Univali - SC.

Fonte: http://www.sbed.org.br/materias.php?cd_secao=75&codant=&friurl=_-Dor-e-Psicologia-_#.ViVH02ugQ_M

domingo, 27 de setembro de 2015

#EUSOUFIBROMIÁLGICO A NOVA HASTAG QUE VOCÊ PRECISA USAR!

Estamos criando a partir de hoje, a  ‪#‎EUSOUFIBROMIÁLGICO‬  para falar sobre as dificuldades de tratamentos, de encontrar médicos especializados e humanizados, pela criação Centros de Atendimento aos Pacientes com Doenças Reumáticas nas capitais (pelo menos), de informações sérias e corretas à sociedade sobre a FIBROMIALGIA, de medicamentos de ponta na Lista do SUS a serem fornecidos gratuitamente aos fibromiálgicos diagnosticados, por perícias no INSS conforme determina o próprio órgão em suas Diretrizes, pelo direito à Aposentadoria por Invalidez aos pacientes mais resistentes aos tratamentos convencionais, pela inclusão dos Fibromiálgicos em políticas sociais nas Três Esferas do Governo, pelo Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia - 12 de Maio, por respeito e dignidade, chega de invisibilidade.


Assim todas as vezes que você tiver algo a acrescentar, a sugerir, a reclamar, ou se quiser participar deste Movimento... tudo que escrever ... TUDO... no final escreva como está escrito acima... #EUSOUFIBROMIÁLGICO  (tudo junto, LETRAS MAIÚSCULAS, e a palavra FIBROMIÁLGICO tem acento agudo no A) Se você escrever errado, não será direcionado para o texto original (o que está acima).
O SUCESSO DESTA CAMPANHA DEPENDE SÓ DE VOCÊ.
  O mesmo vamos fazer no Instagram, Google + e Youtube.



Você não sabe o que é uma Hastag?
Tags são palavras-chave (relevantes) ou termos associados a uma informação, tópico ou discussão que se deseja indexar de forma explícita no aplicativo Twitter, e também adicionado ao Facebook, Google+ e/ou Instagram.
Hashtags são compostos pela palavra-chave do assunto antecedida pelo símbolo cerquilha (#). As hashtags viram hiperlinks dentro da rede, indexáveis pelos mecanismos de busca. Sendo assim, outros usuários podem clicar nas hashtags ou buscá-las em mecanismos como o Google, para ter acesso a todos que participaram da discussão. As hashtags mais usadas no Twitter ficam agrupadas no menu Trending Topics, encontrado na barra lateral do microblog.
Por exemplo, quando um utilizador partilha algo com a hashtag #EUSOUFIBROMIÁLGICO permite que os utilizadores dessa rede social ao pesquisarem pela hashtag #EUSOUFIBROMIÁLGICO encontrem esse conteúdo. As hashtags devem ser curtas, isoladas e descrever a publicação da melhor forma possível.



8 dicas para ajudar um doente com fibromialgia no dia-a-dia (*Portugal! Porém, válida em qualquer parte do mundo fibromiálgico)

