Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

domingo, 1 de maio de 2016

Síndrome da Fibromialgia e o Direito Previdenciário

por Ana Maria de Souza



Resumo: O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância de um bom diagnóstico para a concessão dos benefícios auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez e a terapêutica da fibromialgia. Este tópico poderá ser encontrado de forma detalhada na literatura médica, em especial na reumatologia. O aspecto mais importante a ser ressaltado é que o sofrimento adicional imposto a esses pacientes pela demora diagnóstica aumenta, em muito, a gravidade desta síndrome, uma vez que sintomas depressivos e ansiosos estão frequentemente presentes.
Palavras-chave: Síndrome da fibromialgia. Previdenciário
 
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo foi elaborado a partir dos estudos em Direito Previdenciário realizados no curso de pós-graduação da Faculdade Legale, cujo objetivo é analisar a dor crônica e o mal-estar causado da Síndrome da Fibromialgia (SFM) e os aspectos gerais para concessão do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, considerando a importância de uma boa avaliação médica para o diagnóstico da fibromialgia.
 
2. CONCEITO
A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por queixa dolorosa musculoesquelética difusa e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas (Wolfe F, Simons D et al apud CHAITOW, 2002)[1].
Por englobar uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono a fibromialgia é considerada uma síndrome.
     “Para a American College of Rheumatologists, síndrome da fibromialgia (SFM) é um histórico de dor generalizada por pelo menos 3 meses. A dor é generalizada quando todos os seguintes sintomas estão presentes: dor no lado esquerdo do corpo, no lado direito do corpo, abaixo da cintura e acima da cintura.
Além disso, deve haver dor axial (coluna cervical ou parte anterior do peito ou coluna torácica ou lombar).
Dor (com o paciente relatando “dor” e não apenas sensibilidade) em 11 a 18 pontos sensíveis quando submetidos a pressão digital envolvendo 4k de pressão. As localizações são todas bilaterais e são situadas:
- Nas inserções musculares suboccipitais (perto de onde o rectus capitis posterior minor se insere).
- Nos aspectos anteriores dos espaços inter-transversos entre o C5 e C7.
- No ponto médio da borda superior do músculo trapézio superior.
- Nas regiões do músculo supra espinhal, sobre a espinha escapular.
- Na segunda junção costocondral, na superfície superior, ligeiramente ao lado das junções.
- 2 centímetros distalmente dos epicondílios laterais dos cotovelos.
- Nos quadrantes superiores externos das nádegas na prega anterior do glúteo médio.
- Posterior à proeminência do grande trocanter (inserção do piriforme).
- No aspecto médio dos joelhos, no coxim gorduroso próximo à linha articular. (ACR, 1990 apud CHAITOW, 2002)”[2]

[3]

Associado a dor está a fadiga (cansaço), sono não reparador, problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamentos ou dormência, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais.[4]
A fibromialgia está associada a uma forma de reumatismo devido a sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso.[5]
 
3. Causa e sintomas
Embora não exista uma causa definida, estudos demonstram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor, é como se o cérebro interpretasse de forma exagerada os estímulos, ativando todo o sistema nervoso fazendo com que a pessoa sinta mais dor.
Importante destacar que os sintomas mais importante na fibromialgia são dor generalizada, dificuldades para dormir ou mesmo acordar cansado e sensação de cansaço ou fadiga durante todo o dia, bem como, depressão, ansiedade, alterações intestinais ou urinárias e dor de cabeça.
No entanto fatores biológicos, químicos, hormonais e de imunidade podem acarretar a fibromialgia, sendo mais frequente em pacientes após um trauma físico, infecções graves e estresse.
As pesquisas demonstram que 60% dos casos são diagnósticos em pessoas entre 30 a 49 anos de idade e que 35% dos pacientes são diagnosticados aos 20 anos ou entre 50 e 65 anos de idade.
Como a fibromialgia é decorrente de uma dor generalizada percebida nos músculos, é muito comum que pacientes sinta dificuldade de definir onde está a dor, indicando muitas vezes ossos, juntas e até mesmo na carne, isso acontece porque os músculos estão presentes por todo o corpo humano.
Como a dor é constante, o cansaço, insônia, sensação de pernas inquietas e em alguns casos, dor abdominal, queimações e formigamentos, problemas para urinar e dor de cabeça acabam sendo as queixas mais frequentes, isso porque as alterações no sono são extremamente comuns na Fibromialgia.
A síndrome das pernas inquietas, embora tenha a causa desconhecida, ela está relacionada com a diminuição da atividade da dopamina ou deficiência de ferro, assim o tratamento inclui massagem e compressas frias, L-dopa, pramipexole ou clonazepam.
Já nos casos de dor crônica, existem também as queixas da falta de memória, dificuldades da concentração, distúrbios no humor como ansiedade e depressão.
Como a fibromialgia é uma doença que não existe lesão dos tecidos, inflamação ou degeneração, estudos verificou que a dor é causada por uma amplificação dos impulsos dolorosos, e com isso só é diagnosticado através de exames muitos específicos.
     Na dor crônica, nota-se a presença de depressão, afastamento social, alteração do sono e cansaço. A dor influencia diretamente no cérebro, com isso tanto a emoção positiva (alegria e felicidade) como a negativa (tristeza e infelicidade), sofrem alterações, levando o paciente a depressão.
 
