Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor.
Foi formada por pacientes e profissionais voluntários que, trazem informações e orientações de credibilidade a quem queira conhecer mais e melhor a Fibromialgia - CID 11 - MG30.01 Começamos em 2007 no antigo Orkut, encerradas as atividades em março/2023. IMPORTANTE: NOSSAS MATÉRIAS NÃO SUBSTITUEM, SOB QUALQUER PRETEXTO, A CONSULTA MÉDICA.
Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.
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quarta-feira, 17 de outubro de 2018
Adote oito hábitos para conviver bem com a fibromialgia
Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor.
Fibromialgia: Criando um Plano de Tratamento
Tratamento da fibromialgia: comece com um diagnóstico
- Cymbalta (duloxetina): Cymbalta é um tipo de antidepressivo chamado de inibidor de recaptação de serotonina e norepinefrina (SNRI) (No Brasil existem outros medicamentos com o mesmo princípio ativo - duloxetina - com outros nomes comerciais). Os pesquisadores não sabem ao certo como o Cymbalta funciona na fibromialgia, mas acham que níveis crescentes de serotonina e norepinefrina ajudam a controlar e reduzir os sentimentos de dor.
- Lyrica (pregabalina): Lyrica é uma droga para dor no nervo e epilepsia (No Brasil existem outros medicamentos com o mesmo princípio ativo - pregabalina - com outros nomes comerciais). Em pessoas com fibromialgia, pode ajudar a acalmar as células nervosas excessivamente sensíveis que enviam sinais de dor por todo o corpo. Tem sido eficaz no tratamento da dor fibro.
- Savella (milnacipran): Savella também é um SNRI. Embora os pesquisadores não tenham certeza de como isso funciona, estudos mostraram que isso ajuda a aliviar a dor e reduzir a fadiga em pessoas com fibromialgia.
- Antidepressivos tricíclicos . Ao ajudar a aumentar os níveis das substâncias químicas do cérebro, a serotonina e a norepinefrina, esses medicamentos podem ajudar a relaxar os músculos doloridos e aumentar os analgésicos naturais do corpo.
- Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs). Seu médico pode prescrever um desses tipos de antidepressivos sozinho ou em combinação com um antidepressivo tricíclico. Os ISRSs impedem que a serotonina seja reabsorvida no cérebro . Isso pode ajudar a aliviar a dor e a fadiga.
- Anestésicos locais que são injetados em áreas especialmente sensíveis podem fornecer alívio temporário, geralmente por não mais de três meses.
- Anticonvulsivantes ou medicamentos para convulsões, como o Neurontin, são eficazes para reduzir a dor e a ansiedade. Não está claro como esses medicamentos funcionam para aliviar os sintomas da fibromialgia.
- Musculares relaxa nts ocasionalmente são prescritos para ajudar a aliviar a dor associada com tensão muscular em pacientes com fibromialgia.
Fisioterapia para fibromialgia
Tratamentos alternativos para fibromialgia
- Acupuntura . Esta antiga prática curativa visa aumentar o fluxo sanguíneo e a produção de analgésicos naturais com agulhas finas inseridas na pele em pontos estratégicos do corpo. Alguns estudos relatam que a acupuntura pode ajudar a aliviar a dor, a ansiedade e a fadiga.
- Massagem terapêutica . Isso pode ajudar a reduzir a tensão muscular, aliviar a dor em ambos os músculos e tecidos moles, melhorar a amplitude de movimento e aumentar a produção de analgésicos naturais.
domingo, 7 de outubro de 2018
FIBROMIALGIA
Não é!
Vale lembrar:
✓ Todos os dias novos pacientes são diagnosticados, e merecem orientações recentes;
✓ Há alguns pacientes com problemas para falar sobre a Fibromialgia aos familiares, amigos, colegas de trabalho;
✓ Precisamos atualizar informações;
✓ Mostrar que nossa luta, para que a FIBROMIALGIA não seja esquecida pela mídia, está obtendo sucesso.