Namorado a dar apoio
Muitas vezes descrita como a “doença invisível”, um doente com fibromialgia pode parecer bem, mas na realidade sofre com dores musculares e articulares acentuadas, assim como a fadiga constante, dores de cabeça crónicas, ansiedade e depressão. Se vive ou lida diariamente com um doente com fibromialgia, saiba como atenuar o seu sofrimento, proporcionando-lhe uma maior e melhor qualidade de vida.
  1. Informe-se. Uma das melhores formas de apoiar um doente com fibromialgia (ou qualquer outra doença) é informar-se acerca da mesma. Pesquise tudo o que puder sobre a fibromialgia para poder perceber quais os sintomas que afetam e fazem sofrer o doente – tenha a verdadeira consciência acerca daquilo com que está ou vai lidar diariamente. Desta forma, será mais fácil compreender, lidar com e apoiar o doente, assim como fazer o respectivo acompanhamento médico.
  2. Tarefas diárias. As dores corporais e a fadiga incapacitante que caracteriza a fibromialgia são as grandes responsáveis por dificultar o quotidiano de quem sofre desta doença. Uma das formas de ajudar é através do apoio físico, ou seja, a execução de tarefas domésticas que precisam de ser feitas, caso da limpeza da casa; fazer as compras de supermercado; limpar e regar o jardim; fazer o jantar; arrumar a cozinha; lavar, estender e passar roupa a ferro; lavar e aspirar o carro; entre muitas outras tarefas. O doente com fibromialgia vai certamente agradecer.
  3. Saiba comunicar. A fibromialgia é conhecida como a “doença invisível” porque embora o doente aparente estar bem, na realidade pode estar em grande sofrimento. Se vive com ou cuida diariamente de uma pessoa com fibromialgia, é crucial que comunique abertamente com ela – só assim saberá como é que se está a sentir, se quer sair, se precisa de descansar, se necessita que trate de algum assunto por ela. Aprenda a comunicar com um doente com fibromialgia, sabendo o que deve e não deve dizer.
  4. Seja flexível. A fibromialgia é uma doença caracterizada por “crises”, ou seja, uma pessoa que viva com esta doença pode sentir-se muito bem num dia e no dia seguinte não conseguir sair de casa. Esteja preparado para enfrentar e lidar com a imprevisibilidade da doença, uma vez que esta pode pôr em causa rotinas diárias, viagens, fins de semana a passear ou outros planos especiais.  
  5. Incentivo para o exercício físico. Quem sofre de fibromialgia pode querer fazer tudo menos praticar exercício físico, no entanto, esta é uma atividade que deve incentivar o doente a fazer. Vários estudos já revelaram que a prática regular de exercício físico de baixa intensidade traz inúmeros benefícios para quem sofre de fibromialgia: diminui a dor e a rigidez, alivia o stress e a ansiedade, melhora os padrões de sono e pode precaver contra a ocorrência de crises constantes. A melhor forma de motivar um doente com fibromialgia a mexer-se é fazer-lhe companhia: deem caminhadas ou passeios de bicicleta juntos; façam meditação; inscrevam-se numa aula de ioga, pilates ou hidroginástica.
  6. Tempo de qualidade sozinho. Ser diagnosticado com fibromialgia vai virar do avesso a vida de qualquer pessoa, mas isso não significa que o doente tenha de colocar a sua vida em standby(a espera). Parte do tratamento desta doença deve consistir em assegurar que o doente com fibromialgia tenha, diariamente, tempo de qualidade sozinho para se poder dedicar àquelas pequenas coisas como tomar um banho de imersão, ler, ouvir música, pintar ou fazer jardinagem – até para a pessoa não sentir que a doença está a tomar conta da sua vida por completo. Faça o que puder, para que a pessoa consiga este tempo, ou seja, liberte-lhe de alguma tarefa, faça de babysitter(babá) durante algumas horas ou um fim de semana inteiro, ofereça-lhe um tratamento spa. São pequenas coisas que, no âmbito da fibromialgia, podem fazer uma grande diferença: reduzir os níveis de stress, aumentar os níveis de energia e viver uma vida mais equilibrada.
  7. Assegure que o seu quarto seja um refúgio. Se existe alguma coisa da qual um doente com fibromialgia não pode abdicar é de uma boa noite de sono, todas as noites. Dormir bem é fundamental para dissipar a fadiga incapacitante que infelizmente caracteriza a fibromialgia e assegurar que a pessoa acorde com energia para enfrentar um novo dia sem crises. Nesse sentido, se cuida de um doente com fibromialgia, é crucial que o seu quarto seja um refúgio zen: escuro, fresco, tranquilo e sem distrações (televisão, rádio, computador, equipamento de exercício…), o quarto deve ser exclusivamente utilizado para dormir.
  8. Grupo de apoio. Não há nada como conversar com alguém que perceba exatamente aquilo que sentimos e pelo qual estamos a passar – isto também se aplica, naturalmente, à fibromialgia. Motive o doente com quem vive ou de quem cuida, a participar num grupo de apoio à fibromialgia que pode ser presencial ou virtual: o importante é que tenha acesso a essa comunidade, onde vai encontrar apoio emocional, dicas úteis e um lugar para desabafar. 
Fonte: http://cuidamos.com/artigos/8-dicas-para-ajudar-doente-com-fibromialgia-dia-dia