4. Diagnóstico
Na fibromialgia o diagnóstico é de exclusão, assim durante a consulta os médicos tem que obter informações essenciais, além de observar a sensibilidade em pontos específicos dos músculos, conhecidos como pontos dolorosos.
Além da avaliação médica é necessária a utilização de questionários para ajudar no diagnostico dos pacientes.
Wallace (p.134,2005) começa suas consultas perguntando ao paciente qual o motivo da consulta, como se sente, se tem alergias, e sobre história familiar de doença reumática ou outras doenças, isso porque segundo ele, ouvindo a historia do paciente e seus sintomas, é possível fazer uma revisão dos sistemas.
Para o Dr. Wallace, outros fatores relevantes incluem possível exposição ocupacional a substâncias alergênicas ou tóxicas, uma descrição detalhada do que faz o paciente durante o dia, como e quais exercícios ou atividades são realizadas, nível educacional e com quem o paciente vive, doenças incomuns da infância também são exploradas, assim como o hábito de fumar ou beber, uso ou abuso, imunizações, hospitalizações e cirurgias anteriores, prescrições passadas e presentes dão uma base do perfil psicossocial, que pode ser importante no desenvolvimento de uma relação paciente-médico produtiva.
Assim, o Dr. Wallace concluiu que para uma avaliação completa é necessário que se faça uma revisão de sistemas dividindo por categorias, quais sejam:
“1. Sintomas constitucionais: tais como febre, mal-estar, perda de peso ou inchaço de glândulas são vistos em primeiro lugar. Eles mostram o estado geral do paciente e como ele se sente. Isso é seguido por uma revisão dos sistemas orgânicos: que vai da cabeça aos pés.
2. A revisão da cabeça e pescoço: inclui pergunta sobre cataratas, glaucoma, ressecamento dos olhos e da boca, dor nos olhos, dor no queixo, visão dupla, perda da visão, irite, conjuntivite, zunido nos ouvidos, perda de audição, infecções de ouvido frequentes, sangramento nasal frequente, anormalidades olfativas, frequentes infecções dos sinus, feridas na boca e no nariz, problemas dentários ou inchaço de glândulas no pescoço.
3. O sistema cardiopulmonar: é visto em seguida, pergunta-se sobre asma, bronquite, enfisema, tuberculose, pleurisia (dor ao fazer uma respiração profunda), respiração curta, pneumonia, pressão sanguínea alta, dor no peito, febre reumática, murmúrio cardíaco, ataque cardíaco, palpitações e batimentos cardíacos irregulares.
4. Revisão do sistema gastrointestinal: inclui um esforço para descobrir qualquer evidência de dificuldades de deglutição, náusea e vômitos intensos, diarreia, constipação, hábitos alimentares não comuns, hepatite, inchaço, flatulência, úlcera, pedras na vesícula, sangue nas fezes ou vômito, diverticulite, colite, pancreatite.
5. Área geniturinária: deve ser abordada de uma forma sensata e respeitosa. Juntamente com questões sobre infecções na bexiga, pedra nos rins, problemas de próstata ou sangue ou proteína na urina, revejo a história obstétrica, desordens na amamentação e problemas menstruais.
6. Revisão dos fatores hematológicos e imunes: permite saber se o paciente se machuca facilmente, sobre anemia, baixa das células brancas do sangue ou contagem de plaquetas e infecções frequentes.
7. A revisão da história neuropsiquiátrica: leva em conta dores de cabeça, convulsões, tonteiras ou torpor, desmaio, intervenções psiquiátricas ou antidepressivas, abuso de substâncias, dificuldade para dormir e disfunção cognitiva e as vezes questiona-se sobre disfunção sexual, história de abuso sexual, violência doméstica ou abuso físico, e mesmo transfusões de sangue ou mesmo fatores de risco para AIDS.
8. Sistema musculoesquelético: envolvem história de dores articulares, tensão, gota, dores musculares ou fraqueza.
9. Revisão do sistema endócrino: inclui perguntas sobre doenças tireoidianas, diabetes e nível alto de colesterol.
10. História vascular: verifica episódios anteriores de flebite, coágulos, edemas, retenção de líquido, AVE ou fenômeno de Raynaud (dedos tomando cores diferentes num ambiente frio).
11. Exame da pele: evidências ao sol, perda de cabelo, feridas na boca, erupções, psoríase, eczema ou mudanças na coloração da pele, devem ser cuidadosamente revista” (WALLACE, 2005, p. 134 a 136)[6].
Com a entrevista completada, o exame físico deve completar o exame histórico e com isso confirmar o diagnóstico e excluir outras doenças sistemáticas. (Lown, 1996, apud CHAITOW[7], 2002; Starlanyl e Copeland, 1996, apud Idem[8]).
Importante ressaltar que na análise do exame físico deve-se incluir o exame neurológico completo, das articulações e a avaliação musculoesquelética.
Como o exame do sistema neurológico exige poucos movimentos, esse deve ser o primeiro, passando depois para a avaliação das articulações visando notar qualquer deformidade, edema ou eritema e a amplitude de movimentos da articulação e por último deve-se conferir as assimetrias do corpo, as deformidades esqueléticas e as deficiências, inspecionando os tecidos moles quanto ao tom, espasmo e pontos sensíveis para identificar a presença de qualquer faixa tensa, respostas e tiques nervosos e pontos-gatilho que sinalize a coexistência da síndrome de dor miofascial.
Por fim, ao registrar os pontos sensíveis em um desenho do corpo, permite-se revisar e localizar os pontos sensíveis com o passar do tempo, além de determinar se o número e o local dos pontos sensíveis satisfazem os critérios físicos para o diagnóstico da fibromialgia. [9]
Com o histórico e o exame físico completos, a maior parte da informação importante está agora coletada, e isso capacita ao médico determinar se o paciente tem fibromialgia, isso porque as informações registradas também pode levar ao médico a suspeitar da coexistência de outras doenças ou síndromes.
Lembrando que a fibromialgia não deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento, mas sim como uma condição clinica que requer controle, isso porque, na pessoa predisposta, suas manifestações ocorrem ao longo da vidam na dependência de uma gama de fatores físicos e emocionais.
 
5. TRATAMENTO
O tratamento dos pacientes com fibromialgia de ser o mais organizado possível, estabelecendo-se um calendário para as consultas, que permita ao médico um acompanhamento sistemático, haja vista, que às vezes haverá necessidade inesperada e exacerbação de sintomas exigindo uma visita de acompanhamento fora da rotina.
A fibromialgia não deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento, mas sim como uma condição clínica que requer controle. Isso porque, na pessoa predisposta, suas manifestações ocorrem ao longo da vida, na dependência de uma gama de fatores físicos e emocionais. Nesse contexto, as manifestações devem ser tratadas na direta proporção de sua gravidade.
De uma forma geral a abordagem da fibromialgia repousa em quatro pilares a saber:
- Exercícios para alongamento e fortalecimento muscular, assim como para condicionamento cardiorrespiratório.
- Técnicas de relaxamento para prevenir espasmos musculares.
- Hábitos saudáveis para melhorar a qualidade de vida e reduzir o estresse.
- Medicações para o controle da dor e dos distúrbios do sono.
 
6. CONCLUSÃO
O portador de fibromialgia afastado por mais de 15 (quinze) dias poderá requerer junto ao INSS o benefício do auxílio-doença, nos termos dos artigos 59 a 63 da Lei 8.213/1991, e artigos 71 a 81 do Decreto 3.048/1999.
Já no caso de constatação da incapacidade total e permanente, deverá ser concedida ao portador de fibromialgia a aposentadoria por invalidez nos termos dos artigos 42 a 47 da Lei 8.213/1991, e artigos 43 a 50 do Decreto 3.048/1999.
Mais o que se percebe que tais benefícios só são concedidos na esfera judicial, pois os peritos do INSS alegam que o indeferimento do benefício se dá pela falta de comprovação da incapacidade laboral.
Assim o objetivo desse artigo é demonstrar que uma boa avaliação médica favorece o diagnóstico da fibromialgia e facilita na comprovação da incapacidade laborativa.

Referências
FIBROMIALGIA, Manifestações Associadas, disponível em <http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=pacientes_artigos&id_mat=7>, Acesso em 01/02/2016.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE FIBROMIALGIA, Fibromialgia: Cartilha para Pacientes, disponível em <http://www.reumatologia.com.br/PDFs/Cartilha%20fibromialgia.pdf> acesso em 10/02/2016.
WALLACE, Daniel Jeffrey; WALLACE, Janice Brock. Tudo Sobre Fibromialgia: Guia Para Pacientes e Seus Familiares, Tradução de Maria de Fátima Palmieri Meirelles, Rio de Janeiro: Imago, 2005.
CHAITOW, Leon, Síndrome da Fibromialgia: Um Guia para o Tratamento, Tradução de Eduardo Rissi e Neli Ortega, São Paulo: Manole, 2002.
MARTINEZ, José Eduardo. Fibromialgia: o que é, como diagnosticar e como acompanhar. Disponível em < http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=384 >, Acesso em 28/2/2016
 
Notas:
[1] WOLFE, F; SIMONS, D; et al. The fibromyalgia and myofascial pain syndrome. Journal of Rheumatology. 1992 In: CHAITOW, Leon, Síndrome da Fibromialgia: Um Guia para o Tratamento, tradução de Eduardo Rissi e Neli Ortega, São Paulo: Manole, 2002
[2] AMERICAN COLLEGE OF RHEUMATOLOGY, criteria for the classification of fibromyalgia. arthritis and rheumatism, 1990. In: Idem
[3] WINFIELD, John Buckner. Fibromialgia, Tradução de Soraya Imon de Oliveira, disponível em < http://http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acpmedicine/5701/fibromialgia_%E2%80%93_john_buckner_winfield.htm > . Acesso em 20/2/2016.
[4] SOCIEDADE BRASILEIRA DE FIBROMIALGIA, Fibromialgia - Cartilha para pacientes, disponível em < http://www.reumatologia.com.br/PDFs/Cartilha%20fibromialgia.pdf > Acesso em 25/02/2016.
[5]FIBROMIALGIA, o que é Fibromialgia?, Disponível em http://www.fibromialgia.com.br/novosite/?modulo=pacientes_artigos&id_mat=4 >, Acesso em 28/2/2016.
[6] WALLACE, Daniel Jeffrey; WALLACE, Janice Brock. Tudo Sobre Fibromialgia: Guia para Pacientes e Seus
Familiares, tradução de Maria de Fátima Palmieri Meirelles, Rio de Janeiro: Imago, 2005
[7] Lown. B, The lost art of healing. Houghton Mifflin, Boston, 1996. In: CHAITOW, Leon, Síndrome da Fibromialgia: Um Guia para o Tratamento, tradução de Eduardo Rissi e Neli Ortega,
São Paulo: Manole, 2002
[8] Starlanyl D., Copeland M. E. Fibromyalgia And Chronic Myofascial Pain Syndrome: A Survivors Manual. New
Harbinger, Oakland, 1996, In: Idem
[9] SOCIEDADE BRASILEIRA DE FIBROMIALGIA, Fibromialgia - Cartilha para pacientes, disponível em
Acesso em 10/02/2016.
 