Garantimos boa leitura.
Aproveitamos para sugerir que, você cadastre seu endereço de e-mail, na coluna à sua esquerda, para receber nossas próximas publicações. É fácil!
- Fadiga;
- Sono não reparador;
- Alterações na memória e na concentração;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Formigamentos;
- Dores de cabeça;
- Tontura;
- Alterações intestinais.
Como lidar com as dores da fibromialgia?
terça-feira, 2 de outubro de 2018
"Não é só estresse; conheça a doença que faz você se sentir cansado o tempo inteiro"
Passar o dia todo sonolento e sem ânimo podem ser sinais de que algo está errado. Foto: Unsplash.
A chef curitibana Dayane Bastos Kobaiashi passou cinco anos lutando contra um cansaço excessivo e sequer imaginou que fosse algo sério. Foi só depois de muitas consultas e exames que ela descobriu que a exaustão era mais do que apenas estresse.
Dayane estava com fibromialgia e cansaço crônico, uma síndrome que facilmente é confundida com sintomas da vida moderna e da correria do dia a dia. “Eu chegava a sentir meu corpo paralisar de tal forma que nem as atividades mais simples eu conseguia fazer”, conta a chef.
E isso está se tornando tão comum que a médica endocrinologista da Paraná Clínicas, Gislene Queiroz Fioravanti, atende pelo menos dois pacientes por semana com queixas de cansaço excessivo.
“O cansaço é uma queixa comum e nem sempre está ligado a questões patológicas. Mas chega um momento em que isso se torna tão intenso que precisamos pensar em outras causas”, explica a doutora.
Soma de fatores
A chef Dayane Bastos Kobaiashi passou cinco anos sofrendo com cansaço excessivo e fortes dores pelo corpo até descobrir que tinha do que apenas estresse.
E não basta dizer que está doente apenas porque acordou cansado mesmo após uma noite inteira de sono. A falta de ânimo para as atividades do dia a dia, dores musculares e mal estar também podem indicar algumas doenças.
“Há alguns distúrbios orgânicos que podem provocar um cansaço extremo, como o hipotireoidismo, a falta de alguns hormônios e vitaminas, doenças cardiovasculares, reumatológicas e até mesmo oncológicas”, analisa Gislene.
Foi o que aconteceu com Dayane. Ela precisou passar por uma série de exames e se consultar com uma reumatologista para descobrir o que estava acontecendo.
“No início eu não fazia nada, sofria calada e sozinha, as pessoas não entendem quando você explica. Hoje, depois de descobrir a fibromialgia, uso medicamentos para o controle da dor, tenho consultas quinzenais com um especialista, faço alongamentos, acupuntura, massagens e mudei a minha alimentação”, conta.
O tratamento de doenças como a da chef se dá com a ajuda de medicamentos específicos e algumas mudanças na rotina. De acordo com Gislene, muitas vezes é preciso uma equipe multidisciplinar acompanhando o paciente.
“A gente precisa de um psicólogo para tratar da falta de ânimo e até mesmo de quadros depressivos, de uma orientação para sair do sedentarismo e praticar atividades físicas, mudar a rotina e adotar uma alimentação mais saudável. Tudo isso somado ajuda na melhoria da qualidade de vida do paciente”, completa.
Pé no freio
Segundo a médica endocrinologista, “pisar no freio” da rotina ajuda a amenizar o cansaço excessivo. Foto: VisualHunt.
E se o cansaço demais não tiver nada a ver com doenças específicas, colocar o pé no freio na rotina pode ajudar a ter mais ânimo. “Tire férias, volte a praticar atividades físicas, se alimente melhor e procure dormir mais”, finaliza a médica endocrinologista.
Além disso, tentar se desconectar um pouco da vida online, descobrir novos hobbies e talentos e respeitar os limites do corpo também ajudam a melhorar a qualidade de vida."