Funcionários do INSS podem voltar a trabalhar no começo da semana


Edição do dia 25/09/2015
25/09/2015 20h41 - Atualizado em 25/09/2015 20h41

JORNAL NACIONAL

Após quase 2 meses e meio, governo e servidores negociam fim da greve.
Mais de 20 sindicatos já aceitaram a proposta de reajuste salarial.


Uma boa notícia para milhares de brasileiros que passaram os últimos meses a espera de um atendimento em um posto do INSS: os funcionários podem voltar a trabalhar já no começo da semana que vem. Sindicatos de todo o país aceitaram a proposta do governo para acabar com a greve.
Muita gente procurou uma agência do INSS em Brasília: mais uma decepção, até para quem tinha hora marcada. As agências continuam fechadas pelo menos até quarta-feira (30). “Tem que ligar novamente no 135 pra poder reagendar”, conta um homem.
A greve na maioria dos estados completou 80 dias nessa sexta-feira (25). A Federação Nacional dos Servidores da Previdência disse que o INSS deixou de pagar R$ 15 milhões de benefícios durante esse tempo. O Sindicato dos Servidores do Maranhão calcula que, para colocar o serviço em dia, vai ser preciso um ano.
O comando de greve informou que deve assinar o acordo com o governo na terça-feira (29).  Sindicatos dos 26 estados e do Distrito Federal aprovaram em assembleias um reajuste de 10,8% em duas parcelas. Os grevistas vão ter que fazer mutirões para reduzir o trabalho acumulado.
"É uma das condições para que seja feito o acordo de que tenha essa reposição o mais rápido possível. As pessoas, antes de irem até uma agência do INSS, devem ligar no telefone 135, que funciona das 7h às 22h, para saber as condições daquela agência, se ela já retornou o atendimento ou ainda não”, diz a presidente do INSS, Elisete Berchiol da Silva Iwai.
Mas ainda não há solução à vista para quem depende da perícia do INSS. A vigilante Érica Pimentel quebrou o pé em julho, mas só pode receber o auxílio-doença depois de passar por exame médico. Os peritos entraram em greve no dia 4 de setembro e ainda negociam aumento salarial. “Tem gente sendo remarcado para janeiro de 2016. Eu, pelo menos, ainda tenho meu marido. E quem não tem ninguém pra que possa pagar um aluguel, pra que possa dar uma alimentação pros seus filhos? Fica à mingua, passa fome, passa necessidade”, afirma.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/09/funcionarios-do-inss-podem-voltar-trabalhar-no-comeco-da-semana.html

INSS vai prorrogar o pagamento de auxílio-doença

10 de setembro de 2015 às 12h06

Paralisação já dura 65 dias. Segurado do INSS deve ligar no telefone 135 e fazer o pedido de prorrogação antes da data prevista para o fim do benefício previdenciário

Da Reportagem
 
O pagamento dos auxílios doença e acidentário será prorrogado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante a greve dos servidores, que entra hoje no 65º dia, e dos médicos peritos, que começou na última sexta-feira.
Para obter essa prorrogação, o segurado que precisa solicitar a renovação do benefício pela internet ou pelo telefone 135(ligação grátis), que será orientado pelo INSS sobre os procedimentos que terá que adotar para que seu benefício seja renovado sem necessidade de se passar pela perícia médica.
Segurado que já está afastado recebendo auxílio-doença ou auxílio-acidente e cuja perícia já se encontre agendada para os próximos dias, deve também ligar para o INSS pelo telefone 135, para ser orientado.
O INSS paga 26.985 benefícios de auxílio-doença e auxílio-acidente na região.
A Previdência Social informa que a Central de Atendimento 135 está à disposição para informar a situação do atendimento nas agências, adotar providências de reagendamento dos serviços e para orientar os cidadãos.