[para requer o Afastamento, o Benefício de Auxílio Doença e conhecer suas regras, acesse o site do INSS  (Ministério do Trabalho e Previdência Social): http://www.mtps.gov.br/auxilio-doenca ]

Informações Sobre o Auto

Ana Maria de Souza Advogada e Pós-graduanda em Direito Previdenciário pela Faculdade Legale


Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16902

terça-feira, 26 de abril de 2016

FIBROMIALGIA CAUSA BRUXISMO? Esta e outras dúvidas respondidas





A dentista Sabrina Lima responde a algumas dúvidas comuns entre as pessoas com fibromialgia
A fibromialgia é uma doença caracterizada por dor generalizada e a presença de pontos sensíveis, que são áreas do corpo que doem muito ao menor estímulo. Entre os vários incômodos relatados pelos pacientes em fóruns e conversas, não raro surgem queixas relacionadas a problemas odontológicos. Mas o que é verdade quando o assunto é fibro e a saúde bucal? Confira abaixo as respostas da dentista Sabrina Lima, especialista em cuidados integrativos e instrutora de meditação.

Existe associação entre fibromialgia e problemas odontológicos?

Sim. Quando comparados à população em geral, os fibromiálgicos apresentam os seguintes problemas com maior frequência: disfunção temporomandibular (na forma de dor muscular ou articular), dor de cabeça, xerostomia (sensação de boca seca), ardência bucal e alteração no paladar.

Fibromialgia pode dar mais cáries ou causar gengivite?

Não há uma associação direta comprovada, mas vários medicamentos usados para o controle da síndrome podem diminuir a salivação, aumentando as chances de cáries e de problemas da gengiva e dos ossos que dão suporte aos dentes. Por isso é importante redobrar os cuidados com a higienização da boca após as refeições, além de evitar refrigerantes, sucos industrializados, biscoitos, doces e balas, ou seja, aqueles alimentos mais ricos em açúcar.

Fibromialgia causa bruxismo?

Não, mas as duas condições podem ocorrer em um mesmo paciente. O que as pesquisas indicam é que o bruxismo pode acontecer em decorrência do uso de alguns medicamentos antidepressivos, mais especificamente os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, que alguns pacientes fibromiálgicos podem usar. Se for esse o caso, alguns remédios podem ser receitados para diminuir o bruxismo. Além disso, é indicado o uso da placa oclusal, para a proteção dos dentes. Nesses casos em que o bruxismo é considerado secundário, ou seja, acontece em decorrência de alguma outra condição, ele pode ser curado pela remoção do estímulo que o está causando.

Preciso dizer ao(a) dentista que tenho fibromialgia?

Sim. Sempre que for à consulta odontológica, leve uma relação atualizada dos medicamentos que está usando. Mas não só isso: seja franco, não esconda se está sentindo dores na região orofacial e, se tiver medo de algum tratamento odontológico, explique. Isso ajuda a controlar a ansiedade antes da consulta e diminui bastante o desconforto sentido durante o procedimento odontológico.

Tem como sentir menos dor durante os procedimentos normais realizados pelo(a) dentista?

Claro. Por exemplo, podem ser usados abridores de boca de silicone para dar mais conforto ao paciente. Também podem ser feitas pausas durante o atendimento, para o paciente descansar. Outros cuidados que ajudam são usar o anestésico tópico antes da punção com a agulha para anestesiar o dente e manejar os tecidos bucais com cuidado, entre outros métodos. No meu caso, costumo usar algumas técnicas de hipnose e meditação, que ajudam a diminuir a ansiedade entre aqueles pacientes muito apreensivos.

E depois da consulta?

Depois da consulta odontológica, cada paciente costuma ter um nível diferente de desconforto e, por isso, as recomendações podem variar de paciente para paciente. De modo geral, compressas mornas na face ajudam a dar algum alívio àquele incômodo sentido depois de procedimentos odontológicos longos.

Seu(ua) dentista nunca atendeu a um paciente com fibromialgia?

Imprima e leve para ele(a) as orientações abaixo, dadas por Sabrina:
  • Não menospreze as queixas de dor do paciente fibromiálgico. Os estudos mostram que o baixo limiar para a dor apresentado por esse grupo de pessoas está ligado a alterações no sistema nervoso central.
  • Tenha cautela ao prescrever medicamentos, principalmente AINES (anti-inflamatórios não esteroidais) pois eles podem interagir com um grupo de medicamentos comumente prescrito a esses pacientes, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS).
  • Atue numa equipe multidisciplinar. As pesquisas mostram que os melhores resultados em relação às dores acontecem quando a abordagem multidisciplinar é colocada em prática.
  • Se o paciente usa ISRS, lembre-se de perguntar sobre o bruxismo do sono. Ele pode surgir como consequência da utilização desses remédios.
  • Seja cuidadoso no manejo desse paciente. A região orofacial é uma das áreas com maior representação no córtex sensitivo (ou seja, temos muita sensibilidade nessa região do corpo) e, associado a isso, o fibromiálgico tem uma menor tolerância à dor.
  • Sempre que possível, faça pausas durante o atendimento.
Fonte:http://www.chegadedor.com/2016/04/26/fibromialgia-causa-bruxismo/

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Síndrome das pernas inquietas: descubra as causas e como tratá-las

Tremores afetam qualquer pessoa, de qualquer sexo e idade. Sintomas incluem agitação, sensação de formigamento, e podem acontecer em outras partes do corpo. 

 Por  
São Paulo
- Atualizado em

Existem muitas causas para a agitação das pernas ou tremores nas pernas. A inquietude pode se desenvolver devido à uma doença do sistema nervoso central ou devido a problemas na glândula tireóide, ou a ingestão excessiva de álcool ou café. Certos medicamentos também podem causar tremores das pernas e, por vezes, a causa para os tremores não podem ser identificadas pelos médicos. Quando um indivíduo experimenta agitação ou tremores nas pernas, suas pernas começam a tremer levemente ou incontrolavelmente. Uma ou ambas as pernas podem ser afetadas. Tremores também podem afetar várias partes do corpo ou apenas uma perna. Indivíduos que tenham atingido a idade adulta e os idosos são mais afetados; no entanto, eles podem afetar qualquer pessoa, de qualquer sexo, em qualquer idade.



euatleta pernas (Foto: Getty Images)
Doença de Parkinson, medicamentos para asma, ou até mesmo antidepressivo, podem ser causas comuns da agitação das pernas (Foto: Getty Images)
Algumas condições que causam agitação das pernas ou tremores nas pernas são: a doença de Parkinson (DP), tremor essencial e tremor ortostático. Os pacientes que têm início precoce da doença de Parkinson são mais propensos a ter tremores nas pernas. A agitação das pernas ou tremores nas pernas podem estar presentes quando o indivíduo está em pé, sentado ou deitado. O tremor de "descanso" que comumente ocorre com a doença de Parkinson (DP) é também acompanhada por outros sintomas de Parkinson, tais como bradicinesia, rigidez dos músculos e dificuldades com a marcha e postura. Uma das formas mais incapacitantes da agitação das pernas é o tremor ortostático ( tremor parado).  