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/nao-e-so-estresse-conheca-a-doenca-que-faz-voce-se-sentir-cansado-o-tempo-inteiro/
Artrite reumatoide e fibromialgia - Qual é a ligação?
Qual é a Ligação?
Obtendo o diagnóstico correto
- AR provoca inflamação nas articulações. A dor pode ir e vir. Com a fibromialgia, a dor é constante e acontece em todo o corpo. Você sente uma dor incômoda que dura pelo menos 3 meses.
- Com a fibromialgia, muitas vezes você sente ternura quando alguém o toca. Também pode doer ficar sentado por 45 minutos.
Opções de tratamento
- Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs ), como ibuprofeno e naproxeno.
- Esteroides . Esses medicamentos prescritos aliviam a inflamação.
- Drogas anti-reumáticas modificadoras da doença (DMARDs ). Essas drogas diminuem seu sistema imunológico. Eles aliviam os sintomas e evitam danos nas articulações.
- Agentes biológicos. Esta nova classe de DMARDs visa partes específicas do seu sistema imunológico.
- Analgésicos de venda livre, como paracetamol e naproxeno (Aleve).
- Antidepressivos Esses medicamentos podem aliviar dores e fadiga. Eles também podem ajudá-lo a ter uma melhor noite de descanso.
- Medicamentos anticonvulsivos. Drogas que tratam a epilepsia podem lhe dar alívio ao torná-lo menos sensível à dor.
- Exercício: Pode ser a última coisa que você sente vontade de fazer. Mas exercícios aeróbicos, atividades que mantêm o ritmo cardíaco alto, podem aliviar a dor produzindo substâncias químicas calmantes e que combatem a dor. O objetivo é praticar por 30 minutos 2 a 3 vezes por semana. Caminhar, ciclismo e natação são algumas boas escolhas.
- Sono: uma boa noite de sono pode ajudar a aliviar os sintomas da fibromialgia e da AR. Para melhorar o seu sono, tente ir para a cama e acordar na mesma hora todos os dias. Também evite cafeína e álcool no final da tarde e à noite. Antes de dormir, relaxe com uma atividade relaxante, como tomar um banho quente ou ouvir música suave.
- Terapia física e ocupacional: Fisioterapeutas ensinam exercícios para melhorar sua força, flexibilidade e rigidez. Os terapeutas ocupacionais oferecem maneiras de realizar tarefas diárias com menos dor.
sábado, 29 de setembro de 2018
FIBROMIALGIA NO PROGRAMA BEM ESTAR - TV TRIBUNA
Mais uma vez a Abrafibro consegue espaço na mídia local, para falar sobre a Fibromialgia.
Ainda que para alguns o tema e a discussão não traga alguma novidade, precisamos lembrar que, muitas pessoas ainda desconhecem ou carregam mitos sobre esta Síndrome.
Como pacientes, amigos e familiares conscientes, partilhar este e outros bons artigos, é a melhor maneira de conscientizar e multiplicar as boas informações.
Ações voluntárias de passar adiante boas informações, colabora e muito com nossos principais objetivos...
✓RESPEITO, ✓CONHECIMENTO, ✓DESMISTIFICAÇÃO.
Vamos assistir? Depois compartilhe...
Até a próxima
Abraços Fraternos🌷😉
Esperamos seus comentários...
https://globoplay.globo.com/v/7051923/
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
Quais são os sintomas da fibromialgia em homens?
Fibromialgia causa dor generalizada e sensibilidade para tocar que pode ocorrer em todo o corpo ou migrar para várias partes do corpo.
Causa principalmente a dor nos músculos, nos ligamentos, e nos tendões.
Juntamente com outros sintomas, dor e sensibilidade aumentam e diminuem ao longo do tempo.
Fibromialgia afeta as pessoas fisicamente, mentalmente e socialmente. Dor, fadiga, problemas de pele são alguns dos sintomas da fibromialgia.