A greve não interrompeu funcionamento do posto do INSS de Santos (Foto: Matheus Tagé/DL)
A greve não interrompeu funcionamento do posto do INSS de Santos/SP (Foto: Matheus Tagé/DL)
Para se evitar qualquer prejuízo financeiro aos segurados, o INSS considera, no momento da concessão do benefício, a data originalmente agendada como a data de entrada do requerimento.

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terça-feira, 22 de setembro de 2015

FIBROMIALGIA PARA OS BRASILEIROS NO JAPÃO

Vamos dar uma atenção especial, aos brasileiros que seguem nosso blog... Sim, nas pesquisas vocês estão presentes. 
A matéria foi escrita pela Médica Elza S.M.Nakahagi do SABJA-Disque-Saúde do Conselho de Cidadãos do Consulado Geral do Brasil em Nagoia. Autora dos dicionários e aplicativos de Termos Médicos e Odontológicos. (SABJA-Disque-Saúde, tel: 080-4083-1096, 050-6864-6600). 
10 / 08 / 2015

O que é e como tratar a Fibromialgia

 A fibromialgia (em japonês, SEN IKINTSUUSHOU) é um estado de saúde complexo com dores musculares difusas por mais de 3 meses, associadas a outros sintomas secundários como fadiga, distúrbio de sono (dificuldade de dormir, agitação, e acordar com frequência), rigidez matinal, dormência, mal funcionamento intestinal, sensação de edema (inchaço) subjetivo, distúrbios cognitivos, problemas de memória e concentração, e dor em pontos específicos sob pressão.

A fibromialgia é classificada como sendo um dos tipos de reumatismo extra-articular, isto é, não acomete articulações, afetando apenas as partes “moles” sem inflamação. Acomete cerca de 2% a 4% da população adulta nos países ocidentais, 5 a 9 vezes mais as mulheres do que os homens, principalmente entre 20 e 50 anos.

Entre as causas são citadas as anormalidades na recepção dos neurotransmissores especialmente por estresse prolongado quando há diminuição de serotonina e aumento da substância P, os quais provocam maior sensibilidade à dor, com diminuição do fluxo sanguíneo (depressão, transtorno de ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático), traumatismos entre outros.

Muitos dos pacientes visitam várias especialidades médicas, realizando vários exames sem obter êxito diagnóstico. Quanto mais avançado o estágio, maior o sofrimento, principalmente o psicológico. O causa emocional pode agravar a intensidade da dor.

O tratamento da fibromialgia consiste em esclarecer e obter aceitação do paciente sobre a doença, associar medicamentos às medidas multidisciplinares, como fisioterapia e psicoterapia. Por ser uma doença de causas múltiplas ou desconhecidas ao paciente, a ênfase deve ser dada à redução dos sintomas da dor e gerais, e na melhora da qualidade de vida.

Os medicamentos incluem analgésicos, relaxantes musculares, soníferos e antidepressivos. A atividade física moderada é imprescindível; massagem, eletroterapia (ondas curtas, microondas), turbilhão, acupuntura ajudam a relaxar a musculatura.

É importante frisar o efeito da psicoterapia, pois tanto o treino do controle do estresse, a lidar com situações emocionais difíceis ao paciente, o treino do relaxamento progressivo e reestruturação cognitiva ajudam a reduzir o nível de ansiedade, irritabilidade, agressividade, obter outro comportamento frente às situações de estresse.

O ideal é realizar a psicoterapia na sua língua materna, mas se conseguir falar japonês (ou um pouco) poderá realizar sessões com psicóloga clínica (em japonês, RINSHOU SHINRISHI) e terapia cognitiva-comportamental (em japonês, NINTI KOUDOU RYOUHOU).
Poderá também procurar assistência com os psicólogos em português nas várias organizações de apoio aos brasileiros no Japão, inclusive da equipe do SABJA-Disque-Saúde.