Tremor incontrolável das pernas: Tremores nas pernas ao dormir
As pernas trêmulas podem ser confundidas com a "síndrome das pernas inquietas ou SPI", que é bastante comum. Algumas pessoas acusam erroneamente a ansiedade como causa da síndrome das pernas inquietas. Mas a síndrome das pernas inquietas pode ser hereditária ou pode ocorrer como uma complicação da doença de Parkinson (PD) e outras neuropatias periféricas. Síndrome de pernas inquietas ou SPI comumente afeta as pernas ou os membros inferiores; no entanto, outras partes do corpo também podem estar envolvidos. 

Os sintomas incluem agitação, sensação de formigamento e "alfinetes e agulhas" (parestesias). Os sintomas geralmente ocorrem durante a noite, mas também podem estar presentes durante o dia. Se o paciente sofre de inquietação durante o dia, ele não é capaz de sentar-se em longas viagens de carro ou avião.


euatleta massagem (Foto: Getty Images)
Massagem pode aliviar temporariamente desconforto das pernas (Foto: Getty Images)
 
Quase todos os pacientes que sofrem de síndrome das pernas inquietas também têm movimentos periódicos dos membros durante o sono, ou seja, eles se mantém contraindo (movimentos de chute) suas pernas, e pode ocorrer uma a quatro vezes em um segundo.O desconforto das pernas e sentimentos de inquietação podem ser aliviados temporariamente por massagens ou alongamento dos músculos, caminhando e fazendo outros exercícios de perna.


Classificação e tipos de tremores

Tremores cerebelar (tremor sem Intenção) - Pode ocorrer em qualquer parte do corpo. A causa é danos ao cerebelo devido a um acidente vascular cerebral ou consumo excessivo de álcool ou abstinência. Abuso de certos medicamentos também podem causar esse tremor.

Tremores distônicos: Este tremor comumente afeta os indivíduos que sofrem de distonia e pode ser aliviado pelo repouso e medicamentos.

Tremores essenciais: Um dos tipos mais comuns. Eles podem ser progressivos ou não progressivos e comumente afeta as mãos; no entanto, outras partes do corpo, como a cabeça, troncos, pernas, voz e língua também pode ser afetados.

Tremores ortostáticos: Como o próprio nome sugere, estes tremores ocorrem imediatamente depois que uma pessoa se levanta abruptamente. Pernas e tronco são comumente afetados por esses tremores. É difícil de diagnosticar e tratar esses tremores porque eles não possuem sinais ou sintomas.

Tremores parkinsonianos: Estes tremores ocorrem como resultado de qualquer dano ou lesão no cérebro e comumente afeta os indivíduos que sofrem da doença de Parkinson.

Tremores fisiológicos: Todos experimentam estes tremores. Eles não são óbvios ou visíveis aos olhos e pode ser agravado por fadiga, emoções fortes, hipertireoidismo, baixa de açúcar no sangue ou a retirada abrupta de álcool ou café.

Tremores psicogênicos: Esses tremores são repentinos na natureza e pode afetar qualquer parte do corpo. Tremores psicogênicas são uma mistura de ação, postural e tremores em repouso e diminuem quando o paciente é distraído.

Causas comuns de agitação das pernas ou tremores nas pernas:
- Doenças que afetam o sistema nervoso central, por exemplo, doença de Parkinson.
- Danos aos nervos.
- Certos medicamentos, tais como medicamentos para a asma, lítio, certos antidepressivos e medicamentos anti-convulsivos podem causar tremores.
- Tremores podem ser hereditários.

euatleta alcool (Foto: Getty Images)
A ingestão de álcool piora os tremores (Foto: Getty Imagens)



Por vezes, pode haver uma condição médica não relacionada para os tremores, tais como problemas com a glândula tireoide. Às vezes, a causa não pode ser identificada.

Existem algumas condições que podem não exatamente causar agitação das pernas ou tremores nas pernas, mas eles podem piorar os tremores já existentes, tais como:
- Fadiga
- Estresse
- Ingestão de cafeína excessiva ou abstinência de cafeína abrupta
- Consumo excessivo de álcool ou abstinência de álcool abrupta.

Testes para diagnosticar agitação das pernas ou tremores nas pernas:
- Exames de sangue
- Tomografia computadorizada
- Exame de ressonância magnética
-ENMG (*Eletroneuromiografia)  

Saiba como tratar a agitação das pernas ou tremores nas pernas:
O tratamento vai depender da causa dos tremores. Evitar os gatilhos que fazem com que as pernas comecem a  tremer ou causar tremores. Em outros casos, medicamentos, tais como bloqueadores beta podem ser usado para controlar os tremores. Alguns medicamentos naturais ajudam no tratamento do Tremor Essencial e proporciona alívio das mãos trêmulas, braço, perna e tremores de voz.

Para aliviar os sintomas da síndrome das pernas inquietas, medicamentos, tais como levodopa, agonistas da dopamina, benzodiazepinas são úteis.
Meditação, relaxamento e tentando levar uma vida livre de estresse também ajuda.
Para fortes tremores, estimulação cerebral profunda ou cirurgia podem ser necessárias.



Atividade física e esporte ajudam, portanto...bons treinos!
As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com



 
EuAtleta Ana Paula Simoes Ortopedia Especialista (Foto: EuAtleta)
ANA PAULA SIMÕES
Mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo. Especialista e delegada regional do Comitê de Traumatologia esportiva, médica assistente do grupo de traumatologia da Santa Casa de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Futebol Feminino e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva.

 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Aché Laboratórios lança medicamento para tratar depressão, fibromialgia e dor crônica



Aché lança medicamento para tratar depressão, fibromialgia e dor crônica Foto: Divulgação Aché lança medicamento para tratar depressão, fibromialgia e dor crônica

Para ampliar o portfólio na área de Sistema Nervoso Central, o Aché Laboratórios lançou o Dual. O produto será comercializado em caixas com 30 cápsulas com 30mg ou 60mg de Cloridrato de Duloxetina.

De acordo com o psiquiatra Stevin Zung, gerente médico do Aché, a duloxetina apresenta um espectro de tratamento maior do que os inibidores seletivos da receptação da serotonina, classe de antidepressivos bastante utilizada na atualidade. Isso porque a duloxetina é um inibidor de receptação da serotonina e noradrenalina (IRSN), possibilitando o tratamento do Transtorno Depressivo Maior (TDM), Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG), fibromialgia, dor neuropática diabética e estados de dor crônica associados à lombalgia e à osteoartrite do joelho.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2013 colocam a dor lombar, depressão e ansiedade no topo do ranking das doenças que mais estão presentes proporcionalmente aos anos vividos da população brasileira. E segundo Zung, as patologias apontadas pela OMS são justamente aquelas que podem ser tratadas com a duloxetina.

Tratamento integrado
Segundo o estudo de revisão de Matthew Bair, da Universidade de Indiana (EUA), 65% das pessoas que apresentam depressão e transtorno de ansiedade têm queixas dolorosas. Dor crônica também está presente em até 70% dos pacientes com depressão e ansiedade, segundo a literatura médica.

“A duloxetina possibilita o tratamento integrado e é a opção mais eficaz quando os pacientes apresentam sintomas depressivos e dolorosos associados. Ela também pode ser prescrita quando as patologias estão presentes de forma isolada e é o único antidepressivo aprovado para quadros dolorosos crônicos, podendo ser utilizado por várias especialidades médicas, como os neurologistas para tratamento de neuropatias, os reumatologistas para o tratamento de fibromialgia e os ortopedistas para a dor crônica”, explica o especialista.