A fibromialgia é um complexo distúrbio crônico da dor, que afeta 2% da população dos EUA e é sete vezes mais prevalente em mulheres do que em homens.
A fibromialgia é um dos distúrbios mais comuns vistos pelos médicos de cuidados primários. A palavra fibromialgia significa "dor nos músculos, ligamentos e tendões".
Mas é muito mais do que apenas dor e manifesta-se como muitos outros sintomas que variam de pessoa para pessoa.
Fibromialgia causa dor generalizada e sensibilidade para tocar que pode ocorrer em todo o corpo ou migrar para várias partes do corpo. Juntamente com outros sintomas, dor e sensibilidade aumentam e diminuem ao longo do tempo.
Fibromialgia afeta as pessoas fisicamente, mentalmente e socialmente.
A dor músculo-esquelética generalizada é a característica dominante da fibromialgia. A dor é geralmente relatada em regiões proximais, como o pescoço, ombros, quadris e coxas, mas a dor também pode ser sentida nas mãos e pés.
Sintomas da fibromialgia em homens
A fadiga está presente na maioria dos pacientes. O sono pobre ou perturbado, com os despertares noturnos freqüentes e a dificuldade para dormir, é freqüentemente relatado. O sentimento de exaustão ao despertar pode ser severo, e a rigidez da manhã é comum.
Os sintomas da fibromialgia nos homens igualmente tendem a durar para a duração mais curta e ocorrem menos frequentemente do que aqueles que aparecem em pacientes mulheres. Entretanto, um estudo recente mostra que os sintomas de fibromialgia em homens podem realmente ser mais severos do que aqueles experimentados por mulheres.
1. Dor
A dor vivida pelos homens devido à fibromialgia é profunda, crônica e generalizada. Ela pode migrar para várias partes do corpo e diferem em intensidade. A fibromialgia é conhecida por causar dor aguda, com dores musculares profundas, latejantes e espasmos.
Queixas neurológicas como dormência, formigamento e queimação acompanham a dor, aumentando o desconforto. Muitas pessoas relatam que a severidade da dor e rigidez é muitas vezes pior na parte da manhã. Alguns fatores que podem agravar a dor são:
- Tempo frio ou úmido
- Sono não-restaurador
- Fadiga física e mental
- Atividade física excessiva
- Inatividade física
- Ansiedade e estresse
2. Fadiga
A fadiga afeta a todos nós por causa das vidas estressantes que levamos. Mas, a fadiga causada pela fibromialgia é muito mais intensa e muitas vezes insuportável. A fadiga da fibromialgia é uma exaustão abrangente que pode interferir com atividades ocupacionais, pessoais, sociais ou educacionais. Outros sintomas relacionados com a fadiga incluem exaustão profunda e resistência pobre que pode tornar uma pessoa fisicamente imprópria.
3. Problemas do sono
Problemas de sono também são muitas vezes associados com fibromialgia. Impede que a pessoa tenha um sono profundo, consiga descansar e tenha um sono restaurador.
Pesquisadores médicos têm documentado anormalidades específicas e distintivas no estágio 4 do sono profundo de pacientes com fibromialgia.
Durante o sono, os indivíduos com fibromialgia são constantemente despertados por surtos repentinos de atividade cerebral, limitando assim a quantidade e qualidade de seu sono.
4. Problemas na pele
Indivíduos com fibromialgia também podem experimentar problemas de pele. Entre 70% e 80% das pessoas com fibromialgia sofrem de problemas de pele associados com a sua doença.
Problemas de pele incluem pele seca, coceira na pele, e pele manchada. Estas condições de pele não só causam desconforto extremo, mas também torna difícil de usar certas roupas e comer certos alimentos.