Fonte: http://www.ipcdigital.com/japao/saude-no-japao-o-que-e-e-como-tratar-a-fibromialgia/

***E para completar, encontramos no mesmo site, um outro artigo. Artigo este que muito pode nos ajudar a "fabricar" a serotonina (hormônio da felicidade e bem estar). Este artigo vale para os brasileiros em todas as partes do mundo, e complementa o artigo acima.

A importância do bom funcionamento do intestino e a serotonina (hormônio contra depressão)

Diz-se que o intestino é o “segundo cérebro” do organismo, pois ele tem aproximadamente o número igual de neurônios aos da medula espinhal. Assim, o que se come atua diretamente no Sistema Nervoso Central, que é também chamado Sistema Nervoso Entérico. No intestino há mais de 100 trilhões de bactérias intestinais que compõe a flora intestinal (microbiotas) e fermentam os restos alimentares não digeridos.

Um intestino que funciona bem é aquele rico em microbiotas, que elimina as fezes toda vez que se ingere a refeição, pelo arco reflexo: alimento – cérebro – evacuação de fezes. Teoricamente, uma pessoa sadia deveria evacuar 3 vezes ao dia se ela come 3 refeições por dia; aceitável se evacua pelo menos uma vez ao dia.

Mastigar bem ao comer, comer lentamente para dar tempo ao cérebro ter a sensação de saciedade, comer equilibradamente alimentos contendo fibras, vitaminas, minerais, proteínas e carboidratos, principalmente ao desjejum, na sequência as frutas, cereais e proteínas, e tomar em média 8 copos de água (ou líquidos) ajuda funcionar bem o intestino.

A serotonina é um neurotransmissor, também um hormônio responsável pela sensação de bem estar e alegria, do humor e disposição. Noventa a 95% é produzida no intestino e 5 a 10 % é produzida no Sistema Nervoso Central (no cérebro).

O triptofano é um aminoácido precursor da serotonina; é produzido nas primeiras horas do dia, quando ingeridos neste período e acompanhados de atividade física exposto ao sol (ao caminhar para ir ao trabalho, ao estender roupas de manhã e fazer limpeza do quintal, por exemplo). Assim, normalmente, o triptofano é convertido em serotonina, estimulando a boa disposição para o dia.

Quando ele é ingerido à noite, este favorece a produção de outro hormônio chamado melatonina, o hormônio do relógio biológico do sono, e favorece o sono de boa qualidade. Os alimentos ricos em triptofano são: castanha do Brasil, grão de bico, lentilha, arroz integral, espinafre, banana, mel, soja e seus derivados, aveia entre outros.

Quando um intestino não funciona de maneira adequada, a serotonina também não é produzida de forma adequada, podendo causar quadros de tristeza, desânimo e depressão.

Manter uma alimentação que favoreça a saúde do intestino e a produção correta de serotonina é um fator que combate e previne a depressão.

Por: Elza S.M.Nakahagi, médica do SABJA-Disque-Saúde do Consulado Geral do Brasil em Nagoia. Autora dos dicionários e aplicativos de Termos Médicos e Odontológicos. 2015 / 04 / 05
Fonte: http://www.ipcdigital.com/colunistas/elza-nakahagi/saude-no-japao-a-importancia-do-bom-funcionamento-do-intestino-e-a-serotonina-hormonio-contra-depressao/

 

 

 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

*NOVIDADE! - FIBROMIALGIA - AJUDA PODE CHEGAR VIA IPAD OU IPHONE (Sistema IOS)

SBR e Pfizer lançam aplicativo para pacientes com fibromialgia em versão IOS 

Fonte/Autoria.: Bruna Ramos   24/07/2015


A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), em parceria com a Pfizer, lança aplicativo FIQr (Questionário de Impacto na Fibriomialgia - Revisado) para pacientes com fibromialgia (uma síndrome que tem como principal sintoma a dor crônica, difusa e generalizada por todo o corpo e que acomete nove vezes mais mulheres).
 
O aplicativo FIQr é uma versão revisada do FIQ (Questionário de Impacto na Fibriomialgia) pela SBR, com validação em publicações científicas, que avalia a capacidade funcional, status de trabalho, distúrbios psicológicos, sintomas físicos e dolorosos do paciente, com o objetivo de facilitar o acompanhamento da evolução da doença pelo médico.
 