A duloxetina apresenta segurança comprovada por diversos estudos clínicos, tendo sido aprovada inicialmente pela Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, em 2004. Posteriormente, foi validada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.

Alerta para o problema
Em 2020, estima-se que a depressão será a segunda causa de incapacitação no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares, de acordo com a OMS. Segundo dados do sistema de mortalidade do Datasus, publicado em 2014, o número de mortes relacionadas à depressão cresceu 705% no Brasil, nos últimos 16 anos.

Estão incluídos na estatística casos de suicídio e outras mortes motivadas por problemas de saúde decorrentes de episódios depressivos. Em 2012, 28 pessoas morreram por dia no Brasil somente decorrente de suicídio.
Segundo a OMS, a maioria dos que sofrem de depressão não recebe tratamento: seis a cada dez na América Latina não procuram ou não conseguem qualquer suporte.

Para o especialista, vencer o preconceito é fundamental para tratar a depressão e evitar complicações. “Uma vez detectada a doença, as pessoas devem buscar tratamento urgente”, afirma o especialista.

Além do suicídio, a depressão também pode levar a outras doenças físicas, como hipertensão arterial sistêmica, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, câncer, diabetes tipo 2 e obesidade mórbida. Isso porque a depressão leva à piora do autocuidado com a saúde, além da sua forte relação com os sistemas imunológicos, nervoso e endócrino.

Nome do produto: Dual;
Princípio ativo: Cloridrato de Duloxetina;
Apresentação: cápsulas com 30mg ou 60 mg;
Indicação: tratamento de Transtorno Depressivo Maior (TDM), Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG), fibromialgia, dor neuropática diabética e estados de dor crônica associados à lombalgia e à osteoartrite do joelho.

(Redação - Agência IN)

Fonte: http://www.investimentosenoticias.com.br/noticias/saude/ache-lanca-medicamento-para-tratar-depressao-fibromialgia-e-dor-cronica 


*** Trata-se de mais um concorrente para o Cymbalta, Cymbi, Velija, cujo princípio ativo é a Duloxetina.
O preço varia por estado, de acordo com o ICMS que cobram.
Mas, para ilustração, usaremos o estado de São Paulo, onde pesquisamos os preços de todos eles, tomando como data de referência -
14/04/2016, todos de 60mg com 28/30 compridos, preço por caixa.

                           Drogaria A          Drogaria B

VELIJA                101,42                   98,79

CYMBI                 118,20                 109,38

CYMBALTA          327,08                310,63

DUAL                      --                        97,24


Forte concorrente! Mas será que funciona? O laboratório é de renome internacional.
Aos que usam a duloxetina em seu tratamento, verifiquem com seu médico se ele já conhece e tem amostras grátis para que você possa experimentar, conforme prescrito, a novidade no mercado.

Aos que não usam, quem sabe esta novidade no mercado possa possibilitar um novo alívio para os sintomas mais comuns da fibromialgia, sem tantos efeitos colaterais?

De qualquer maneira seu médico é quem poderá lhe indicar ou não, responder suas dúvidas.

Abraços Fraternos,
Abrafibro - Associação Brasileira dos Fibromiálgicos.

domingo, 10 de abril de 2016

FIBROMIALGIA EXISTE SIM!!! FIBROMIÁLGICOS EXISTEM SIM!!!

Visando fortalecer nossa Campanha deste ano, para 12 de Maio, vamos apresentar alguns vídeos, que querem acabar com os mitos envoltos na fibromialgia.
Alguns profissionais da Saúde precisam ter consciência de que, só com a atualização é possível avançar e melhorar seu desempenho e ascensão profissional.
Nós fibromiálgicos, particularmente da Abrafibro - Associação Brasileira dos Fibromiálgicos, nos dedicamos seriamente aos estudos sobre nossa síndrome, única e exclusivamente. Enquanto os profissionais precisam conhecer muito mais, dentro de sua área.
Porém, a negação da existência só traz prejuízos aos pacientes. Já pensaram nisso?
Nos é tolida a possibilidade de tratamento adequado por profissionais especializados.
A opinião do profissional que não acredita nela, não deveria se sobrepor às opiniões que, enfaticamente a ciência já produziu como prova de sua existência. Merecemos pelo menos o benefício da dúvida! Aos profissionais cabe o estudo!
Há muitos mitos que no passado eram o que vigoravam.
Hoje temos estudos científicos que comprovam sua existência. É bem vasto este campo.
Estes dois vídeos estão divididos em duas partes, e é uma entrevista dada pelo Dr. Roberto Heymann, reumatologista, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia, e um dos mais requisitados pela mídia para falar com propriedade sobre a Fibromialgia.
Assistam, compartilhem, mostrem aos familiares, amigos, divulguem!
Profissionais da saúde podem ser tocados... quem sabe passem a se atualizar e mudar de opinião, a família passe a conhecer mais e melhor pelo que você passa e sente, e os amigos compreenderão melhor seus momentos de "concha".
Quando for divulgar... sempre use uma destas hashtags
#FibromialgiaExisteSim  ou #FibromiálgicosExistemSim







sábado, 9 de abril de 2016

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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Estado de incapacidade em pacientes com fibromialgia relacionados com a ocupação, gravidade dos sintomas, indica estudo.

28 de março de 2016

quarta-feira, 30 de março de 2016

Começa colheita na "Terra Santa", maior plantação legal de maconha da América Latina




Um forte cheiro antecipa a proximidade da "Terra Santa", a maior plantação legal de maconha da América Latina, cuja colheita acaba de começar para permitir a elaboração de um remédio experimental que inicialmente será testado por 4.000 doentes.
Ao todo, 6.400 plantas, de 16 variedades distintas de cannabis que foram plantadas em novembro do ano passado, recobrem um terreno de 6.000 m2 localizado em Quinamávida, um pequeno povoado a 350 km ao sul de Santiago.
Uma cerca de segurança imponente, de quatro metros de altura, com fiação elétrica, câmeras de segurança, uma guarita e um cão não para de latir vigiam dia e noite a fazenda, onde algumas plantas já passam dos dois metros de altura.
A polícia da área também faz visitas frequentes ao local, e a entrada só é autorizada sob rigorosa identificação.
Várias vacas, porcos e frangos também são testemunhas das enormes plantas de cannabis que começaram a ser cultivadas há seis dias para permitir a fabricação de um medicamento que será administrado a três hospitais para tratamento experimental de cerca de 4.000 doentes com câncer, epilepsia refratária e dor crônica, entre outras doenças - inscritos na primeira fase do projeto.
Até agora foram cultivadas 350 plantas e seus promotores esperam completar todo o trabalho em cerca de um mês, para chegar à quantidade de tonelada e meia de cannabis que deve ser colhida.
- Um cuidadoso processo -
Com cuidado extremo, as plantas são desplantadas e transportadas para um galpão, onde cerca de 40 chamados "manicuristas" fazem a poda folha por folha até deixar somente a flor.
"A flor ou 'coração' é a parte importante, onde se encontra a resina que queremos", explicou à AFP Pablo Meléndez, diretor do projeto idealizado pela Fundação Daya, que promove o uso medicinal da maconha com autorização do governo chileno.
Esta resina é a base do princípio ativo testado, destinado a ser usado como método paliativo contra a dor e que irá ser produzido pelo laboratório Knop. Caso o teste dê positivo, a droga pode ser registrada em 2017.
"Os pacientes que receberam o fitoterápico serão avaliados para determinar se a dor foi reduzida quando se trata de pacientes com câncer ou dor crônica ou diminuíram as convulsões ou houve melhora neurológica em pacientes com epilepsia refratária", explicou Melendez, que cultiva maconha há nove anos.
O projeto está oficialmente aprovado e é um marco no Chile, onde a maconha é considerada uma droga "pesada" e onde o consumo privado é permitido, mas não a sua venda ou auto-cultivo.
O processo continua com a secagem dos botões através de grandes ventiladores. Uma vez que se desmoronam secos, são embalados e armazenados para serem enviados para o laboratório e desenvolver um extrato oleoso para administração oral, em gotas.
- Cidade revolucionada -
Aqueles que trabalham na colheita vivem principalmente em Quinamavida, uma pequena cidade localizada na beira de uma estrada secundária, habitada principalmente por camponeses que inicialmente olharam com desconfiança para o projeto.
"Na época, causou rebuliço e revolução, pelos mitos e medos que existem sobre a planta, que iriam receber maconheiros e criminosos, mas nada disso aconteceu e as mesmas pessoas já perceberam que era um benefício" conta Gabriel Sanchez, um dos manicuristas.
"As pessoas mudaram totalmente sua forma de ver o negócio. Hoje, quando se fala em cannabis ou maconha, as pessoas não pensam em tráfico de drogas, pensam em medicina", afirma Ana Maria Gazmuri, diretora da Fundação Daya.
A cultura também atraiu a atenção de organizações que apoiam o uso medicinal da cannabis nos Estados Unidos, Canadá, Espanha, Colômbia e Brasil, que enviou emissários para conhecer a experiência da fazenda "Terra Santa".
"Para mim, é um grande ponto de mudança entender a cannabis como uma planta medicinal, uma planta que tem uma proximidade antiga com os seres humanos", avalia Bruno Torturra, da escola da segurança pública no Rio de Janeiro, em visita à plantação.
O projeto é financiado por 19 municípios no Chile, que desembolsaram até agora cerca de um milhão de dólares.
afp_tickers