5. Rigidez da manhã
Rigidez da manhã pode ser descrito como uma tensão nos músculos e articulações em todo o corpo. Ocorre nos músculos, nas junções, nos tendões, e nos ligamentos durante todo o corpo.
Esta rigidez muscular da junção tipicamente dura por 30 minutos, embora possa estender por horas. Embora seja comum na parte da manhã, a rigidez pode continuar na tarde e à noite. Esta rigidez pode impedir o movimento e a escala do movimento além de causar dores e dores durante todo o corpo.
A maioria das pessoas com fibromialgia vão ter a experiência da rigidez da manhã em algum momento durante a sua doença. Pelo menos 70% das pessoas com fibromialgia conseguem lidar com rigidez da manhã regularmente
Outros sintomas e condições de sobreposição
O estresse é considerado como um fator comum que muitas vezes aumenta os sintomas da fibromialgia. Outros sintomas que podem ocorrer em homens que sofrem de fibromialgia incluem:
- Intestino irritável e problema na bexiga
- Dores de cabeça e enxaquecas
- Síndrome das pernas inquietas (distúrbio do movimento dos membros periódicos)
- Memória prejudicada e concentração
- Sensibilidades cutâneas e erupções cutâneas
- Olhos secos e boca seca
- Ansiedade
- Depressão
- Problemas de visão
- Síndrome de Raynaud
- Sintomas neurológicos
- Coordenação prejudicada
- Disfunção temporomandibular
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
Pesquisadores de fibromialgia sugerem afastamento do diagnóstico de pontos dolorosos
24 DE AGOSTO DE 2018
Repensar como a fibromialgia é diagnosticada pode permitir uma melhor caracterização e compreensão da dor inexplicável e incapacidade em muitas pessoas que podem não atender aos critérios diagnósticos completos, de acordo com pesquisa apresentada na reunião de 2018 do World Institute of Pain, em Dublin.
O pôster, "Estimativa da incidência e gravidade da fibromialgia entre pacientes avaliados em uma clínica de dor na comunidade terciária (Resumo EV11)" avaliou 181 registros de pacientes sem identificação de clínicas de dor médicas baseadas na comunidade para "estimar a contribuição do sintoma [fibromialgia] gravidade à dor média no Inventário Breve de Dor (IBD). ”
Usando os novos Critérios de Diagnóstico de Fibromialgia Clínica, os pesquisadores descobriram que 101 pacientes do estudo preencheram os critérios de fibromialgia (56%).Houve uma correlação positiva observada entre fibromialgia e dor, medida pelo IBD ( r = 0,31; P<0,001). No entanto, os pesquisadores apontaram que “uma alta proporção de variação na dor não foi explicada pela fibromialgia”, com apenas 9% da variância da dor no IBD atribuída à condição de dor. A análise também ressaltou a relação linear da dor generalizada e outras características clínicas.
"Dor generalizada e gravidade dos sintomas devem ter uma relação linear se a gravidade da fibromialgia é um "continuum", disse o co-autor do estudo Suneel Upadhye, MD, professor associado de medicina de emergência da Universidade McMaster, em Hamilton, Ontário. Um relacionamento não linear seria evidência de um certo grau de descontinuidade.
“A teoria do contínuo contrasta com o critério anterior de contagem de pontos de concurso para concluir que a fibromialgia estava presente ou ausente. Sob o modelo mais antigo, os pacientes com nove dos 18 pontos sensíveis geralmente tinham sintomas mínimos, e os pacientes com 13 dos 18 pontos dolorosos tinham múltiplos sintomas associados ”, explicou ele. "Tal resultado científico separa os pacientes em duas populações: aquelas com e sem fibromialgia".
"Os critérios diagnósticos originais muitas vezes excluíram muitas pessoas com sintomas clássicos", concordou Chris Morris, MD, da Arthritis Associates of Kingsport, no Tennessee. "Pacientes com sintomas mais leves e menos pontos dolorosos seriam excluídos quando se sentirem melhor", observou ele.