Como a dor é um sintoma subjetivo, que depende da percepção e da tolerância pessoal de cada paciente, o médico avalia a progressão da doença levando em consideração as queixas e o exame físico realizado em consultório. Com o aplicativo, o profissional de saúde poderá analisar o estado funcional e emocional do paciente já na primeira consulta e no retorno, reavaliá-lo através do questionário.
 
Entre uma consulta e outra, o paciente poderá anotar os níveis de dor de acordo com as atividades executadas. O sistema vai gerar um gráfico mostrando a intensidade e os pontos de dor durante cada atividade exercida. Desta forma, será possível realizar um mapeamento completo da evolução e dos picos de dor no período. Os gráficos serão enviados por e-mail para o médico, facilitando as consultas futuras e o tratamento.
 
Pelo caráter subjetivo da dor, a investigação detalhada da vida dos pacientes pode contribuir para um diagnóstico mais preciso dos fatores de melhora e piora das dores. A avaliação médica abrange o indivíduo em sua totalidade, com suas rotinas, hábitos, postura, ambiente de trabalho, alimentação, hidratação e sono,
 
O aplicativo está disponível para IOS (iPhone e iPad) na Apple Store pelo link https://itunes.apple.com/us/app/fiqr/id922222459?mt=8
 
 

 

 

 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A dor da descrença - Além do sofrimento físico, pacientes com fibromialgia enfrentam a desconfiança de familiares e até de profissionais de saúde



Carolina Cotta - Estado de Minas - 03/05/2015 08:00  Atualização:16/06/2015 19:18


As sobrancelhas, o vermelho das vestes, as flores no cabelo e a experiência de dor são marcas indissociáveis de Frida Kahlo. Seu autorretrato com pregos perfurando todo o corpo, A coluna quebrada, um dos seus quadros mais famosos, é também indício de que a artista mexicana sofria de fibromialgia. Na tentativa de explicar os motivos para a dor crônica que a acompanhou durante anos, alguns autores sugerem que Frida sofria de fibromialgia pós-traumática, caracterizada por dor generalizada persistente, fadiga crônica, distúrbios do sono e pontos dolorosos em regiões anatômicas bem definidas. Esse conceito de fibromialgia, tal como entendido atualmente, provavelmente não era disseminado entre os médicos do século 20.

Em seu autorretrato 'A coluna quebrada', de 1944, a artista mexicana Frida Kahlo expressa sua dor por meio dos pregos espalhados por todo o corpo (Reprodução Internet)
Em seu autorretrato 'A coluna quebrada', de 1944, a artista mexicana Frida Kahlo expressa sua dor por meio dos pregos espalhados por todo o corpo


Quando Frida pintou A coluna quebrada, em 1944, a associação de pontos dolorosos com reumatismo já tinha sido citada há pelo menos 120 anos. Em 1824, o cirurgião escocês William Balfour foi o primeiro a descrever pacientes com pontos musculares hipersensíveis à palpação e passíveis de desencadear uma dor irradiada. A fibromialgia não é uma doença nova, como muitos imaginam. Historicamente, ela vem sendo apresentada com diferentes nomes: fibrosite (1904), miofibrosite (1929), síndrome fibrosítica (1952), síndrome fibromiálgica e, por fim, fibromialgia (1981). Com esse nome, em 1992, foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença reumática. Mas, mesmo tanto tempo depois, segue sendo questionada pela sociedade, pelos familiares dos pacientes e mesmo por alguns profissionais de saúde.