Fonte: http://www.swissinfo.ch/por/come%C3%A7a-colheita-na--terra-santa---maior-planta%C3%A7%C3%A3o-legal-de-maconha-da-am%C3%A9rica-latina/42043700

Centro de Saúde Toxicodependência - A maioria dos médicos prescrevem Analgésicos Narcóticos acima do limite

Enquanto 99% excedem o limite de dosagem de 3/dias recomendada, um quarto de das prescrições para um mês inteiro

WebMD Notícias de HealthDay
Por Alan Mozes
Repórter de HealthDay
 
Sexta-feira março 25, 2016 (HealthDay News) - 

Quando os médicos americanos dão aos seus pacientes analgésicos narcóticos, 99% deles distribuem receitas que excedam o limite de dosagem de 3 dias, recomendada pela Federação, sugere nova pesquisa.
E alguns médicos ultrapassam esse limite por várias razões: 

Quase um quarto distribuiu doses para um mês de duração, apesar do fato de que a pesquisa mostrou que o uso de analgésicos narcóticos de prescrição de um mês pode causar mudanças no cérebro,conforme foi encontrado  na pesquisa do Conselho Nacional de Segurança.
" Os opióides não matam a dor . Eles matam as pessoas," Dr. Donald Teater, um conselheiro médico do conselho de segurança, disse em um comunicado à imprensa. "Os médicos são bem-intencionado e querem ajudar seus pacientes, mas estes resultados são mais uma prova de que precisamos de mais educação e formação, se quisermos tratar a dor de forma mais eficaz."
O problema atingiu o ponto onde estes analgésicos altamente viciante, que incluem medicamentos comumente prescritos, como Oxycontin, Percocet e Vicodin , agora respondem por mais mortes por overdose de drogas do que a heroína e cocaína combinada, de acordo com o relatório.
Infelizmente, a pesquisa revelou ainda que, enquanto quase 85% dos médicos demonstram sinais de abuso de analgésicos narcóticos, apenas um terço pergunta sobre uma história familiar de dependência . Apenas 5% oferecem ajuda direta aos pacientes quando sinais de abuso são descobertos, e menos de 40% encaminham tais pacientes para tratamento em outros lugares, segundo a pesquisa.
Os resultados da pesquisa, realizada no início de março e lançado nesta quinta-feira, vem num momento em que overdoses atingiram níveis recordes nos Estados Unidos. Só neste mês, duas agências federais propuseram medidas para tentar conter a epidemia de abuso dos analgésico narcótico.
Na terça-feira, os EUA Food and Drug Administration ordenou que etiquetas de advertência que sejam usadas para analgésicos narcóticos de prescritos. E na semana passada, os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças divulgou novas diretrizes mais complexas, para os médicos que prescrevem esses medicamentos.
Em dezembro, o CDC anunciou que overdoses fatais tinham atingido níveis recordes nos Estados Unidos - impulsionado em grande parte pelo abuso de analgésicos e outro opioide, heroína. Muitos dependentes usam ambos.
De acordo com esse relatório de dezembro, mais de 47.000 norte-americanos perderam suas vidas por overdose de drogas em 2014, um salto de 14% em relação ao ano anterior.
O levantamento do conselho de segurança, de 200 médicos, encontraram outras tendências preocupantes: cerca de três quartos dos médicos indicaram que eles acreditavam que o alívio da dor é melhor alcançada por oferecer aos pacientes um de dois opióides: morfina ou oxicodona (Oxycontin). Mas os especialistas do conselho de segurança observou que analgésicos sem receita (incluindo o ibuprofeno e acetaminofeno) são mais eficazes no alívio da dor a curto prazo.
Desinformação particularmente parece estar em jogo quando se trata de combater a dor nas costas e dor dental. Enquanto mais de 70% e 55% dos médicos dizem que prescrevem analgésicos narcóticos para dor nas costas e dor dental, respectivamente, essas drogas não são considerados o tratamento ideal para qualquer condição, de acordo com o conselho de segurança.
Curiosamente, o conselho de segurança encontrou em uma pesquisa anterior que, cerca de metade de todos os pacientes são realmente mais inclinado a ver o seu médico novamente se analgésicos não narcóticos são oferecidos.

(Obs.: Pode parecer algo de efeito imediato. Porém, os danos que causam ao cérebro e a todo sistema nervoso central, mostram-se evidentes nesta pesquisa. Muito cuidado!!! Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos)

Fonte: http://www.webmd.com/mental-health/addiction/news/20160325/nearly-all-us-doctors-overprescribe-addictive-narcotic-painkillers-survey?ecd=wnl_fib_032916&ctr=wnl-fib-032916_nsl-promo-3_title&mb=zIO2Trxt3XuHX1VhofTIWChonS%2fH3cwyBxN3j2c9bDc%3d 
 

quarta-feira, 23 de março de 2016

O QUE É FIBROMIALGIA ?


 by • 11 de dezembro de 2015

A matéria abaixo foi extraída do site Minha Vida.
fibromialgia (7)
Fibromialgia é uma síndrome comum em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles.
A fibromialgia está diretamente ligada também à fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.
Pesquisadores acreditam que a síndrome é causada por um descontrole na forma como o cérebro processa os sinais de dor.

Causas

As causas da fibromialgia ainda são desconhecidas, mas existem vários fatores que estão frequentemente associados a esta síndrome. Confira:
Genética: fibromialgia é muito recorrente em pessoas da mesma família, o que pode ser um indicador de que existem algumas mutações genéticas capazes de causar a síndrome
Infecções por vírus e doenças autoimunes também podem estar envolvidas nas causas da fibromialgia
Distúrbios do sono, sedentarismo, ansiedade e depressão também podem estar ligados de alguma forma à síndrome.

fibromialgia (1)

Fatores de risco

Os médicos alertam para alguns fatores de risco que facilitam o surgimento de fibromialgia. Confira:
  • Problemas para dormir aumentam chances de fibromialgia
  • Sexo: a síndrome é mais comum em mulheres do que em homens, em especial naquelas entre 20 e 50 anos
  • Histórico familiar: a doença é recorrente entre membros de uma mesma família, indicando que talvez exista algum fator genético envolvido nas suas causas.