O coautor do estudo, William Parkinson, PhD, professor clínico associado na Escola de Ciências de Reabilitação da Universidade McMaster, disse: “A remoção dos pontos dolorosos da medição da gravidade da fibromialgia elimina a necessidade de um examinador clínico treinado. A gravidade da fibromialgia pode ser medida por um questionário simples. Isso permite que um número muito maior de pacientes seja estudado ”, disse o Dr. Parkinson que, junto com o Dr. Upadhye, escreveu outro pôster,“ Estimativa das Reduções no Funcionamento Atribuível à Fibromialgia em uma Clínica Geral de Dor Médica Baseada na Comunidade (Absract EV11 ).
Esta análise de regressão multivariada avaliou os mesmos pacientes como o primeiro cartaz, para encontrar fibromialgia responsável por 16% da redução no funcionamento global de pacientes com uma gama de sintomas de dor ( r = 0,403; r 2 = 0,63, P <0,001). Ele também substitui o diagnóstico do ponto sensível com um modelo alternativo que usa duas variáveis: o Índice de Dor Generalizada e a gravidade total dos sintomas.
“O modelo ajustado mostra os graus de disfunção em cada domínio que podem ser atribuídos à fibromialgia quando as influências não fibromiálgicas são removidas. O objetivo é produzir as correlações verdadeiras ”, disse o Dr. Parkinson.
“As populações heterogêneas dificultam saber quanto da dor de cada paciente é a fibromialgia, em comparação com o estudo apenas daqueles que atendem aos critérios diagnósticos nos quais a dor é considerada relacionada à fibromialgia”, ele acrescentou.“Uma abordagem quantitativa para separar a variância da fibromialgia e da não fibromialgia pode ser considerada uma abordagem para esse problema”, disse o Dr. Parkinson, que acredita que “a gravidade da fibromialgia pode ser estudada como uma variável independente contínua em vez de uma comparação de pacientes com e sem o diagnóstico.
"Por exemplo, mudanças na arquitetura do sono foram implicadas na fisiopatologia da fibromialgia décadas atrás", disse ele. “O modelo contínuo sugere associações entre a gravidade dos sintomas da fibromialgia e a disfunção da fisiologia do sono, e virtualmente qualquer outra fisiologia mensurável. Outras aplicações podem envolver a gravidade dos sintomas como dependentes / resultados para testar intervenções medicamentosas ou comportamentais ”, sugeriu ele.
"Esses pôsteres nos ajudam a entender que abordagens multifacetadas à dor são importantes", disse Morris. “Se a dor crônica de um paciente é mais do que o esperado e não responde ao aumento dos analgésicos, deve-se considerar outras formas de dor.
"Reumatologistas há muito reconheceram que um grande número de pacientes em nossas práticas tem dor relacionada à fibromialgia", disse ele. "Ser capaz de quantificar os efeitos dos sintomas em outras situações médicas nos ajuda a ver que a fibromialgia não é apenas uma doença reumática, mas pode contribuir para outras especialidades".
—Sherree Geyer
Fonte: https://www.painmedicinenews.com/Clinical-Pain-Medicine/Article/08-18/Fibromyalgia-Researchers-Suggest-Moving-Away-From-Tender-Point-Diagnosis/52431?sub=E6C615CF6850A5C7312FFBF2A5A3882FA64EC79FC25564B9BC6AD40542B7611&enl=true
Nota da Abrafibro: Todos os textos publicados neste blog, são frutos de larga pesquisa da Abrafibro. Nenhum deles exclui a avaliação do profissional de saúde especializado. Estes textos tem por objetivo o conhecimento para informação apenas.
Mantenha um diálogo assertivo e amplo com os profissionais que fazem parte de seu tratamento multidisciplinar; que terá maiores chances de melhor qualidade de vida e bem estar.