O reumatologista Luiz Severiano Ribeiro, do Serviço de Reumatologia do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), lembra de um tempo em que os próprios pacientes não acreditavam no diagnóstico, mesmo que ele justificasse a dor, que consideravam “inexplicável”, tamanho era seu incômodo. “Chegavam reclamando de dor e cansaço, mas não levavam a sério o diagnóstico. Primeiro, não entendiam o nome. Além disso, os exames clínicos não apontavam nada e receitávamos antidepressivo. Achavam que fibromialgia era coisa de doido e, quando procuravam outro médico e contavam o que o reumatologista tinha dito, ouviam que precisavam mesmo era de psiquiatra. Essa era a clássica trajetória de um fibromiálgico 20 anos atrás. Pulavam de um médico para outro sem uma explicação e, quando recebiam o diagnóstico, não acreditavam”.

ASSOCIAÇÃO Para os fibromiálgicos, pessoas mais sensíveis à dor que a população em geral, tamanha desconfiança e descrença também dói. A aposentada Sandra Santos, de 53 anos, foi diagnosticada em 2005 e, em uma atitude positiva frente ao sofrimento, fundou a Associação Brasileira dos Fibromiálgicos (Abrafibro) com outros pacientes. Para tratar um problema de coluna, foi encaminhada para um tratamento que não conseguiu levar adiante. “Entrava andando e saía de cadeira de rodas. Insisti até a oitava sessão, mas a médica responsável estranhou meu limiar de dor ser tão pequeno. A especialista que me acompanhava desconfiou que pudesse ser fibromialgia e, no exame clínico, identificou que eu tinha 11 dos 18 pontos de dor. Já tinha fibromialgia, mas, provavelmente, ela estava sendo mascarada pelo problema de coluna”, lembra Sandra.

SENSIBILIDADE AUMENTADA

Nos últimos anos, houve um grande avanço na compreensão da fibromialgia, que é considerada uma síndrome por englobar uma série de manifestações clínicas, como dor, fadiga, distúrbio do sono. Segundo Eduardo Paiva, chefe da Comissão de Dor e Fibromialgia da Sociedade Brasileira de Reumatologia, professor assistente da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e chefe do Ambulatório de Fibromialgia do Hospital das Clínicas da UFPR, está cada vez mais estabelecido que a fibromialgia é um problema de sensibilização do sistema nervoso, que estaria programado para sentir mais dor. Exames como a ressonância magnética funcional, capazes de mostrar o funcionamento do cérebro em tempo real, revelam a intensidade amplificada da dor, tal como relatada pelos pacientes. “O sistema nervoso pode ser modulado, amplificado. Na fibromialgia essa modulação é para mais. Como se tivéssemos um botão de volume capaz de aumentar a sensibilidade à dor", explica.

As pessoas que sofrem de fibromialgia têm um limiar de dor rebaixado. Estímulos que normalmente não causam dor em outras pessoas, como um carinho, podem ser dolorosos para o fibromiálgico. Segundo Roberto Heymann, reumatologista do Hospital Albert Einstein e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), isso ocorre devido a um desarranjo dos mecanismos que controlam a dor no sistema nervoso central. “As causas desse controle inadequado dos mecanismos da dor são desconhecidas. Acredita-se numa predisposição genética que, quando exposta a alguns fatores ambientais, gere o quadro de fibromialgia. O que sabemos é que os mecanismos do sistema nervoso central associados à sensação e transmissão da dor encontram-se exacerbados e os mecanismos que deveriam inibir ou filtrar essas sensações estão diminuídos, permitindo uma transmissão anormal de estímulos de dor ao cérebro”, explica.