Sintomas de Fibromialgia

Confira os principais sintomas da fibromialgia:
  • Dor generalizada: a dor associada à fibromialgia é constantemente descrita como uma dor presente em diversas partes do corpo e que demoram pelo menos três meses para passar
  • Fadiga: pessoas portadores dessa síndrome frequentemente acordam já se sentindo cansadas, mesmo que tenham dormido por muitas horas. O sono também é constantemente interrompido por causa da dor, e muitos pacientes apresentam outros problemas relativos ao sono, a exemplo da apneia e insônia
  • Dificuldades cognitivas: para os portadores de fibromialgia, é mais difícil se concentrar, prestar atenção e focar em atividades que demandem esforço mental
  • Dor de cabeça recorrente ou enxaqueca clássica, dor pélvica e dor abdominal sem causa identificada (Síndrome do intestino irritável)
  • Problemas de memória e de concentração
  • Dormência e formigamento nas mãos e nos pés
  • Palpitações
  • Redução na capacidade de se exercitar.

Buscando ajuda médica

fibromialgia (4)Os sintomas de fibromialgia são muito similares a sintomas de outras síndromes. Geralmente ele é feito por um reumatologista.
Por isso, é importante que, durante da consulta, você:
  • Descreva todos os seus sintomas e a intensidade das dores que sente
  • Fale sobre problemas médicos que teve no passado, bem como o de seus parentes
  • Relate todos os medicamentos e suplementos que toma
  • Diga ao médico se tem problemas ao dormir. Ele deverá perguntar também sobre eventuais sintomas de depressão e ansiedade.

Diagnóstico de Fibromialgia

O diagnóstico da fibromialgia é feito clinicamente (por meio da história dos sintomas e do exame físico) Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico, mas o médico pode solicitar exames de sangue para que outras doenças, com sintomas e características parecidos, sejam descartadas entre os possíveis diagnósticos.

Tratamento de Fibromialgia

O tratamento de fibromialgia é mais eficaz quando são unidos medicamentos e cuidados não medicamentosos. O foco é evitar a incapacidade física, minimizar os sintomas e melhorar a saúde de modo geral.
O tratamento pode envolver:
  • Fisioterapia
  • Programa de exercícios e preparo físico
  • Métodos para alívio de estresse, incluindo massagem leve e técnicas de relaxamento
  • Terapia cognitivo comportamental.
  • Existem várias classes de medicamentos que são utilizados em conjunto com o tratamento não medicamentoso. As drogas mais utilizadas são analgésicos de ação central, incluindo algumas drogas antidepressivas e antiepilépticas que têm esta ação analgésica. Medicamentos para melhorarem o padrão do sono e miorrelaxantes também são, frequentemente, utilizados isoladamente ou em conjunto com medicamentos analgésicos.
A terapia cognitivo-comportamental é uma parte importante do tratamento. Com ela, você aprenderá a:
  • Lidar com pensamentos negativos
  • Manter um diário de seus sintomas e dores
  • Reconhecer o que agrava seus sintomas
  • Buscar praticar atividades agradáveis
  • Estabelecer limites
  • Os grupos de apoio também podem ser úteis.
Entre outras recomendações estão:
  • Seguir uma dieta bem balanceada
  • Evitar cafeína
  • Manter uma boa rotina de descanso para melhorar a qualidade do sono
  • Acupressão e acupuntura.
  • Os casos graves de fibromialgia podem ser encaminhados a uma clínica especializada em dor.

fibromialgia (1) 

Medicamentos para Fibromialgia

Os medicamentos mais usados para o tratamento de fibromialgia são:
  • Alginac
  • Ciclobenzaprina
  • Cymbalta
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Convivendo/ Prognóstico

A fibromialgia é uma síndrome de longa duração com flutuações frequentes na intensidade da dor. Seguindo o tratamento corretamente e tomando os devidos cuidados dentro de casa, os sintomas tendem a melhorar. Mais importante ainda: com os devidos cuidados, a pessoa com fibromialgia não perde sua capacidade funcional.
Em casa, você pode tomar algumas medidas para ajudar no tratamento e a conviver melhor com a doença. Veja exemplos:
  • Reduza o estresse diário
  • Durma o suficiente para estar descansado no dia seguinte
  • Exercite-se regularmente
  • Mantenha um mesmo ritmo de vida
  • Preserve um estilo de vida saudável.

Prevenção

Não há formas de prevenção para a fibromialgia.
Fontes e Referências
Revisado por: Ari Halpern, reumatologista do Hospital Israelita Albert Einstein – CRM: 51281
Sociedade Brasileira de Reumatologia

Fonte: http://www.casadaptada.com.br/2015/12/o-que-e-fibromialgia/
 

terça-feira, 15 de março de 2016

O que os especialistas têm a dizer sobre o uso da maconha para o tratamento da fibromialgia.

Fibromialgia e a Maconha Medicinal


Por
Característica WebMD
Avaliado por Matthew Hoffman, MD
 
Fibromialgia , uma síndrome cujo sintoma mais evidente é a dor crônica, é difícil de tratar e impossível de curar. Com dor tão debilitante, os pacientes podem se perguntar sobre a tentativa de maconha medicinal para aliviar o desconforto.
Há ainda muito controversa, " maconha medicinal " refere-se à forma fumada da droga. Não se refere à versão sintetizada de THC, um dos produtos químicos ativos da maconha, que está disponível em um medicamento chamado Marinol . A FDA aprovou o primeiro Marinol ( dronabinol ) em 1986 para náuseas e vômitos da quimioterapia . Mais tarde aprovou seu uso para náuseas e perda de peso de AIDS.

A história da maconha medicinal
A maconha medicinal foi prescrita por médicos até 1942. Foi quando ele foi retirado da farmacopeia dos Estados Unidos, da lista de medicamentos disponíveis.
"A maconha tem sido um medicamento por 5.000 anos", diz Donald I. Abrams, médico. "Isso é muito mais do que não foi um medicamento." Abrams, que é oncologista e diretor de programas de pesquisa clínica no Centro Osher para Medicina Integrativa na Escola UCSF de medicina em San Francisco, é um de um punhado de médicos de alto conhecimento, estão no país pesquisando a maconha medicinal. "A guerra contra as drogas é realmente uma guerra contra os pacientes", diz ele.
Então, por que a pesquisa sobre a maconha medicinal quando um comprimido, Marinol, já está disponível?
Marijuana - nome latino da planta é cannabis - tem uma série de componentes chamados canabinóides. Estes componentes podem apresentar propriedades medicinais.
"Há 60 ou 70 canabinóides diferentes em maconha", diz Abrams. Marinol contém apenas um canabinóide - delta-9-THC. Quando o THC é isolado a partir da planta, outros ingredientes são perdidos, incluindo aqueles que podem ser tamponamento quaisquer efeitos adversos de tomar THC "com efeito direto". "Na medicina chinesa," Abrams diz, "eles prescrevem ervas integrais e geralmente combinações de ervas."
Abrams continua a salientar que, "Em 1999, o Instituto de Medicina fez um relatório -. Marijuana and Medicine E eles disseram, na verdade, que os canabinóides têm benefícios no alívio da dor, aumento do apetite, e alívio de náuseas e vômitos . "

É a maconha medicinal é legal?related content

O governo federal Americano, na Lei de Substâncias Controladas de 1970, drogas reunidas em cinco grupos chamados "tabelados", impulsionados por três critérios:
 
  • potencial para abuso ou dependência  
  • utilidade médica 
  • perigos do abuso ou dependência, tanto física como psicologicamente    
 
Para complicar ainda mais as questões legais, vários estados aprovaram suas próprias leis de substâncias controladas que entrem em conflito com as leis federais. Isso inclui reformas políticas de drogas e as leis "uso compassivo" que permitem que pacientes com doenças terminais e debilitantes para usar maconha medicinal. A fim de ser capaz de utilizar, um paciente tem de ter a documentação de um médico.
O norte-americano Dor Crônica Society diz em ACPA Medicamentos e dor crônica, Suplemento 2007: "Alguns estados permitem o uso legal da maconha para fins de saúde, incluindo dor, enquanto o governo federal continua a ameaçar médicos com a acusação para prescrevê-lo."