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
FADIGA CRÔNICA? Pode ser Colangite biliar primária , a doença do fígado que causa coceira e fadiga
A Abrafibro já vem falando há algum tempo sobre outras doenças que podem causar os mesmos sintomas da Fibromialgia. Hoje vamos abordar uma delas. Preste atenção... e se tiver alguma dúvida, consulte seu médico.
Cerca de 30 mil brasileiros sofrem com esse problema, que provoca prurido, cansaço e outros sintomas. E há um tratamento que pode ser incluído no SUS
Falaremos mais pra frente do tratamento. Antes, é importante compreender esse problema.
O que é colangite biliar primária
Ou seja, a colangite biliar primária é uma enfermidade autoimune que pode comprometer o funcionamento desse órgão e exigir até transplante. Estima-se que 30 mil brasileiros sofram com ela, a maioria mulheres a partir dos 35 anos.
Os sintomas e o diagnóstico
Como a hepatite C, a colangite biliar primária não manifesta sinais claros no início. Os primeiros indícios físicos costumam ser uma coceira frequente, especialmente na palma da mão e na sola do pé, e o cansaço crônico. Às vezes, esses sintomas somem após um tempo. Conforme o fígado é destruído, surgem manifestações como pele e olhos amarelados (icterícia), inchaço da barriga e dor abdominal.Esse transtorno é associado a um maior risco de outras doenças autoimunes. A pessoa não raro sofre com alterações na tireoide, artrite reumatoide, xerostomia (boca seca)… Ao detectar essas encrencas, o médico pode investigar também a presença da colangite biliar primária.
E como ele faz isso? “A princípio, com dois exames de sangue muito usados para analisar a função hepática”, revela Bitencourt. São os testes de fosfatase alcalina e de Gama GT, comuns em checkups.
Caso eles acusem algo suspeito, o profissional pede avaliações sanguíneas complementares, associadas a exames de imagem para verificar o estado do fígado. Por ser uma doença rara, muitas vezes o indivíduo demora até uma década para descobri-la.
O tratamento
É aqui que reside a maior discussão do momento no Brasil. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) abriu uma consulta para que todos deem suas opiniões sobre a inclusão do remédio ácido ursodesoxicólico na rede pública.A consulta fica aberta até o dia 23 de agosto. Por enquanto, a recomendação preliminar da Conitec é não incorporar o medicamento. Segundo ela, o nível de evidência dos benefícios e o grau de recomendação são baixos – ou seja, seriam necessárias mais pesquisas para atestar o real poder da droga em questão. Além disso, o custo dessa medida aos cofres do governo seria de 11,77 milhões de reais no primeiro ano.
O médico Paulo Bitencourt faz ponderações sobre a alegação de que faltam estudos confiáveis: “Acompanhar um grande número de pacientes por um longo período de tempo é um processo complicado quando se fala de uma doença rara. Mas temos levantamentos que mostram benefícios e prova disso é que as autoridades dos Estados Unidos e da Europa oferecem o ácido ursodesoxicólico à população”.
Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprova a comercialização de remédios no Brasil com base em sua segurança e eficácia, autorizou a venda desse fármaco faz algum tempo já. Até por isso, ele está disponível nas farmácias – só não de graça, claro.
De qualquer forma, o ácido ursodesoxicólico parece frear a progressão da colangite biliar primária por reduzir a inflamação no fígado. Segundo Bitencourt, seu uso foi associado a uma menor necessidade de transplantes hepáticos.
Os profissionais também podem recorrer a comprimidos que controlam a cirrose, por exemplo. E, como já dissemos, eventualmente optam pelo transplante.
No mais, o tratamento envolve o controle de problemas associados à colangite biliar primária, como a osteoporose, e o manejo dos sintomas que já mencionamos.
Com um bom atendimento, a vida desses pacientes pode melhorar bastante.
Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/colangite-biliar-primaria-a-doenca-do-figado-que-causa-coceira-e-fadiga/