Além disso, há fatores externos que influenciam a transmissão e a sensação de dor. O estado emocional e o frio são alguns deles. A depressão, por exemplo, pode ser uma das consequências da fibromialgia, como em tantas outras doenças crônicas, mas também o gatilho que faltava para desencadear um quadro de fibromialgia na pessoa geneticamente predisposta. Segundo Heymann, a saúde emocional tem influência direta em todas as doenças, não só na fibromialgia. “Quantas pessoas têm picos de hipertensão porque ficaram nervosos e ansiosos, por exemplo? Mas na fibromialgia, pelo fato da dor ser subjetiva, a influência que a emoção exerce na sua intensidade muitas vezes gera preconceito. O fato é que uma pessoa deprimida efetivamente sente mais dor que a população normal, pois sua sensibilidade dolorosa encontra-se exacerbada. Dessa forma, fica fácil entender que a depressão piora os quadros de fibromialgia”,afirma.
Qualquer quadro de dor crônica também prejudica o sono, pois frequentemente o paciente acorda pela dor. Mas na fibromialgia alterações hormonais e de neurotransmissores também são responsáveis pela superficialização do sono e pela sensação de fadiga. A maioria das pessoas que sofre de fibromialgia, portanto, tem um sono superficial e leve em que não descansam, e por consequência ficam fatigados e sem energia. Dor generalizada, dificuldades para dormir ou despertar com cansaço e sensação de cansaço ou fadiga durante todo o dia são os principais sintomas da doença. Aos 84 anos, Maria Joana das Mercês chegou a duvidar de tinha realmente dormido durante a noite, ou se era um sonho. Frequentadora do grupo de educação do paciente fibromiálgico, realizado há mais de 20 anos no Ipsemg, hoje ela sabe lidar melhor com os sintomas, mas eles não deixaram de incomodar. “Durmo e levanto pensando se realmente dormi. E a dor é insuportável. Ninguém merece”, lamenta.
 
Confira vídeo com o relato de pacientes sobre fibromialgia:



A COLUNA QUEBRADA
No artigo Arte e dor em Frida Kahlo, de 2014, Rodrigo Siqueira Batista e coautores buscam, na biografia e obra da artista mexicana, interseções entre sua arte e experiências de dor. Para os autores, em A coluna quebrada, na qual ela se retrata usando o colete de aço para controle do quadro de dor, os pregos encravados em seu corpo nu traduzem um infindável martírio. “O corpo de Frida está dividido, sangrando, pregado e isolado, transparecendo pois, o suplício físico que nunca a abandonou ao longo da vida.” No filme Frida, de 2003, em um dos diálogos, ela chega a dizer: “Nem lembro como era antes da dor”. A solidão, metaforizada pela paisagem desértica, reforça o sofrimento. O corpo aberto é uma referência às várias cirurgias às quais se submeteu para reparar a coluna, sem melhoria de suas queixas. Já os pregos fincados sugerem os típicos pontos dolorosos da fibromialgia. Para os pesquisadores, essa hipótese explicaria a dor crônica e a fadiga profunda experimentadas pela pintora.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/05/03/noticia_saudeplena,153239/alem-do-sofrimento-fisico-pacientes-com-fibromialgia-enfrentam-a-desc.shtml 


 IMPORTANTE

Os.: Este Artigo  venceu em PRIMEIRO LUGAR O PRÊMIO SBR/PFIZER, na categoria Mídia On Line. A notícia foi publicada no site Saúde Plena - Jornal UAI/MG, em 04/09/2015
Leia: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/09/04/noticia_saudeplena,154925/saude-plena-vence-premio-sbr-pfizer.shtml

Tanto pedimos aos nossos irmãos e irmãs de fibra, que participassem do voto popular... Cremos que fizemos nossa parte.

Agora, temos um Artigo vencedor, de um prêmio tão importante, que fala sobre a vida do paciente fibromiálgico com respeito, dignidade e com a verdade. Presta um excelente serviço de conscientização e sensibilização à sociedade e ao público leitor.


Você fibromiálgico imprima este artigo, mais o comunicado da Vitória da Jornalista Carolina Cotta, que recebe o Prêmio pelo Primeiro Lugar, em sua categoria.

É nossa "Carta de Apresentação"!

Um Prêmio como este não é entregue a qualquer jornalista, ou a qualquer artigo. Só para os melhores, seguindo rígidos critérios.
O Dr. Roberto Heymann, reumatologista e membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia - SBR, prestou excelentes esclarecimentos à sociedade, que corroborou com o primor do Artigo.

Parabéns Carolina Cotta por mais esta vitória!
Os Fibromiálgicos Brasileiros só têm muito a lhe agradecer!
Sucesso em sua carreira, e continue a ser verdadeira, íntegra e respeitosa quando o assunto é saúde e pacientes. 
Receba mais de 16.000.000 de abraços em agradecimento.