Os usos da maconha medicinal

"A maconha medicinal tem muitos usos", diz Abrams. "Ela aumenta o apetite ao diminuir náuseas e vômitos. Ele também funciona contra a dor e pode ser sinérgico com medicamentos para a dor, ajuda as pessoas a dormir , e melhora o humor. Eu acho que é uma pena que não permitam que as pessoas tenham acesso ao que é medicinal."
A maconha medicinal não é a "cura" para doenças. Mas os pacientes em todo o mundo têm usado para aliviar uma variedade de sintomas, incluindo:
  • aumento da pressão intraocular devido ao glaucoma
  • náuseas e vômitos da quimioterapia para o câncer
  • dor, espasticidade muscular, e insônia de lesão medular
  • dor, rigidez, e espasticidade muscular da esclerose múltipla
  • perda de peso e perda de apetite de HIV
 A maconha, LSD e heroína foram todos colocados inicialmente no Anexo I - na categoria de os mais viciante e menos medicamente úteis. Em 2003, Abrams publicou um estudo na revista Annals of Internal Medicine sobre a interação entre a maconha medicinal e inibidores de protease em pacientes com Aids. "Nós mostramos que não havia nenhuma desvantagem real em fumar cannabis para estes pacientes. Ele não interferiu com o seu sistema imunitário. Na verdade, ele poderia ter sido benéfico para o seu sistema imunitário no final."

Os prós e contras de maconha medicinal para a dor

Abrams descobriram que a maconha medicinal trabalhou para pacientes com HIV e neuropatia periférica (dolorosas, nervos danificados). Esse estudo foi publicado no Journal of Neurology em 2007. "Fizemos um estudo randomizado, placebo-controlado, ensaio clínico que demonstrou que a cannabis fumada foi eficaz nessa situação", diz Abrams. "As pessoas que dizem que não há evidência de que fumar a maconha tem quaisquer benefícios medicinais realmente não posso dizer isso. A droga era bastante comparável ao melhor tratamento disponível atualmente que temos para a neuropatia periférica dolorosa."

Nem todos os médicos concordam.
"Não vejo nenhum papel para ele no manejo da dor ", diz Charles Chabal, médico. Chabal é especialista em Gestão da Dor no Hospital Evergreen em Kirkland, Washington. "Você certamente vai encontrar médicos que vão ser muito favorável e escrever prescrições de maconha medicinal. Mas é como o médico indivíduo lê os dados e as evidências. Não há dúvida isso faz você se sentir bem, mas o mesmo acontece com o álcool ".
Chabal continua, "Outro problema que tenho com a maconha é que é à base de plantas, não testada, e você nunca sabe o que você está recebendo quando você compra."
O Chabal não receita a maconha medicinal aos pacientes. "Alguns pacientes têm me perguntado sobre isso. Eles querem faça uma receita para maconha medicinal. Mas isso não é algo que eu faria. Eu não quero ser conhecido como" o médico da maconha medicinal ". Já, fazendo o manejo da dor, uma das grandes coisas que eu preciso para resolver são os pacientes que estão usando medicamentos para a dor de forma adequada contra aqueles que abusam delas. Temos muita responsabilidade social com isso.
"Eu não estou ciente de qualquer evidência de que a maconha medicinal é uma das ferramentas que usaria para melhorar a função física e social, incluindo a interação com os entes queridos e familiares - todos os principais determinantes da qualidade de vida", diz Chabal.

O argumento de "pobres de apresentação"

Robert L. DuPont, médico, é professor clínico de psiquiatria na Universidade de Georgetown Medical School e presidente do Instituto de Comportamento e Saúde, uma entidade dedicada sem fins lucrativos, para a redução do uso de drogas ilegais. Ele pergunta: "maconha fumada é um sistema de entrega de drogas razoável, segura para qualquer remédio para qualquer doença? Essa é a questão do limite. A resposta, para mim, é transparente 'não'."
DuPont continua, "Se houver quaisquer produtos químicos ou qualquer combinação na maconha fumada, que sempre demonstrou ser valiosa para qualquer doença, incluindo fibromialgia , eu sou favorável. O que significa que a prescrição de produtos químicos purificados numa dose conhecida,  não cabe aos médicos prescrever queima de folhas para tratar qualquer doença. "
Coexistem um número estimado de 400 produtos químicos na maconha, mas a fumaça da maconha tem cerca de 2.000 produtos químicos, diz DuPont. "Você realmente quer prescrever 2.000 produtos químicos em uma mistura onde você não sabe o que é e chama isso de medicina?"

DuPont diz que é importante testar os produtos químicos na maconha, que podem tratar a fibromialgia . "Se alguém passar pela inspeção como seguro e eficaz, isso é ótimo. A ciência trabalha com produtos químicos purificados em doses controladas."
Na verdade, o relatório do Instituto de Medicina de 1999, apelou para a investigação de "novos mecanismos de apresentação" para a maconha que não envolvem inalar a fumaça nociva.
Abrams desenharam um estudo que comparou fumar cannabis a usá-la em um vaporizador, um sistema de recepção sem fumaça. "Uma vez que nós demonstramos que a cannabis foi eficaz na neuropatia pacientes", diz ele, "nós sabíamos que as pessoas diriam que não é certo para os pacientes fumar um medicamento." O estudo demonstrou que o tabagismo e vaporização proporcionou concentrações muito semelhantes de THC na corrente sanguínea. Ele também mostrou que havia menos monóxido de carbono na expiração - um marcador de gases tóxicos ou nocivos -. No grupo que foi realizada a vaporização "Ele publicou o estudo no The Journal of Clinical Pharmacology and Therapeutics em 2007.

Novas drogas de maconha

A busca por novos medicamentos à base de cannabis continua. Um estudo canadense preliminar,  pequeno, de fevereiro de 2008, anunciando que um novo composto à base de maconha - nabilone - reduziu significativamente a dor e ansiedade para 40 pacientes com fibromialgia,  em Manitoba. Nabilona foi usado no Canadá, para tratar a náusea durante a quimioterapia.
Marinol é a única canabinoide atualmente aprovado para uso nos EUA.  É caro - cerca de US $ 4.000 por ano - e apenas cerca de 10% a 20% do THC entra na corrente sanguínea após o metabolismo .

Os obstáculos de pesquisa

Pesquisando o valor medicinal da maconha não é para os fracos de coração . receber financiamento, aprovações federais, e os resultados publicados - para não mencionar a droga em si, que só está disponível a partir do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas - são todas as batalhas a vencer.
Quando se realiza um estudo, Abrams toma medidas adicionais para garantir a segurança uma vez que a maconha é uma substância controlada. Ele hospitaliza seus pacientes, sem visitantes, na duração do estudo. Mesmo assim, ele diz: "Ainda não é fácil inscrever pacientes em estudos de maconha medicinal. E isso faz com que seja difícil acumular dados."
 
 Fonte: http://www.webmd.com/fibromyalgia/guide/fibromyalgia-and-medical-marijuana